CAPACITOR EM REGIME DC

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Transcrição:

CAPACITOR EM REGIME DC

Objetivo - Verificar experimentalmente as situações de carga e descarga de um capacitor. Teoria O capacitor é um componente que tem como finalidade armazenar energia elétrica. É formado duas placas condutoras, também denominadas de armaduras, separadas por um Isolante ou dielétrico. Ligados a essas placas condutoras estão os terminais para conexão deste com outros componentes, conforme mostra a figura abaixo. Capacitor. Capacitância (C) é a característica que o capacitor apresenta de armazenar mais ou menos cargas elétricas por unidade de tensão. C=Q/V C- Capacitância Q- Carga Elétrica V-Tensão

Quando aplicarmos uma tensão igual a 1 volt (V) e o capacitor armazenar 1 Coulomb(C), teremos então uma capacitância igual a 1 Farad (F). Devido às dificuldades construtivas, os capacitores encontram-se situados em faixa de valores submúltiplos do Farad, como micro Farad (µ.f), nano Farad (ηf) e o pico Farad (pf). 1µ.F = 10-6 F 1ηF = 10-9 F 1pF = 10-12 F Além do valor da capacitância, é preciso especificar o valor limite da tensão a ser aplicada entre seus terminais. Esse valor é denominado tensão de isolação e varia conformo o tipo de capacitor. Na prática, encontramos vários tipos de capacitor com aplicações específicas, dependendo de aspectos construtivos, tais como: material utilizado como dielétrico, tipo de armadura e encapsulamento. Dentro dos diversos tipos, destacamos: 1) Capacitores plásticos (poliestireno, poliéster): consistem em duas folhas de alumínio separadas pelo dielétrico de material plástico. Sendo os terminais ligados às folhas de alumínio, o conjunto é bobinado e encapsulado, formando um sistema compacto. Uma outra técnica construtiva é vaporizar alumínio em ambas as faces do dielétrico formando o capacitor. Essa técnica é denominada de metalização e traz como vantagem maior capacidade em comparação com os de mesmas dimensões dos não metalizados.

2) Capacitores eletrolíticos de alumínio: consistem em uma folha de alumínio anodizado como armadura positiva, em que, por um processo eletrolítico, forma-se uma camada de óxido de alumínio que serve como dielétrico, e um fluído condutor, o eletrólito que impregnado em um papel poroso é colocado em contato com outra folha de alumínio de maneira a formar a armadura negativa. O conjunto é bobinado, sendo a folha de alumínio anodizada, ligada ao terminal positivo e outra ligada a uma caneca tubular, encapusalamento do conjunto, e ao terminal negativo. Os capacitores eletrolíticos, por apresentarem o dielétrico como uma fina camada da óxido de alumínio e em uma das armaduras um fluído, constituem uma série de altos valores de capacitância, mas com valores limitados de tensão de isolação e terminais polarizados. De forma idêntica, encontramos os capacitores eletrolíticos de tântalo, em que o dielétrico é formado por óxido de tântalo, cuja constante dielétrica faz obter um capacitor de pequenas dimensões, porém com valores de tensão de isolação mais limitados. 3) Capacitores cerâmicos: apresentam como dielétrico um material cerâmico, que revestido por uma camada de tinta, que contém elemento condutor formando a armaduras. O conjunto recebe um revestimento isolante. São capacitores de baixo valores e altas tensões de isolação. Os capacitores, analogamente aos resistores, possuem valores de capacitância padronizados que obedecem à sequência 1-1,2-1,5-1,8-2,2-2,7-3,3-4,7-5,6,- 6,8-8,2 com fator multiplicativo, conforme a faixa desde pf até µf.

Normalmente, o valor da capacitância, a tensão de isolação e a tolerância são impresso no próprio encapsulamento do capacitor, todavia em alguns tipos, como os de poliéster metalizado, estes parâmetros são especificados por um código de cores. A tabela abaixo mostra esse código de cores, bem como a identificação no corpo do capacitor.

O estudo do comportamento do capacitor em regime DC na situação de carga e descarga. Ao aplicar a um capacitor uma tensão contínua por meio de um resistor, este se carrega com uma tensão, cujo valor depende do intervalo de tempo em que se desenvolverá o processo. Estando o capacitor inicialmente descarregado (V c =0), em t = 0 fechamos a chave circuito. A corrente neste instante é a máxima do circuito, ou seja, l máx = E/R.

A partir daí, o capacitor inicia um processo de carga com aumento gradativo da tensão entre seus terminais (V c ) e, consequentemente, teremos uma diminuição da corrente, obedecendo a uma função exponencial, até atingir o valor zero, quando este estiver totalmente carregado. Variação da corrente em função do tempo

A partir desta característica, podemos equacionar a corrente em função do tempo e dos componentes do circuito.

Substituindo a expressão da corrente, temos: Portanto denominada equação de carga do capacitor Por meio da equação de carga podemos levantar a característica do capacitor, ou seja, a tensão entre os terminais em função do tempo. Tensão do capacitor em três pontos notáveis t=0, t=τ, t=5τ