Como, neste caso, temos f(x) = 1, obviamente a primitiva é F(x) = x, pois F (x) = x = 1 = f(x).

Documentos relacionados
por Partes Objetivo Dividir para conquistar! Aprender a técnica de integração por partes.

Integração por Partes

Primitivas e a integral de Riemann Aula 26

1. Integração por partes. d dx. 1. Integração por partes

Comprimento de Arco. 1.Introdução 2.Resolução de Exemplos 3.Função Comprimento de Arco 4.Resolução de Exemplo

Integração por Substituição

Renato Martins Assunção

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO. Resumo. Nesta aula, apresentaremos a noção de integral indefinidada. Também discutiremos

Área e Teorema Fundamental do Cálculo

1 A Equação Fundamental Áreas Primeiras definições Uma questão importante... 7

Aulas n o 22: A Função Logaritmo Natural

Cálculo Diferencial e Integral C. Me. Aline Brum Seibel

Aula 12 Regras de Substituição. Integração por partes.

Da figura, sendo a reta contendo e B tangente à curva no ponto tem-se: é a distância orientada PQ do ponto P ao ponto Q; enquanto que pois o triângulo

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

Integração por partes

Lista de exercícios sobre integrais

A integral definida Problema:

Dividir para conquistar. Eduardo Nobre Lages CTEC/UFAL

xy + y = 0. (1) Portanto a solução geral de (1) é a família de hipérboles y = C x,

Substituição Simples.

Frações Parciais e Crescimento Logístico

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL APOSTILA DE CÁLCULO. Realização:

Integrais. ( e 12/ )

8.1. Comprimento de Arco. Nesta seção, nós aprenderemos sobre: Comprimento de Arco e suas funções. MAIS APLICAÇÕES DE INTEGRAÇÃO

Aproximações Lineares e Diferenciais. Aproximações Lineares e Diferenciais. 1.Aproximações Lineares 2.Exemplos 3.Diferenciais 4.

MAT146 - Cálculo I - Integração de Funções Trigonométricas

CÁLCULO I. 1 A Função Logarítmica Natural. Objetivos da Aula. Aula n o 22: A Função Logaritmo Natural. Denir a função f(x) = ln x;

Notas sobre primitivas

Cálculo Numérico. Santos Alberto Enriquez-Remigio FAMAT-UFU 2015

Teoremas e Propriedades Operatórias

Derivadas das Funções Trigonométricas Inversas

PARTE I EQUAÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL

1 Definição de uma equação diferencial linear de ordem n

Aplicações de. Integração

Substituição Trigonométrica

Resolvendo Integrais pelo Método de

LISTA DE EXERCÍCIOS #5 - ANÁLISE VETORIAL EM FÍSICA

Os Teoremas Fundamentais do Cálculo

Primitva. Integral Indenida

y (n) (x) = dn y dx n(x) y (0) (x) = y(x).

Coordenadora do Curso de Graduação

Técnicas de Integração II. Algumas Integrais Trigonométricas

COMPLEMENTOS DE MATEMÁTICA MÓDULO 1. Equações Diferenciais com Derivadas Parciais

d [xy] = x cos x. dx y = sin x + cos x + C, x

FFCLRP-USP Regra de L Hospital e Lista - CALCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I

Elaborado por: João Batista F. Sousa Filho (Graduando Engenharia Civil UFRJ )

Cálculo Diferencial e Integral 2: Integrais Duplas

MAT1157 Cálculo a uma Variável A GABARITO RESUMIDO G3 IVa feita em 3 dezembro de 2012

Conceitos Básicos. Capítulo 1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS. Uma equação diferencial é uma equação que envolve uma função incógnita e suas derivadas.

Resolução 2 o Trabalho de Análise Matemática I ETI/LEI (02 de Dezembro de 2010)

AULA 13 Aproximações Lineares e Diferenciais (página 226)

Derivadas Parciais Capítulo 14

A Derivada. Derivadas Aula 16. Alexandre Nolasco de Carvalho Universidade de São Paulo São Carlos SP, Brazil

de Potências e Produtos de Funções Trigonométricas

14 AULA. Vetor Gradiente e as Derivadas Direcionais LIVRO

Integrais. Parte I I. Integrais Indefinidos [ELL] Definição

Se a função de consumo é dada por y = f(x), onde y é o consumo nacional total e x é a renda nacional total, então a tendência marginal ao consumo é ig

TÓPICO. Fundamentos da Matemática II DERIVADAS PARCIAIS. Licenciatura em Ciências USP/ Univesp. Gil da Costa Marques

EQUAÇÕES DIFERENCIAIS

DERIVAÇÃO de FUNÇÕES REAIS de VARIÁVEL REAL

SÉRIES DE FOURIER. Fabio Cardoso D Araujo Martins, Fernando Sergio Cardoso Cunha, Paula Rodrigues. Ferreira Alves, Rafael Caveari Gomes

Distribuição Normal. Prof. Eduardo Bezerra. (CEFET/RJ) - BCC - Inferência Estatística. 25 de agosto de 2017

Neste capítulo estamos interessados em resolver numericamente a equação

de Coeficientes Constantes

de Potências e Produtos de Funções Trigonométricas

Métodos Numéricos. Turma CI-202-X. Josiney de Souza.

CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I NOTAS DE AULAS Prof. Dr. Luiz Francisco da Cruz Departamento de Matemática UNESP/Bauru

Solução: Alternativa (c). Esse movimento é retilíneo e uniforme. Portanto h = (g t 1 2 )/2 e 2 h =

Cálculo de primitivas ou de antiderivadas

A DERIVADA E SUAS APLICAÇÕES NA CIÊNCIA XX INIC / XVI EPG / VI INID - UNIVAP 2016

Resolução comentada da questão 1 da P1 de 2015 da disciplina PME Mecânica dos Fluidos I

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

(x 1) 2 (x 2) dx 42. x5 + x + 1

ANÁLISE MATEMÁTICA IV LEEC SÉRIES, SINGULARIDADES, RESÍDUOS E PRIMEIRAS EDO S. disponível em

RESUMO DE INTEGRAIS. d dx. NOTA MENTAL: Não esquecer a constante para integrais indefinidas. Fórmulas de Integração

Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Computação Fundamentos IV. Clarimar J. Coelho

Equações Paramétricas e Coordenadas Polares. Copyright Cengage Learning. Todos os direitos reservados.

1. Limite. lim. Ou seja, o limite é igual ao valor da função em x 0. Exemplos: 1.1) Calcule lim x 1 x 2 + 2

13 Fórmula de Taylor

CÁLCULO II - MAT Em cada um dos seguintes campos vetoriais, aplicar o resultado do exercício 3 para mostrar que f

Derivadas. Derivadas. ( e )

MAT 121 : Cálculo Diferencial e Integral II. Sylvain Bonnot (IME-USP)

[a11 a12 a1n 7. SISTEMAS LINEARES 7.1. CONCEITO. Um sistema de equações lineares é um conjunto de equações do tipo

INTEGRAIS DE FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS

3. Alguns conceitos de cálculo

Profa. Andréa Cardoso UNIFAL-MG MATEMÁTICA-LICENCIATURA 2015/1

Matemática para a Economia II - 7 a lista de exercícios Prof. Juliana Coelho

y y(y + 3x) em frações parciais: 1 u + 1 A(u + 1) + Bu = 1 A = 1, B = 1 du u(u + 1) u + 1 u 2 u + 1

Resumo dos resumos de CDI-II

2.3- Método Iterativo Linear (MIL)

Introdução à Integrais Antiderivação. Aula 02 Matemática II Agronomia Prof. Danilene Donin Berticelli

Aula 12 Introdução ao Cálculo Integral

O logarítmo e aplicações da integral Aula 31

1. As funções tangente e secante As expressões para as funções tangente e secante são

UNIFEI - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ

2 Propriedades geométricas de curvas parametrizadas no R 4

Aula n o 29:Técnicas de Integração: Integrais Trigonométricas - Substituição Trigonométrica

Integração por Quadratura Gaussiana

Transcrição:

4. INTEGRAIS 4.1 INTEGRAL INDEFINIDA A integral indefinida da função f(x), denotada por f x dx, é toda expressão da forma F(x) + C, em que F (x) = f(x) num dado intervalo [a,b] e C é uma constante arbitrária. A função F(x), cuja derivada equivale a f(x), é denominada primitiva de f(x). Exemplos: 1) dx = x C Como, neste caso, temos f(x) = 1, obviamente a primitiva é F(x) = x, pois F (x) = x = 1 = f(x). 2) x dx = 1 2 x2 C Neste caso f(x) = x, então F(x) = x 2 /2, pois F (x) = (x 2 /2) = x = f(x). 3) x 2 dx = 1 3 x3 C Neste caso f(x) = x 2, então F(x) = x 3 /3, pois F (x) = (x 3 /3) = x 2 = f(x). 4) cos x dx = sen x C Neste caso f(x) = cos x, então F(x) = sen x, pois F (x) = (sen x) = cos x = f(x). 5) sen xdx = cos x C Neste caso f(x) = sen x, então F(x) = cos x, pois F (x) = ( cos x) = ( sen x) = sen x = f(x). 6) dx x = ln x C Neste caso f(x) = 1/x, então F(x) = ln x, pois F (x) = (ln x) = 1/x = f(x). Algumas propriedades de integrais incluem: a) k f x dx = k f x dx, sendo k uma constate real b) [ f x g x ]dx = f x dx g x dx

Exemplos: a) 3 x dx = 3 x dx = 3 2 x2 C b) 7 x 2 3 dx = 7 x 2 dx 3dx = 7 x 2 dx 3 dx = 7 3 x3 3 x C 4.1.1. DIFERENCIAL A diferencial corresponde a uma variação infinitamente pequena de uma dada variável. A diferencial de uma função y = f(x) é dada por dy = f (x) dx. Exemplos: a) se y = x, então dy = x dx = 1dx = dx b) se y = x 3, então dy = (x 3 ) dx = 3x 2 dx c) se y = cos x, então dy = (cos x) dx = sen x dx Importante: Para obter uma integral pode ser conveniente efetuar uma mudança de variável, ao que será necessário determinar sua diferencial. Determine a integral indefinida cos x sen x dx. Se definirmos uma nova variável y = sen x, decorre que sua diferencial será dy = (sen x) dx = cos x dx Se substituirmos y e dy obtidos na expressão da integral em x, teremos cos x sen x dx = y dy Assim, com a mudança de variável passamos de uma integral em x, mais difícil de resolver, para uma integral em y, que é trivial, pois y dy = 1 2 y2 C Substituindo y = sen x na primitiva encontrada, temos cos x sen x dx = 1 2 sen2 x C

4.2. INTEGRAÇÃO POR PARTES Certas integrais podem ser simplificadas com o auxílio da seguinte identidade: u dv = uv v du Eventualmente, o lado direito dessa identidade, uv v du, é mais facilmente obtida do que a integral u dv que se quer resolver. Para isso, devemos definir convenientemente a variável u e a diferencial dv e determinar a variável v e a diferencial du. Esse procedimento se denomina integração por partes. Determine x cos x dx por meio da integração por partes. Note que para esta integral é difícil adivinhar a primitiva, de modo que é conveniente tentar a integração por partes. Primeiramente, devemos definir u e dv para a integral. A diferencial dv deverá conter, necessariamente, a diferencial dx. Podemos escolher, por exemplo, u = x e dv = cos x dx. Determinamos agora v e du. Como u = x, segue que du = f x dx = x dx = dx Integrando dv = cos x dx em ambos os lados, dv = cos x dx, temos v = sen x (as constantes de integração de lado a lado são iguais, por isso as ignoramos) Substituindo u, v, du e dv na fórmula da integração por partes chegamos a x cos x dx = x sen x sen x dx Como sen xdx = cos x C, temos x cos x dx = x sen x cos x C

que é a resposta buscada. Note que, se derivarmos a primitiva, consistentemente obtemos o integrando: x sen x cos x = x cos x 4.3. INTEGRAL DEFINIDA A integral definida de f(x) é definida num intervalo [a,b] da função e é determinada pela Fórmula de Newton-Leibniz: a b f x dx = F b F a, em que F(b) e F(a) são os valores da primitiva de f(x) nos limites a e b do intervalo. A integral definida tem uma interpretação geométrica: equivale ao valor da área debaixo do gráfico da função de f(x) (e acima do eixo x) entre a e b. Determine a integral definida 2 xdx. A integral indefinida nos dá a primitiva de f(x) = x : x dx= 1 2 x2 C, ou seja, F(x) = x 2 /2. Logo, temos 2 xdx = 1 2 2 2 1 2 1 2 = 2 1 2 = 1 2 4.4. INTEGRAIS IMPRÓPRIAS (INTEGRAIS ENVOLVENDO O INFINITO) Integrais definidas em que um ou ambos os limites de integração tendem ao infinito não podem ser resolvidas por meio da Fórmula de Newton-Leibniz, visto que esta requer o cálculo da primitiva em valores determinados. Tais integrais são chamadas integrais impróprias. Para determiná-las, empregamos, por exemplo, a seguinte identidade: a f x dx = lim b ab f x dx, supondo que f(x) seja integrável no intervalo [a,+infinito). Isto é, determinamos primeiro o valor da integral definida para um limite genérico representado por uma variável e então tomamos o limite para essa variável tendendo ao infinito. Do mesmo modo, são verdadeiras as identidades

b f x dx = lim a ab f x dx, supondo que f(x) seja integrável no intervalo ( infinito,b], e b f x dx = lim a a f x dx lim b ab f x dx, supondo que f(x) seja integrável no intervalo ( infinito,+infinito). Determine o valor da integral imprópria x 2. O valor da integral será dado por x = lim b dx 2 1 b x 2 Primeiramente determinamos a integral indefinida associada pois precisamos da primitiva: dx x 2 = 1 x C Assim, para a integral definida teremos (empregando a Fórmula de Newton- Leibniz): dx b x = 1 2 b 1 1 = 1 1 b ; note que esta expressão depende da variável temporária b. Por fim, determinamos o limite: dx lim b b x = lim 2 b 1 1 b = 1 Portanto, x 2 = 1