INSTRUÇÃO DE SERVIÇO N. º 005/2008 O CHEFE DA DIVISÃO DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL - DDSA, no uso das atribuições legais e com fundamento no art. 8º, da Resolução nº. 029/06 -, de 14 de março de 2006, Considerando a necessidade de estabelecer procedimentos para a fiscalização a estabelecimentos avícolas industriais com mortalidade superior a 10% (até o abate), a serem implementados pelas Unidades Veterinárias e Supervisores Técnicos Regionais da, nos moldes da Instrução Normativa da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento n 17, de 07 de abril de 2006 que aprova, no âmbito do Programa Nacional de Sanidade Avícola, o Plano Nacional de Prevenção de Influenza Aviária e de Controle e Prevenção da Doença de Newcastle e do Ofício Circular do Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura n 7, de 24 de Janeiro de 2007 que regula os Procedimentos permanentes de vigilância para influenza aviária e Doença de Newcastle, para fins de padronização procedimental DETERMINA a observância do que segue: PROCEDIMENTOS PARA FISCALIZAÇÃO SANITÁRIA NOS ESTABELECIMENTOS AVÍCOLAS COMERCIAIS E MORTALIDADE SUPERIOR A 10% (até o abate): SEÇÃO I Comunicação do Responsável Técnico à Unidade Veterinária - Produção Art. 1 Será feita através do preenchimento total do ANEXO II desta I.S.- NOTIFICAÇÃO DE MORTALIDADE EM AVES e envio via FAX deste e de outros documentos, como laudos clínicos, laboratoriais etc, à Unidade Veterinária U.V. responsável pelo município onde a propriedade com mortalidade está localizada, conforme descrito na RELAÇÃO DE MUNICÍPIOS E SUAS UNIDADES VETERINÁRIAS RESPONSÁVEIS (anexo V). Os originais de todos os documentos devem ser encaminhados posteriormente a U.V.. Art. 2 - O Responsável Técnico RT deverá obrigatoriamente descrever sua suspeita clinica no quadro Descrição dos achados nos exames zootécnicos, clínico, necropsia e/ou laudo laboratorial, datar, carimbar e assinar o documento, bem como anexar laudos que já possua. Desta forma o serviço oficial poderá programar a fiscalização ao estabelecimento com maior agilidade. 1
1º Caso ocorra patogenias progressivas (ex: aspergilose, ascite, caquexia, refugo, etc) e que conseqüentemente atingirão mortalidade superior a 10% até o abate, tal notificação (após comum acordo entre o RT, médico veterinário oficial da U.V. e Serviço de Inspeção Federal - SIF) poderá ser feita a partir de quando o lote atingir mortalidade a partir de 8-9%, desde que o RT esteja seguro que a mortalidade passará de 10% até o abate do lote. Desta forma a Unidade Veterinária terá mais tempo para programar a fiscalização no estabelecimento e neste caso o item g do anexo II Notificação... deverá ser assinalado e registrado no quadro descrição dos achados nos exames zootécnicos,... qual a outra ocorrência da seguinte forma: nome da patogenia; % da mortalidade atual; e expectativa de % de mortalidade até o abate". (Ex. Aspergilose; 8%mortalidade atual; expectativa de mortalidade de 11% até o abate). SEÇÃO II 1ª Fiscalização à Estabelecimento Comercial com Mortalidade Superior a 10% Art. 3 - Conforme acordado entre o médico veterinário oficial da U.V. - Unidade Veterinária - DDSA e o Responsável Técnico de cada empresa na jurisdição da U.V., após a notificação será agendada a fiscalização com o RT da empresa que atende o estabelecimento em questão. Art. 4 - O Médico Veterinário Oficial da U.V deve ir à propriedade levando consigo o EPI (de vigilância e/ou emergência) e 02 vias do documento ANEXO III - TERMO DE FISCALIZAÇÃO - 1ª FISCALIZAÇÃO A ESTABELECIMENTO COMERCIAL COM MORTALIDADE SUPERIOR A 10% (até o abate). Levar papel carbono quando necessário. 1 Quando a suspeita da causa da mortalidade for por agentes biológicos (sem confirmação laboratorial realizada pela empresa), ou a critério do médico veterinário oficial, deverá ocorrer PRIMEIRAMENTE a fiscalização do entorno com visita aos vizinhos limítrofes (divisa de cerca) e preenchimento, nos quadros do item 01 do anexo III, das informações de cada vizinho com suas respectivas assinaturas. Caso sejam mais de 02 vizinhos serão anotados no verso do anexo III os mesmos itens dos vizinhos de 01 e 02. Art. 5 Sempre que ocorrer mortalidade acima de 10% com suspeita de ser causada por agentes biológicos e exista dúvida quanto ao diagnóstico real da enfermidade existente na propriedade ou a critério do médico veterinário oficial, deverá ser realizada necrópsia com coleta de material, com base no histórico das aves e sinais clínicos, com envio para o Laboratório Marcos Enrietti para exames (bacteriológico, histopatológico, parasitológico e outros), bem como coleta para Vigilância ativa para Doença de Newcastle e Influenza Aviária, de acordo com orientação registrada no 2
anexo da Nota técnica do LANAGRO n. 16 e o item 2 alínea g da Nota técnica do LANAGRO n. 34 de 30/11/2007, com posterior envio ao LANAGRO-Campinas Art. 6 - Quando na fiscalização no estabelecimento os sinais e histórico verificados no plantel NÃO FOREM compatíveis com situação sanitária descrita na notificação de mortalidade em aves assinada pelo RT e estiver ocorrendo mortalidade com suspeita de ser causada por agente biológico, ou quando as aves alojadas possuírem sinais clínicos de doenças de controle oficial, inclusive Newcastle e Influenza Aviária, os procedimentos abaixo deverão ser realizados I.A colheita de material e emissão de form-in e envio ao laboratório. II.Interdição da Propriedade através de termo de interdição, somente quando da ocorrência de uma suspeita fundamentada, com alta mortalidade, em período curto de tempo e/ou com sinais clínicos compatíveis. Após tomar as demais medidas descritas no manual de procedimentos do plano estadual de contingência para influenza aviária e doença de newcastle 1 - No estabelecimento fiscalizado, o Médico veterinário oficial deverá assinalar a conclusão no item 9.2 (anexo III), pegar a assinatura do Produtor e do Funcionário da empresa integradora (quando este estiver presente), preencher as observações que achar necessárias, carimbar, assinar e deixar uma via com o proprietário de todos os documentos preenchidos. Art. 7 - Quando os sinais e histórico verificados no plantel FOREM compatíveis com situação sanitária descrita na notificação de mortalidade em aves assinada pelo RT, o médico veterinário oficial deverá assinalar a conclusão item 9.1(anexo III), pegar a assinatura do Produtor e do Funcionário da empresa integradora (quando este estiver presente), preencher as observações que achar necessárias, carimbar, assinar e deixar uma via deste com o proprietário. Art. 8º - Todas as amostras coletadas e enviadas a laboratório de diagnóstico avícola devem conter o Form-In respectivo, impresso e assinado, bem como cópia deste deve ser enviado via eletrônica à Área de Epidemiologia-DDSA. As amostras deverão ser acompanhadas por telefone pelo chefe da UV, até a chegada no destino. SEÇÃO III Envio de Documentação ao Serviço de Inspeção Federal - SIF ou Responsável Técnico - RT Art. 9 Uma cópia de todos os documentos referente à fiscalização em questão deverá ser encaminhada ao SIF e/ou RT por meio de uma das duas opções abaixo descritas: 3
I.Primeira opção: Encaminhar via fax para o SIF/SIPAG, todos os documentos referentes ao atendimento em questão, imprimir o comprovante de envio do mesmo, confirmando se ocorreu a transmissão corretamente e arquivar todos os documentos. II.Segunda Opção: Após acordo entre o RT da empresa, o SIF/SIPAG local e o médico veterinário oficial, uma cópia de todos os documentos referente ao atendimento em questão poderá ficar na propriedade atendida para que acompanhe a carga na hora do carregamento para o abate, ou ser previamente encaminhada (pelo proprietário ou técnico da empresa) ao RT da empresa em questão. Art. 10 Após arquivar todos os documentos referentes ao atendimento no arquivo da unidade veterinária na pasta n. º 15.25 Fiscalização com Notificação de Mortalidade Avícola. 1 - Cada processo será composto dos seguintes documentos: I.notificação de mortalidade em aves II.termo de fiscalização 1ª fiscalização a estabelecimento industrial de corte com mortalidade superior a 10% (Anexo II do Of. Circ. 07/2007) III.laudos clínicos e laboratoriais; IV.comprovante de envio de fax (1 ), (quando este existir); 2 -Quando for necessária a segunda fiscalização (art. 11), o processo terá acréscimo dos seguintes documentos: V.solicitação de segunda fiscalização (anexo IV) VI.formulário de fiscalização sanitária a estabelecimento de aves (anexo I 2ª fiscalização) VII.comprovante de envio de fax (2 - referente ao anexo I 2ª fiscalização), (quando este existir). SEÇÃO IV 2ª Fiscalização a Estabelecimento Comercial com Mortalidade Superior A 10% Art. 11 - A segunda fiscalização ocorrerá no lote subseqüente ao que ocorreu a mortalidade, somente quando ocorrer novo evento sanitário que ocasione mortalidade após a 1ª visita ou quando o SIF (mesmo após a 1ª Fiscalização feita pela ou por outro parâmetro) tenha achado necessário coletar o material na linha de abate, encaminhando-o este ao LANAGRO e caso o resultado da amostra coletada não retorne antes do abate do lote subseqüente (9º Parágrafo do Ofício Circular n. 07 do MAPA/SDA/DSA de 24/01/2007). 4
Art. 12 A segunda fiscalização ocorrerá após o RT e/ou o SIF comunicar a via fax através do preenchimento total do ANEXO IV" desta I.S.- SOLICITAÇÃO DE SEGUNDA FISCALIZAÇÃO e envio via FAX à U.V. responsável pelo município onde a propriedade com mortalidade está localizada, conforme descrito na RELAÇÃO DE MUNICÍPIOS E SUAS UNIDADES VETERINÁRIAS RESPONSÁVEIS (anexo V). 1 O Responsável Técnico deverá enviar via eletrônica ou levar na propriedade no dia da 2ª fiscalização 03 vias do questionário do ANEXO I previamente preenchido com os dados pertinentes à iniciativa privada deixando em branco os campos a serem preenchidos pelo serviço oficial. Art. 13 - Na 2ª fiscalização, quando não existir mortalidade significativa será preenchida 03 vias do questionário do ANEXO I, assinado pelo produtor, veterinário ou técnico da integradora e impreterivelmente pelo Veterinário Oficial, sendo que uma via ficará com o proprietário e outra com a U.V. para posterior envio ao RT ou SIF, conforme descrito na Seção III (Art. 9). SEÇÃO V Necessidade de Enterrio de Aves em Vala na Propriedade Art. 14 - Quando houver mortalidade alta sem suspeita fundamentada e não haja necessidade da interdição da propriedade, e caso as aves mortas não possam ir para a compostagem devido ao grande volume, DEVERÁ SER NOTIFICADO OBRIGATORIAMENTE POR MEIO OFICIAL A SEMA/IAP (Secretaria de Estado do Meio Ambiente Instituto Ambiental do Paraná), para que a SEMA determine onde a vala será feita e que ocorra o enterrio das aves sem a contaminação do solo e do meio ambiente, evitando assim futuros problemas para o proprietário. SEÇÃO VI DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 15 É de responsabilidade de cada Supervisor Técnico Regional da DDSA, na condição de responsável oficial pelas ações emergenciais na região envolvida, viabilizar a discussão e padronização dos procedimentos a serem executados entre o médico veterinário oficial da U.V., o responsável técnico das empresas privadas e o Serviço de Inspeção Federal - SIF, buscando adequar às necessidades de sua região em virtude da maior ou menor quantidade de estabelecimentos avícolas. Estes procedimentos devem ser registrados em Termo de Fiscalização ou Ofício, assinado por ambas as partes e arquivado na pasta do Responsável Técnico da Empresa Avícola na U.V.. Tais procedimentos devem ser definidos em comum acordo com o 5
Serviço de Inspeção que recebe as aves para abate da jurisdição da U.V.,, para que haja harmonia na execução das atividades evitando assim entraves maiores. Art. 16 - O médico veterinário oficial da U.V. deverá sempre que possível programar para efetuar a 1ª (Primeira) Fiscalização evitando a Segunda, visto que, conforme acordado entre as partes (Supervisor Técnico Regional, médico veterinário oficial, Responsável Técnico da empresa e o Serviço de Inspeção Federal SIF), poderá ser notificado da mortalidade em aves a partir de 8-9% (ou menos). Desta forma o médico veterinário oficial da U.V terá mais tempo para se deslocar à propriedade logo após a notificação ou antes da saída do 1º lote para abate. Assim sendo o SIF não terá motivos para coletar material na plataforma de abate e o processo se encerra, não havendo necessidade de novas fiscalizações. Dê-se a devida publicidade da presente Instrução de Serviço, mediante ciência direta aos interessados. Cumpra-se. Curitiba, 15 de Agosto de 2.008. MARCO ANTONIO TEIXEIRA PINTO Chefe da DDSA 6