ALFABETIZAÇÃO: O PRIMEIRO PASSO PARA O SUCESSO ESCOLAR



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Transcrição:

ALFABETIZAÇÃO: O PRIMEIRO PASSO PARA O SUCESSO ESCOLAR Elizabeth Gomes Cardoso Buss 1 Vera Lúcia Macedo de Oliveira Teixeira 2 RESUMO Este artigo tem por objetivo identificar os métodos utilizados no processo de alfabetização do 1º ano do Ensino Fundamental, considerando que esta, exerce fundamental importância na formação de um indivíduo reflexivo e participativo. Para a realização do trabalho foi utilizada a pesquisa qualitativa, por meio da qual se observou uma sala de aula de 1 ano em uma Instituição Escolar situada na cidade de Barra do Garças MT, acompanhada de entrevista junto a docente titular da turma. Essa análise busca compreender como está sendo feito esse processo tendo em vista que um trabalho descontextualizado pode prejudicar a vida social desses alunos. A interpretação dos dados revela a importância de o alfabetizador conhecer e respeitar os processos lingüísticos de seus alunos para a escolha significativa de métodos que correspondam à diversidade de saberes existente em sala de aula. PALAVRAS - CHAVE: Método de alfabetização- Alfabetização- Aprendizagem- Prática pedagógica. SUMMARY This article aims to identify the methods used in the literacy process of the first grade of elementary school, whereas this one has fundamental importance in forming an individual reflective and participatory. To conduct the study was used qualitative research, through which observed a classroom of 1st year in a school institution in the city of Barra do Herons - MT, followed by an interview with the holder of the class teacher. This analysis seeks to understand how this process is being done in order that a job can hurt decontextualized social life of students. The interpretation of the data reveals the importance of literacy know and respect the linguistic processes of their students for meaningful choice of methods that match the diversity of existing knowledge in the classroom. WORDS - KEY: Method-Literacy-Literacy-Learning Pedagogical practice. 1 Licenciatura em Pedagogia: Docência na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais Aplicadas do Araguaia FACISA- Docente no Ensino Fundamental Anos Iniciais, na Rede Municipal de Ensino de Barra do Garças-MT. elizagiva@hotmail.com 2 Pedagoga, Especialista em Didática, Mestre em Educação pela UCG- Universidade Católica de Goiás- Professora da disciplina de Didática nos Cursos de Licenciatura em Pedagogia, História e Educação Física da UNIVAR Faculdades Unidas do Vale do Araguaia. vl_macedo@hotmail.com 1-INTRODUÇÃO Tendo em vista as constantes mudanças ocorridas na alfabetização, as quais são expressas por meio de pesquisas que tem ampliado as concepções acerca do processo de alfabetização, surge durante os estágios do curso de pedagogia da Faculdade Cathedral a inquietante dúvida das razões pelas quais as práticas mais comuns observadas ainda são aquelas que privilegiam a mecanização no processo de aquisição da linguagem. Diante disso, despertou-se o interesse em pesquisar o processo de alfabetização, considerando que algumas dificuldades acontecem se a criança não obtiver em sua base escolar uma contextualização da leitura e da escrita. Dessa forma, esta pesquisa se propõe a investigar os métodos de alfabetização, bem como as práticas pedagógicas utilizados pela professora do 1º ano de uma escola Municipal de Barra do Garças - MT. Para tanto utilizou-se de uma pesquisa qualitativa, que segundo Triviñs ( 1987) possibilita ao investigador observar e fazer entrevista semi-estruturada com o foco principal de aproximar da real situação do ambiente alfabetizador para melhor compreendê-lo. Nessa perspectiva Triviñs relata: A entrevista semi-estruturada, em geral, é aquela que parte de certos questionamentos básicos, apoiados em teorias e hipóteses que interessam à pesquisa, e em seguida, oferece amplo campo de interrogação, fruto de novas hipóteses que vão surgindo, à medida que recebem as respostas do informante ( TRIVIÑS, 1987, P.146). As observações e a entrevista são realizadas com a finalidade de identificar como está sendo feito esse trabalho, qual método ou metodologias utilizadas no processo de alfabetização e para tanto se fez On-line http://revista.univar.edu.br Interdisciplinar: Revista Eletrônica da Univar (2012) n.º7 p. 104-109 ISSN 1984-431X

105 necessário conhecer o Projeto Político Pedagógico da Instituição, comparando-o ao planejamento anual da docente. Atualmente existem várias maneiras de aprender, por isso, é fundamental uma alfabetização bem estruturada, pois os alunos necessitam cada um dentro da sua particularidade, ter um verdadeiro vínculo com as letras, seus sons e seus significados, para que possam entender o sentido de se alfabetizar, ou seja, para que se tornem letrados, podendo reproduzir suas ideias no papel dando significado ao processo que favorece todos os campos da sua vida, preparando-o para viver em sociedade. Assim como sinaliza Magda Soares: alfabetizar e letrar são duas ações distintas, mas não inseparáveis, ao contrário: o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e a escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita.( SOARES, 1998, P. 47.) Nesse sentido, considerando a alfabetização um momento ímpar na formação de um sujeito participativo e reflexivo, tem-se como objetivo geral compreender o quanto a mecanização da alfabetização compromete o processo de ensino - aprendizagem das crianças de uma sala de 1 ano em uma Instituição de Ensino situada em Barra do Garças MT. 2- HISTÓRIA DA ALFABETIZAÇÃO: UMA BREVE REFLEXÃO O início da alfabetização as pessoas apenas decoravam as letras, que no caso, eram símbolos, em prol de simplesmente ler, como afirma Cagliari (1998, p.16) não havia ainda grande preocupação com a leitura. Com O passar do tempo houve uma maior necessidade de se saber ler e então aparecem as primeiras cartilhas com propósito de exemplificar o trabalho com a alfabetização, a qual não obteve muito sucesso. Como afirma esse mesmo autor: Pode-se dizer que a experiência escolar da alfabetização com cartilhas foi desastrosa. Os dados estatísticos mostram que a escola não consegue alfabetizar mais de cinqüenta por cento de seus alunos. A repetência e a evasão escolar foram sempre um monstruoso fantasma para as crianças, pais e professores (p. 27, 1998). Nesse sentido pode-se dizer que as cartilhas não ajudaram significativamente com a alfabetização, então surge o manual do professor, o qual veio esquematizar a maneira de dar aula, como um suporte prático para a melhoria das aulas, o que também não ajudou muito, pois o rendimento escolar não apresentava melhora. Desse modo a escola continua refletindo, em busca do que poderia ser mais significativo para alfabetizar, tendo em vista que os procedimentos pareciam perfeitos, mas os resultados não eram positivos, sendo apenas dez por cento que conseguiam concluir a última série do ginásio: Onde será que residia o segredo de tanta reprovação na primeira série? A cartilha era logicamente perfeita, o professor tinha todos os subsídios necessários e prontos para aplicar o método das cartilhas; então, a dificuldade deveria residir nas crianças. Devia haver algo em certos alunos que não permitia que aprendessem adequadamente. (CAGLIARI, p. 27, 1998). Neste cenário, percebeu-se que o aluno possui particularidades dentro do ensino aprendizagem, assim, foi-se buscar resposta nas universidades por meio de pesquisas focando o aluno e como ele aprende. 3- O PRIMEIRO PASSO PARA O SUCESSO ESCOLAR A alfabetização é uma necessidade porque sem ela o sistema de escrita fica sem decifração passando a ser inutilizável não havendo comunicação. Conforme pesquisas realizadas na década de 1980 por Ferreiro (2005, p. 95) a criança aprende em processo construtivo sendo assim, cabe ao professor mediar tal construção possibilitando metodologias diversificadas e contextualizadas. Por isso, é preciso considerar as etapas que as crianças percorrem. O primeiro critério usado por elas segundo Emilia Ferreiro (2005, p. 24 e 25) é variar as letras nas mais várias palavras, depois mudam as letras usadas de palavras em palavras e outro critério usado é a modificação da posição das mesmas letras sem modificar quantidade. Logo após, esses critérios elas começam a descobrir que uma letra usada no começo da palavra pode ser usada no meio ou no fim da mesma e também começam a relacionar as letras com seus sons e nesse momento estão no período silábico. Assim, vão construindo toda uma relação em torno da alfabetização. A respeito dessa construção, é significante dizer que a criança constrói a partir de experiências vividas por ela. Segundo Cócco e Hailer: Piaget se preocupou em explicar a maneira como a criança interage com o mundo e com as pessoas para chegar ao conhecimento. Segundo pesquisas piagetianas, o conhecimento é construído na interação do sujeito com o objeto de aprendizagem. A criança se apodera de um conhecimento se agir sobre ele, pois aprender é descobrir, inventar, modificar. (CÓCCO e HAILER, 1996, p.16.) Essa afirmação fortalece a tese de que o educando precisa vivenciar os momentos de aprendizagem para que esses se transformem em conhecimento, modificando seu pensamento sobre aquele assunto explicado. Para tanto, a alfabetização não pode acontecer descontextualizada da realidade social dos educandos, como simples cópias, por que eles precisam obter um olhar crítico sobre os acontecimentos da vida. Portanto necessitam ler entender e fazer uso disso em seu dia a dia. A criança necessita interagir com o mundo e com as pessoas para chegar ao conhecimento, ou seja, ela precisa experienciar a informação que lhe foi dada. Por isso, é fundamental que a alfabetização acompanhe a realidade cotidiana da criança, de modo que, essa se sinta inserida no meio em que vive e também capacitada para progredir em seu meio social. Nesse sentido, o ser humano precisa ser alfabetizado para se comunicar e sobressair-se no meio

106 social, e também promover modificações necessárias a sua sobrevivência, como afirma Délia Lerner: O necessário é fazer da escola uma comunidade de leitores que recorram aos textos buscando respostas para os problemas que necessitam resolver, tratando de encontrar para compreender melhor algum aspecto do mundo que é objeto de suas preocupações. (LERNER, 2002, p.17 ) Sendo assim, não se pode deixar de lado como o educador trabalha esse processo, como ele percebe a aprendizagem da criança, como ele se relaciona com a aquisição da língua, pois se o docente não entende essa relação, consequentemente ele não terá condições de possibilitar meios para o indivíduo interpretar e relacionar a sua vida com a leitura e a escrita. Nesse sentido, é fundamental que o professor alfabetizador conheça vários métodos existentes para que possa aplicá-los de maneira eficiente na aprendizagem dos diferentes alunos. A respeito dos métodos Carvalho diz: Muitos desses métodos foram experimentados, em diferentes contextos, com resultados diversos. Segundo Smith (1999), estudioso da leitura a partir da perspectiva psicolingüística, todos os métodos, por mais estapafúrdios que pareçam, dão certo com algumas crianças, mas nenhum deles é eficaz com todas. (CARVALHO, 2009, p.18) Os métodos são propostas de trabalho que podem encaixar ou não com a aprendizagem de cada indivíduo, portanto existe a necessidade de diversificar esses métodos em sala. Segundo Carvalho ( 2009) os métodos existentes são sintéticos ou analíticos que são classificados também como globais. Dentro dos sintéticos estão os fônicos (sons fonemas) que parti do ensino das letras, sílabas para depois chegar às palavras, os analíticos trabalham com orações e contos, e também que surge outro método que analisa textos usando uma relação do todo para as partes. São os chamados métodos analíticossinteticos, que tentam combinar aspectos de ambas as abordagens teóricas, ou seja, enfatiza a compreensão do texto desde a alfabetização inicial, como é próprio dos métodos analíticos ou globais, e paralelamente identificar os fonemas e explicitar sistematicamente as relações entre letras e sons, como ocorre nos métodos fônicos. (CARVALHO, 2009, p.18) Diante dessas possibilidades de trabalho o educador deve sempre diversificar suas aulas levando em conta a particularidade de cada criança. A relevância desse trabalho está justamente nesse ponto, pois se percebe que a alfabetização é um tema muito discutido e pesquisado, embora as práticas pedagógicas são em sua maioria incompatível com o que preconizam as pesquisas científicas, as quais demonstram que cada criança aprende de maneira singular. Diante das questões apresentadas pode se constatar a utilização de métodos repetitivos de codificar e decodificar, sem considerar que a criança cria hipóteses e formula ideias. Vale ressaltar o que diz Ferreiro: Temos uma imagem empobrecida da criança que aprende: a reduzirmos a um par de olhos, um par de ouvido, uma mão que pega um instrumento para marcar e um aparelho fonador que emite sons. Atrás disso há um sujeito cognoscente, alguém que pensa que constrói interpretações, que age sobre o real para fazê-lo seu. (FERREIRO, 2001, p.40) Nessa perspectiva o educador deve usufruir dos vários aspectos do caminhar da aprendizagem da criança, pois antes mesmo de ir para escola ela já constrói hipóteses sobre a língua escrita, e no decorrer do processo vai se apropriando de conceitos novos buscando entender como funciona a leitura e a escrita. Desse modo, é preciso rever as práticas de alfabetização, pois o aluno precisa ser considerado como um todo, porque fora da escola sua vida não é feita em pedaços os acontecimentos são conseqüências de uma realidade global. Assim sendo, fica mais complicado o seu entendimento quando ela percebe que a vida na escola é diferente da vida lá fora. Dentro desse aspecto Emília Ferreiro diz que não se pode fragmentar disciplinas e conteúdos e muito menos as letras na hora de se alfabetizar, pois as crianças necessitam conhecer palavras e não só seus pedaços, porque só com pedaços a criança não consegue decifrar e dar sentido ao que lê ( p. 38, 2001). Além disso, a criança necessita compreender que a escrita é uma representação gráfica da fala, porém se distingue dela em vários aspectos, e por isso, nos comunicamos de maneira especifica e muitas vezes diferente da fala. Nesse sentido diz Cagliari: Em primeiro lugar é preciso entender que o segredo da alfabetização está na aprendizagem da leitura. Aprender a ler, aqui, significa aprender a decifrar a escrita. Para saber decifrar a escrita é preciso saber como o sistema de escrita funciona e quais os seus usos. (CAGLIARI, 2005, p.100). Sendo assim, é importante que, além de identificar as letras e conseguir formar palavras, a criança compreenda a importância da leitura e da escrita, pois aprender a ler não significa simplesmente decodificar símbolos, mas sim interpretar e interagir com a leitura de maneira ativa e significativa, Durante o seu desenvolvimento a criança cria maneiras de interagir com o conteúdo estudado sempre buscando suas próprias respostas sobre o que lhe é ensinado. Ela cria novos caminhos para entender o que o professor diz, percebe no adulto um exemplo para tudo o que faz. Nesse aspecto Cócco e Hailer dizem se, no período anterior ao processo de alfabetização escolar a criança pensa na escrita e nos símbolos que se apresenta no mundo que a rodeia ao educador cabe criar um ambiente estimulador no qual ler e escrever tenham significado e função (CÓCCO e HAILER, p. 11, 1996). Nesse sentido, o educador precisa relacionar a escrita com um objeto presente em sua realidade, ou seja, ele deve partir da leitura de mundo das crianças para que essa mediação de conceitos sobre a língua tenha significado e função para a vida dessas crianças.

107 4- TEORIA E PRÁTICA: RELAÇÕES DIVERGENTES A pesquisa foi realizada em um 1º ano do Ensino Fundamental de uma Escola Municipal de Barra do Garças-MT na qual as observações foram feitas durante duas semanas, seguidas de uma entrevista junto à docente titular. Durante a pesquisa observou-se que a metodologia utilizada, é proposta de maneira mecânica, com cópias no quadro sobre as letras, as sílabas e depois folhas mimeografadas com outras letras e sílabas para também copiar no caderno. Foi possível identificar práticas como: escrever no quadro quatro formas de letras, as famílias silábicas em ordem e exercícios para completar as sílabas e ordenar palavras, não dando sentido e significado ao processo de alfabetização. No se refere a educadora, quando indagada sobre sua concepção para alfabetização, ela afirma que: Alfabetizar é um ato muito complexo, pois a criança precisa ler entender e fazer uso do significado de toda essa leitura em sua vida. Nesse sentido observa-se que sua teoria diverge da prática, pois sua conduta em sala não demonstra metodologias capazes de relacionar leitura e escrita com a vida do educando. Quanto aos métodos de alfabetização que utiliza, ela respondeu: utilizo de vários métodos, pois cada criança aprende na sua individualidade. Os métodos são silábicos e fônicos. Quando questionada sobre o momento o qual considera que a criança está alfabetizada e qual a maior dificuldade deles com respeito à alfabetização, a professora afirma: Eles estão alfabetizados quando conseguem ler, comprender o que leram e fazem uso desse conhecimento em seu cotidiano. E a maior dificuldade é juntar as letras, formar palavras e entender o que significa. A professora ainda ressaltou que as crianças já sabiam ler com exceção de duas, mas foi possível verificar que o relato é divergente em relação as observações realizada na pesquisa. Na cartilha eles leem soletrando, contudo quando as mesmas palavras são apresentadas em outro contexto nenhuma das crianças conseguem ler. Como já foi dito um trabalho descontextualizado tende a causar danos aos educandos de todas as formas, tanto em seu continuo processo escolar como no meio em que vivem, pois não relacionando a leitura e a escrita de maneira contextualizada e sim desprovida de sentido, se tornam impossibilitados de usar a linguagem como ferramenta de reflexão sobre as circunstância da vida em sociedade não podendo então modificá-la a seu favor. 5-A IMPORTÂNCIA DO EDUCADOR O educador na alfabetização assume uma grande responsabilidade diante da escola e da sociedade, por isso é necessário ter coerência com o que diz e o que faz, pois diante de tantas pesquisas sobre a alfabetização considerando o educando e como ele aprende, as práticas precisam ser modificadas saindo da mecanização com repetições e cópias das cartilhas, já que a sociedade exige pessoas habilitadas para fazerem uso da linguagem nas mais diversas situações de uso sociais. O professor necessita de conhecimento para usar diversas práticas para alfabetizar. Deve criar métodos instigantes, nos quais as crianças possam aprender brincando, como diz Cócco e Hailer o professor consciente de seu papel para alfabetizar deve fazer sua prática com enfoque no desenvolvimento e construção da linguagem, na qual ele pode apresentar propostas como jogos e atividades que permitam a criança refletir sobre a linguagem (CÓCCO E HAILER., 1996, p.17). Para tanto o docente tem que estudar e entender a linguística e suas áreas para compreender o processo pelo qual a criança percorre até chegar as suas respostas, pois o que muito acontece é a criança escrever como fala, ou seja, ela expressa de seu modo o que o educador ensina. Por isso é necessário que esse professor conheça bem seus alunos, suas histórias de vida para poder dar continuação ao desenrolar de conhecimentos reconstruídos pela criança levando-as a aquisição e domínio da língua padrão. Sendo assim o educador precisa saber a razão de toda atividade que seus alunos fazem, acompanhando cada passo para então ir significando para eles o processo no intuito de facilitar a aprendizagem. Nesse sentido, a alfabetização é o processo que aos poucos passa a fazer sentido para a criança, na medida em que ela se apropria e da leitura e da escrita, e o educador é o responsável por dar a esses a alunos as possibilidades para que realmente eles consigam aprender o sentido de ler e escrever. Os Parâmetros Curriculares Nacionais apresentam propostas de trabalho que valorizam a participação do aluno no processo de aprendizagem e reforçam a responsabilidade da escola com respeito à importância da leitura e escrita dando significância ao processo contínuo da vida da criança. O domínio da língua, oral e escrita, é fundamental para a participação social efetiva, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento. Por isso, ao ensiná-la, a escola tem a responsabilidade de garantir a todos os seus alunos o acesso aos saberes lingüísticos, necessários para o exercício da cidadania, direito inalienável de todos. (BRASIL, 2001, p.12). Portanto a alfabetização destina-se a ensinar a leitura e escrita, para que dessa forma o indivíduo perceba o significado das coisas e entenda o que se passa em sua sociedade, possibilitando-o refletir sobre ela, e executar mudanças necessárias a sua vida social. Nesse sentido fica clara a relevância de uma alfabetização em que sejam aplicadas diversas metodologias, com um olhar sobre como cada discente adquire seu conhecimento, providenciando assim, mecanismos diferenciados em cada aula. Assim compreende-se que o ato de alfabetizar vai além do ensinar as letras e sílabas, significa desenvolver nos alunos competências para lerem e refletirem sobre todas as informações que lhes são dadas.

108 6- CONSIDERAÇÕES FINAIS Nas observações foi possível perceber um processo que ainda menospreza a maneira pela qual o aluno aprende baseado apenas na sistematização do B+A=BA, isto é, a aquisição de um código e sua decodificação, um ato mecânico sem contextualização com a vida do educando, comprometendo então todo o seu processo escolar. Nessa perspectiva, é possível compreender que a mecanização da alfabetização prejudica o ensino aprendizagem da criança, transformando-as em sujeitos com dificuldades em relação à leitura e escrita e seus significados dentro da sociedade. Para que isso não ocorra a alfabetização necessita ir além da simples apropriação do código escrito, com ênfase na criação da criança de modo a incentivá-la a escrever e ler a partir dos gêneros textuais que circulam socialmente. A prática da alfabetização deve ser centrada no sentido das palavras, ou seja, a aprendizagem tem que acontecer dentro do contexto de cada criança, e não embasada simplesmente no ato de codificar e decodificar. Além disso, a escola deve ser espaço onde os alunos encontrem amplas oportunidades de interagir com outras crianças, com o professor para que se sintam bem alegres, entusiasmados e aprendam as noções básicas sobre a capacidade de aprender, descobrir, pensar, inventar, planejar, se comunicar, discutir, trabalhar em equipe. Esse aluno, certamente vai adquirir toda essas capacidades se houver uma alfabetização fundamentada e estruturada com a qual aprendam a pensar, resolver problemas, a ser crítico com auxilio da leitura, ser criativo, flexível e autônomo. Portanto, um novo método não irá resolver os problemas da alfabetização, levando em conta que não existe o melhor método, e sim, o método mais adequado. Então é preciso repensar em como cada individuo aprende sem prejudicar a relação ensino aprendizagem, observando o que o aluno já traz como conhecimento e de que forma relaciona isso com seu desenvolvimento. A prática de alfabetizar deve ser pautada na aprendizagem da criança e não em como o educador realiza o processo, pois a escolha de um método deve corresponder às necessidades das crianças. Porque um método que pareça fácil para o educador pode não ser para os alunos, ou seja, nem todas as crianças conseguem aprender com este método, nesse sentido, o profissional da educação deve trabalhar com metodologias que abrangem as singularidades das crianças. Sendo assim, com base nas leituras realizadas e na pesquisa, é possível afirmar que a mecanização do ensino no processo de alfabetização, contribui para que a aprendizagem da criança se restrinja ao que o educador ensina impossibilitando uma atitude crítica dessa criança diante de diversos fatos sociais que a rodeia todo o tempo. A alfabetização precisa abrir caminhos para que o aluno possa desejar ter mais conhecimento e ver no ato de ler algo realmente importante que pode mudar sua vida. 4- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA BELLOCHIO, Cláudia Ribeiro. Professor dos anos iniciais de escolarização e a educação musical escolar: Discutindo formação e práticas educacionais. In: CORRÊA, Ayrton Dutra (org.). Ensino de artes: múltiplos olhares. Ijuí: Ed. Unijuí, 2004. BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte. Secretaria da Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997. BRASIL, Departamento de Políticas de Educação Infantil e Ensino Fundamental. Ensino Fundamental de Nove Anos- Orientações para a inclusão de crianças de seis anos de idade. Brasília: MEC/SEF, 2007. CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetizando sem o bá-bébi-bó-bu. São Paulo: Scipione, 2005., Luiz Carlos. Alfabetização e linguística. 10.ed. São Paulo: Scipione, 2005. CARVALHO, Marlene. Alfabetizar e letrar: um diálogo entre teoria e prática.2 ed. Petrópolis: Vozes,2005 CIVITA, Vitor Fundação. Ofício de Professor: aprender mais para ensinar melhor. (Programa de Aprendizagem para Professores dos Anos Iniciais da Educação Básica). 5 volumes. São Paulo: Abril, 2003. CHINAPAH, Vinayagum. Rendimento da Aprendizagem: construção de competências. Campinas: Autores Associados; Brasília: UNESCO, 2000. CUNHA, M. I. O bom professor e sua prática. Campinas, SP: Papirus, 2003. FELDMAN, Daniel, Ajudar a ensinar: relações entre a didática e ensino. Porto Alegre: Artmed, 2001. FACHIN, Odília. Fundamentos de metodologia. 4. ed. São Paulo: Saraiva 2003. FERREIRO, Emília. Reflexões sobre alfabetização. 24.ed. São Paulo: Cortez, 2005. LERNER, Délia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002. ROSA, S. S. da. Construtivismo e mudança. São Paulo: Cortez, 2000.

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