Aula 8 Injeção Eletrônica Direta

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Transcrição:

Introdução Aula 8 Injeção Eletrônica Direta Até o lançamento do sistema de injeção eletrônica MED, a mistura de ar e combustível era gerada no tubo de aspiração. A busca por novas possibilidades para melhorar ainda mais a injeção resultou em uma nova técnica: a injeção direta de gasolina com regulação eletrônica Motronic MED7 uma nova geração com uma redução de consumo de até 15%. 2 Introdução O princípio do sistema de injeção direta de gasolina é praticamente o mesmo dos motores diesel eletrônico, ou seja, muita pressão. A injeção direta exige altas pressões na linha de combustível para que a combustão seja otimizada, o que se torna possível com a adoção de uma bomba de alta pressão, capaz de comprimir o combustível em até 120 bar. 3 1 -Bomba de combustível de alta pressão 2 - Válvula controladora de vazão 3 - Galeria de combustível 4 -Bobina de ignição 5 -Válvula limitadora de pressão 6 -Válvula de injeção 7 -Sensor de massa de ar com sensor de temperatura integrado 8 -Corpo de borboleta (EGAS) 4 1

10 -Válvula (EGR) 11 -Sonda Lambda de banda larga 12 -Sonda Lambda Planar 13-14 -Conjunto bomba de combustível de baixa pressão 15 -Unidade de comando 16 -Pedal do acelerador eletrônico 17 -Sensor de alta pressão Quando é necessária a potência completa, o MED7 injeta a gasolina de forma que seja gerada uma mistura homogênea. O motor de injeção direta é mais econômico que os motores convencionais inclusive nesse modo de funcionamento. 5 6 Bomba de alta pressão Sensor de alta pressão Responsável pela geração de alta pressão, localizada em um alojamento específico, com um came de acionamento dedicado, próximo ao cabeçote do motor. Quando o sistema está com baixa pressão de combustível, a membrana de aço do sensor é levemente deformada. Alta resistência elétrica resulta em tensão do sinal baixa. Quando o sistema está com alta pressão de combustível, a membrana de aço do sensor é fortemente deformada. Baixa resistência elétrica resulta em tensão do sinal alta. 7 8 2

Galeria de combustível Galeria de combustível Tubulação de metal que abriga os sensores de pressão, a válvula limitadora, a bomba de pressão e as válvulas injetoras. Faz a distribuição do combustível de acordo com o necessário, a partir daí a pressão aumenta até 120 bar e vai para a válvula injetora para fazer a combustão. 9 10 Válvula limitadora de pressão Válvula de injeção Com funcionamento mecânico, o componente fica alojado na galeria para limitar a pressão caso exceda os 120 bar, fazendo a função de uma válvula de segurança. Funciona com pulso, faz a injeção de combustível direto na câmara de combustão. Na retirada, o anel de vedação da câmara de combustão precisa ser trocado. 11 12 3

Bobina de ignição Do tipo integrada, fica localizada em cima da vela e dispensa o uso de cabos, sendo disposta uma por cada cilindro. Desenvolvido para trabalhar em sintonia com o sistema de alimentação de combustível dos automóveis, que em bom funcionamento são capazes de converter cerca de 98% dos gases poluentes e nocivos. A partir de 1997 o catalisador também impulsionou a utilização da gasolina sem chumbo, pois este componente contaminaria o agente catalisador, podendo inutilizar e até entupir esta peça. 13 14 Se o combustível utilizado no seu carro for de qualidade, o catalisador poderá ter o mesmo tempo de vida útil do próprio carro e dificilmente apresentará problemas de entupimentos parciais ou totais durante toda sua vida. Usar um catalisador falso ou com defeito pode causar diversos problemas ao veículo, como a desregulagem do sistema de injeção eletrônica, alteração da contrapressão do sistema de escapamento, aumento do consumo de combustível e a perda do rendimento do motor. 15 16 4

O interior do catalisador é como uma colmeia com passagens ou pequenas contas de cerâmica revestidas com metais catalisadores. Uma reação química ocorre para que os poluentes não sejam tão nocivos. Há muitas passagens para os gases queimados fluírem, permitindo assim o máximo de área de superfície para os gases quentes passarem. 17 18 Basicamente, para veículos com motores de ciclo Otto (álcool, gnv e/ou gasolina), existem dois tipos de catalisadores: Basicamente, para veículos com motores de ciclo Otto (álcool, gnv e/ou gasolina), existem dois tipos de catalisadores: es de oxidação: metais como paládio (Pd) e platina (Pt) em quantidades bem pequenas (para manter o catalisador com preço baixo) convertem os hidrocarbonetos da gasolina não queimada e o monóxido de carbono em dióxido de carbono e água. 19 es de redução: metais como paládio (Pd) e ródio (Rh), também em quantidades bem pequenas, convertem o óxido de nitrogênio em nitrogênio e oxigênio. O óxido de nitrogênio contribui para a névoa fotoquímica, também conhecida por Smog. 20 5

Apesar da alta vida útil dos catalizadores, os defeitos mais comuns encontrados nesta peça são entupimento ou contaminação. Mesmo quando há suspeita de entupimento do catalisador, não há como diagnosticar isso sem que a peça seja removida para observar o desempenho do motor sem o componente. 21 Alguns mecânicos removem apenas o sensor de oxigênio (sonda lambda) e, com equipamento adequado, verificam se há alteração no desempenho pois, para funcionarem corretamente, o motor precisa estar emitindo a mistura apropriada dos gases de escapamento e na temperatura adequada. Aditivos no combustível, gasolina com chumbo, válvulas de escape danificadas e velas sujas são os fatores mais comuns na perda de desempenho do catalizador. 22 Principais sintomas de defeito O carro não anda o que deveria quando se pisa no acelerador; Aumento de consumo de combustível; Aumento da rotação do motor quando em marcha lenta; Se o catalisador estiver totalmente entupido, o motor pode parar de funcionar depois de alguns minutos por causa do aumento da contrapressão no escapamento. 23 Trata-se de um sensor de oxigênio de banda larga (Wideband) com aquecedor integrado, utilizado para medir o valor Lambda dos gases de escape do motor. Sua faixa de medição vai de 0,65 (mistura rica) ao infinito (ar livre), podendo ser utilizada como sensor Lambda universal. Possui uma resposta extremamente rápida e com grande estabilidade e precisão. Temperatura máxima no elemento sensor: 850 C e Carcaça (hexágono) do sensor: 570 C 24 6

As Sondas Lambda subdividem-se em dois tipos: não aquecidas e eletricamente aquecidas. A diferença básica entre os dois consiste em que as eletricamente aquecidas iniciam sua operação já na fase de aquecimento do motor, quando ainda não se atingiram as altas temperaturas. 25 26 Sonda Lambda Planar Um aperfeiçoamento na "Finger Sonde" gerou a SONDA PLANAR. Nesta sonda o elemento sensível é constituído por camadas de película de cerâmica achatada e retangulares. A sobreposição permite que a resistência seja incorporada ao elemento sensível. Além disso, a SONDA PLANAR possui um tubo de proteção com parede dupla. Alguns fatores que podem comprometer prematuramente seu perfeito funcionamento: Óleo na câmara de combustão. Mistura muito rica. Escapamento furado. Combustível de má qualidade. 27 28 7

FIM Aula 8 Injeção Eletrônica Direta 29 8