Boletim. O mercado da cerveja em foco. O futuro está nas mãos do consumidor. A importância da cadeia produtiva da cerveja em debate

Documentos relacionados
A implantação da PNRS na visão da Abralatas

TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL II RELATÓRIO ANALÍTICO

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras

ANÁLISE DA PRODUÇÃO MENSAL DE BEBIDAS

Pesquisa Secovi-SP aponta recuo no mercado de imóveis novos

Avaliação de Ciclo de Vida. Buscando as alternativas mais sustentáveis para o mercado de tintas

SINCOR-SP 2016 FEVEREIRO 2016 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS

Produção e consumo sustentáveis

Consumo feminino de cerveja

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios


Produção Industrial Cearense Cresce 2,5% em Fevereiro como o 4º Melhor Desempenho do País

INFORME MINERAL DNPM JULHO DE 2012

Responsabilidade Socioambiental e Sustentabilidade

Esclarecimentos sobre rentabilidade das cotas do Plano SEBRAEPREV

Pesquisa Mensal de Emprego - PME

PROJETO CAVALO DE LATA CICLO PALESTRAS ABRALATAS 2013 BELO HORIZONTE MG

ATENÇÃO. Apresentação

Boletim. O mercado da cerveja em foco. A priorização do setor de bares e restaurantes é estratégica. CervBrasil participa do São Paulo Pizza Show

PROGRAMA DE ANÁLISE DE PRODUTOS RELATÓRIO DE ANÁLISE DE CERVEJA SEM ÁLCOOL

Pesquisa de Resultado de vendas do Dia das Crianças

Pesquisa Semesp. A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho

Análise Setorial. Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO.

ANEXO VII OBJETIVOS DAS POLÍTICAS MONETÁRIA, CREDITÍCIA E CAMBIAL LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

"PANORAMA DA COLETA SELETIVA DE LIXO NO BRASIL"

Pesquisa de Resultado de vendas do Dia das Crianças

A economia brasileira em transição: política macroeconômica, trabalho e desigualdade

Valor Online 23/11/2015 Bandeira verde pode dar alívio maior para inflação em 2016

Setor de Panificação e Confeitaria

Aço. o desafio da sustentabilidade

Ciclo de Debates Abralatas 2011: Erradicação da pobreza na Economia Verde


Conjunto de pessoas que formam a força de trabalho das empresas.

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012

Como participar pequenos negócios Os parceiros O consumidor

RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA

Indicadores de Desempenho Julho de 2014

Posição da indústria química brasileira em relação ao tema de mudança climática

Desindustrialização e Produtividade na Indústria de Transformação

Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras

Do lixo ao valor. O caminho da Logística Reversa

A Área de Marketing no Brasil

Gráfico 1: Goiás - Saldo de empregos formais, 2000 a 2013

CUSTO DE REPOSIÇÃO NA FORMAÇÃO DE PREÇOS

O sucesso da política depende do forte comprometimento de cada um dos envolvidos no processo, de governo e empresas até consumidores.

Excelência Sr. Presidente da Associação Angolana de Bancos, Distintos Membros dos Conselhos de Administração dos Bancos

Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais

Desempenho do Comércio Exterior Paranaense Março 2013

REDUÇÃO DA TAXA DE POUPANÇA E AS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS:

Rodobens é destaque no website Infomoney

Debate Sobre a Desoneração da Folha de Pagamento

Relatório de Resultado de Vendas Páscoa 2015

O MERCADO DE TRABALHO NA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA EM 2011 E

Indústria de Transformação Cearense em 2013: Algumas Evidências para os Resultados Acumulados até o Terceiro Trimestre

A primeira análise do ciclo de vida da embalagem de leite UHT em toda a Europa

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Agosto 2012

SINCOR-SP 2016 ABRIL 2016 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS

DIREÇÃO NACIONAL DA CUT APROVA ENCAMINHAMENTO PARA DEFESA DA PROPOSTA DE NEGOCIAÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO, DAS APOSENTADORIAS E DO FATOR PREVIDENCIÁRIO

Estudo de Remuneração

Tabela 1 - OPERACOES DE CREDITO (milhões de R$) Ano I Nov/13. Fonte: ESTBAN, Banco Central do Brasil

TEMA: A importância da Micro e Pequena Empresa para Goiás

ECONOMIA A informação que fala direto ao seu bolso 30 de Novembro de 2015

Especial Lucro dos Bancos

QUEDA NO NÍVEL DE ENDIVIDAMENTO DO CATARINENSE É ACOMPANHADA POR PEQUENA DETERIORAÇÃO DA QUALIDADE DAS DÍVIDAS

Instituto de Educação infantil e juvenil Inverno, Londrina, de. Nome: Ano: Tempo Início: término: total:

MOTIVAÇÕES PARA A INTERNACIONALlZAÇÃO

CDTI Centro de Desenvolvimento Tecnológico e de Inovação

Apresentação Institucional

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL DAS EMPRESAS ELETROBRAS

ESTUDO SOBRE CIRCULAÇÃO DE REVISTAS

Informe 05/2011 AS RELAÇÕES COMERCIAIS BRASIL- CHINA NO SETOR DE ROCHAS ORNAMENTAIS E DE REVESTIMENTO: SITUAÇÃO ATUAL E PERSPECTIVAS DE EVOLUÇÃO

Milho: preços elevados mesmo com super-safra norte-americana

FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO

Sustentabilidade como diferencial competitivo na gestão de fornecedores

Planejamento de Marketing

RELATÓRIO DA GERÊNCIA DE MONITORAMENTO PANORAMA DO COOPERATIVISMO BRASILEIRO - ANO 2011

3 Indicadores de Resultados da gestão comercial. Série Indicadores Essenciais Volume 3

Cesta básica tem alta moderada na maioria das capitais

SINCOR-SP 2015 OUTUBRO 2015 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS

Boletim Econômico e do Setor Portuário. Sumário

SETOR DE ALIMENTOS: estabelecimentos e empregos formais no Rio de Janeiro

ECONOMIA A informação que fala direto ao seu bolso 22 de Dezembro de 2015

Presente ruim e futuro econômico desanimador para a construção civil

Eixo Temático ET Gestão de Resíduos Sólidos VANTAGENS DA LOGÍSTICA REVERSA NOS EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS

Perspectivas & Oportunidades do Mercado Segurador frente aos Novos Consumidores. Marco Antonio Rossi Presidente

Prof. Paulo Medeiros

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

ÍNDICES NACIONAIS DE PREÇOS AO CONSUMIDOR IPCA e INPC abril 2014

O ECODESIGN e o Desenvolvimento Sustentável

Pesquisa IBOPE Ambiental. Setembro de 2011

Marcos Antonio Lima de Oliveira, MSc Quality Engineer ASQ/USA Diretor da ISOQUALITAS

PROJETO DE LEI Nº, DE 2015 (Do Sr. Fabio Faria)

Cresce confiança dos empresários do comércio catarinense em março. Síntese dos resultados

Preparando sua empresa para o forecasting:

PROJETO RUMOS DA INDÚSTRIA PAULISTA

O BRASILEIRO E AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Taxa de desocupação foi de 9,3% em janeiro

Açotubo anuncia fusão com Incotep e Artex Aços Inoxidáveis

Transcrição:

Boletim Setembro/2015 O mercado da cerveja em foco. ENTREVISTA O futuro está nas mãos do consumidor Renault Castro, presidente executivo da Abralatas, fala em entrevista sobre as mudanças em curso no mercado de embalagens tendo como foco principal a sustentabilidade. ACONTECE NA CERVBRASIL A importância da cadeia produtiva da cerveja em debate A CervBrasil realiza, em novembro, o Seminário do Campo ao Copo, no Hotel Golden Tulip Belas Artes - Frei Caneca, em São Paulo, ocasião em que também lança seu Anuário 2015. ACONTECE NO MERCADO Inmetro atesta cervejas nacionais sem álcool O Inmetro fez análises com dez marcas nacionais e importadas de cervejas sem álcool disponíveis no mercado para verificar sua eficácia; todas as marcas foram aprovadas. Produção de cerveja volta a crescer no país A produção brasileira de cerveja voltou a crescer no mês de agosto, de acordo com dados prévios do Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe).

2/5 ENTREVISTA O futuro está nas mãos do consumidor. O mercado de embalagens vive em constante evolução. Consumidores mais exigentes e conscientes da necessidade de preservação ambiental são os novos componentes para mudanças que estão em curso e transformarão o setor no futuro. Atenta às mudanças a Abralatas (Associação. Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade) propõe em seu Ciclo de debates, que acontece no dia 6 de outubro, em São Paulo, a discussão da efetividade da tributação sustentável, em busca de viabilização de uma política tributária que estimule a produção e o consumo de bens com menores impactos ambientais. Para falar sobre este e outros assuntos, o Boletim CervBrasil, entrevistou o economista Renault Castro, presidente executivo da Abralatas. Renaut Castro, presidente executivo da Abralatas. Qual o balanço do mercado de embalagens sobre o primeiro semestre de 2015 e o que se espera para o ano? Não será um ano fácil. E nós ainda temos uma base de comparação elevada, pois as vendas foram altas em 2014 por causa da Copa do Mundo de Futebol. Houve uma forte retração no consumo em geral em 2015 e o cenário econômico não colabora. Nossa expectativa de crescimento de um dígito baixo em 2015 está cada vez mais ameaçada. No primeiro semestre, foram vendidas 10,9 bilhões de latinhas, uma queda de 5,7% em relação ao mesmo período de 2014. Outro ponto que chama a atenção é o aumento da participação da lata no mercado de cerveja, apontado pelo Sicobe da Receita Federal. No primeiro semestre, a participação da latinha no mercado de cerveja subiu 0,7 ponto percentual, atingindo 46% da produção total da bebida. A rotulagem ambiental de embalagens pode ser considerada um novo marco para o setor no país? Eu acredito que o modelo em estudo pelo Inmetro pode alterar comportamentos de consumo no futuro. A proposta é de adesão voluntária dos fabricantes, mas o consumidor está cada vez mais consciente do impacto ambiental de suas decisões. E vai exigir informações ambientais, assim como hoje já analisa impactos dos produtos na sua saúde, por exemplo.

3/5 Gostaríamos que comentasse, por favor, as inovações do setor em prol da sustentabilidade. Vivemos em um mundo mais transparente que exige atitudes mais sustentáveis em relação a produtos e serviços, até por uma questão de imagem. A lata de alumínio para bebidas, por exemplo, desenvolveu há 25 anos, desde o início da produção no Brasil, um modelo de logística reversa que acabou inspirando a própria Política Nacional de Resíduos Sólidos. De lá para cá, a inovação se manifestou, por exemplo, na redução da quantidade de alumínio necessária para a produção de uma lata e na contribuição para a estruturação de um verdadeiro sistema de logística reversa, com o aumento do número de unidades compradoras de latas de propriedade dos grandes recicladores. A colaboração com os catadores para a profissionalização de suas cooperativas, o que permitiu que eles aumentassem a sua renda e produtividade, tem sido, também uma forma de inovar. Hoje temos a embalagem mais reciclada do mundo, reduzindo consideravelmente os impactos ambientais. A Análise do Ciclo de Vida da embalagem indica redução de 70% nas emissões de CO2 com a reciclagem da latinha, o que contribui para diminuição do aquecimento global. O mercado de embalagens vive em constante evolução. Consumidores mais exigentes e Conte-nos sobre o estudo que aponta a forte influência das embalagens no consumidor brasileiro. Trata-se de uma pesquisa divulgada pela MeadWestvaco Corporation, que consultou cinco mil pessoas do Brasil, Estados Unidos, China, França e Alemanha. No Brasil, 52% dos entrevistados afirmaram que a embalagem é muito ou extremamente importante para sua satisfação. Isso mostra que não basta ter apenas um produto de qualidade nas gôndolas dos supermercados. É necessário também estar atento à embalagem. A lata tem características que valorizam o produto. Utiliza rótulos que chamam a atenção do consumidor, inovações como as tintas especiais que brilham no escuro ou que mudam de cor com a queda da temperatura, para indicar o momento adequado para o consumo. Além disso, tem a questão da sustentabilidade, que é um ponto cada vez mais incorporado ao carrinho de compras do consumidor brasileiro. Qual é o futuro da embalagem? O futuro está nas mãos de consumidor. Ele agora é mais exigente, quer um produto que afete menos o meio ambiente. Mas ainda sente o peso do preço sobre sua decisão de consumo. Por isso estamos trabalhando com a questão da tributação verde em nosso Ciclo de Debates Abralatas, uma política tributária que leve em consideração o impacto ambiental de todos os produtos e serviços, estimulando aqueles que sejam menos danosos ao meio ambiente. Isso vai ajudar o consumidor a escolher melhor e vai definir o futuro do país e da qualidade de vida da sua população. No caso específico das embalagens, o futuro vai ser determinado pela praticidade e pela capacidade de cada uma de contribuir positivamente para a sustentabilidade do nosso modelo de crescimento econômico. Conheça Renault Castro É economista formado pela Universidade de Brasília, com MBA em Direito Econômico pela FGV e mestrado (M. Sc.) pela Universidade de Oxford, Inglaterra. Trabalhou no setor público de 1976 a 1998 e ocupou diversos cargos relevantes em órgãos da área econômica do Governo Federal, dentre os quais o de Diretor do Departamento Nacional do Café; de Subsecretário de Preços e Tarifas Públicas e Secretário-Geral Adjunto do Ministério da Fazenda. Foi Conselheiro do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) de 1996 a 1998, ano em que deixou o setor público. No setor privado, dedicou-se à prestação de serviços de consultoria econômica até fevereiro de 2006, quando assumiu a Diretoria Executiva da Abralatas, em Brasília-DF.

4/5 ACONTECE NA CERVBRASIL CervBrasil realiza SEMINÁRIO DO CAMPO AO COPO O evento acontece em novembro, no Hotel Golden Tulip Belas Artes - Frei Caneca, em São Paulo, ocasião em que também lança seu Anuário 2015 Com intuito de expor a importância econômica do setor cervejeiro e evento terá mesas de discussão baseada em sua cadeia produtiva, com temas como: Geração de Riquezas do Setor Tendências Macroeconômicas Do campo à Fábrica Da comercialização ao consumo Presentes nas mesas, representantes de importantes entidades que fazem parta da cadeia produtiva da cerveja, como Abrasel, Abralatas e Abividro, além de economistas da FGV, que preparou o estudo de representatividade do setor presente no anuário 2015, e os presidentes da cervejarias que compões a CervBrasil Ambev, Brasil Kirin, Grupo Petrópolis e HEINEKEN. Responsabilidade social Tendências e Competitividade \da Indústria Cervejeira Data a ser confirmada em breve

5/5 ACONTECE NO MERCADO Inmetro atesta cervejas nacionais sem álcool. O Inmetro fez análises com dez marcas nacionais e importadas de cervejas sem álcool, com objetivo de verificar se após a ingestão o consumidor pode sofrer alteração da capacidade psicomotora pela influência de álcool e consequentemente ser responsabilizado pelos critérios da Lei Seca. Assim, foram selecionados voluntários para ingerir cerveja sem álcool e logo após fazer o teste com o bafômetro, o resultado foi comprovado que está escrito no rótulo das cervejas é o que o consumidor consome, ou seja, a cerveja sem nenhum teor alcoólico. O ensaio de teor alcoólico foi conduzido pelo Laboratório do Centro de Tecnologia SENAI/RJ Alimentos e Bebidas, localizado em Vassouras (RJ). A análise foi precedida por uma pesquisa de mercado realizada em cinco Estados: Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Foram identificadas 15 diferentes marcas de cerveja sem álcool, entre nacionais e importadas. O resultado encontrado foi de que todos os consumidores, que após beberem 700 ml de cerveja sem álcool (teor alcoólico entre 0,0% e 0,4%), passaram no teste do etilômetro sem acusar nenhuma quantidade de álcool. O teste foi realizado com homens e mulheres com perfis variados em relação ao consumo de álcool e o resultado após 15 e 30 minutos de ingestão de cerveja sem álcool não variou, permanecendo 0,0 mg/l em todos os sopros. Em todos os casos, foi comprovado que é possível dirigir depois do consumo de todas as marcas testadas. As marcas envolvidas no teste foram: Liber, Bavária, Brahma, Colonia, Erdinger, Estrella Galicia, Itaipava, Paulaner, Schin e Schnider Weisse. Produção de cerveja volta a crescer no país. Por Tatiane Bortolozi e Cibelle Bouças De São Paulo. para as vendas de verão. De acordo com dados do Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe), da Receita Federal, a produção em agosto totalizou 1,07 bilhão de litros, volume 3,48% superior ao registrado no mesmo mês de 2014. Essa foi a primeira alta na produção após seis meses consecutivos de queda. Em relação ao mês de julho, o aumento foi de 9,3%. Ao longo dos meses, o patamar de retração no volume produzido já vinha ficando menor. A maior queda mensal foi registrada em abril, de 12,8%. Em maio, o recuo na produção foi de 10,5%. Em junho, ficou em 7% e em julho, em 6,8%. As quedas na produção na primeira metade do ano eram esperadas, em função da base alta de comparação de 2014, quando foi realizada a Copa do Mundo da Fifa no Brasil, e também devido à retração no consumo, provocada pelo cenário econômico adverso. No acumulado de janeiro a agosto, a produção de cerveja no país somou 8,54 bilhões de litros, registrando um recuo de 5,64% na comparação com o mesmo intervalo do ano passado. Para analistas do setor, o inverno mais quente no Brasil neste ano em comparação a 2014 e a decisão das cervejarias de desenvolver novas linhas de bebidas podem ajudar a impulsionar o mercado consumidor na segunda metade do ano, mesmo com o consumo das famílias ainda em retração. A inflação mais baixa da cerveja em relação ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também pode ajudar nas vendas. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA 15) de agosto apresentou deflação de 0,68% na cerveja, ante uma inflação geral de 0,43%. No acumulado do ano, a inflação da cerveja é de 1,33%, ante um IPCA 15 geral de 7,36%. A melhora no segundo semestre, no entanto, não deve ser suficiente para compensar a queda de produção registrada na primeira metade do ano. O Deutsche Bank projeta para o setor queda em vendas de 1,7% em 2015, e retração de 0,8% em 2016. A produção de refrigerantes, por sua vez, teve queda de 3,65% em agosto, para 1,16 bilhão de litros. É o sétimo mês de reduções consecutivas. No acumulado de janeiro a agosto, a retração foi de6,48%. Fonte: Valor Econômico SP A produção brasileira de cerveja voltou a crescer no mês de agosto, de acordo com Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil). Tradicionalmente, a produção do setor aumenta nessa época do ano, com as cervejarias preparando estoques