REDES DE APRENDIZAGEM COLABORATIVAS E INCLUSIVAS

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Editorial REDES DE APRENDIZAGEM COLABORATIVAS E INCLUSIVAS Nos últimos anos o Brasil vem conquistando um lugar de destaque devido às mudanças estruturais que pretendem a efetiva inclusão escolar de Pessoas com Deficiência. Os avanços e conquistas são frutos dos esforços do Ministério da Educação (MEC), dos agentes do sistema educacional, da comunidade acadêmica em geral, os quais têm estabelecido vínculos importantes com a sociedade para esse processo de constituição de um arcabouço político fundamentado na perspectiva da Educação Inclusiva. A Educação a Distância (EaD) e as tecnologias de informação e comunicação (TIC) por sua vez tem possibilitado a experimentação de inovadoras experiências que estimulam e potencializam a articulação de conhecimentos construídos historicamente com a experiência pessoal. Permitem a reflexão sobre as novas formas de comunicação, expressão e cultura na sociedade contemporânea, a abrangência e complexidade da educação, em interface com a tecnologia, as linguagens, formas e conteúdos nos ambientes virtuais. A proposta submetida e aceita pela Revista Gestão & Saúde da Universidade de Brasília - UnB, teve a intenção de trazer contribuições de um grupo de pesquisadores que possuem uma diversidade de experiências e de formações acadêmicas, e que embora não comunguem consensos, acolhem a diversidade de pontos de partida, pois tem como objeto de estudo a compreensão dos processos e práticas inclusivas em diferentes modalidades e níveis de ensino. O número temático Redes de aprendizagem colaborativas e inclusivas simboliza a oportunidade de refletir sobre duas temáticas emblemáticas no cenário atual, a saber: inclusão e educação a distância. Os textos, apresentados e debatidos no âmbito II Simpósio Internacional de Educação a Distância e IV Simpósio de Educação Inclusiva e Adaptações, no primeiro semestre de 2013, na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (FCT/UNESP) foram selecionados tanto pela diversidade como pelas contribuições. O número está organizado em dezessete artigos e um resumo expandido. No artigo Sala de Recurso Multifuncional: a utilização de análises estatísticas como possibilidade de instrumento norteador do processo de implantação no Brasil os autores analisam a partir do uso de técnicas estatísticas (teste Qui-Quadrado e análise de correspondência) o processo de implantação da Sala de Recurso Multifuncional (SRM) e seus respectivos tipos, em todo o território nacional no período de 2005-2011. Os resultados apontam para uma política de estado cujo investimento tem sido constante, mas variável, especialmente a partir do ano de 2009; identifica-se, ainda, a região Nordeste como aquela em que há maior número de SRM implantadas

no período, bem como das regiões Centro-Oeste e Norte como aquelas em que o processo de implantação ainda é tímido considerando sua população. Em Educação a distância para pessoas com deficiência visual investiga-se os caminhos isotrópicos, relativos às condições de acessibilidade no Ambiente Virtual de Aprendizagem, utilizados por cursistas com Deficiência Visual na Educação a Distância. Em O uso do blog em uma escola pública municipal como ferramenta de acesso à realidade escolar: espaço de reflexão à gestão escolar os autores objetivam analisar se o uso do blog pode ser espaço de informação e gestão de caráter institucional e pedagógico-administrativo podendo, desencadear a participação do coletivo escolar dentro da visão de gestão democrática. Em Alfabetização e letramento em crianças deficientes intelectuais a autora se propõe a analisar a ocorrência dos processos de alfabetização e de letramento em crianças com deficiência intelectual discutindo como esses processos podem se dar por meio de práticas pedagógicas em salas de aula comum do ensino regular, contribuindo com a apropriação do mundo letrado e a inserção ativa dessa criança na sociedade. Em Formação de professores semipresencial: a construção da prática pedagógica como eixo articulador para o uso de tecnologias em uma escola inclusiva as autoras trazem a experiência de elaboração, implementação, acompanhamento, desenvolvimento e avaliação de um processo formativo articulando inclusão e educação especial no curso de Licenciatura em Pedagogia Semipresencial da UNIVESP/Unesp. Em Analise do equilíbrio na marcha de pessoas cegas os autores analisam o equilíbrio na marcha de pessoas com deficiência visual para identificar se as atividades físicas auxiliam no desempenho desta capacidade. Em O uso de Objetos Educacionais nas aulas de Física: contribuições para o processo de Inclusão os autores investigam a contribuição do uso de Objetos Educacionais (OE) nas aulas de Física ao processo de inclusão, utilizando como ferramenta o Banco Internacional de Objetos Educacionais. Apontam que devido a multiplicidade de recursos [como áudio, imagem, situações dinâmicas e a oportunidades de realizar experiências práticas e trabalhar em grupo] os OE podem contribuir não só com a inclusão escolar de todos os alunos, mas também com a inclusão social, em especial do aluno com deficiência. Por sua vez, em Perfil psicomotor de crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade/ Impulsividde TDAH de uma escola no município de Presidente Prudente objetiva-se traçar o perfil psicomotor de crianças com diagnóstico de TDAH e verifica-se que o desempenho motor das crianças ficou entre normal baixo e médio.

Em Formação Continuada e Inclusão Escolar: Potencialidades para a Construção de Novas Posturas e Práticas de Educadores da Rede Municipal de Ensino de Presidente Prudente/ SP os autores discutem as representações dos professores que participaram de um processo de formação continuada e inclusão escolar por meio da modalidade de Educação a Distância. Os resultados revelaram os dilemas pessoais vividos com o processo de inclusão expressos por sentimentos de insegurança, descrença, despreparo profissional, medo do novo, do diferente; a influência de aspectos culturais, sociais e históricos nas concepções, crenças, valores e nas relações pedagógicas; uma formação inicial que não contemplou os dilemas vivenciados na sala de aula; Políticas Públicas, legislações, diretrizes que não mobilizaram a ocorrência de novas posturas e práticas. Em o Ensino da matemática com ferramentas mediadoras: Moodle com Geogebra e Webquest a favor do aprendizado de saberes matemáticos os autores discutem o ensino de conteúdos matemáticos a partir do uso do ambiente virtual de aprendizagem Moodle e sua articulação com recursos de tecnologias da informação e comunicação (Geogebra, Webquest e outros) como ferramentas que auxiliam o aprendizado do aluno em cursos de formação tecnológica. Em Educação Matemática: Adequação de Estratégias para um Ensino Inclusivo os autores abordam a necessidade e possibilidades de se adotar práticas inclusivas nas escolas, hoje, bem como a compreensão que se tem de inclusão à luz de uma experiência de ensino de Matemática com estudantes do 6º ano. Em Atividade de dança como linguagem corporal e o desenvolvimento da memória voluntária em crianças com Síndrome de Down os autores investigaram o papel exercido pela dança, enquanto uma linguagem corporal que permite expressões simbólicas na construção e desenvolvimento da memória dos sujeitos com Síndrome de Down. Concluíram que as leis biológicas do sujeito podem ser superadas a partir das relações sociais que o mesmo estabelece no decorrer de sua vida, uma vez que os sujeitos com Síndrome de Down possuíam capacidade para desenvolver seu psiquismo, mesmo que de forma lenta, e assim avançaram, a partir de intervenções possibilitadas pelo professor de Educação Física, ao propor a dança como atividade educativa. O texto Representatividade das redes sociais no processo educacional: potencialidades dos grupos virtuais como ferramentas de ensino-aprendizagem no ensino médio analisa a potencialidade do Facebook como uma ferramenta educacional de auxilio ao trabalho desenvolvido em sala de aula e o impacto da criação de grupos fechados nas redes sociais para fins educacionais. Revelam a percepção dos estudantes acerca de aspectos relevantes e as potencialidades da utilização desta ferramenta como estratégia de ensino-aprendizagem.

Em Pobreza, cor, e fracasso escolar na educação de crianças: formação de professores para a inclusão escolar as autoras tem o intento de contribuir para a reflexão acerca da formação inicial e continuada de profissionais envolvidos/as com o trabalho escolar, com competências para perceberem e se questionarem quanto aos seus modos de sentir e agir, observando as discriminações, exclusões/marginalizações que ajudam a produzir no cotidiano escolar. Em Educação Especial na Internet: blogs como recursos de formação (informal) de professores as autoras analisam o que professores divulgam em seus blogs sobre a Educação Especial, e se tais conteúdos se relacionam à formação destes profissionais. Foi traçado um perfil do professor-blogueiro e analisados os conteúdos das postagens. Concluiu-se que os professoresblogueiros têm, de alguma forma, relação com a Educação Especial e constata-se que os blogs são um espaço que contribuem diretamente para a formação destes professores. No artigo Adaptações de estratégias de ensino e recursos pedagógicos como ferramenta para auxiliar a prática do Badminton às crianças com deficiência intelectual os autores apontam que é necessário para que a criança possa aprender um esporte e, efetivamente ser detentora de todos os benefícios que o mesmo proporciona que o professor utilize estratégias de ensino e recursos pedagógicos que auxiliem o processo ensino aprendizagem da criança com deficiência intelectual. Analisam os resultados de uma experiência de trabalho com o Badminton e concluem que, para trabalhar a modalidade do badminton com crianças com deficiência intelectual, estratégias de ensino e recursos pedagógicos são imprescindíveis para aprimorar o processo de ensino aprendizagem. No artigo Emprego dos ambientes virtuais de aprendizagem na educação profissional técnica de nível médio: um relato de experiências sistematizadas de blended learning os autores analisam os resultados de uma experiência de formação no curso Técnico em Música realizado por meio de ambientes virtuais de aprendizagem (AVA). Por fim, no resumo expandido da tese defendida recentemente os autores apresentam uma análise das atitudes sociais de estudantes universitários quanto à inclusão de colegas com deficiência em diferentes cursos da UNESP em Presidente Prudente. Finalizamos a Apresentação do Número Temático com um agradecimento especial a todos os colaboradores pelas valiosas contribuições e ao Conselho Editorial da Revista Gestão & Saúde por ter aceitado a proposta sobre uma temática tão relevante na atualidade. Esperamos que esta publicação alimente e aprofunde as discussões do tema e possibilite maiores interlocuções no universo acadêmico.

Boa leitura a todos! Renata Portela Rinaldi Manoel Osmar Seabra Júnior Organizadores