Ricardo Teles / Agência Vale DESEMPENHO DA VALE EM Relatório da Administração 1

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Transcrição:

Ricardo Teles / Agência Vale DESEMPENHO DA VALE EM 2016 Relatório da Administração 1

Desempenho da Vale em 2016 Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 2017 A Vale S.A. (Vale) registrou forte desempenho econômico-financeiro em 2016 com um sólido desempenho operacional e recordes anuais e trimestrais de produção em minério de ferro, pelotas, níquel, cobre, cobalto e ouro. Os preços dos nossos produtos iniciaram o ano de 2016 em níveis baixos, influenciados principalmente pela combinação de menor demanda e expectativa de sobreoferta nas nossas principais commodities. Entretanto, a partir do 2T16, o aumento na disponibilidade de crédito no mercado chinês e as políticas de incentivo do governo impulsionaram os investimentos no mercado imobiliário e de infra-estrutura daquele país, impactando positivamente a demanda por aço e, por consequência, a demanda por minério de ferro e outros metais. Com a maior margem realizada pela indústria siderúrgica, os preços de minério de ferro, por exemplo, foram também positivamente impactados, fechando o ano em patamares muito superiores às expectativas do mercado do início do ano. Ainda em 2016 a Vale concluiu o projeto S11D, o maior complexo minerador da sua história, com capacidade de produzir 90 milhões de toneladas por ano com 66,7% de teor médio de ferro. A conclusão de S11D é um marco da indústria da mineração pois o empreendimento agrega tecnologia de ponta, baixo custo e alta produtividade, evidenciando a capacidade de realização da companhia. Desempenho operacional e econômico-financeiro A Vale alcançou um sólido desempenho operacional, registrando diversos recordes anuais de produção em 2016, tais como: (a) produção anual de minério de ferro 1 de 348,8 Mt 2 ; (b) produção de Carajás de 148,1 Mt; (c) produção de níquel de 311.000 t 3 ; (d) produção de cobre de 453.100 t; (e) produção de cobalto de 5.799 t; e (f) produção de ouro como subproduto do concentrado de cobre e de níquel de 483.000 oz 4. A receita líquida totalizou R$ 94,6 bilhões em 2016, o que significa um aumento de R$ 16,6 bilhões em comparação com 2015, principalmente devido aos maiores preços de finos de minério de ferro (R$ 9,9 bilhões), de maiores volumes de venda (R$ 4,4 bilhões) e do impacto favorável da desvalorização do real (BRL) em relação ao dólar norte-americano (USD) e outras moedas (R$ 2,2 bilhões). Os custos e despesas totalizaram R$ 54,4 bilhões em 2016, reduzindo R$ 3,0 bilhões em relação a 2015, devido, principalmente, aos ganhos de produtividade e às iniciativas de 1 Inclui compras de terceiros. 2 Mt = Milhões de toneladas métricas 3 t = Toneladas métricas. 4 Oz = Onças troy Relatório da Administração 2

redução de custos que mais do que compensaram o impacto negativo da depreciação de 4% do BRL frente ao USD nos custos denominados em USD, como, por exemplo, os custos com frete marítimo de minério de ferro, os custos das operações de Metais Básicos fora do Brasil e os custos das operações de Carvão. O EBITDA ajustado 5 foi de R$ 40,9 bilhões em 2016, ficando 88% acima dos R$ 21,7 bilhões registrados em 2015, principalmente em função dos maiores preços de venda que impactaram positivamente o EBITDA em R$ 9,9 bilhões. O resultado financeiro líquido registrou um ganho de R$ 6,3 bilhões em 2016 contra uma perda de R$ 36,5 bilhões em 2015. Os principais constituintes do resultado financeiro líquido foram as despesas financeiras de R$ 9,3 bilhões, os ganhos com derivativos de R$ 4,2 bilhões, sendo R$ 3,2 bilhões com derivativos de moeda e R$ 911 milhões com derivativos de bunker de petróleo, e ganhos com variações monetárias e cambiais de R$ 10,8 bilhões. Os impairments em ativos e o reconhecimento de contratos onerosos de operações continuadas totalizaram R$ 3,9 bilhões em 2016. O lucro líquido totalizou R$ 13,3 bilhões em 2016 contra um prejuízo líquido de R$ 44,2 bilhões em 2015. O aumento de R$ 57,5 bilhões deveu-se, principalmente, aos menores impairments registrados em 2016, aos maiores preços de venda e ao efeito positivo nos resultados financeiros da apreciação ponta a ponta do BRL contra o USD de 17% em 2016. O prejuízo básico recorrente 6 foi de R$ 6,7 bilhões em 2015, contra um lucro básico recorrente de R$ 16,7 bilhões em 2016. O aumento no lucro básico recorrente de 2016, em comparação com 2015, foi majoritariamente em função de maiores preços de venda, conforme detalhado acima. Os investimentos totalizaram US$ 5,2 bilhões em 2016, representando uma redução de US$ 2,9 bilhões em comparação com 2015. Os investimentos na execução de projetos somaram US$ 3,1 bilhões, enquanto os investimentos na manutenção das operações existentes alcançaram o valor de US$ 2,1 bilhões em 2016. Em 2016, anunciamos US$ 3,8 bilhões em venda de ativos com: (a) US$ 2,5 bilhões provenientes da venda dos ativos de Fertilizantes 7 ; (b) US$ 800 milhões de mais uma transação de goldstream; (c) US$ 269 milhões da venda de 3 navios VLOCs; (d) US$ 140 milhões da venda de quatro navios capesizes; (e) US$ 113 milhões da conclusão da venda da Mineração Paragominas. Em função da alienação dos ativos de Fertilizantes incluídos no acordo de venda, o impairment em ativos de operações descontinuadas totalizou R$ 5,9 bilhões. 5 EBITDA (LAJIDA) ajustado é o EBITDA excluindo ganhos e/ou perdas na venda de ativos e despesas não recorrentes e incluindo os dividendos recebidos de coligadas. 6 O lucro ou prejuízo básico recorrente é o lucro ou prejuízo líquido excluindo os efeitos contábeis não recorrentes. 7 Ativos de Fertilizantes, exceto os ativos de fosfatados e nitrogenados em Cubatão. Esperamos concluir a venda até o fim de 2017. Relatório da Administração 3

A dívida líquida diminuiu ligeiramente para US$ 25,0 bilhões registrada em 31 de dezembro de 2016 em relação à posição de US$ 25,2 bilhões em 31 de dezembro de 2015. Em janeiro de 2016, a Vale desembolsou US$ 3 bilhões dos US$ 5 bilhões de suas linhas de crédito rotativo, que foram pagas em junho de 2016 (US$ 1 bilhão) e o restante em novembro de 2016 (US$ 2 bilhões). A posição de caixa em 31 de dezembro de 2016 totalizou US$ 4,3 bilhões. O prazo médio da dívida em 31 de dezembro de 2016 foi de 7,9 anos e o custo médio foi de 4,63% por ano. O índice de cobertura de juros, medido pelo indicador LTM 8 EBITDA ajustado/ltm pagamento de juros, aumentou para 7,9x em 31 de dezembro de 2016, contra 4,8x em 31 de dezembro de 2015. Em 2016, a Vale distribuiu R$ 857 milhões (US$ 250 milhões) em dividendos sob a forma de juros sobre o capital próprio. O Conselho de Administração aprovou para posterior encaminhamento à Assembleia Geral Ordinária de Acionista a proposta de distribuição adicional de R$ 4,667 bilhões até o fim de abril de 2017 sob a forma de juros sobre o capital próprio. Atualização Samarco Desde o acidente com a barragem da Samarco em novembro de 2015 a Vale tem apoiado a Samarco nos esforços de reparação e mitigação dos danos, suportando os programas realizados pela Fundação Renova e contribuído para a manutenção e preservação dos ativos da Samarco. No dia 23 de junho de 2016, a Samarco iniciou o processo de licenciamento ambiental necessário para retomada parcial de suas operações. A intenção da Samarco é inicialmente dispor o rejeito do processo produtivo na cava de Alegria Sul, localizada dentro da área de exploração mineral da empresa. Após a obtenção das licenças ambientais necessárias para a utilização da cava de Alegria Sul, é esperado que a Samarco deposite temporariamente seus rejeitos nesta cava por um período de dois a três anos de operação. Em dezembro de 2016, a Vale celebrou, em documento não vinculante, acordo com a BHP Billiton Brasil e a Samarco sobre os termos e condições gerais para o uso da cava de Timbopeba de propriedade da Vale para depósito de rejeitos pela Samarco, uma vez que a mesma volte a operar. O acordo prevê que a Vale transfira a cava de Timbopeba para a Samarco e, em compensação, a Samarco forneça à Vale uma quantidade de minério não processado (Run-of-Mine ROM) por determinado período. Um acordo definitivo relativo a esta transação permanece sujeito ao sucesso da negociação entre as partes, à due dilligence e às aprovações governamentais necessárias, o que a Vale espera que aconteça durante o ano de 2017. O uso da cava de Timbopeba permitirá à Samarco operar por vários anos, sem a necessidade de uma nova estrutura de barragens. 8 LTM (last twelve months) = últimos 12 meses Relatório da Administração 4

Mensagem final O ano de 2016 foi um ano de importantes realizações, marcado pelo sólido desempenho operacional, pela entrega do projeto S11D, pelo avanço do nosso plano de venda de ativos, pela contínua redução de custos e despesas e pelo aumento de eficiência operacional e produtividade, o que permitiu à Vale alcançar uma posição competitiva mais forte no mercado. Em 2017 o foco será a desalavancagem da companhia e o fortalecimento de seu balanço com o objetivo de aumentar o retorno aos acionistas no futuro próximo. O desempenho das ações da Vale durante o ano foi influenciado favoravelmente pelo aumento dos preços das commodities, potencializado pelo trabalho diligente da empresa na redução de custos e despesas, na disciplina de alocação de capital e na gestão do portfólio de ativos. Como consequência, o valor de mercado da Vale aumentou, passando de US$ 15,8 bilhões em 31 de dezembro de 2015 para US$ 38,5 bilhões em 31 de dezembro de 2016. Indicadores financeiros selecionados 1 em R$ milhões 2014 2015 2016 Receita operacional líquida 82.619 78.057 94.633 EBIT (LAJIR) ajustado 2 20.050 8.227 28.130 Margem EBIT ajustado 2 (%) 24,3% 10,5% 29,7% EBITDA (LAJIDA) ajustado 2 30.480 21.741 40.906 Lucro (prejuízo) básico recorrente 3 10.092 (6.695) 16.726 Lucro (prejuízo) básico recorrente por ação 1,96 (1,30) 3,25 Exportações (US$ milhões) 23.357 13.333 12.737 Exportações líquidas (US$ milhões) 22.093 11.999 11.792 1 Ao longo deste relatório, o ano de 2013 foi ajustado retroativamente devido à venda de VLI. 2 Excluindo efeitos não recorrentes. LAJIR = Lucro Antes de Juros e Imposto de Renda. LAJIDA = Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização. 3 Excluindo efeitos não recorrentes. Reconciliação do LAJIDA R$ milhões 2014 2015 2016 Consolidado Composição do EBITDA Lucro líquido 2.404 (45.337) 17.455 Resultado financeiro liquido 14.626 36.053 (6.302) Imposto de renda e contribuição social 3.658 (19.339) 9.567 LAJIR (EBIT) 20.688 (28.623) 20.720 Depreciação, amortização e exaustão 9.128 12.450 12.107 LAJIDA (EBITDA) 29.816 (16.173) 32.827 Resultado de participações em coligadas e joint ventures (1.131) 1.526 (1.111) Resultado na mensuração ou venda de ativos não circulantes 441 (52) 228 Redução ao valor recuperável de ativos não circulantes e contratos oneroso (87) 33.945 3.940 Outros resultados na participação em coligadas e joint ventures 139 1.431 4.353 Dividendos recebidos 1.302 1.064 669 LAJIDA ajustado (EBITDA ajustado) 30.480 21.741 40.906 Dividendos recebidos (1.302) (1.064) (669) Depreciação, amortização e exaustão (9.128) (12.450) (12.107) LAJIR ajustado (EBIT ajustado) 20.050 8.227 28.130 Relatório da Administração 5

Desempenho dos segmentos de negócios Minerais Ferrosos O EBITDA ajustado do segmento de Minerais Ferrosos foi de R$ 35,8 bilhões, ficando 80% acima dos R$ 20,0 bilhões registrados em 2015, principalmente devido aos maiores preços de vendas de minério de ferro e pelotas (R$ 10,4 bilhões) e aos menores custos e despesas (R$ 3,4 bilhão). O preço médio realizado de finos de minério de ferro, composto por vendas CFR e FOB 9, foi de US$ 54,4/t em 2016, ficando 22% acima dos US$ 44,6/t realizados em 2015, em função de maiores preços de referência IODEX Platts 62% Fe e ganhos comerciais. O preço médio realizado de pelotas aumentou de US$ 77,8/t em 2015 para US$ 80,2/t em 2016. O volume de vendas de finos de minério de ferro aumentou de 276,4 Mt em 2015 para 289,9 Mt em 2016, principalmente devido à excelente performance do Sistema Norte. O volume de vendas de pelotas aumentou de 46,3 Mt em 2015 para 47,7 Mt em 2016. O custo caixa por tonelada métrica para os finos de minério de ferro colocado nos portos brasileiros, ex-royalties, foi reduzido em cerca de 12%, passando de US$ 14,9/t em 2015 para US$ 13,3/t em 2016, principalmente devido às iniciativas de redução de custos e aos rampups da mina de N4WS e da extensão da mina de N5S. Metais Básicos O EBITDA ajustado de Metais Básicos foi de R$ 6,3 bilhões em 2016, ficando 43% acima dos R$ 4,4 bilhões registrados em 2015, principalmente devido aos menores custos e despesas (R$ 2,0 bilhões) e maiores volumes (R$ 516 milhões), apesar de menores preços de venda de níquel (R$ 635 milhões). A operação de Salobo alcançou EBITDA de R$ 2,5 bilhões em 2016, após a conclusão bemsucedida de seu ramp-up e o alcance de sua capacidade nominal no 4T16. A operação de VNC reduziu suas despesas pré-operacionais em R$ 954 milhões em 2016, o que ajudou na melhora do EBITDA de VNC em R$ 788 milhões em uma comparação com 2015. O preço médio realizado de níquel caiu 16%, passando de US$ 11.684/t em 2015 para US$ 9.800/t em 2016. O preço médio do cobre aumentou 2%, passando de US$ 4.353/t em 2015 para US$ 4.458/t em 2016. 9 As vendas CFR (Cost and Freight) incluem no preço o frete de transporte marítimo e as vendas FOB (Free on Board) consideram o produto entregue no porto de carga e, portanto, não incluem o frete marítimo. Relatório da Administração 6

Os volumes de vendas de níquel e cobre aumentaram, respectivamente, para 311.000 t e 430.000 t em 2016, principalmente devido à maior produção em VNC e Sudbury e ao ramp-up de Salobo. Carvão O EBITDA ajustado do segmento de Carvão melhorou em R$ 1,4 bilhão, passando de R$ 1,7 bilhão negativo em 2015 para R$ 245 milhões negativos em 2016, em função, principalmente, de menores custos e despesas (R$ 1,2 bilhão), da evolução bem-sucedida do ramp-up do Corredor Logístico de Nacala e dos maiores preços de vendas (R$ 596 milhões). O preço médio realizado do carvão metalúrgico foi de US$ 119,5/t em 2016, ficando 40% acima dos US$ 85,5/t realizados em 2015, enquanto o preço médio do carvão térmico caiu 12%, passando para US$ 46,2/t em 2016. Os volumes de venda de carvão metalúrgico caíram 707 kt para 4,9 Mt em relação a 2015 como resultado dos menores volumes de vendas em Carborough Downs, inicialmente em função de falhas geológicas em seu corpo mineral e, posteriormente, em decorrência da venda do ativo em novembro de 2016. Os volumes de vendas de carvão térmico alcançaram 5,5 Mt em 2016, comparados aos 900 kt em 2015, devido ao aumento da capacidade logística com o progressivo ramp-up de Nacala, que permitiu a venda de estoque de carvão térmico acumulado em anos anteriores. Fertilizantes Operações Descontinuadas Em 19 de dezembro de 2016, a Vale anunciou a venda de seus ativos de Fertilizantes, exceto os ativos de fosfatados e nitrogenados em Cubatão (SP), para a Mosaic 10. No mesmo momento, a Vale anunciou que espera realizar a venda dos ativos localizados em Cubatão (SP) no ano de 2017. Em razão da expectativa da empresa de vender todos os ativos no curto prazo, a Vale não divulgará mais a produção de Fertilizantes após o 4T16 e reportará os resultados do segmento de Fertilizantes em Resultados proveniente das operações descontinuadas. A mudança foi registrada nas Demonstrações Financeiras de 2016. 10 A consumação da transação está sujeita a condições descritas no comunicad o sobre a venda, mas é esperada para o final de 2017. Relatório da Administração 7

Impairments Os impairments em ativos e o reconhecimento de contratos onerosos (excluindo impairments em investimentos 11 ) de operações continuadas, ambos sem efeito caixa, totalizaram R$ 3,9 bilhões em 2016, devido: (a) à projeção de preços de níquel, impactando os ativos de Newfoundland and Labrador (R$ 2,112 bilhões) e de VNC (R$ 952 milhões); (b) aos contratos com volume mínimo garantido para utilização de estrutura fluvial e de fornecimento de manganês (R$ 861 milhões); (c) à reversão de impairment resultante da decisão de retomar as operações de pelotas em São Luís no início de 2018 (R$ 536 milhões); (d) à revisão de planos de operação dos ativos de carvão na Austrália (R$ 91 milhões). O impairment em ativos de operações descontinuadas, sem efeito caixa, totalizou R$ 5,9 bilhões para os ativos de Fertilizantes, incluídos no acordo de venda, em função do valor de venda ser menor do que os respectivos saldos contábeis. Impairment de ativos R$ milhões Minerais ferrosos Total de impairments em 2016 Impairment em contratos onerosos em 31/12/16 Valor do ativo após impairments 31/12/16 Planta de pelotização do Sistema Norte (536) - 536 Sistema Centro-Oeste - 861 - Carvão Ativos na Austrália¹ 91-140 Metais básicos Vale Nova Caledonia (VNC) 952-10.976 Vale New Foundland and Labrador (VNL) 2.112-6.241 Outros 460 - Total 3.079 861 17.893 1 Incluindo ativos intangíveis. Não foram realizados impairments em investimentos de subsidiárias e joint ventures em 2016. Em 2015, os impairments em investimentos de subsidiárias e joint ventures totalizaram R$ 1,7 bilhão, sendo R$ 510 milhões relacionados à Samarco e R$ 1,2 bilhão relacionado à Teal Minerals, uma joint venture da Vale com a Africa Rainbow Minerals (ARM) e com participação na operação de cobre de Lubambe, na Zâmbia. 11 De associadas e joint ventures. Relatório da Administração 8

Investimentos Os investimentos da Vale em 2016 reduziram-se em US$ 2,9 bilhões quando comparados aos US$ 8,1 bilhões de 2015, totalizando US$ 5,2 bilhões em 2016 e sendo compostos por US$ 3,1 bilhões em execução de projetos e US$ 2,1 bilhões em investimentos correntes para a manutenção das operações. Os investimentos da Vale em execução de projetos caíram US$ 2,4 bilhões, passando de US$ 5,5 bilhões em 2015 para US$ 3,1 bilhões em 2016, com a conclusão de projetos e otimização de escopo. Os segmentos de Minerais Ferrosos e de Carvão representaram, respectivamente, 61% e 11% do total investido na execução de projetos. O investimento no projeto de minério de ferro S11D (incluindo mina, usina e logística associada CLN S11D) foi de US$ 2,1 bilhões em 2016 e representou 68% dos investimentos em execução de projetos no ano. O projeto S11D está avançando de acordo com o planejado e alcançou 85% de avanço físico consolidado no quarto trimestre de 2016, sendo composto por 97% de avanço físico na mina e 76% na logística. A duplicação da ferrovia alcançou 60% de avanço físico com 291 km entregues até o trimestre. O porto off-shore teve seu start-up no 4T16, tendo carregado 11 navios até janeiro, sendo 2 Valemax com 400.000 t de capacidade cada. Mina do S11D Em operação Relatório da Administração 9

Indicadores de progresso 12 Projeto Projetos de minerais ferrosos CLN S11D Capacitdade (Mtpa) 230 (80) a Data de start-up estimada 1S14 a 2S19 Capex realizado (US$ milhões) Capex estimado (US$ milhões) 2016 Total 2017 Total Avanço físico 1.195 5.662 962 7.850 b 76% a Capacidade líquida adicional. b Capex original orçado de US$ 11,582 bilhões vs..tendência de desembolso atual de US$ 7.850 bilhões até o final do projeto Os investimentos na manutenção das operações caíram de US$ 2,9 bilhões em 2015 para US$ 2,1 bilhões em 2016, não comprometendo a integridade das operações da Vale e preservando os investimentos em saúde e segurança e proteção ambiental. O segmento de Metais Básicos e o de Minerais Ferrosos representaram 50% e 43%, respectivamente, do total investido na manutenção das operações existentes. US$ milhões 2014 2015 2016 Projetos 7.857 5.503 3.102 Manutenção das operações existentes 3.801 2.641 2.088 Total 11.658 8.144 5.190 Investimento realizado por área de negócio 1 US$ milhões 2014 2015 2016 Minerais Ferrosos 7.140 4.946 3.248 Carvão 2.336 1.539 612 Metais Básicos 1.604 1.556 1.057 Energia 160 78 73 Aço 222 22 201 Outros 196 3 1 Total 11.658 8.144 5.190 1 Excluindo P&D. ² Em 2015 e 2016, os investimentos corporativos foram alocados nas suas respectivas áreas de negócio, enquanto nos anos anteriores foram alocados em Outros. 12 Na tabela, não incluímos as despesas pré-operacionais no capex estimado para o ano, embora estas despesas estejam incluídas na coluna de capex estimado total, em linha com o nosso processo de aprovação pelo Conselho de Administração. Além disso, nossa estimativa para o capex do ano é revisada apenas uma vez por ano. Relatório da Administração 10

Endividamento A dívida líquida diminuiu ligeiramente para US$ 25,0 bilhões em 31 de dezembro de 2016 em relação à posição de US$ 25,2 bilhões em 31 de dezembro de 2015. A posição de caixa em 31 de dezembro de 2016 totalizou US$ 4,3 bilhões. Após juros e transações de swap de moedas, a dívida bruta da Vale em 31 de dezembro de 2016 era composta por 31% de dívidas a taxas de juros flutuantes e 69% a taxas de juros fixas, sendo que 92% da dívida estavam denominados em USD. O prazo médio da dívida foi reduzido para 7,9 anos em 31 de dezembro de 2016 em relação aos 8,1 anos em 31 de dezembro de 2015. O custo médio da dívida, após as operações de hedge mencionadas anteriormente, aumentou ligeiramente para 4,63% ao ano em 31 de dezembro de 2016 contra 4,47% em 31 de dezembro de 2015. O índice de cobertura de juros, medido pelo indicador LTM 13 EBITDA ajustado/ltm despesa de juros bruto aumentou para 6,9x em 31 de dezembro de 2016, contra 4,3x em 31 de dezembro de 2015. A di vida bruta/enterprise value (EV) diminuiu para 46,2% em 31 de dezembro de 2016 em relação a 70,4% em 31 de dezembro de 2015, devido ao aumento no valor de mercado da Vale 14. O foco de atenção do ano de 2017 será a redução da dívida líquida e o gerenciamento de passivos de forma a reduzir o custo da dívida e diminuir a pressão das amortizações nos anos que apresentam maior concentração de investimentos, buscando um perfil de amortização mais adequado ao atual cenário da empresa. Indicadores de endividamento em US$ milhões 2014 2015 2016 Dívida bruta 28.807 28.853 29.322 Dívida líquida 24.685 25.234 25.042 Dívida bruta / LTM EBITDA ajustado 1 (x) 2,2 4,1 2,4 LTM EBITDA ajustado 1 / despesas de juros bruto (x) 7,9 4,3 6,9 Dívida bruta / EV 2 43,8% 70,4% 46,2% 1 Excluindo efeitos não recorrentes 2 EV = capitalização de mercado + dívida líquida 13 LTM (last twelve months) = últimos 12 meses 14 Informações do valor de mercado com base em dados da Bloomberg em 3 0 de dezembro de 2016. Relatório da Administração 11

Responsabilidade social corporativa A Vale tem como missão transformar recursos naturais em prosperidade e desenvolvimento sustentável e tem como visão ser a empresa de recursos naturais global número um em criação de valor de longo prazo, com excelência, paixão pelas pessoas e pelo planeta. Para nós, o desenvolvimento sustentável é alcançado quando nossos negócios geram valor para nossos acionistas e demais partes interessadas, apoiando o fortalecimento social, a manutenção e melhoria da saúde e segurança de nossos trabalhadores e comunidades vizinhas, a responsabilidade ambiental e o desenvolvimento socioeconômico das regiões onde operamos, por meio de uma gestão consciente e responsável, de ações empresariais voluntárias e de parcerias intersetoriais. Nossa agenda de sustentabilidade desempenha um papel central no processo de planejamento estratégico da empresa. Em 2016, priorizamos os temas socioambientais, dentre eles: resíduos, recursos hídricos, emissões, comunidades, desenvolvimento local, uso da terra e biodiversidade. A Vale também está comprometida em promover a agenda de sustentabilidade com seus fornecedores e clientes e em atuar na promoção do desenvolvimento sustentável em parceria com os governos e a sociedade. Em 2016, os investimentos em responsabilidade socioambiental corporativa foram de US$ 704,4 milhões, compostos por US$ 562,3 milhões em proteção e conservação ambiental e US$ 142,1 milhões em programas sociais. A Vale foi reconhecida como empresa líder no tema de mudanças climáticas pelo CDP Climate Change Program de 2016, referente ao ano base de 2015, mantendo-se entre as empresas com melhor pontuação com respeito à qualidade e transparência da divulgação de informações sobre o tema. Já em gestão de recursos hídricos (o CDP Water), a Vale atingiu a nota B, em uma escala de A a F, um resultado que reforça nossa busca pela mitigação de impactos, a implementação de uma política e uma estratégia para embasar nossas ações, e pelo estabelecimento de metas relacionadas à utilização de água nas operações. Para alcançar avanços em nossa gestão de sustentabilidade, estabelecemos políticas globais, tais como a Política de Direitos Humanos, a Política de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas e a nova Política de Sustentabilidade. A Vale possui, no seu programa de remuneração variável, KPIs de sustentabilidade com foco em meio ambiente, indicadores de consumo de energia direta e indireta e de questões sociais críticas para as unidades operacionais vinculados a temas que buscam a melhoria contínua da empresa. Relatório da Administração 12

Anualmente, desde 2007, publicamos o Relatório de Sustentabilidade baseado na metodologia amplamente difundida da Global Reporting Initiative (GRI), visando dar transparência à nossa atuação na agenda de sustentabilidade. A última versão do Relatório de Sustentabilidade da Vale encontra-se disponível no site da empresa, na seção Sobre a Vale. Relatório da Administração 13

Política com relação aos auditores independentes A Vale possui procedimentos internos específicos de pré-aprovação dos serviços contratados junto aos seus auditores externos, visando evitar o conflito de interesse, ou perda de objetividade de seus auditores externos independentes. A política da Vale, com relação aos auditores independentes, na prestação de serviços não relacionados à auditoria externa, fundamenta-se em princípios que preservam a sua independência. Em linha com as melhores práticas de governança corporativa, todos os serviços prestados por nossos auditores independentes são suportados por carta de independência emitida pelos auditores e pré-aprovados pelo Conselho Fiscal. Conforme Instrução CVM 381/2003, os serviços contratados dos auditores externos da empresa KPMG Auditores Independentes, por um prazo trienal a partir de abril de 2014, referentes ao exercício social de 2016 para Vale e suas controladas foram os seguintes: Honorários em R$ mil Vale e controladas Auditoria Contábil 17.380 Auditoria Lei Sarbanes Oxley 1.175 Serviços Relacionados à Auditoria 1 101 Total de Serviços de Auditoria Externa 18.656 1 Esses serviços são contratados na sua maioria para períodos menores que um ano. Relatório da Administração 14