Coordenador de Normatizações e Diretrizes da SBC. Coordenadores da Diretriz. Comissão de Redação e Planejamento. Autores

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Transcrição:

DRETRZ RASLERA DE VALVOPATAS S 2011 DRETRZ NTERAMERANA DE VALVOPATAS SA 2011 192 oordenador de Normatizações e Diretrizes da S ran astro oordenadores da Diretriz Flávio Tarasoutchi, Marcelo Westerlund Montera, Max Grinberg, Daniel J. Piñeiro, arlos R. Martinez Sánchez omissão de Redação e Planejamento Antonio arlos acelar, Antonio Sérgio de Santis Andrade Lopes, João Ricardo ordeiro Fernandes, Lucas José Tachotti Pires, Ricardo asalino Sanches de Moraes, Tarso Augusto Duenhas Accorsi Autores Alexandre Siciliano olafranceschi, Alberto Takeshi Kiyose, Alfredo nácio Fiorelli, Antonio arlos acelar, Antonio Sérgio de Santis Andrade Lopes, Auristela sabel de Oliveira Ramos, ertha Napchan oer, amilo Abdulmassih Neto, arlos Eduardo Rochitte, arlos R. Martínez Sánchez**, esar Augusto Esteves, lara Weksler, Daniel J. Piñeiro**, Dany David Kruczan, Djair rindeiro Filho, Eduardo Giusti Rossi, Evandro Tinoco Mesquita, Fabio Sândoli de rito Junior, Fernando acal, Fernando osh**, Fernando Florenzano Urzua**, Fernando Moraes, Flávio Tarasoutchi*, Francisco Diniz Affonso da osta, Gilberto Venossi arbosa*, Guilherme Sobreira Spina, Henrique Murad, Humberto Martínez Hernández**, João Ricardo ordeiro Fernandes, José Armando Mangione, José arlos Raimundo rito, Jose Luiz arros Pena, José Roberto Maldonado Murillo**, Juan arlos Plana**, Juan José Paganini**,Juan Krauss**, Lídia Ana Zytynski Moura, Lucas José Tachotti Pires, Luiz Antonio Ferreira arvalho, Luiz Francisco ardoso, Marcelo Katz, Marcelo Luiz ampos Vieira, Marcelo Westerlund Montera*, Márcia de Melo arbosa*, Maria do armo Pereira Nunes, Mauricio de Rezende arbosa*, Max Grinberg*, Omar Alonzo Villagrán**, Pablo Maria A. Pomerantzeff, Paulo de Lara Lavitola, Ricardo asalino Sanches de Moraes, Rogério Eduardo Gomes Sarmento Leite, Roney Orismar Sampaio, Sérgio Franco**, Silvia Marinho Martins, Solange ordignon, Tarso Augusto Duenhas Accorsi, Tirone E. David**, Víctor Rojas Duré**, Victor Rossel **, Walkiria Samuel Ávila

Revisores Adalberto Menezes Lorga, Álvaro Vieira Moura, Antonio arlos Sobral Sousa, ran astro * oordenadores de subgrupos da diretriz brasileira de valvopatias - S 2011 ** Autores membros da SA Referência Esta diretriz deverá ser citada como: Tarasoutchi F, Montera MW, Grinberg M, arbosa MR, Piñeiro DJ, Sánchez RM, et al. Diretriz rasileira de Valvopatias - S 2011 / Diretriz nteramericana de Valvopatias - SA 2011. Arq ras ardiol 2011; 97(5 supl. 3): 1-67 193

DRETRZ RASLERA DE VALVOPATAS S 2011 DRETRZ NTERAMERANA DE VALVOPATAS SA 2011 194 Aspectos gerais A doença valvar representa uma significativa parcela das internações por doença cardiovascular. Diferentemente de países mais desenvolvidos, a febre reumática é a principal etiologia das valvopatias no território brasileiro, responsável por até 70% dos casos. O manejo clínico da valvopatia continua dependente da escolha ideal para o momento do tratamento intervencionista, uma vez que esse constitui a única opção capaz de alterar a evolução natural da doença valvar. Para o tratamento do portador de valvopatias, é fundamental reflexão sobre três fundamentos para condução à terapêutica: capacidade médica, evidências da ciência e relação médico-paciente. Diagnóstico Tabela 1 - Recomendações e níveis de evidência para o diagnóstico das valvopatias Exame físico direcionado ao diagnóstico de valvopatia em todos os pacientes com insuficiência cardíaca ou suspeita clínica de valvopatia ou cardiopatia estrutural Eletrocardiograma em todos os pacientes com suspeita clínica de valvopatia

Radiografia de tórax em todos os pacientes com suspeita clínica de valvopatia Ecocardiografia em pacientes assintomáticos com sopros indicativos de alta probabilidade de doença cardíaca Ecocardiografia em pacientes com sopro, sem sintomas e com baixa probabilidade de doença cardíaca, mas que não pode ser excluída apenas pela clínica, eletrocardiograma e radiografia de tórax Estenose mitral a Tabela 2 - Recomendações da ecocardiografia na estenose mitral Ecocardiografia transtorácica (ETT) no diagnóstico e avaliação da morfologia e gravidade da estenose mitral, possíveis alterações estruturais e possíveis lesões associadas ETT na reavaliação de pacientes com mudanças de sinais e sintomas ETT para realização de escore ecocardiográfico em pacientes com EM moderada ou importante para determinar a possibilidade de tratamento percutâneo ETT após intervenção percutânea ou cirúrgica da valva mitral, como nova avaliação de base ETT para avaliação das alterações hemodinâmicas e adaptação ventricular durante a gravidez Ecocardiografia sob estresse para avaliação do gradiente médio e pressão arterial pulmonar quando há discrepância entre os sintomas e a gravidade da estenose mitral em repouso 195

DRETRZ RASLERA DE VALVOPATAS S 2011 DRETRZ NTERAMERANA DE VALVOPATAS SA 2011 196 Ecocardiografia transesofágica (ETE) na identificação de trombo atrial e avaliação do grau de insuficiência mitral associada em pacientes candidatos a valvuloplastia percutânea com suspeita de trombo atrial ETE na avaliação morfológica e hemodinâmica em pacientes com ETT inadequado ETT na avaliação de pacientes clinicamente estáveis com estenose mitral (EM) importante a cada ano, EM moderada a cada dois anos e EM discreta a cada três anos a ETE durante procedimento intervencionista para valvuloplastia percutânea a ETE na avaliação morfológica e hemodinâmica quando os dados obtidos pela ETT são satisfatórios Tabela 3 Recomendações de cateterismo cardíaco na estenose mitral Para avaliação da gravidade da EM quando os testes não invasivos são inconclusivos ineangiocoronariografia antes do tratamento cirúrgico da valva mitral em pacientes com fatores de risco para doença arterial coronariana (DA) Para avaliação da resposta hemodinâmica da pressão da artéria pulmonar e pressões do átrio esquerdo ao teste de sobrecarga, quando os sintomas e estudo hemodinâmico em repouso são discordantes a Para avaliação da gravidade da EM quando os dados do ecocardiograma forem concordantes com os achados clínicos

Tabela 4 - Recomendações para tratamento farmacológico na estenose mitral etabloqueadores na EM moderada a importante, sintomática, na ausência de contraindicações etabloqueadores na EM moderada a importante, assintomática, na presença de fibrilação atrial e na ausência de contraindicações Diuréticos na EM moderada a importante, sintomática Anticoagulação oral plena na EM associada a evento embólico prévio, trombo atrial esquerdo ou fibrilação atrial Digitálicos como terapia adjuvante no controle da frequência ventricular na EM moderada a importante na presença de fibrilação atrial a loqueadores de canais de cálcio não diidropiridínicos na EM moderada a importante com necessidade de controle de frequência ventricular na presença de contraindicações ao uso a de betabloqueadores Anticoagulação oral plena na EM com átrio esquerdo > 55 mm e evidência de contraste atrial espontâneo a Associação de aspirina em baixas doses (50 a 100 mg) à anticoagulação oral plena após ocorrência de evento embólico ou trombo atrial esquerdo em pacientes adequadamente anticoagulados a Tratamento farmacológico da estenose mitral discreta em pacientes assintomáticos e em ritmo sinusal 197

DRETRZ RASLERA DE VALVOPATAS S 2011 DRETRZ NTERAMERANA DE VALVOPATAS SA 2011 198 Tabela 5 - Recomendações para valvuloplastia por cateter-balão na estenose mitral Pacientes com EM moderada a importante, sintomáticos [classe funcional (F), ou V], com anatomia valvar favorável, na ausência de trombo atrial esquerdo ou insuficiência mitral A moderada a importante Pacientes com EM moderada a importante, assintomáticos, com anatomia valvar favorável à intervenção percutânea e hipertensão pulmonar (HP) [Pressão sistólica da artéria pulmonar (PSAP) > 50 mmhg em repouso ou > 60 mmhg com atividade física], na ausência de trombo atrial esquerdo ou insuficiência mitral moderada a importante Pacientes com EM moderada a importante, sintomáticos (F ou V), com morfologia não ideal à valvuloplastia mitral percutânea por cateter-balão (VM) e de alto risco ou com a contraindicação à intervenção cirúrgica Pacientes com EM moderada a importante, assintomáticos, com anatomia valvar favorável à intervenção percutânea e fibrilação atrial de início recente, na ausência de trombo atrial b esquerdo ou insuficiência mitral moderada a importante Pacientes com EM discreta Pacientes com EM moderada a importante na vigência de trombo atrial esquerdo ou insuficiência mitral moderada a importante

Tabela 6 - Recomendações para tratamento cirúrgico da estenose mitral Pacientes com EM moderada a importante, sintomáticos (F ou V), com contraindicações à VM Pacientes com EM moderada a importante, sintomáticos (F ou V), em centros sem equipe treinada para realização de VM Pacientes com EM moderada a importante associada a eventos embólicos recorrentes, apesar de adequada anticoagulação a Tratamento cirúrgico combinado da fibrilação atrial em pacientes com EM moderada a importante, sintomática (F ou V), quando indicado tratamento cirúrgico da EM a Pacientes com EM importante, assintomáticos (F ou ), com HP grave (PSAP 80 mmhg), não candidatos à VM a Pacientes com EM discreta 199

DRETRZ RASLERA DE VALVOPATAS S 2011 DRETRZ NTERAMERANA DE VALVOPATAS SA 2011 200 Fluxograma das estratégias de tratamento intervencionista na estenose mitral moderada e importante Estenose mitral moderada / importante Assintomático Hipertensão pulmonar significativa? PSAP > 50 mmhg em repouso ou > 60 mmhg ao esforço Sintomático (F - V) Paciente elegível para VM? Não Acompanhamento clínico Sim Sim Não Wilkins > 8 Trombo permanente em átrio esquerdo nsuficiência mitral moderada / importante Paciente elegível para VM? F F - V Não Sim lasse a () lasse () lasse (A) lasse a () lasse () ndicação cirúrgica se hipertensão pulmonar grave (PSAP > 80 mmhg) VM ndicação cirúrgica individualizada (por exemplo, se PSAP > 80 mmhg) irurgia F: classe funcional; VM: valvuloplastia mitral por cateter-balão; PSAP: pressão sistólica da artéria pulmonar.

nsuficiência mitral Tabela 7 - Recomendações da ecocardiografia na insuficiência mitral ETT no diagnóstico e na avaliação da morfologia e gravidade da insuficiência mitral (M), seu mecanismo etiológico e suas repercussões hemodinâmicas ETT na avaliação periódica semestral ou anual da função ventricular esquerda em pacientes com M moderada ou importante, assintomáticos ETT na reavaliação de pacientes com mudanças de sinais e sintomas ETT após intervenção cirúrgica da valva mitral, como nova avaliação de base ETT para avaliação das alterações hemodinâmicas e adaptação ventricular durante a gravidez ETE perioperatório ou intraoperatório em pacientes com indicação de correção cirúrgica da M ETE na avaliação de pacientes com M nos quais o ETT seja inconclusivo Ecocardiografia sob estresse em pacientes com M importante, assintomáticos, para avaliação da tolerância ao esforço e efeitos na pressão pulmonar ETE em pacientes com M importante, assintomáticos, sob análise para correção cirúrgica conservadora a 201

DRETRZ RASLERA DE VALVOPATAS S 2011 DRETRZ NTERAMERANA DE VALVOPATAS SA 2011 202 ETT na avaliação periódica de rotina em pacientes com M discreta, assintomáticos, com dimensões e função sistólica do ventrículo esquerdo normais ETE na avaliação periódica de rotina ou para investigação em pacientes com M de valva nativa assintomáticos Tabela 8 - Recomendações de cateterismo cardíaco na insuficiência mitral Ventriculografia esquerda e medidas hemodinâmicas quando os testes não invasivos são inconclusivos em relação à gravidade da M, função do ventrículo esquerdo (VE) ou necessidade de cirurgia Estudo hemodinâmico quando a pressão da artéria pulmonar é desproporcional à gravidade do refluxo mitral na avaliação por testes não invasivos ineangiocoronariografia antes do tratamento cirúrgico da valva mitral em pacientes com fatores de risco para DA Ventriculografia esquerda e medidas hemodinâmicas em pacientes com M nos quais a cirurgia não é contemplada

Tabela 9 - Recomendações para tratamento farmacológico na insuficiência mitral Vasodilatadores intravenosos na M aguda, importante e sintomática, enquanto aguarda definição cirúrgica Diuréticos na M crônica importante, sintomática e com sinais de congestão, enquanto aguarda definição cirúrgica Vasodilatadores orais na M crônica importante, sintomática, enquanto aguarda definição cirúrgica Digitálicos no controle de frequência ventricular na fibrilação atrial (FA) de alta reposta associada à M crônica importante a etabloqueadores para controle de frequência ventricular na FA de alta reposta associada à M crônica importante b loqueadores de canais de cálcio não diidropiridínicos para controle de frequência ventricular na FA de alta reposta associada à M crônica importante b Vasodilatadores na M crônica assintomática com função ventricular normal e na ausência de hipertensão arterial sistêmica 203

DRETRZ RASLERA DE VALVOPATAS S 2011 DRETRZ NTERAMERANA DE VALVOPATAS SA 2011 204 Tabela 10 - Recomendações para tratamento cirúrgico na insuficiência mitral primária Pacientes com M crônica importante, sintomáticos (F, ou V), com fração de ejeção (FE) > 30% e diâmetro sistólico final do VE (DsVE) < 55 mm Pacientes com M crônica importante, assintomáticos, com FE entre 30% e 60% e DsVE 40 mm A plástica da valva mitral é preferível em relação à substituição valvar nos pacientes com M crônica importante que necessitam de cirurgia, devendo ser realizada em centros com experiência no procedimento Plástica da valva mitral em pacientes com M crônica por prolapso, importante, assintomáticos, com FE 60% e DsVE < 40 mm, desde que realizada em centros experientes, nos quais a a taxa de sucesso estimada da plástica é maior que 90% Pacientes com M crônica importante, assintomáticos, com função ventricular esquerda preservada e fibrilação atrial de início recente a Pacientes com M crônica importante, assintomáticos, com função ventricular esquerda preservada e com HP (PSAP > 50 mmhg em repouso ou > 60 mmhg com exercício) a Tratamento cirúrgico combinado da fibrilação atrial em pacientes com M moderada a importante, sintomática (F ou V), quando indicado tratamento cirúrgico da M a

Plástica da valva mitral em pacientes com M crônica reumática, importante, assintomáticos, com FE 60% e DsVE < 40 mm, desde que realizada em centros experientes, nos quais a taxa de sucesso estimada da plástica é maior que 90% Pacientes com M crônica importante devido à disfunção ventricular grave (FE < 30%) que apresentem sintomas persistentes (F ou V) a despeito de tratamento otimizado para insuficiência cardíaca, incluindo estimulação com marcapasso biventricular Pacientes com M crônica importante, assintomáticos, com FE 60% e DsVE < 40 mm, na ausência de HP ou fibrilação atrial de início recente, nos quais existe dúvida sobre a possibilidade de realização de plástica mitral b b 205

DRETRZ RASLERA DE VALVOPATAS S 2011 DRETRZ NTERAMERANA DE VALVOPATAS SA 2011 Fluxograma para tratamento cirúrgico da insuficiência mitral nsuficiência mitral primária importante 206 Função ventricular? Não Sintomas? Sim Função ventricular? FE > 60% e DsVE < 40 mm FE < 60% e/ou DsVE 40 mm FE > 30% e DsVE 55 mm FE < 30% e/ou DsVE < 55 mm lasse HP significativa? FA de início recente? Não Sim lasse a Possibilidade de plástica? Plástica mitral (preferencial) ou Troca valvar Reavaliação Não Sim clínico-ecocardiográfica Plástica mitral a cada 6 meses lasse a (não-reumáticos) lasse b (reumáticos) FE: fração de ejeção; DsVE: diâmetro sistólico do ventrículo esquerdo; HP: hipertensão pulmonar; FA: fibrilação atrial. Possibilidade de preservação do aparelho subvalar? Sim lasse a Não Tratamento clínico

Estenose aórtica Tabela 11 - Recomendações da ecocardiografia na estenose aórtica Diagnóstico e avaliação da gravidade da estenose aórtica (EAo) e suas repercussões ventriculares Reavaliação de pacientes com mudança de sintomas e sinais Reavaliação de pacientes assintomáticos a cada 6 meses na EAo importante, a cada um ano na EAo moderada e a cada 2 a 3 anos na EAo discreta Após intervenção percutânea ou cirúrgica da valva aórtica, como nova avaliação de base Na avaliação das alterações hemodinâmicas e adaptação ventricular durante a gravidez ETE quando as imagens à ETT forem inadequadas para se excluir obstrução subaórtica fixa ou dinâmica Ecocardiografia sob estresse para avaliação da EAo na presença de disfunção do VE e gradiente médio baixo em repouso para se definir a gravidade da EAo e a presença de reserva contrátil a Ecocardiografia de esforço para avaliação do comportamento dos gradientes e de sintomas induzidos pelo exercício ou respostas anormais de pressão arterial em pacientes com EAo assintomáticos b Ecocardiografia de esforço em pacientes com EAo sintomáticos 207

DRETRZ RASLERA DE VALVOPATAS S 2011 DRETRZ NTERAMERANA DE VALVOPATAS SA 2011 208 Tabela 12 - Recomendações de cateterismo cardíaco na estenose aórtica ateterismo cardíaco para realização de medidas hemodinâmicas para avaliação da gravidade da EAo em pacientes sintomáticos quando os testes não invasivos são inconclusivos ineangiocoronariografia antes do tratamento cirúrgico da valva aórtica em pacientes com fatores de risco para DA ineangiocoronariografia antes da intervenção transcateter da valva aórtica em pacientes com fatores de risco para DA ineangiocoronariografia em pacientes com EAo em quem um autoenxerto pulmonar (cirurgia de Ross) é planejado e se a origem da artérias coronarianas não foi identificada por técnica não invasiva ateterismo cardíaco com infusão de dobutamina para avaliação hemodinâmica da EAo na presença de disfunção do VE e gradiente baixo ateterismo cardíaco para realização de medidas hemodinâmicas para avaliação da gravidade da EAo antes da cirurgia da valva aórtica quando os testes não invasivos são adequados e concordandes com os achados clínicos ateterismo cardíaco para realização de medidas hemodinâmicas para avaliação da função ventricular e da gravidade da EAo em pacientes assintomáticos a a

Tabela 13 - Recomendações da ressonância magnética cardiovascular na EAo Avaliação de fração de ejeção ou volumes ventriculares limítrofes ou duvidosos pela ecocardiografia a Planimetria da área valvar aórtica quando há incerteza na gravidade da EAo ou quando outras modalidades de imagem tiveram resultados conflitantes a Avaliação das dimensões da raiz aorta e aorta ascendente a Tabela 14 - Recomendações para tratamento cirúrgico da estenose aórtica Pacientes com EAo importante, sintomáticos Pacientes com EAo importante que serão submetidos a cirurgia de revascularização miocárdica ou a cirurgia da aorta torácica ou outra cirurgia valvar concomitante Pacientes com EAo importante e FE < 50% Pacientes com EAo moderada que serão submetidos a cirurgia de revascularização miocárdica ou a cirurgia da aorta torácica ou outra cirurgia valvar concomitante a Pacientes com EAo importante, assintomáticos, que apresentem resposta anormal no teste de esforço (sintomas desproporcionais ao esforço realizado ou hipotensão) a 209

DRETRZ RASLERA DE VALVOPATAS S 2011 DRETRZ NTERAMERANA DE VALVOPATAS SA 2011 210 Pacientes com EAo importante, assintomáticos, com indicadores de pior prognóstico (área valvar < 0,7 cm 2, gradiente médio transvalvar aórtico > 60 mmhg e velocidade de jato transvalvar a aórtico > 5 m/s), desde que o risco cirúrgico do paciente seja baixo Pacientes com EAo importante, assintomáticos, com alto risco de progressão da doença (idade avançada, calcificação valvar acentuada, DA) b Pacientes com EAo discreta a moderada que serão submetidos a cirurgia de revascularização miocárdica e que apresentem preditores de progressão rápida da EAo, como calcificação b valvar acentuada Pacientes com EAo com gradiente médio < 40 mmhg e disfunção ventricular, mas com reserva contrátil b Pacientes com EAo importante, assintomáticos, com arritmias ventriculares complexas durante o teste de esforço b Pacientes com EAo importante, assintomáticos, com hipertrofia ventricular importante (septo e parede posterior > 15 mm) b Pacientes assintomáticos com EAo que não se encaixem nas indicações acima

Tabela 15 - Recomendações para implante de bioprótese valvar aórtica por cateter Pacientes portadores de EAo importante com indicação de cirurgia valvar aórtica, porém com contraindicações ao tratamento cirúrgico convencional omo alternativa ao tratamento cirúrgico em pacientes portadores de EAo importante com indicação de cirurgia valvar aórtica, porém com alto risco cirúrgico omo alternativa ao tratamento cirúrgico em pacientes portadores de EAo importante sem contraindicação à cirurgia e sem risco cirúrgico elevado a Tabela 16 - Recomendações para valvuloplastia por cateter-balão na estenose aórtica Em pacientes hemodinamicamente instáveis, com elevado risco cirúrgico e impossibilidade momentânea de realização de implante de bioprótese por cateter, como ponte para o tratamento cirúrgico ou para implante de bioprótese aórtica por cateter omo tratamento paliativo em pacientes sintomáticos nos quais o tratamento cirúrgico e o implante de bioprótese por cateter estão contraindicados omo alternativa ao tratamento cirúrgico ou ao implante por cateter de bioprótese aórtica em pacientes adultos portadores de estenose valvar aórtica a b 211

DRETRZ RASLERA DE VALVOPATAS S 2011 DRETRZ NTERAMERANA DE VALVOPATAS SA 2011 Fluxograma - ndicações de tratamento cirúrgico da Eao Estenose aórtica Disfunção ventricular com gradiente baixo e com reserva contrátil? mportante Moderada Sim Sintomático (F,, V, dor torácica, síncope) Assintomático lasse Não FE < 50% e/ou programação de RM, cirurgia da Ao torácica ou de outras valvas concomitante? Programação de RM, cirurgia de Ao torácica ou de outras valvas concomitantes? Não Sim Sim lasse b F: classe funcional; FE: fração de ejeção do ventrículo esquerdo; RM: cirurgia do revascularização do miocárdico; Ao: aorta; TE: teste de esforço; HVE: hipertrofia de ventrículo esquerdo. Não Sintomas ou hipotensão no TE e/ou indicadores de pior prognóstico, com baixo risco cirúrgico? Sim Acompanhamento clínico Não Alto risco de progressão da valvopatia e/ou arritmias ventriculares complexas no TE e/ou HVE importante (> 15 mm)? Acompanhamento clínico Sim lasse b lasse a lasse lasse a 212 Tratamento cirúrgico de valva aórtica

nsuficiência aórtica Tabela 17 - Recomendações de ecocardiografia na insuficência aórtica Diagnóstico e avaliação da etiologia e gravidade da insuficiência aórtica (Ao) aguda ou crônica e suas repercussões ventriculares Avaliação de dilatação da raiz da aorta Reavaliação periódica anual do tamanho e função do VE em pacientes com Ao importante assintomáticos Reavaliação de pacientes com mudança de sintomas e sinais Após intervenção cirúrgica da valva aórtica, como nova avaliação de base Tabela 18 - Recomendações de cateterismo cardíaco na insuficiência aórtica ateterismo cardíaco com aortografia e medida das pressões no VE para avaliação da gravidade da regurgitação, função ventricular e dilatação da raiz da aorta quando os testes não invasivos são inconclusivos ineangiocoronariografia antes da cirurgia valvar aórtica em pacientes com fatores de risco para DA 213

DRETRZ RASLERA DE VALVOPATAS S 2011 DRETRZ NTERAMERANA DE VALVOPATAS SA 2011 214 ateterismo cardíaco com aortografia e medida de pressões no VE para avaliação da função ventricular, dilatação da aorta e gravidade da regurgitação antes da cirurgia valvar aórtica quando os testes não invasivos são adequados e concordantes com os achados clínicos e a cineangiocoronariografia não é necessária ateterismo cardíaco com aortografia e medida das pressões no VE para avaliação da função ventricular e da gravidade da regurgitação em pacientes assintomáticos quando os testes não invasivos são adequados Tabela 19 - Recomendações do uso da ressonância magnética cardiovascular na insuficiência aórtica Avaliação de FE ou volumes ventriculares limítrofes ou duvidosos pela ecocardiografia a Quando há incerteza na gravidade da Ao ou quando outras modalidades de imagem tiverem resultados conflitantes a Avaliação das dimensões da raiz aorta e aorta ascendente a

Tabela 20 - Recomendações sobre uso de vasodilatadores em insuficiência aórtica De forma regular para pacientes com Ao importante que apresentam sintomas ou disfunção ventricular esquerda quando existem contraindicações ao tratamento cirúrgico Para uso de curto prazo como ponte para o tratamento cirúrgico em pacientes com Ao importante sintomáticos, com ou sem disfunção ventricular esquerda, candidatos à intervenção cirúrgica omo terapêutica de longo prazo em pacientes com Ao importante assintomáticos que apresentem dilatação do ventrículo esquerdo, com função ventricular preservada omo terapêutica de longo prazo em pacientes com Ao discreta a moderada e função sistólica normal do ventrículo esquerdo, na ausência de hipertensão arterial sistêmica omo substituição à cirurgia em pacientes com Ao importante que apresentem indicação de intervenção cirúrgica, sem contraindicações ao procedimento b Tabela 21 - Recomendações para tratamento cirúrgico na insuficiência aórtica Pacientes com Ao importante sintomáticos Pacientes com Ao importante, assintomáticos, com FE < 50% em repouso Pacientes com Ao importante que serão submetidos concomitantemente a cirurgia de revascularização miocárdica ou cirurgia da aorta ou de outras valvas cardíacas 215

DRETRZ RASLERA DE VALVOPATAS S 2011 DRETRZ NTERAMERANA DE VALVOPATAS SA 2011 216 Pacientes com Ao importante aguda ou agudizada de qualquer etilogia levando a insuficiência cardíaca aguda Pacientes com Ao de etiologia não reumática, importante, assintomáticos, com FE 50%, mas com diâmetro diastólico final do ventrículo esquerdo (DdVE) > 75 mm ou DsVE > 55 mm Pacientes com Ao de etiologia reumática, importante, assintomáticos, com FE 50%, mas com DdVE > 75 mm ou DsVE > 55 mm Pacientes com Ao importante, assintomáticos, com FE 50%, mas com DdVE 70-75 mm ou DsVE 50-55 mm, associado a evidência de resposta anormal ao exercício Pacientes com Ao moderada que serão submetidos concomitantemente a cirurgia de revascularização miocárdica ou cirurgia da aorta ou de outras valvas cardíacas Pacientes com Ao importante, assintomáticos, com FE 50% e com DdVE < 70 mm e DsVE < 50 mm a b b b

Fluxograma de indicação de tratamento cirúrgico em pacientes com insuficiência aórtica Agudo ou agudizada, levando a insuficiência cardíaca aguda Sintomático (F,, V) lasse lasse nsuficiência aórtica mportante Assintomático Não FE < 50% e/ou programação de RM, cirúrgia da Ao ou de outras valvas concomitante? Não DdVE > 75 mm ou DsVE > 55 mm? Sim DdVE 70-75 mm ou DsVE > 50-55 mm + evidência de resposta anormal ao exercício? Sim Não Sim lasse a (não-reumáticos) Acompanhamento clínico lasse b lasse b (reumáticos) lasse Tratamento cirúrgico da valva aórtica Moderada Programação de RM, cirurgia da Ao torácica ou de outras valvas concomitante? Não Sim lasse b F: classe funcional; FE: fração de ejeção do ventrículo esquerdo; RM: cirurgia de revascularização do miocárdio; Ao: aorta; DdVE: diâmentro diastólico final do ventrículo; DsVE: diâmetro sistólico final do ventrículo esquerdo. 217

DRETRZ RASLERA DE VALVOPATAS S 2011 DRETRZ NTERAMERANA DE VALVOPATAS SA 2011 218 Profilaxia tromboembolismo Tabela 22 - para profilaxia de tromboembolismo na doença valvar com valva nativa Profilaxia antitrombótica com anticoagulantes orais em pacientes com doença valvar e ritmo de FA Profilaxia antitrombótica com anticoagulantes orais em pacientes com doença valvar e episódio prévio de teste de esforço (TE) em ritmo sinusal Anticoagulação na presença de trombo em átrio esquerdo Anticoagulação em paciente com átrio esquerdo 55 mm na presença de contraste espontâneo em ritmo sinusal Profilaxia antitrombótica com aspirina em pacientes com doença valvar e ritmo de FA com contraindicação aos anticoagulantes orais Associação de aspirina em pacientes com doença valvar em ritmo de FA com episódio de TE na vigência de anticoagulação oral com nternational Normalized Ratio (NR) adequado Profilaxia antitrombótica com anticoagulantes orais em pacientes com doença valvar em ritmo sinusal e sem evidência de TE prévio, trombo atrial ou contraste espontâneo a a a

Profilaxia febre reumática Tabela 23 - Recomendações para profilaxia da febre reumática primária enzilpenicilina G benzatina para pacientes com amigdalite estreptocócica A enzilpenicilina G benzatina para pacientes com suspeita de amigdalite estreptocócica, mesmo sem confirmação diagnóstica Antibioticoterapia por via oral para pacientes com amigdalite estreptocócica em pacientes alérgicos à penicilina Antibioticoterapia por via oral para pacientes com amigdalite estreptocócica em pacientes não alérgicos à penicilina Realização de testes rápidos para a detecção de estreptococos em orofaringe para decisão sobre tratamento com penicilina Realização de cultura de orofaringe em pacientes com suspeita de amigdalite para decisão sobre tratamento com penicilina a a 219

DRETRZ RASLERA DE VALVOPATAS S 2011 DRETRZ NTERAMERANA DE VALVOPATAS SA 2011 220 Tabela 24 - Recomendações para profilaxia secundária da febre reumática enzilpenicilina G benzatina de 15 em 15 dias nos dois primeiros anos após o surto e de 21 em 21 dias nos anos subsequentes enzilpenicilina G benzatina até os 18 anos, ou 5 anos após o último surto, em pacientes com febre reumática (FR) sem cardite enzilpenicilina G benzatina até os 25 anos, ou 10 anos após o último surto, em pacientes com FR com cardite, mas sem sequelas cardíacas ou apenas com sequelas discretas, desde que não sejam lesões valvares estenóticas enzilpenicilina G benzatina até os 40 anos em pacientes com FR com cardite e sequelas importantes ou cirurgia cardíaca para correção de valvopatia reumática enzilpenicilina G benzatina após os 40 anos em pacientes com exposição ocupacional a estreptococos Sulfadiazina para antibioticoprofilaxia da FR em pacientes alérgicos à penicilina Antibioticoprofilaxia via oral para pacientes com FR não-alérgicos à penicilina a Eritromicina como antibioticoprofilaxia para pacientes com FR alérgicos à penicilina e às sulfas b Suspensão da antibioticoprofilaxia para FR após a realização de cirurgia cardíaca com implante de prótese(s) valvar(es), mesmo com demais valvas sem lesão aparente

Profilaxia endcardite infecciosa Tabela 25 - Pacientes/situações com risco de endocardite infecciosa grave Prótese cardíaca valvar Valvopatia corrigida com material protético Antecedente de endocardite infecciosa Valvopatia adquirida em paciente transplantado cardíaco ardiopatia congênita cianogênica não corrigida ardiopatia congênita cianogênica corrigida que evolui com lesão residual ardiopatia congênita corrigida com material protético 221

DRETRZ RASLERA DE VALVOPATAS S 2011 DRETRZ NTERAMERANA DE VALVOPATAS SA 2011 222 Tabela 26 - Probabilidade de bacteremia em procedimentos dentários om alta probabilidade de bacteremia significativa Procedimentos que envolvem a manipulação de tecido gengival, região periodontal ou perfuração da mucosa oral Sem alta probabilidade de bacteremia significativa Anestesia local em tecido não infectado Radiografia odontológica olocação ou remoção de aparelhos ortodônticos Ajuste de aparelhos ortodônticos olocação de peças em aparelhos ortodônticos Queda natural de dente-de-leite Sangramento oriundo de trauma da mucosa oral ou lábios Tabela 27 - Profilaxia antibiótica de endocardite infecciosa em valvopatas Pacientes com risco elevado para endocardite infecciosa (E) grave e que serão submetidos a procedimentos odontológicos de alta probabilidade de bacteremia significativa Pacientes com valvopatia ou cardiopatia congênita sem risco elevado de E grave e que serão submetidos a procedimentos odontológicos de alta probabilidade de bacteremia significativa a

Pacientes com risco elevado para E grave e que serão submetidos a procedimentos genitourinários ou gastrointestinais associados a lesão de mucosa a Pacientes com risco elevado para E grave e que serão submetidos a procedimentos esofágicos ou do trato respiratório associado a lesão de mucosa a Pacientes com valvopatia ou cardiopatia congênita sem risco elevado de E grave e que serão submetidos a procedimentos odontológicos sem alta probabilidade de b bacteremia significativa Pacientes com valvopatia ou cardiopatia congênita sem risco elevado de E grave e que serão submetidos a procedimentos genitourinários ou gastrointestinais associados a lesão b de mucosa Pacientes com valvopatia ou cardiopatia congênita sem risco elevado de E grave e que serão submetidos a procedimentos esofágicos ou do trato respiratório associado a lesão de mucosa b Pacientes com comunicação interatrial (A) isolada, com comunicação interventricula (V) ou persistência do canal arterial (PA) corrigidas e sem fluxo residual, com prolapso da valva mitral (PVM) sem regurgitação, após cirurgia de revascularização miocárdica ou após colocação de stents, com sopros cardíacos inocentes, portadores de marcapasso ou cardiodesfibrilador implantável (D), com doença de Kawasaki ou FR sem disfunção valvar, que serão submetidos a procedimentos odontológicos, do trato respiratório, genitourinário ou gastrointestinal Pacientes submetidos a procedimentos que não envolvam risco de bacteremia 223

DRETRZ RASLERA DE VALVOPATAS S 2011 DRETRZ NTERAMERANA DE VALVOPATAS SA 2011 224 Tabela 28 - Esquemas de profilaxia para endocardite infecciosa antes de procedimentos dentários Via de administração Medicação Dose única 30 a 60 minutos antes do procedimento riança Adulto Oral Amoxicilina 50 mg/kg 2 g lindamicina 20 mg/kg 600 mg Oral (Alergia à penicilina) efalexina 50 mg/kg 2 g Azitromicina ou claritromicina 15 mg/kg 500 mg Parenteral Ampicilina 50 mg/kg 2 g (V ou M * ) efazolina ou ceftriaxone 50 mg/kg 1 g Parenteral (V ou M * ) lindamicina 20 mg/kg 600 mg (alergia à penicilina) efazolina ou ceftriaxone 50 mg/kg 1 g V: via intravenosa; M*: via intramuscular.

Tabela 29 - Esquemas de profilaxia para endocardite infecciosa antes de procedimentos do trato gastrointestinal e trato genitourinário Via de administração Parenteral (V) Parenteral (V) - alergia à penicilina Medicação Ampicilina * + Gentamicina Vancomicina + Gentamicina *Obs: fazer esforço com 1,0 g 6 horas após o procedimento. V: intravenoso. Dose única 30 minutos antes do procedimento riança Adulto 50 mg/kg 2 g 1,5 mg/kg 20 mg/kg 1 g 1,5 mg/kg 225