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Transcrição:

RECURSO ESPECIAL Nº 824.682 - SC (2006/0042366-5) RELATOR : MINISTRO CARLOS FERNANDO MATHIAS (JUIZ CONVOCADO DO TRF 1ª REGIÃO) RECORRENTE : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA CATARINA RECORRIDO : SYLVIO SNIECIKOVSKI ADVOGADO : ERICSON MEISTER SCORSIM E OUTRO RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO CARLOS FERNANDO MATHIAS (JUIZ CONVOCADO DO TRF 1ª REGIÃO) (Relator): Trata-se de recurso especial interposto pelo Ministério Público do Estado de Santa Catarina, com fundamento no artigo 105, inciso III, alíneas 'a' e 'c', da Constituição de 1988, em face de acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, que recebeu a seguinte ementa, verbis (fls. 34/38): "ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA - EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO. É inepta representação objetivando impor a multa por descumprimento de determinação do Conselho Tutelar ou da Autoridade Judiciária a quem não exerça deveres decorrentes do poder familiar, da tutela ou da guarda". Alegam os recorrentes violação do artigo 249 do Estatuto da Criança e do Adolescente, além de divergência com o entendimento firmado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. Afirmam que a requisição do Conselho Tutelar no sentido de garantir a matrícula de criança no sistema de educação infantil mostrou-se oportuna porque amparada em texto normativo de natureza constitucional. Suscitam o dissídio jurisprudencial. Requer a reforma do julgado. O Recorrido ofertou contra-razões (fls. 67/81) Admitido na origem, subiram os autos a esta Corte de Justiça (fls. 94/95). Documento: 3964707 - RELATÓRIO, EMENTA E VOTO - Site certificado Página 1 de 8

É o relatório. Documento: 3964707 - RELATÓRIO, EMENTA E VOTO - Site certificado Página 2 de 8

RECURSO ESPECIAL Nº 824.682 - SC (2006/0042366-5) RELATOR : MINISTRO CARLOS FERNANDO MATHIAS (JUIZ CONVOCADO DO TRF 1ª REGIÃO) RECORRENTE : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA CATARINA RECORRIDO ADVOGADO : SYLVIO SNIECIKOVSKI : ERICSON MEISTER SCORSIM E OUTRO EMENTA PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (LEI 8.069/90). SECRETÁRIO MUNICIPAL. DESCUMPRIMENTO DE DETERMINAÇÃO DO CONSELHO TUTELAR. INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA (ART. 249 DO ECA). NÃO-CONFIGURAÇÃO. PRECEDENTES DO STJ. 1. Nos termos da jurisprudência desta Corte de Justiça, o art. 249 da Lei 8.069/90 destina-se aos pais ou responsáveis que descumprirem dolosa ou culposamente "os deveres inerentes ao pátrio poder ou decorrentes da tutela ou guarda, bem assim determinação da autoridade judiciária ou Conselho Tutelar", não podendo recair sobre quem não exerça tais deveres. 2. In casu, trata-se de representação engendrada por Conselho Tutelar em face de Secretário Municipal de Educação e Cultura, por infração ao art. 249, in fine, do Estatuto da Criança e do Adolescente, decorrente do não atendimento à requisição atinente ao atendimento de menor em Centro de Educação Infantil. 3. Recurso especial desprovido. Documento: 3964707 - RELATÓRIO, EMENTA E VOTO - Site certificado Página 3 de 8

VOTO O EXMO. SR. MINISTRO CARLOS FERNANDO MATHIAS (JUIZ CONVOCADO DO TRF 1ª REGIÃO) (Relator): Cuida-se de recurso especial interposto com fundamento nas alíneas 'a' e 'c' do permissivo constitucional, contra acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina. Preliminarmente, conheço do recurso especial pela alínea "a", do permissivo constitucional, uma vez que a matéria restou devidamente prequestionada, bem como demonstrada a divergência, nos moldes exigidos pelo RISTJ. Versam os autos, originariamente, sobre representação apresentada pelo Conselho Tutelar de Joinville/SC em face de Silvio Sniecikovski, Secretário Municipal da Educação e Cultura de Joinville/SC, objetivando a apuração de infração administrativa, prevista no art. 249, parte final, do Estatuto da Criança e do Adolescente, no âmbito da jurisdição da Infância e juventude, decorrente do não atendimento à requisição atinente ao atendimento de menor em Centro de Educação Infantil. O cerne do recurso sub examine cinge-se à delimitação dos destinatários da norma inserta no art. 249 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90). O art. 249 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), dispõe: Das Infrações Administrativas (...) "Art. 249. Descumprir, dolosa ou culposamente, os deveres inerentes ao pátrio poder ou decorrente de tutela ou guarda, bem assim determinação da autoridade judiciária ou Conselho Tutelar: Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência. A pretensão engendrada pelo Ministério Púbico Estadual não revela condição de prosperar, máxime porque a jurisprudência desta Corte, no exame de hipóteses análogas, decidiu que o art. 249 da Lei 8.069/90, do Documento: 3964707 - RELATÓRIO, EMENTA E VOTO - Site certificado Página 4 de 8

Estatuto da Criança e do Adolescente, destina-se aos pais ou responsáveis que descumprirem dolosa ou culposamente "os deveres inerentes ao pátrio poder ou decorrentes da tutela ou guarda, bem assim determinação da autoridade judiciária ou Conselho Tutelar", consoante se infere dos julgados, verbis: "ADMINISTRATIVO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE REPRESENTAÇÃO OFERECIDA PELO CONSELHO TUTELAR SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO ILEGITIMIDADE PASSIVA. 1. Preenchidos os pressupostos de admissibilidade, o recurso merece ser conhecido, seja quanto aos dispositivos de lei supostamente violados, seja quanto à divergência jurisprudencial apontada. 2. O descumprimento da determinação da autoridade judiciária ou do Conselho Tutelar, a que se refere o art. 249 do ECA, restringe-se às disposições relativas ao poder familiar, tutela ou guarda; razão pela qual não pode recair sobre quem não exerça tais deveres, como, in casu, o Secretário Municipal. Recurso especial improvido." (REsp 768334/SC, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 12.06.2007, DJ 22.06.2007 p. 399) "PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (LEI 8.069/90). SECRETÁRIO MUNICIPAL. DESCUMPRIMENTO DE DETERMINAÇÃO DO CONSELHO TUTELAR. INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA (ART. 249 DO ECA). NÃO-CONFIGURAÇÃO. RECURSO ESPECIAL DESPROVIDO. 1. Só responde pela infração administrativa prevista no art. 249 do ECA o responsável pelo descumprimento dos deveres inerentes ao pátrio poder ou aqueles decorrentes de tutela ou guarda, atuando dolosa ou culposamente. 2. Precedentes do STJ. 3. Desprovimento do recurso especial." (RESP 769.443/SC, Relatora Ministra Denise Arruda, DJ de 04.12.2006) ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. SECRETÁRIO MUNICIPAL. DESCUMPRIMENTO DE DETERMINAÇÃO DO CONSELHO TUTELAR. ARTIGO 249 DO Documento: 3964707 - RELATÓRIO, EMENTA E VOTO - Site certificado Página 5 de 8

ECA. INAPLICABILIDADE. I - Deve ser considerada inepta a autuação lavrada com esteio no artigo 249, do ECA, contra o Secretário Municipal da Educação que descumpriu a ordem para disponibilizar vagas em creche e pré-escola para duas crianças. II - O artigo 249, do Estatuto da Criança e do Adolescente tem como destinatários os pais, tutores e guardiões que descumprirem determinação do juiz ou do Conselho Tutelar, referente ao exercício do pátrio poder. Precedente: REsp nº 767.089/SC, Relator Ministro FRANCISCO FALCÃO, julgado em 15/09/2005. III - Recurso especial improvido. (REsp 779.055/SC, Relator Ministro Francisco Falcão, DJ de 23.10.2006) Sobre a questão destaque-se, os fundamentos desenvolvidos pela Ministra Denise Arruda, no voto condutor do acórdão proferido no RESP 763.443/SC, litteris: "A pretensão recursal não merece acolhimento. Dispõe o art. 249 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90): 'Descumprir, dolosa ou culposamente, os deveres inerentes ao pátrio poder ou decorrente de tutela ou guarda, bem assim determinação da autoridade judiciária ou Conselho Tutelar'. O recorrido foi autuado pela prática da conduta descrita no referido artigo, pois, na condição de Secretário de Educação, teria deixado de cumprir deliberação do Conselho Tutelar no sentido de disponibilizar vagas em creche e pré-escola para crianças. A infração administrativa prevista no art. 249 do Estatuto da Criança e do Adolescente alcança tão-somente os deveres inerentes ao pátrio poder ou decorrentes de tutela ou guarda, como claramente enuncia o aludido preceito legal. O doutrinador Paulo Lúcio Nogueira, comentando o referido preceito legal, assevera que 'Tal disposição já constava do Código de Menores revogado (art. 72), e aplica-se aos pais ou responsável pela guarda ou tutela, assim como pelos deveres inerentes ao pátrio poder. Trata-se de preceito de ordem administrativa, Documento: 3964707 - RELATÓRIO, EMENTA E VOTO - Site certificado Página 6 de 8

que não exclui as possíveis medidas criminais ou mesmo civis que possam advir do descumprimento desses deveres, acrescentando que... o legislador exige que o descumprimento dos deveres seja doloso ou culposo para ser punido'. (Estatuto da Criança e do Adolescente Comentado, São Paulo: ed. Saraiva, 1991, p. 327). No mesmo sentido, o entendimento de Wilson Donizeti Liberati (O Estatuto da Criança e do Adolescente, Brasília: IBPS, 1991, p. 176): 'Sujeito ativo. São agentes da infração administrativa os pais, os tutores e os guardiães que estejam exercendo, definitiva ou temporariamente, o munus do pátrio poder. Serão também considerados infratores aqueles que, dolosa ou culposamente, descumprirem determinação do juiz ou do Conselho Tutelar, referente ao exercício do pátrio poder'. Esta Corte Superior já se manifestou especificamente sobre a questão: 'ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. SECRETÁRIO MUNICIPAL. DESCUMPRIMENTO DE DETERMINAÇÃO DO CONSELHO TUTELAR. ARTIGO 249 DO ECA. INAPLICABILIDADE. I - Deve ser considerada inepta a autuação lavrada com esteio no artigo 249, do ECA, contra o Secretário Municipal da Educação que descumpriu a ordem para disponibilizar vagas em creche e pré-escola para duas crianças. II - O artigo 249, do Estatuto da Criança e do Adolescente tem como destinatários os pais, tutores e guardiões que descumprirem determinação do juiz ou do Conselho Tutelar, referente ao exercício do pátrio poder. Precedente: REsp nº 767.089/SC, Relator Ministro FRANCISCO FALCÃO, julgado em 15/09/2005. III - Recurso especial improvido.' (REsp 779.055/SC, 1ª Turma, Rel. Min. Francisco Falcão, DJ de 23.10.2006, p. 270) Documento: 3964707 - RELATÓRIO, EMENTA E VOTO - Site certificado Página 7 de 8

Assim, atuou com acerto o Tribunal de origem ao afastar uma possível penalidade administrativa, pretensamente atribuída ao Secretário de Educação do Município de Joinville/SC, quando este não exerce qualquer dos deveres elencados no dispositivo legal mencionado. Ante o exposto, o desprovimento do recurso especial se impõe, mantendo-se integralmente o acórdão recorrido. É o voto." Por todo o exposto, cumprindo a função uniformizadora desta Corte, NEGO PROVIMENTO ao recurso especial. É como voto. Documento: 3964707 - RELATÓRIO, EMENTA E VOTO - Site certificado Página 8 de 8