TRIBUTOS INDIRETOS IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS ICMS

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Transcrição:

TRIBUTOS INDIRETOS IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS ICMS Competência:Estados e DF Observando a LC 87/96 (Lei Kandir) Observando os convênios entre os Estados (CONFAZ) CONTRIBUINTE E FATO GERADOR: CONTRIBUINTE PF PJ Que realize circulação de mercadorias com intuito comercial; Prestação de serviços: - Transporte intermunicipal - Transporte interestadual - Serviço de comunicação -Serviço de telecomunicação (EC 3/93). O ICMS incide também sobre as operações com energia elétrica, combustíveis líquidos e gasosos, lubrificantes e minerais. NÃO CUMULATIVIDADE (ART. 155, 2º, Inc. I, CF/88). Ou seja, compensa-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas operações pelo mesmo ou por outro estado ou pelo DF. Exemplo 1: Venda Compra Valor Débito Crédito ICMS a recolher Indústria A Distrib. B 200.000 Distrib. B Varejista C 400.000 Varejista C Consumidor 600.000 Totais

*ICMS: 18% Com isso, um contribuinte, ao adquirir uma mercadoria para revender, terá incluído em seu valor total o ICMS pago ao fornecedor. Por ocasião da venda dessa mercadoria, tal contribuinte deverá cobrar do seu cliente o ICMS com base no valor da venda, incluindo o no valor total. No final do período, o imposto a ser recolhido deverá ser calculado pela diferença entre o valor incidente no momento da venda e aquele pago ao fornecedor na aquisição para determinar o saldo a pagar (saldo devedor), ou saldo a recuperar nos próximos períodos (saldo credor). Cabe destacar que o ICMS é calculado por dentro, ou seja, no preço de venda ou compra; o ICMS está inserido no valor total da nota fiscal, integrando, dessa forma, a sua própria base de cálculo. Exemplo 2: NOTA FISCAL Dados Compra R$ Venda R$ Valor total da nota fiscal 1.800 2.700,00 ICMS (25%) ICMS a recolher Demonstre a contabilização dos fatos. Além da não cumulatividade, o ICMS poderá ser seletivo em função da essencialidade das mercadorias e serviços (ART. 155, 2º, Inc. III, CF/88), ou seja, quanto mais essencial for o produto, menor poderá ser a incidência do imposto sobre ele. Exemplo: Alíquota MG: 25% Alíquota MG: 12% http://www.fazenda.mg.gov.br/empresas/legislacao_tributaria/ricms_2002_seco/partegeral2002 _2.htm#art42 Para ter direito ao crédito da operação anterior o contribuinte comprador deverá observar: O ICMS deverá ser destacado em documento fiscal hábil; Emitente do documento fiscal seja contribuinte em situação regular no Estado; Deve escriturar o documento fiscal no livro de registro de entradas; O direito ao crédito extingue-se após cinco anos contados da data da emissão do documento fiscal. OBS: Só podem gerar crédito: As entradas de mercadorias destinadas à revenda; Entradas de insumos (matéria prima, embalagem, produtos intermediários) utilizados na produção de produtos destinados à venda, cujas saídas sejam tributadas. Se a saída for isenta ou não tributada, o crédito pela entrada deverá ser anulado por lançamento de estorno, exceto em casos especiais (saídas destinadas ao exterior) em que pode-se manter os créditos das entradas.

BASE DE CÁLCULO DO ICMS: Cada Estado regulamenta, no âmbito de sua jurisdição, o fato gerador do ICMS, obedecendo a LC 87/96. Regra geral a base de cálculo do ICMS, é o valor da operação relativa à circulação da mercadoria, ou o preço do serviço respectivo. Na base de cálculo se incluem as despesas recebidas do comprador, ou a este debitadas, bem como os descontos condicionais a este concedidas, mas não se incluem os descontos incondicionais, porque não integram estes no valor da operação. O fato gerador é o Marco inicial da operação (art. 11 Lei 87/96). OPERAÇÕES INTERESTADUAIS. Como cada Estado tem competência para legislar sobre ICMS implica que cada Estado tem sua própria legislação relativa ao tributo. O problema é que as mercadorias circulam fora dos limites territoriais de um único Estado, sendo que, muitas vezes, o Estado de origem e de destino possuem alíquotas e obrigações acessórias diferentes. ALÍQUOTA INTERESTADUAL OPERAÇÕES INTERESTADUAIS REGULADAS PELO CONFAZ. Existe um projeto de resolução 1/2013, em tramitação no Senado Federal, que irá unificar as alíquotas para as operações interestaduais. A transformação do projeto em resolução do SENADO requer aprovação dessa casa legislativa. Esse projeto estabelece: ANO DE 2014:

REDUÇÃO DE 1% POR ANO ATÉ 2015: OBS: Se a operação for realizada com não contribuinte deverá ser utilizada a alíquota interna do produto neste Estado. Exemplo 3: A Cia ABC, localizada no Estado de MG, vende um determinado produto para um comprador nas seguintes situação. Descrição Valor Tipo de adquirente Total da Operação 5.100,00 Contribuinte na Paraíba ICMS Descrição Valor Tipo de adquirente Total da Operação 5.100,00 Contribuinte no próprio Estado ICMS* * Alíquota interna desse produto no estado de MG: 18%. Descrição Valor Tipo de adquirente Total da Operação 5.100,00 Não Contribuinte ICMS* Exemplo 4: A Comercial Alfa varejista situada em Brejo Santo (Rio Grande do Sul) adquiriu mercadorias a prazo (em maio), da Comercial Beta situada em Santo Antônio da Ponte (MG), para revenda no valor de R$ 25.000,00. A Comercial Alfa, no mesmo mês, revendeu, também a prazo, metade das mercadorias que havia comprado por R$ 30.000,00, para consumidor final residente na mesma cidade. O ICMS interno do Estado do RS é de 17%. Ao final do período de apuração, o imposto devido pela empresa Alfa ao Estado do RS será: Compras (entradas) Base de cálculo Alíquota ICMS Vendas (saídas) Base de cálculo Alíquota ICMS Saldo a recolher

Demonstre a contabilização e o ARE da empresa. SIMPLES NACIONAL: As ME ou as EPP optantes pelo Simples Nacional poderão apropriar ou transferir créditos relativos a tributos abrangidos pelo Simples Nacional? E utilizar ou destinar valor a título de incentivo fiscal? As ME e as EPP optantes pelo Simples Nacional não poderão apropriar ou transferir créditos relativos a impostos ou contribuições abrangidos por esse regime, nem poderão utilizar ou destinar qualquer valor a título de incentivo fiscal. Entretanto, as pessoas jurídicas não optantes pelo Simples Nacional terão direito a crédito correspondente ao ICMS incidente sobre as suas aquisições de mercadorias de ME ou EPP optante pelo Simples Nacional, desde que destinadas à comercialização ou industrialização e observado, como limite, o ICMS efetivamente devido pelas optantes pelo Simples Nacional em relação a essas aquisições. NÃO CUMULATIVIDADE NA AQUISIÇÃO DE BENS PARA O ATIVO IMOBILIZADO Desde que usados na produção, o crédito de ICMS pago por ocasião da aquisição de bens para integrar o ativo imobilizado pode ser feito em 48 vezes. Exemplo 5: A Cia ABC adquiriu uma máquina por R$ 100.000, alíquota do ICMS 12%. O bem será usado na produção de bolas de gude. No mês de maio de 2015, a empresa vendeu R$ 25.000 em bolas de gude para um atacadista de brinquedos, ICMS 18%. Apure o ICMS devido, considerando que a empresa não efetuou compras no mês. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA ( art. 6º LC:87/96) A legislação atribui um Responsável (participante da cadeia produtiva) por antecipar o recolhimento que ocorreriam nas transações subsequentes ou antecedente ou ambos. Para isso o contribuinte deverá projetar a margem de valor a ser agregado na mercadoria, e recolher o ICMS calculado sobre essa margem. Obviamente que o ICMS devido pelo substituído será acrescentado no valor da operação de envio da mercadoria. Logo, o contribuinte substituído, irá desembolsar o valor do ICMS antes de efetivamente promover a saída da

mercadoria de seu estabelecimento. É o que se denomina de fator gerado presumido ou substituição tributária para frente. A margem de valor agregado acrescida é obtida por meio do índice de valor adicional setorial (IVA-ST) fixado pelas secretarias de fazenda dos Estados. Nas operações interestaduais o regime de substituição tributária é regulado por Convênio entre os Estados. E SE A MERCADORIA FOR DETERIORADA? No caso de não ocorrência do fato gerador presumido, o contribuinte substituído tem o direito à restituição do ICMS pago por antecipação, desde que comprove que o fato gerador realmente não ocorreu. E SE O CONTRIBUINTE SUBSTITUÍDO VENDER A MERCADORIA POR UM VALOR MAIOR? Se realizar o fato gerador e o valor da operação for maior do que o projetado pelo contribuinte substituto, não estará obrigado a recolher a diferença de ICMS. Todavia, se o valor da operação for menor que a projeção, não terá direito à restituição da diferença. ST PARA TRÁS (substituo recolhe o tributo devido pelo contribuinte que o antecedeu na cadeia produtiva). O ICMS deve ser calculado e recolhido sobre o valor da operação promovida pelo substituído. Empresas do SIMPLES NACIONAL estão sujeitas ao regime de substituição tributária do ICMS. Neste regime, por exemplo, uma pequena indústria que se enquadre na condição de substituta tributária é obrigada a calcular e recolher o ICMS por toda a cadeia comercial, ou seja, deve projetar o valor que será cobrado do consumidor final e calcular o ICMS, recolhendo-o antecipadamente. Exemplo 6, a indústria "X" efetua com a comercial "Y" uma operação sujeita a substituição tributária no valor de R$ 10.000,00. O preço estimado de venda ao consumidor final será acrescido de uma margem agregada de 40%*. Com estes dados a indústria calculará e recolherá o seguinte valor de ICMS na condição de substituta tributária: Valor de venda da indústria: R$ 10.000,00 - Margem Agregada pelo comerciante: R$ - Valor de Venda do comerciante: R$ - ICMS a ser recolhido pela indústria na condição de substituta tributária: R$ As empresas optantes pelo Simples Nacional podem ser afetadas pelo regime de substituição tributária, tanto na condição de substitutas quanto substituídas. Desta forma é importante que o pequeno empresário tenha em mente as seguintes diretrizes: 1) Caso a empresa comercial se encontre na condição de substituída tributária, deve, na comercialização de itens sujeitos ao referido regime, informar as respectivas receitas destacadamente no Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples - PGDAS, de modo que estas sejam desconsideradas no cálculo do ICMS. No entanto,

devem ser mantidas para o cálculo dos demais tributos abrangidos pelo Simples Nacional. Neste caso não haverá valor a recolher referente ao ICMS próprio, pois o imposto foi calculado e recolhido integralmente pela indústria. Exemplo 7: Uma pequena farmácia, que, dentre outros itens, adquire medicamentos da indústria para revenda. O ICMS que seria devido já foi integralmente calculado e recolhido pela indústria, na condição de substituta tributária. Desta forma, quando a farmácia for informar as receitas no PGDAS destacará a revenda de mercadorias com substituição tributária, assim o aplicativo não gerará o ICMS sobre essa parcela do faturamento. Então teríamos: - Comercialização de itens sujeitos a ST: R$ 10.000,00 - Faturamento total da Farmácia no mês : R$ 14.000,00 - Base tributável do ICMS na forma do Simples Nacional: R$ 4.000,00 2) Na condição de substituta tributaria, a indústria optante deverá recolher à parte o ICMS devido por substituição. O ICMS próprio, por sua vez, deverá ser recolhido dentro do Simples Nacional. A sistemática de cálculo está prevista nos artigos 13 e 77 da Lei Complementar 123/2006, com redação dada pela Lei Complementar 128/2008. Neste caso haverá valor a recolher referente a ICMS próprio, pois a receita será tributada normalmente por dentro do Simples Nacional, todavia, adicionalmente, o imposto devido por substituição tributária será calculado nos termos das demais empresas não optantes e recolhido em guia própria.