newsletter Nº 74 MARÇO / 2013

Documentos relacionados
As novas regras de tributação de rendimentos de capitais, mais-valias e de tributação do património

Principais medidas decorrentes do Decreto-Lei 197/2012, de 24 de Agosto:

INFORMAÇÃO FISCAL. IVA - Imposto sobre o valor acrescentado. Despesas em que o IVA é dedutível. Despesas em que o IVA não é dedutível

RENDIMENTOS DE CAPITAIS

IRC opção pelo regime simplificado

A REFORMA TRIBUTÁRIA EM ANGOLA

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC)

4 de Setembro 2012 Direito Fiscal

Portaria n.º 1458/2009. de 31 de Dezembro

O IRC no Orçamento do Estado para Audit Tax Advisory Consulting

PROSPECTO INFORMATIVO Depósito Indexado - Produto Financeiro Complexo

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas

Estatuto dos Beneficios Fiscais

BPI αlpha O FEI que investe em Produtos Estruturados.

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA FINANÇAS E TRABALHO, SOLIDARIEDADE E SEGURANÇA SOCIAL Diário da República, 1.ª série N.º 64 1 de abril de 2016

DIREITO FISCAL 4.º ANO EXAME DE 17 DE JANEIRO DE Regente: Prof. Doutora Ana Paula Dourado

CONTALIVRE CONTABILIDADE, AUDITORIA E GESTÃO DE EMPRESAS,LDA CIRCULAR Nº 1/2014 IRS

ORIENTAÇÕES (2014/647/UE)

SEGUROS DE VIDA IRS 2014

SEGUROS DE VIDA IRS 2015

NOTÍCIAS À SEXTA

ORA newsletter. Resumo Fiscal/Legal Outubro de Proposta de Lei do Orçamento do Estado para Revisores e Auditores 9

Portaria n.º 1323-B/2001

PROSPETO INFORMATIVO EUR BAC DUAL PORTUGAL PRODUTO FINANCEIRO COMPLEXO

GUIA PRÁTICO MEDIDAS ESPECÍFICAS E TRANSITÓRIAS DE APOIO E ESTÍMULO AO EMPREGO

IVA As recentes alterações legislativas

1. Rosto. Quadro 5 Residência fiscal

ORA newsletter. Resumo Fiscal/Legal Junho de IVA Alteração das Taxas Reduzida, Intermédia e Normal 2 Revisores e Auditores 5

EMISSOR: Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social

Fiscalidade de Seguros

EM QUE CONSISTE? QUAL A LEGISLAÇÃO APLICÁVEL?

LEI 8.849, DE 28 DE JANEIRO DE 1994

ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO IRS DL 238/2006 E LEI 53-A/2006

Perspectiva Fiscal SAMUEL FERNANDES DE ALMEIDA. de de 2012

Portaria n.º 1098/2008

GUIA FISCAL ASSOCIATIVO 2012 GAMA Gabinete de Apoio ao Movimento Associativo Câmara Municipal de Vila Franca de Xira

Orçamento de Estado Aspetos essenciais

IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO

Gabinetes dos Secretários de Estado do Orçamento e da Administração Pública DESPACHO

MEMORANDO. Cartões 6 Cartões de dupla funcionalidade (débito/crédito)

Contas à ordem Conta ordenado Conta não residente Depósito a prazo Contas Poupança-Habitação (CPH) Cartões de dupla funcionalidade (débito/crédito)

Novas regras de facturação

PPR Taxa Garantida 2% + O PPR Taxa Garantida 2%+ é um plano de poupança que assegura:

TAX alert 15 NOVEMBRO / 2013

NEWSLETTER Fevereiro 2014 SEGURANÇA SOCIAL 2014

Fiscalidade em Portugal. Um primeiro olhar

e Legislação Complementar

autoridade tributária e aduaneira

O Orçamento de Estado para 2012 e os advogados

Preçário ABANCA CORPORACIÓN BANCARIA, S.A. - SUCURSAL EM PORTUGAL

Overview pela fiscalidade no sector imobiliário

NEWSLETTER FISCAL Setembro Alterações Fiscais Relevantes

Respostas a questões das IC s sobre a Linha de Crédito PME Investe II / QREN

Overview pela fiscalidade no sector imobiliário

Editorial. Carlos Loureiro Managing Partner - Tax

Assim, integram a Categoria E os rendimentos de capitais, enumerados no artigo 5.º do CIRS.

Circular Gabinete Jurídico-Fiscal

Calendário Fiscal 2012 quando declarar e quando pagar impostos em 2012

Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA)

Emitente: CONSELHO DIRECTIVO. Norma Regulamentar N.º 21/2002-R. Data: 28/11/2002. Assunto:

Sobretaxa extraordinária

A empresa Branco & Lima Contabilidade e Consultoria, Lda presta serviços de contabilidade, fiscalidade, consultoria, gestão e serviços complementares.

Regime fiscal das fundações. Guilherme W. d Oliveira Martins FDL

Janeiro Especial Tax News Flash - OE 2013 Medidas que fazem diferença

OLIVEIRA, REIS & ASSOCIADOS, SROC, LDA.

DECLARAÇÃO MENSAL DE REMUNERAÇÕES (AT)

Janeiro 2013 v1.2/dbg

DATA 29/05/2014 Pagina FORNECEDORES E CONTAS A PAGAR NACIONAIS A CURTO PR S C 0,00 582, , ,96 C

Fiscalidade 2013 Última atualização 2013/09/17. Cartões 6 Cartões de dupla funcionalidade (débito/crédito)

Lei n.º 12-A/2010. de 30 de Junho

Fiscalidade 2012 Última Actualização 2012/10/31

Calendário Fiscal. Fevereiro de 2014 DIA 10. Segurança Social - declaração de remunerações (Janeiro)

2.º SUPLEMENTO II SÉRIE ÍNDICE. Ministério das Finanças PARTE C. Segunda-feira, 14 de janeiro de 2013 Número 9

CATEGORIA A TRABALHO DEPENDENTE

Boletim Informativo AMI 10467

Orçamento Estado Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro

VALOR RESIDUAL Enquadramento contabilístico e fiscal

ORA newsletter. Nº 62 MARÇO/2012 (circulação limitada) Assuntos LEGISLAÇÃO FISCAL/LEGAL FEVEREIRO DE 2012

g ~ autoridade tributária e aduaneira A Portaria n 421/2012, de 21 de dezembro, aprovou os novos modelos de impressos da

empresarial Jorge Figueiredo

INSTITUTO SUPERIOR DE ECONOMIA E GESTÃO LICENCIATURA ECONOMIA, GESTÃO, FINANÇAS E MAEG

Informações Fundamentais ao Investidor PRODUTO FINANCEIRO COMPLEXO

NEWSLETTER FISCAL Junho Crédito Fiscal Extraordinário ao Investimento, Orçamento. Retificativo para 2013 e Outros Assuntos Relevantes

Briefing Laboral # 18 1

FISCALIDADE DAS COOPERATIVAS

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE DE BAYU-UNDAN

Custos do Mercado. Regulamento n.º 1/2005, de 22 de Janeiro de 2007 B.O n.º 4 - I Série

PRODUTO FINANCEIRO COMPLEXO DOCUMENTO INFORMATIVO EUR BES PSI NOTES

EM QUE CONSISTE? QUAL A LEGISLAÇÃO APLICÁVEL?

20. OPERAÇÕES DE CRÉDITO (OUTROS CLIENTES)

AS ASSOCIAÇÕES, CLUBES, COLETIVIDADES

OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS 2013

Orçamento do Estado para 2004

3450-C PERÍODO DE TRIBUTAÇÃO. De a ÁREA DA SEDE, DIREÇÃO EFETIVA OU ESTAB.

Município do Fundão. Reabilitação e a Eficiência Energética Conservação/Reparação Áreas de Reabilitação Urbana ARU.

PAGAMENTO DE IMPOSTOS

Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social. Trabalhadores Independentes

NEWSLETTER I FISCAL. NEWSLETTER FISCAL I Novembro, I Legislação Nacional 2. II Instruções Administrativas 3. III Jurisprudência Europeia 5

1. CONTAS DE DEPÓSITO (PARTICULARES) (ÍNDICE)

Transcrição:

newsletter Nº 74 MARÇO / 2013

Assuntos em Destaque Resumo Fiscal/Legal Fevereiro de 2013 2 Lei do Orçamento do Estado para 2013 (IRS) 3 Revisores e Auditores 11 LEGISLAÇÃO FISCAL/LEGAL Assembleia da República - Lei n.º 15/2013, de 8 de Fevereiro - Estabelece o regime jurídico a que fica sujeita a actividade de mediação imobiliária, conformando-o com a disciplina constante do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de Julho, que transpôs para a ordem jurídica interna a Directiva n.º2006/123/ce, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de Dezembro de 2006, relativa aos serviços no mercado interno. Assembleia da República - Lei n.º 18/2013, de 18 de Fevereiro - Autoriza o Governo a aprovar os princípios e regras gerais aplicáveis ao sector público empresarial, incluindo as bases gerais do estatuto das empresas públicas, bem como a alterar os regimes jurídicos do sector empresarial do Estado e das empresas públicas e a complementar o regime jurídico da actividade empresarial local e das participações locais. Ministério das Finanças - Decreto-Lei n.º 24/2013, de 19 de Fevereiro - Estabelece o método de determinação das contribuições iniciais, periódicas e especiais para o Fundo de Resolução, previstas no Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras. Presidência do Conselho de Ministros e Ministério das Finanças - Portaria n.º 75/2013, de 18 de Fevereiro - Regulamenta o disposto no n.º 2 do artigo 9.º e n.º 3 do artigo 22.º, ambos da Lei-Quadro das Fundações (Lei n.º 24/2012, de 9 de Julho). Ministério da Economia e do Emprego - Portaria n.º 68/2013, de 15 de Fevereiro - Aprova o Regulamento do Sistema de Incentivos de Apoio Local a Microempresas. Assembleia da República - Lei n.º 22/2013. (D.R. n.º 40, de 26 de Fevereiro) - Estabelece o estatuto do administrador judicial. 2/11

LEI DO ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2013 (IRS) Na Newsletter n.º 72 divulgamos as principais medidas de natureza fiscal previstas na Lei do Orçamento do Estado para 2013 (OE 2013) que terão implicações directas na actividade empresarial. Neste número procuramos enunciar um conjunto de medidas fiscais introduzidas pela Lei do OE 2013 com impacto no código do imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (algumas já com efeitos práticos e outras com impacto visível apenas na próxima entrega anual da declaração anual de IRS). RENDIMENTOS DO TRABALHO DEPENDENTE CATEGORIA A Subsídio de refeição O subsídio de refeição pago em numerário passa a ser sujeito a tributação na parte que exceda o limite legal estabelecido para o Estado (4,27 euros/dia). Mantém-se o limite de exclusão de tributação actualmente previsto para o subsídio atribuído em vales de refeição (actualmente fixado em 6,83 euros/dia). Formação profissional Para efeitos de majoração da dedução específica, as despesas de formação profissional deixam de ser consideradas. Ajudas de custo Reduz-se os limites legais de isenção de IRS e Segurança Social relativos ao pagamento de ajudas de custo na função pública em deslocação ao estrangeiro, conforme tabela abaixo: 2013 2012 Membros do Governo 100,24 133,66 Remuneração superior ao nível 18 89,35 119,13 Remuneração entre nível 18 e 9 85,50 111,81 Outros 72,72 95,10 Adicionalmente nas deslocações em território nacional só há direito ao abono de ajudas de custo nas deslocações diárias que se realizem para além de 20kms do domicílio necessário e nas deslocações por dias sucessivos que se realizem para além de 50kms do mesmo domicílio. 3/11

RENDIMENTOS EMPRESARIAIS E PROFISSIONAIS CATEGORIA B Regime simplificado Mantém-se o coeficiente de 0,20 para efeitos de determinação do rendimento tributável proveniente das vendas de mercadorias e produtos, aumentando de 0,7 para 0,75 o coeficiente aplicável aos restantes rendimentos da categoria B. RENDIMENTOS PREDIAIS CATEGORIA F Deduções É introduzida a possibilidade de dedução do montante do imposto de selo que incida sobre o valor dos prédios aos rendimentos brutos auferidos. TAXAS Taxas gerais e escalões Foi reduzido de oito para cinco o número de escalões e o valor do rendimento colectável do último escalão de 153.000 euros para 80.000 euros. Foram também alteradas as taxas gerais, constando da tabela seguinte as taxas para 2013: Rendimento Colectável (euros) Taxas (percentagem) Normal Média Até 7.000 14,50 14,50 De mais de 7.000 até 20.000 28,50 23,60 De mais de 20.000 até 40.000 37 30,30 De mais de 40.000 até 80.000 45 37,65 Superior a 80.000 48 - Taxa adicional de solidariedade A taxa adicional de solidariedade de 2,5% introduzida em 2012, passa a incidir sobre a parcela do rendimento colectável entre 80.000 euros e 250.000 euros (em 2012 incidia sobre o rendimento colectável que excedia 153.000 euros). Sobre a parcela que excede os 250.000 euros a taxa a aplicar passa a ser de 5%. 4/11

Sobretaxa É introduzida uma sobretaxa de 3,5% a aplicar sobre a parte do rendimento colectável de IRS auferido por sujeitos passivos residentes em território português que exceda, por sujeito passivo, o valor anual da retribuição mínima mensal garantida (6.790 euros por sujeito passivo). A sobretaxa aplica-se aos rendimentos englobados para efeitos de IRS, bem como aos seguintes rendimentos sujeitos a taxas especiais de IRS: Gratificações auferidas pela prestação de trabalho, quando não atribuídas pela entidade patronal, nem por entidade que com esta mantenha relações de grupo, domínio ou simples participação. Rendimentos das categorias A e B auferidos por residentes não habituais em actividades de elevado valor acrescentado. Acréscimos patrimoniais não justificados. Rendimentos de capitais devidos por entidades domiciliadas em país, território ou região sujeitas a um regime fiscal mais favorável, que não tenham sido sujeitos a retenção na fonte em Portugal. Estabelece-se uma dedução à colecta da sobretaxa extraordinária correspondente a 2,5% da retribuição mínima mensal, por cada dependente ou afilhado civil que não seja sujeito passivo de IRS. A retenção na fonte desta sobretaxa deverá obedecer às seguintes regras: A taxa aplicável será de 3,5% sobre a parte do valor do rendimento que, líquido das retenções na fonte e contribuições obrigatórias para a segurança social e subsistemas legais de saúde que exceda o valor da retribuição mínima mensal garantida (485 euros). A retenção será efectuada, mensalmente, pelas entidades devedoras de rendimentos de trabalho dependente e de pensões, no momento do pagamento do rendimento ou da sua colocação à disposição. 5/11

Taxas liberatórias É aumentada a taxa liberatória aplicável aos rendimentos obtidos em território português, constantes das tabelas seguintes: Rendimentos Taxas (%) 2013 Taxas (%) 2012 (1) Juros de depósitos, juros e outras formas de remuneração de suprimentos 28 25/26,5 Rendimentos de títulos de dívida, de operações de reporte e de cessões de crédito 28 25/26,5 Dividendos 28 25/26,5 Resultado da partilha e rendimentos derivados de amortização de partes sociais se redução de capital 28 25/26,5 Rendimentos derivados de resgate, adiantamento ou vencimento de seguros e operações do ramo Vida 28 25/26,5 Rendimentos de valores mobiliários de fonte portuguesa 28 25/26,5 (1) As taxas liberatórias aumentaram de 25% para 26,5% durante o ano de 2012 (alteração introduzida pela Lei 55-A/2012 de 29/10). Relativamente aos rendimentos obtidos por não residentes: Rendimentos Taxas (%) 2013 Taxas (%) 2012 Rendimentos do trabalho dependente, rendimentos empresariais e profissionais, royalties e pensões 25 21,5 Rendimentos de capitais quando não tributados a taxa diferente 28 25/26,5 (1) (1) As taxas liberatórias aumentaram de 25% para 26,5% durante o ano de 2012 (alteração introduzida pela Lei 55-A/2012 de 29/10). 6/11

Taxas especiais É aumentada a taxa especial aplicável aos rendimentos obtidos em território português, constantes das tabelas seguintes: Rendimentos Taxas (%) 2013 Taxas (%) 2012 Saldo positivo entre mais-valias e menos-valias mobiliárias 28 26,5/25 (1) Rendimentos prediais 28 - (2) As taxas especiais aumentaram de 25% para 26,5% durante o ano de 2012 com efeitos a 01/01/2012 (alteração introduzida pela Lei 55-A/2012 de 29/10). Relativamente aos rendimentos obtidos por não residentes: Rendimentos Taxas (%) 2013 Taxas (%) 2012 Mais-valias e outros rendimentos não sujeitos a retenção na fonte às taxas liberatórias 28 25 Saldo positivo entre mais-valias e menos-valias mobiliárias 28 26,5/25 (1) Rendimentos prediais 28 16,5 (2) As taxas especiais aumentaram de 25% para 26,5% durante o ano de 2012 com efeitos a 01/01/2012 (alteração introduzida pela Lei 55-A/2012 de 29/10). DEDUÇÕES À COLECTA E BENEFÍCIOS FISCAIS Passam a ser aplicáveis os seguintes limites às deduções à colecta e aos benefícios fiscais: Escalão do rendimento colectável Limite Benefícios Fiscais Até 7.000 Sem Limite Sem Limite De mais de 7.000 até 20.000 1.250 100 De mais de 20.000 até 40.000 1.000 80 De mais de 40.000 até 80.000 500 60 Superior a 80.000 0 0 De referir que no caso dos limites do 2.º, 3.º e 4.º escalões são majorados em 10% por cada dependente ou afilhado civil que não seja sujeito passivo de IRS. 7/11

Deduções Pessoais São alteradas as deduções pessoais de acordo com o seguinte tabela: Deduções 2013 2012 Por sujeito passivo 213,75 261,25 Por sujeito passivo - famílias monoparentais 332,50 380,00 Por dependente ou afilhados civis: - Agregados com menos de três filhos 213,75 190,00 - Agregados com três ou mais filhos 237,50 190,00 Por ascendente 261,25 261,25 Encargos com imóveis Reduz-se o limite fiscalmente dedutível de encargos com habitação própria e permanente: Deduções 2013 2012 Juros de empréstimos 296,00 591,00 Prestações a cooperativas 296,00 591,00 Rendas 502,00 591,00 Esses limites passam a ser majorados em 50% e 20% apenas para sujeitos passivos cujo rendimento colectável se enquadre no 1.º e 2.º escalões respectivamente. RETENÇÕES NA FONTE Rendimentos de trabalho dependente e pensões Foram aprovadas por Despacho n.º 796-B/2013 de 14 de Janeiro de 2013 do Ministro das Finanças as tabelas de retenção na fonte em vigor para o ano de 2013, as quais reflectem as alterações introduzidas pela Lei n.º 66-B/2012 de 31 de Dezembro de 2012. Rendimentos de outras categorias É aumentada a taxa de retenção na fonte de 21,5% para 25% sobre os rendimentos empresariais e profissionais previstas na tabela de actividades. A taxa de retenção na fonte aplicável aos rendimentos prediais é aumentada de 16,5% para 25%. 8/11

OBRIGAÇÕES DECLARATIVAS Torna-se obrigatória a entrega mensal, até ao dia 10 do mês seguinte ao do pagamento ou colocação à disposição, da declaração modelo 10, relativamente aos rendimentos do trabalho dependente, ainda que isentos ou não sujeitos a tributação. As obrigações declarativas associadas ao pagamento de rendimentos (nomeadamente a inclusão na declaração modelo 10) passam a ser aplicáveis relativamente a rendimentos expressamente excluídos de tributação. Para os restantes rendimentos, mantém-se a periodicidade e prazo actualmente existente (até ao final do mês de Fevereiro do ano seguinte àquele a que os rendimentos respeitam). A declaração modelo 13 (comunicação de operações efectuadas relativamente a valores mobiliários, warrants autónomos e instrumentos financeiros derivados) passa a ser exigível até ao final do mês de Março (esta comunicação era cumprida até ao final de Junho). BENEFÍCIOS FISCAIS Dedução em sede de IRS de IVA suportado em factura É introduzida a possibilidade de dedução à colecta um montante correspondente a 5% do IVA suportado por qualquer membro do agregado familiar, com o limite global de 250 euros, que conste em facturas comunicadas à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) nos seguintes sectores de actividade: Secção G, Classe 4520 - Manutenção e reparação de veículos automóveis; Secção G, Classe 45402 - Manutenção e reparação de motociclos, de suas peças e acessórios; Secção I - Alojamento, restauração e similares; Secção S, Classe 9602 - Actividades de salões de cabeleireiro e institutos de beleza. Os sujeitos passivos que pretendam beneficiar do incentivo devem exigir ao emitente a inclusão do seu número de identificação fiscal nas facturas. Propriedade intelectual A importância a excluir de englobamento, relativa a rendimentos provenientes da propriedade intelectual, é reduzida de 20.000 euros para 10.000 euros. 9/11

Pequenos investidores É revogada a isenção aplicável em sede de IRS concedida até ao valor anual de 500 euros, relativamente ao saldo positivo entre as mais-valias e menos-valias resultantes da alienação de acções, de obrigações e de outros títulos de dívida, obtido por residentes em território português. REGIME DE TRIBUTAÇÃO DOS DEFICIENTES É prorrogada para o ano de 2013 a exclusão de tributação, em sede de IRS, de 10% do rendimento bruto de cada uma das categorias A, B e H, auferido por sujeitos passivos com deficiência, com o limite de 2.500 euros. SEGURANÇA SOCIAL Actualização do IAS O regime de actualização do IAS, mantém-se suspenso durante o ano de 2013, continuando este fixado em 419,22 euros. Membros de Órgãos Estatutários Os membros de órgãos estatutários que exerçam funções de gerência ou de administração passam a ter direito à protecção na eventualidade de desemprego. A taxa contributiva para as entidades empregadoras é aumentada de 20,3% para 23,75% e de 9,3% para 11% para os administradores e gerentes. - Carlos Sousa 10/11

REVISORES E AUDITORES A Comissão de Normalização Contabilística (CNC) tornou pública, recentemente, a sua Newsletter nº 3, destacando-se os seguintes temas que se relacionam com a actividade de revisão/auditoria: i) Descrição das principais tendências da normalização contabilística ao nível dos principais organismos internacionais, designadamente: UNCTAD (United Nations Conference on Trade and Development); IASB (International Accounting Standards Board); e UE (União Europeia); ii) Referência à actividade desenvolvida pela CNC, a qual, em linha com as mais avançadas tendências internacionais, desenvolveu em Portugal vários regimes de normalização contabilística que compreendem: o Regime Geral, o Regime para Pequenas Entidades e o Regime para Entidades do Sector não Lucrativo dentro do Sistema de Normalização Contabilística (SNC); e o Regime para Microentidades. A adopção destes regimes teve como objectivo a modernização contabilística face às normas internacionais de contabilidade (IFRS) e a melhor adequação e simplificação da informação financeira à dimensão e natureza das actividades das entidades; iii) Posição da CNC em relação às propostas de revisão das directivas contabilísticas da UE, que alteram significativamente os requisitos de relato financeiro face à classificação por dimensão das empresas (aumento dos limites para classificação de pequenas entidades e redução na qualidade da informação financeira); iv) A extinção da Comissão de Normalização Contabilística da Administração Pública, cujas atribuições e competências de normalização para o sector púbico foram integradas na CNC. Desta forma, incumbe à CNC realizar os trabalhos técnicos com vista à aprovação de um único Sistema de Normalização Contabilística Público (SNCP) adaptado às normas internacionais específicas para o sector público (IPSAS) e às leis nacionais em que estas matérias são reguladas. Nota: Esta publicação da ORA é genérica e o objectivo é meramente informativo. Não tem a intenção de substituir a necessidade de consulta dos diplomas mencionados ou o recurso a opinião profissional para os temas tratados em função dos casos concretos de cada entidade. 11/11