Pró-Reitoria de Graduação Curso de Educação Física Trabalho de Conclusão de Curso



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Transcrição:

1 Pró-Reitoria de Graduação Curso de Educação Física Trabalho de Conclusão de Curso JOGOS E BRINCADEIRAS COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO PARA ALUNOS DO 5º ANO Autor: Rodrigo Macedo Paiva Orientador: Waldir Delgado Assad Brasília - DF 2011

2 JOGOS E BRINCADEIRAS COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO PARA ALUNOS DO 5º ANO *Rodrigo Macêdo Paiva **Waldir Delgado Assad RESUMO Este estudo tem como objetivo avaliar as aulas de educação física através de jogos e brincadeiras nas escolas de rede publica do DF. Instrumento de pesquisa utilizado foi um questionário contendo 9 perguntas referentes as aulas de educação física do 5º ano, com os dados colhidos foi possível perceber o quanto há melhoria nas aulas de educação física quando se tem um professor bem preparado e quando envolve ludicidade nos jogos e nas brincadeiras. Palavras chaves: Jogos, Brincadeiras, Pedagógico I INTRODUÇÃO A brincadeira pode acontecer quando e aonde quer que a criança se encontre, basta que sua imaginação comece a trabalhar e a leve para um mundo repleto de criatividade. Sabe-se que o brincar faz parte não só do universo infantil da criança, mas do adulto também. O ser humano apresenta-se expressivo, comunicativo, relacional e afetivo embora muitas vezes essas qualidades sejam bloqueadas tolhidas em seu processo de desenvolvimento, sendo necessário que trabalhemos as emoções, independentemente de qual seja a idade do individuo. Os jogos e as brincadeiras têm mudado muito nos dias atuais, mais o prazer de brincar este não mudou, crianças por meio da brincadeira se interagem se soltam, ficam mais a vontade para fazer alguma atividade dentro de sala, o brincar faz parte da infância muitos pais e professores propõem atividade para as crianças, e passam como brincadeira, devemos ter o cuidado se a atividade for imposta e parece desagradável tudo indica que não se trata de uma brincadeira, também devemos nos atentar que uma atividade pode ser considerada brincadeira para uma criança e para outra não.

3 Existem varias dificuldade com a relação à definição da brincadeira e é certa que a brincadeira assume um papel fundamental na infância, numa concepção sócia cultural, a brincadeira mostra como a criança interpreta os objetos, o mundo, as relações e afetos das pessoas, sendo um espaço característico da infância (Wajskop, 1995). Já Para Santos (1997) brincar é meio de expressão, é forma de integra-se ao ambiente que o cerca. Através das atividades lúdicas a criança assimila valores, adquire comportamentos, desenvolve diversas áreas de conhecimento, exercita-se fisicamente e aprimora habilidades motoras. No convívio com outras crianças aprende a respeitar os colegas a dar ordens e receber, a esperar sua vez de brincar, a emprestar e tomar como empréstimo o seu brinquedo, a compartilhar momentos bons e ruins, a fazer amigos, a ter tolerância e respeito, enfim, a criança desenvolve a sociabilidade. Segundo Kramer (1999), para que haja a brincadeira é necessária a decisão dos que brincam a decisão de entrar na brincadeira. A brincadeira é um sistema de sucessão de decisões que se exprime por meio de um conjunto de regras. Portanto, não existe brincadeira sem regras. Para Piaget (1978), a origem das manifestações lúdicas acompanha o desenvolvimento da inteligência vinculando-se aos estágios do desenvolvimento cognitivo onde cada etapa do desenvolvimento está relacionada a um tipo de atividade lúdica que se sucede da mesma maneira para todos os indivíduos. Através de jogos lúdicos podem-se desbloquear ações bem como fazer com a criança sinta se a vontade e interagida, cabendo ao educador a obrigação de enriquecer os jogos e as brincadeiras alimentando a imaginação das crianças, tornando os jogos mais complexos e tendo em visto o conhecimento e a evolução da criança, com clareza de que o jogo ou brincadeira ira passar. O brincar da criança não pode ser simplesmente visto como uma atividade complementar comparado as da natureza pedagógica, mas sim uma atividade fundamental para a formação de sua identidade e de sua personalidade Para Vygotsky (1998), a brincadeira e o jogo são atividades especificas da infância, em que a criança por meio de símbolos recria a realidade, as brincadeiras que são oferecidas as crianças devem estar de acordo com a zona de desenvolvimento em que ela se encontra. A palavra jogo é originária do latim: iocus, iocare e significa brinquedo, folguedo, divertimento, passatempo sujeito a regras, ou até mesmo uma série de ocorrências que formam uma coleção. Lúdico vem do latim ludus, que significa: exercício, drama, teatro, circo e significa também exercício escolar. Piaget (1896-1980) colocou os jogos como

4 atividades indispensáveis na busca do conhecimento do individuo, para ele a inteligência só se desenvolve para preencher uma necessidade, nesse sentido, os jogos são buscados espontaneamente pelas crianças como meio de chegar a descobertas, inventar estratégias, pensar o novo construir e agir sobre as coisas, reconstruir, produzir. Segundo Almeida (1978), afirma que os jogos não devem ser fins, mas meios para atingir objetivos. Estes devem ser aplicados para o benefício educativo. Deve se aplicar os jogos de uma forma correta, planejada, de modo que leve realmente o aluno a aprender brincando. O bom êxito de toda atividade lúdica pedagógica depende exclusivamente do bom preparo e liderança do professor. Brunelli (1996), afirma que o jogo é uma atividade poderosa que estimula a atividade construtiva da criança, criando assim, um espaço para pensar, abrindo lugar para a criatividade, a afirmação da personalidade e a valorização do eu. O Parâmetro Curricular Nacional (PCN) nos diz que devemos incluir o aluno na cultura corporal do movimento, participar de atividades corporais respeitando seus limites, conhecer e desenvolver suas competências corporais, promover a integração e a inserção no grupo, adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em situações lúdicas e esportivas, buscando solucionar os conflitos de forma não violenta, organizar jogos, brincadeiras ou outras atividades corporais, valorizando-as como recurso para usufruto do tempo disponível, e valoriza o lazer como instrumento de saúde e qualidade de vida. A brincadeira, portanto não e só o objeto o brinquedo ou a técnica, mas sim um conjunto de habilidade, e as brincadeiras possibilitam sempre uma experiência original, reveladora, única, mesmo que as crianças estejam repetindo a brincadeira pela milésima vez. A brincadeira é a plena realização da imprevisibilidade. Diante do exposto, o presente artigo tem por objetivo verificar a utilização dos jogos e brincadeiras nas aulas de educação física através dos jogos e das brincadeiras, e sua importância, de acordo com o PCN, quando diz que a promover a integração, dignidade, solidariedade em situações lúdicas e esportivas, organizar jogos, e brincadeiras e outras atividades corporais, entendendo que jogos e brincadeiras são um conjunto de habilidades e a plena realização da imprevisibilidade.

5 II METODOLOGIA População e Amostra O Presente trabalho foi realizado em 3 escolas públicas, a saber EC 111, EC 317, e EC 121, localizadas em Samambaia-DF, avaliando as aulas do professor de Educação Física ministradas nas turmas do 5º Ano. MATERIAIS E MÉTODOS Esta pesquisa foi desenvolvida por meio de aplicação de um questionário contendo 9 questões sendo 6 fechadas e 3 abertas onde os alunos da rede pública, responderam perguntas sobre as aulas ministradas pelos professores de Educação Física, foram aplicada 50 questionários tendo sido respondidos entregues imediatamente com a explicação do pesquisador, do dia 01 ao dia 05 de agosto 2011, nas turmas de 5º ano. IV - RESULTADO E DISCUSSÃO GRAFICO I - Idade Dos Entrevistados 100% 0% Este gráfico mostra a idade dos alunos entrevistados.

6 GRAFICO II Turno de Aula dos Entrevistados 62% 38% Matutino Vespertino GRAFICO III - Você gosta das aulas de Educação Física? não, não gosta 16% 18% 16% 30% 20% Sim, eu gosto pouco sim, eu gosto Sim, eu gosto muito sim, eu adoro Perguntado se os alunos gostam das aulas de educação física as respostas obtidas foram 70% sim que gostam e até adoram a as aulas de educação física. Para Maggil (1984), a motivação é importante para a compreensão da aprendizagem e do desempenho de habilidades motoras, pois tem um papel importante na iniciação, manutenção e intensidade do comportamento. Sem a presença da motivação, os alunos em aulas de Educação Física, não exercerão as atividades, ou então, farão mal o que for proposto. Isso explica o fato da maioria gosta das aulas de educação física.

7 Colocado em questão as brincadeiras realizadas nas aulas o gráfico abaixo nos mostra dados interessantes. GRAFICO IV - A professora realiza brincadeiras nas aulas de educação física? 2% Não, nunca 16% 38% Sim, as vezes 44% Sim, sempre realiza Sim, realiza muitas brincadeiras Bürger (2009), afirma que a escola é responsável por oferecer a criança práticas motoras diversificadas, pois ela é essencial e determinante no processo de desenvolvimento. Os educadores também possuem importante papel nessa instância de educação, sua capacitação e interesse em perceber as capacidades necessárias e limitações das crianças que estão em determinado período em sua tutela. Cabe ao professor oportunizar e facilitar tal desenvolvimento psicomotor, através de estímulos adequados. Uma vez perguntado se os alunos participam das aulas de educação física apenas 2% dizem que não participam nunca, sendo que 98% participam das aulas de educação física nisso a relação do aluno com o professor é essencial para uma boa participação dos alunos nas aulas de educação física de acordo com o gráfico abaixo. GRAFICO V - Você participa das aulas de Educação Física? 58% 2% 26% 14% Não, não participo nunca Sim, participo Sim, participo as vezes Sim, participo sempre

8 A relação com o professor influi de forma fundamental no envolvimento do aluno com a disciplina. Na Educação Física Escolar essa interação é mais evidenciada por conta do ambiente e da situação informal que é estabelecida. De acordo com Darido e Rangel (2005) o movimento, sendo uma forma de interação humana, possui relação íntima das pessoas entre si e com o universo. As atividades físicas propiciam símbolos de comunicação não-verbais o que facilita a integração aluno/professor, o que pode contribuir para o sucesso do processo de aprendizagem. GRAFICO VI - O que você acha das brincadeiras do professor (a)? 16% 16% 22% 24% 22% Não gosto eu gosto pouco Eu gosto Eu gosto muito Adoro Este gráfico mostra o quanto, os alunos gostam das brincadeiras realizadas pelos professores, 24% dizem que não gostam 22% dizem que gostam pouco assim também como 22% dizem que gostam 16% dizem que gostam muito e 16% dizem que adoram. Schwartz 2002, que a criança ela é automotivada pela ludicidade, e Maggil (1984), diz que a motivação é importante para a compreensão da aprendizagem e do desempenho de habilidades motoras. Segundo Schwartz 2002, a criança é automotivada para qualquer prática, principalmente a lúdica, sendo que tendem a notar a importância de atividades para o seu desenvolvimento, assim sendo, favorece a procura pelo retorno e pela manutenção de determinadas atividades. A criança não se importa se está indo bem ou mal em uma atividade, o que importa para ela é saber se está tendo prazer ou não em determinada atividade. Assim pode perceber que sem motivação e ludicidade nas brincadeiras muitos alunos não gostarão das brincadeiras.

9 GRAFICO VII - Quais as brincadeiras que você mais gosta? 46% 8% 30% 10% 2% De Correr De Pular De Dançar De Cantar Individuais 4% coletivas Quando a questão é a brincadeira que mais gostam os alunos responde as coletivas e de correr. Brotto (2001) diz que as brincadeiras coletivas e onde os alunos se unem talvez o fato de as crianças queiram essas brincadeiras onde a cooperação e o coleguismo trabalhe segundo o gráfico. Este gráfico mostra quais as brincadeiras que os alunos mais gostam nas aulas de educação física, 30% dizem de correr, 2% dizem de pular, 10% dizem de dançar, 4% dizem cantar, 8% dizem individuais e 46% coletivas. Belbenoit (1976) entende que são os educadores que fazem do esporte um objeto e meio de educação na escola: o esporte é aquilo que se fizer dele, fundamentado nisso os alunos gostaram ou não das aulas de acordo o que o professor fizer neste gráfico 46% gostam de atividades coletivas se o professor chegar para esses alunos e fizer atividades de pular certo que os alunos não gostaram da aula.

10 GRAFICO VIII Para você, qual a importância das aulas de Educação Física na sua formação? Não tem importância 44% 14% 18% Importante para minha formação 24% Muito Importante para minha formação Considero fundamental para minha formação Perguntado qual a importância das aulas de educação física na sua formação, 14% dizem não ter importância, 18% dizem ser importante para sua formação, 24% dizem ser muito importante para sua formação e 44% considera fundamental para sua formação. Os dados encontrados com relação às disciplinas preferidas e as consideradas mais importantes são semelhantes aos de Lovisolo (1995). A Educação Física aparece em primeiro lugar nas disciplinas mais apreciadas, entretanto cai para sexto ou sétimo lugar entre as disciplinas consideradas mais importantes, neste gráfico vimos que 44% consideram fundamental para minha formação, mas isso implica em qual a motivação os alunos estão tendo nas aulas de educação física que trabalho o professor esta realizando. GALVÃO; NETO; RODRIGUES, (2005) ao afirmarem que ela é uma disciplina importante, pois trata da formação do cidadão através de conteúdos da cultura corporal caracterizados pelo jogo, o esporte, a dança, a ginástica e a luta, possibilitando aos alunos usufruir, produzir, reproduzir e transformar tais práticas, tornando-o autônomo e consciente do seu papel na sociedade, um dos objetivos do ensino médio. Os alunos também responderam três questões subjetivas foi perguntado sobre o que os alunos menos gostam nas aulas a resposta foi das mais variadas dos esportes do professor, de ficar correndo varias vezes em volta da quadra e de quando o professor obriga a fazer a aula, a até mesmo da estrutura da quadra. Perguntado o que os alunos mais gostam das aulas os alunos responderam dos jogos das brincadeiras e dos esportes futsal, vôlei, handball etc.

11 Sobre o que poderia melhorar nas aulas os alunos responderam não ficar na sala, organização, os professores apenas liberam a bola e deixam os alunos sós, diversificar as aulas com outras modalidades, brincadeiras diferentes, os professores estão sempre nas mesmices, por isso até pedem a troca de professor, e também querem mais aulas praticas, e as meninas dizem ser excluídas de certas atividades dos meninos. Segundo Betti e Zuliani (2002), essa desmotivação dos alunos tem início no final do Ensino Fundamental, quando os mesmos passam a ter uma visão mais crítica da realidade não atribuindo à Educação Física tanta importância. O professor tem uma grande importância para essa desmotivação dos alunos, pois a metodologia utilizada para desenvolvimento das aulas, o relacionamento aluno-professor, o conteúdo apresentado, isso tudo influencia positivamente ou negativamente na participação das aulas de educação física. CONCLUSÃO Após a realização do estudo podemos observar o quanto às aulas de educação física ministradas por professores bem preparados, com a proposta de trazer uma boa aula visando a ludicidade, a recreação, a socialização e a diversão através de jogos e brincadeiras fazem com que os alunos tenham uma motivação a mais para participarem das aulas, assim sendo não visando somente à diversão, mas também a educação formando assim bons alunos através de brincadeiras onde sentem prazer de participarem das aulas. Podemos observar-nos gráficas o quanto às crianças gostam das aulas de educação física e o tanto que a mesmas participam em número bastante elevado. Para Maggil (1984), a motivação é importante para a compreensão da aprendizagem e do desempenho de habilidades motoras, foi visto que os jogos e brincadeiras diversificados aumentam a motivação dos alunos.

12 Prezado Aluno Você está recebendo um questionário a respeito dos jogos e brincadeiras utilizado pelo professor nas aulas de Educação Física. O mesmo faz parte do trabalho de Conclusão de Curso em Licenciatura em Educação Física do aluno Rodrigo Macedo Paiva. Sua participação será de grande importância para está pesquisa, uma vez que auxiliará futuros professores a melhorarem sua prática nas aulas de Educação Física para as alunas do Quinto ano do Ensino Fundamental. Todas as informações aqui obtidas serão mantidas em sigilo sendo utilizadas somente para fins da pesquisa proposta. Desde já agradecemos a colaboração. Dados de Identificação Idade: 1 -( ) De 05 a 08 2- ( ) De 09 a 11 3- ( ) De 12 a 15 4- ( ) Acima de 15 Turno - ( ) Matutino ( ) Vespertino 1- Você gosta das aulas de Educação Física? 1- ( ) Não, não gosto 2- ( ) Sim, eu gosto pouco 3- ( ) Sim, eu gosto 4- ( ) Sim, eu gosto muito 5- ( ) Sim, eu adoro 2 - A professor (a) realiza brincadeiras nas aulas de educação física? 1- ( ) Não, Nunca 2- ( ) Sim, As Vezes 3- ( ) Sim, sempre organiza 4- ( ) Sim, realiza muitas brincadeiras

13 3- Você participa das aulas de Educação Física? 1- ( ) Não, não participo nunca. 2- ( ) Sim, participo 3- ( ) Sim, participo as vezes 4- ( ) Sim, participo sempre 4 O que você acha das brincadeiras do professor (a)? 1- ( ) Não gosto 2- ( ) Eu gosto pouco 3- ( ) Eu gosto 4- ( ) Eu gosto muito 5- ( ) Sim, eu adoro 5- Quais as brincadeiras que você mais gosta? 1- ( ) De Correr 2- ( ) De Pular 3- ( ) De Dançar 4- ( ) De Cantar 5- ( ) Individuais 6- ( ) Coletivas 6-Para você, qual a importância das aulas de Educação Física na sua formação? 1- ( ) Não tem importância 2- ( ) Importante para minha formação 3- ( ) Muito Importante para minha formação 4- ( ) Considero fundamental para minha formação 7- O que você menos gosta nas aulas de Educação Física?

14 8- O que você mais gosta nas aulas de Educação Física escolar? 9- Em sua opinião, o que poderia ser feito para melhorar as aulas de Educação Física da sua Escola?

15 Loyola.1978 ALMEIDA, Paulo Nunes. Dinâmica lúdica jogos pedagógicos. São Paulo: BELBENOIT, G. O desporto na escola. Lisboa: Editorial Estampa 1976. BETTI, Mauro; ZULIANI, Luiz Roberto. Educação Física Escolar: Uma proposta de diretrizes pedagógicas. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, São Paulo: Editora Mackenzie. Ano 1, nº1,p73-81, 2002. BROTTO, F.O. Jogos Cooperativos. Santos, SP: Editora Projeto Cooperativo, 2001. BRUNELLI, Rosely Palermo. O j o g o c o m o e s p a ç o p a r a p e n s a r. S ão P aulo:papirus, 1996 BÜRGER, Leisa Caetano; KRUG, Hugo Norberto. Educação Física Escolar: um olhar para a Educação Infantil. Revista Digital Buenos Aires, 2009. DARIDO, Suraya Cristina; RANGEL, Irene Conceição Andrade. Educação física na escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 293 p. GALVÃO, Z.; NETO, L.S.; RODRIGUES, L. H. Cultura Corporal de Movimento. In: Educação física na escola: implicações para a prática pedagógica [s.1]: Guanabara Koogan, 2005. KRAMER, Sônia, (org). Infância e produção cultural. 1ª ed. Campinas: Editora Papirus,1999. LOVISOLO, H. Educação física: a arte da mediação. Rio de Janeiro: Sprint, 1995. MAGGIL, R. A. Aprendizagem motora. Conceitos e Aplicações. São Paulo: Editora Bles Cher, 1984.

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