AVALIAÇÃO MORFOMÉTRICA DE BEZERROS LEITEIROS NA FASE DE RECRIA ALIMENTADOS COM DIFERENTES NÍVEIS DE INCLUSÃO DE LEVEDURA SECA DE CANA

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Transcrição:

AVALIAÇÃO MORFOMÉTRICA DE BEZERROS LEITEIROS NA FASE DE RECRIA ALIMENTADOS COM DIFERENTES NÍVEIS DE INCLUSÃO DE LEVEDURA SECA DE CANA SILVEIRA, M.A.¹; JAYME D.G.²; GONÇALVES T.¹; RODRIGUES V.H.C.¹; CAMILO M.J.¹ 1 Estudante de Bacharelado em Zootecnia IF Triângulo Mineiro Uberaba; 2 Prof. IF Triângulo Mineiro Uberaba; Orientador; diogo@iftriangulo.edu.br RESUMO Objetivou-se com este trabalho avaliar o desenvolvimento de bezerros alimentados com diferentes níveis de levedura seca de cana na dieta. Foram utilizados 25 bezerros leiteiros girolando, alojados em cinco grupos. Foram cinco dietas distintas contendo os níveis 0, 5, 10, 15 e 20% de inclusão de levedura seca de cana. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com 5 tratamentos e 5 repetições. Foram realizadas medidas de altura de cernelha e de garupa, circunferência de canela e torácica e comprimento de garupa a cada 14 dias, sendo efetuadas as medidas no período da manhã. Os dados de desenvolvimento de carcaça foram analisados levando-se em consideração os efeitos principais do percentual de levedura de cana de açúcar na dieta. Não foram observadas diferenças (p>0,05) entre os valores das medidas avaliadas para os diferentes níveis de inclusão de levedura. As medidas morfométricas dos animais não foram alteradas pelos diferentes níveis de inclusão de levedura seca de cana na dieta. Palavras-chave: Bezerros, levedura seca, medidas, recria. INTRODUÇÃO Na década de 70 e 80, diversos trabalhos zootécnicos foram realizados, tendo como objetivo viabilizar a levedura como fonte protéica alternativa. A União Européia (EU) baniu, desde janeiro de 2006, o uso de quaisquer antibióticos usados como promotores de crescimento nas rações. Essa restrição se estendeu aos países exportadores de carne para a União Européia. Essas medidas têm contribuído para intensificar a procura por aditivos alternativos que satisfaçam às exigências do mercado. Entre os aditivos alternativos existentes no mercado, destacam-se as culturas de levedura, que atuam como probiótico e possuem características que atendem as exigências internacionais dos maiores importadores de carne bovina brasileira. A levedura utilizada para fermentação nas usinas sucroalcooleiras pode ser posteriormente recuperada e seca para ser destinada à alimentação animal (HISANO, 2009). O uso de leveduras em alimentação de bovinos foi ligado ao aumento na digestibilidade da matéria seca, especialmente da fibra, melhorando a eficiência alimentar, ganho de peso e

desenvolvimento de carcaça (NEWBOLD et al., 1996). Nos últimos anos, menores níveis de inclusão de levedura em rações estão sendo avaliados com resultados benéficos para o crescimento e saúde animal, merecendo destaque por se tratar de produto natural, que não deixa resíduo no animal, ser humano e meio ambiente. Além disso, a utilização da levedura vem ao encontro do contexto atual da nutrição animal, que visa substituir grande parte de antibióticos e quimioterápicos por aditivos orgânicos com eficiência comprovada. As leveduras são as mais antigas fontes de proteínas unicelulares. Na alimentação animal, as leveduras têm sido usadas por décadas através da utilização de subproduto da indústria de fermentação. O uso de levedura na alimentação de bovinos esta relacionado ao aumento na digestibilidade da matéria seca, especialmente da fibra, melhorando a eficiência alimentar, ganho de peso, desenvolvimento de carcaça (NEWBOLD et al., 1996). Segundo Rose (1997), as leveduras apresentam grande capacidade de armazenamento e podem auxiliar a manutenção do ph do rúmen. Além disso, parecem contribuir para o suprimento de nutrientes para a população bacteriana do intestino. Saccharomyces são facilmente cultivadas e são viáveis após secagem em condições controladas (HUGLES, 1987; LYONS, 1987; ROSE, 1997). Objetivou-se com este trabalho avaliar o desenvolvimento de bezerros alimentados com diferentes níveis de levedura seca de cana na dieta. MATERIAL E MÉTODOS O presente estudo foi realizado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro campus Uberaba, no setor de Bovinocultura. Foram utilizados 25 bezerros leiteiros girolando, desverminados, vacinados contra febre aftosa, identificados com brincos plásticos e alojados em cinco grupos iguais, em piquetes medindo 0,5ha divididos por cerca de arame liso, coberto por sombrite medindo 6 metros de largura por 7 metros de comprimento e 2 metros de altura. Os piquetes eram dotados de bebedouro, comedouro para fornecimento de silagem e cochos para ração e sal mineral. Os animais recebiam silagem e sal mineral a vontade. Foram avaliadas cinco dietas distintas contendo os níveis de 0, 5, 10, 15 e 20% de inclusão de levedura seca de cana na dieta dos animais. Os cálculos das exigências nutricionais foram baseados no NRC (2001). Os lotes foram identificados com coleiras de diferentes cores em função do tratamento, sendo a escolha dos animais feita por sorteio ao acaso. Os animais foram medidos (altura de cernelha (CER)e de garupa (AG), circunferência de canela (CC) e torácica (CT) e comprimento de garupa (CG)) no início do experimento e

posteriormente, a cada 14 dias e ao final do projeto. As medidas foram efetuadas sempre pela manhã. Os dados de desenvolvimento de carcaça foram analisados levando-se em consideração os efeitos principais do percentual de levedura de cana de açúcar na dieta. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com 5 tratamentos e 5 repetições. Para a análise de variância utilizou-se SAEG versão 8.0, 1998, sendo as médias comparadas a 5% de probabilidade, utilizando-se o teste de Tukey. As médias geradas pelo experimento foram analisadas segundo o modelo estatístico abaixo: Ŷ ij = µ + H i + e ij onde, Ŷ ij = variável dependente µ = média geral H i = efeito do tratamento i (i = 1,2,3,4) e ij = erro padrão da média RESULTADOS E DISCUSSÃO Os dados de CC dos animais encontram-se na Tabela 1. Não foram observadas diferenças (p>0,05) entre os valores de CC para os níveis de inclusão de 0, 5, 10, 15 e 20% de levedura seca de cana nos diferentes períodos avaliados. O valor médio de CC variou de 14,15 a 15,94 cm para os medidas CC3 e CC5, respectivamente. Tabela 1. Medidas de Circunferência de Canela (CC em cm) de bezerros leiteiros alimentados com diferentes níveis de inclusão de levedura na dieta. Tratamento CC1 CC2 CC3 CC4 CC5 0% 15,00 15,00 14,33 14,67 15,50 5% 15,20 14,60 14,60 15,00 16,20 10% 15,00 14,33 14,33 14,17 16,00 15% 15,20 14,40 13,80 14,60 16,00 20% 14,33 14,50 13,67 14,17 16,00 Média 14,94 14,57 14,15 14,52 15,94 CV 7,51 8,73 6,91 7,64 2,71 Os dados de medidas da Circunferência Torácica dos animais são apresentados na tabela 2. Não foram observadas diferenças (p>0,05) nas medidas da Circunferência Torácica (CT) entre os tratamentos. A média de CT variou de 119,21cm para a CT1 a 136,95cm para a CT5.

Tabela 2. Medidas de Circunferência Torácica (CT em cm) de bezerros leiteiros alimentados com diferentes níveis de inclusão de levedura na dieta. Tratamento CT1 CT2 CT3 CT4 CT5 0% 121,50 120,33 126,17 129,83 138,50 5% 121,20 127,40 130,20 132,60 141,40 10% 118,17 120,33 124,67 127,67 135,67 15% 118,20 125,60 126,80 131,00 136,00 20% 117,00 117,67 123,33 126,33 133,17 Média 119,21 122,27 126,23 129,49 136,95 CV 8,25 8,23 7,59 7,16 7,17 Podemos observar que os animais de todos os tratamentos obtiveram aumento das medidas de circunferência torácica com avançar do tempo, como mostrado na Tabela 2. Os dados de medidas da altura da cernelha (CER em cm) dos animais são apresentados na tabela 3. Não foram observadas diferenças (p>0,05) nas medidas de altura da cernelha entre os tratamentos. Foram encontrados valores médios de CER variando de 103,17 a 112,39 cm para as medições CER1 e CER5, respectivamente. Tabela 3. Medidas de Altura de Cernelha (CER em cm) de bezerros leiteiros alimentados com diferentes níveis de inclusão de levedura na dieta. Tratamento CER1 CER2 CER3 CER4 CER5 0% 103,33 104,00 104,17 107,00 113,33 5% 104,20 107,00 106,80 106,00 113,60 10% 105,67 104,33 105,00 107,67 112,83 15% 104,00 110,00 107,20 107,80 114,00 20% 98,67 102,5 102 105,5 108,17 Média 103,17 105,57 105,03 106,79 112,39 CV 7,43 5,66 5,37 5,39 4,55 Podemos observar que os animais de todos os tratamentos obtiveram aumento das medidas de Altura de Cernelha com avançar do tempo, como mostrado na Tabela 3. Os dados de medidas de Altura de Garupa (AG) dos animais são apresentados na tabela 4. Não foram observadas diferenças (p>0,05) nas medidas de altura de garupa entre os tratamentos. A média de AG variou de 103,37cm para a AG1 a 116,76cm para a AG5.

Tabela 4. Medidas de Altura de Garupa (AG em cm) de bezerros leiteiros alimentados com diferentes níveis de inclusão de levedura na dieta. Tratamento AG1 AG2 AG3 AG4 AG5 0% 103,17 108,00 108,17 112,17 117,50 5% 106,60 111,20 109,60 111,60 118,60 10% 105,00 109,33 109,33 111,50 117,17 15% 104,60 107,20 110,80 112,60 117,20 20% 97,50 113,83 104,67 108,17 113,33 Média 103,37 107,91 108,51 111,21 116,76 CV 6,44 6,27 5,97 4,72 4,79 Os dados de medidas de Comprimento da Garupa (CG) dos animais são apresentados na tabela 5. Não foram observadas diferenças (p>0,05) nas medidas de comprimento de garupa entre os tratamentos. A média de CG variou de 32,99cm para a CG1 a 37,37cm para a CG5. Tabela 5. Medidas de Comprimento de Garupa (CG em cm) de bezerros leiteiros alimentados com diferentes níveis de inclusão de levedura na dieta. Tratamento CG1 CG2 CG3 CG4 CG5 0% 33,33 34,33 35,00 36,17 37,83 5% 32,40 34,20 36,00 36,60 37,40 10% 33,17 34,17 36,00 36,83 37,83 15% 34,20 34,80 36,20 36,80 37,60 20% 31,83 33,67 34,50 34,67 36,17 Média 32,99 34,23 35,61 36,21 37,37 CV 9,68 8,34 8,11 7,92 8,33 CONCLUSÕES As medidas morfométricas dos animais não foram alteradas pelos diferentes níveis de inclusão de levedura seca de cana na dieta. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS HISANO, H. Levedura da fermentação da cana de açúcar para alimentação animal. 2009. Disponível em: http://www.infobibos.com/artigos/2009_2/levedura/index.htm. Acesso em: 02/08/2009 HUGLES, J. Yeast culture applications in calf and dairy diets a brief appraisal. In: LYONS, T. P., ed. Biotechnology in the feed industry. Nicholasville: Alltech Technical Publications, 1987. p. 143-148.

LYONS, T. P. The role of biological tools in the feed industry. In: LYONS, T. P., ed. Biotechnology in the feed industry. Nicholasville: Alltech Technical Publications, 1997. p.149. NATIONAL RESEARCH COUNCIL (NRC). Nutrients requeriments of dairy cattle. Washington, DC: Natl. Acad. Sc., 7a rev. ed., 2001. 408 p. NEWBOLD, C. J.; WALLACE, R. J.; McINTOSH, F. M. Mode of action of the yeast Saccharomyces cerevisae as a feed additive for ruminants. British Journal of Nutrition, Cambridge, v. 76, n. 2, p. 249-261, 1996. ROSE, A. H. Yeast, a microorganism for all species: a theoretical look at its mode of action. In: LYONS, T. P., ed. Biotechnology in the feed industry. Nicholasville: Alltech Technical Publications, 1997. p. 113-118. SAEG. Sistema de análises estatísticas e genéticas -.Versão 8.0. Viçosa, MG: UFV, 2000. 142p.