MANUAL DO MODELO VEGETAL MICRO-TOM

Documentos relacionados
INTRODUÇÃO À CULTURA IN VITRO ASPECTOS PRÁCTICOS

MF-0427.R-2 - MÉTODO DE DETERMINAÇÃO DE FÓSFORO TOTAL (DIGESTÃO COM HNO 3 + HClO 4 E REAÇÃO COM MOLIBDATO DE AMÔNIO E ÁCIDO ASCÓRBICO)

PADRONIZAÇÃO DO CULTIVO DE ALGODÃO (Gossypium hirsutum) IN VITRO

MANUAL DO MODELO VEGETAL MICRO-TOM

PROTOCOLO DE UTILIZAÇAO

AVALIAÇÃO DE MEIOS DE CULTURA E MÉTODOS DE DESINFESTAÇÃO DE EXPLANTES DE PLANTAS ADULTAS DE ERVA-MATE

Manual Groasis Waterboxx para legumes

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Embrapa Gado de Corte. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

OBTENÇÃO DE CALOS EM ESTAMINOIDES DE CUPUAÇUZEIRO CULTIVADOS IN VITRO

BANHO DE CROMO BRILHANTE

Efeito da citocinina 6-bencilaminopurina na micropropagação in vitro da mamona utilizando o genótipo BRS nordestina

Determinação de lipídios em leite e produtos lácteos pelo método butirométrico

FÍSICO-QUÍMICA PROF. ALEXANDRE LIMA

09/ REV.2. FRITADEIRA Frita-Fácil. Plus 3. MANUAL DE INSTRUÇÕES

SurTec 872 Processo de Cromo Decorativo

Raíssa Fonseca. Organogênese Direta de Ipê-Branco (Tabebuia roseo-alba (Ridl.)Sand.)

Manual de Instruções

SUPER PRESS GRILL INSTRUÇÕES. Ari Jr. DATA. Diogo APROV. Nayana. Super Press Grill. Folheto de Instrução - User Manual Liberação do Arquivo

Sumário. Apresentação 04. O que é um dessalinizador 04. Como funciona o sistema de dessalinização 05. Descrição dos componentes 06

Guia Prático de Instalação Completo Forros Minerais OWA. Revisão: 2

PROPAGAÇÃO VEGETATIVA DO MAMOEIRO: ESTAQUIA E CULTURA DE TECIDOS

INSTRUÇÕES DE USO PRODUTO DE USO MÉDICO PRODUTO NÃO ESTÈRIL

MICROPROPAGAÇÃO DE VARIEDADES DE CANA-DE-AÇÚCAR. Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas - PGMP

ANATOMIA E FISIOLOGIA VEGETAL

Ação em caso de derrames de Produtos Químicos

MICROPROPAGAÇÃO CULTIVO IN VITRO DE BROTOS DE BATATA

26/6/2012. STEWART (década de 1950) Confirmou os resultados de van Overbeek, ou seja, a água de coco continha várias cinetinas ;

Técnico de Laboratório Biotecnologia Vegetal

Na industria de alimentos a formação de filmes e depósitos minerais na superfície de equipamentos, prejudica o processo de higienização.

MANUAL DE INSTRUÇÕES AQUECEDOR DE ÁGUA

Uso de reguladores de crescimento na fruticultura

PROPAGAÇÃO IN VITRO DE PORTA-ENXERTO DE MACIEIRA (MALUS PRUNIFOLIA) CV. MARUBAKAIDO: EFEITO DE BENZILAMINOPURINA E ÁCIDO GIBERÉLICO 1

Determinação das Durezas Temporária, Permanente e Total de uma Água

TUTORIAL LIMPEZA DE ESPELHO DE TELESCÓPIO NEWTONIANO: PROCEDIMENTOS, MATERIAIS E ETAPAS. Por: James Solon

3M TM Petrifilm TM. Placa para Contagem de E.coli e Coliformes Placa para Contagem de Coliformes. Guia de. Interpretação

Metodologias para Transformação Genética de Plantas-Modelo

FUNGOS: UMA ANÁLISE EXPERIMENTAL SOBRE OS AGENTES CAUSADORES DE PROBLEMAS AOS PRODUTOS TÊXTEIS

AVALIAÇÃO DO EFEITO DE SUBSTÂNCIAS ANTIOXIDANTES NO CRESCIMENTO DE CULTURAS CELULARES DE CANA-DE-AÇÚCAR (Saccharum spp.)

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

SEMEADURA IN VITRO DE ORQUÍDEAS PARA PROPAGAÇÃO MASSAL

Como realizar um exame com o sistema TEB ECGPC:

Ministério da Educação Universidade Federal Rural da Amazônia Instituto de Ciências Agrárias Disciplina: Fisiologia Vegetal

Você sabe lavar as mãos? Introdução. Materiais Necessários

Cultivo in vitro de Salvia hispanica L.

QUÍMICA TAISSA LUKJANENKO

3. Materiais, amostras, procedimentos analíticos:

Graphing Basic no Excel 2007

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Treinamento IMPERGEL PU

Transplante capilar Introdução

Efeito de hipoclorito de sódio na desinfestação de meristemas de bastão-do-imperador

AULAS PRÁTICAS VIROLOGIA

Camila Bolognes Couto Pahl Bióloga e Laboratorista UFMS Disciplina Transporte de Sedimentos Prof. Dr. Teodorico Alves Sobrinho

1 INSTRUÇÕES IMPORTANTES DE SEGURANÇA

Recomendações Para Gestantes e Recém-natos

Manual de Instruções PHILCO SHAVER PBA01. Ari Jr. Diego S. Thamy R. Philco Shaver PBA01. Manual de Instruções /

A.L. 1.2 SÍNTESE DO SULFATO DE TETRAMINOCOBRE (II) MONO-HIDRATADO

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

Produção de doce de Abóbora

Comparação de Diferentes Sistemas de Cultivo in vitro de Jatropha curcas Rosetânia Neves da Conceição 1 e Gessiel Newton Scheidt 2

Visual Sandoz do Brasil Ind. Farm. Ltda. solução oftálmica cloridrato de nafazolina 0,15 mg/ml + sulfato de zinco heptaidratado 0,3 mg/ml

Aula Prática 1 - Gerador Van de Graaff e interação entre corpos carregados

IT-045.R-2 - INSTRUÇÃO TÉCNICA PARA ELABORAÇÃO DE MÉTODOS FEEMA (MF)

Osmose em Células Vegetais

PROTOCOLO OPERACIONAL PADRÃO

This page should not be printed.

FICHA DE DADOS DE SEGURANÇA

INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM - PREPARAR MEDICAMENTO EM AMPOLA

Hormônios Vegetais (Fitormônios)

APROVADO EM INFARMED

Decreto-Lei n.º 218/2004, de 13 de Outubro

SAC 0800-VEDACIT DEMAIS DEPARTAMENTOS (11) DE SEGUNDA A SEXTA DAS 8H ÀS 17H45

OPERAÇÕES COM FRAÇÕES

PROPAGAÇÃO IN VITRO DE MUSSAENDA (Mussaenda erythrophylla cv. Rosea) 1

Vitaminas, métodos analíticos

MEIOS NUTRITIVOS NO ESTABELECIMENTO IN VITRO DE FIGUEIRA

Crescimento Microbiano

MATÉRIA Química II. Helder

PROPAGAÇÃO DO MANGOSTÃO ATRAVÉS DO CULTIVO IN VITRO. Acadêmico PVIC/UEG do Curso de Agronomia, UnU Ipameri - UEG.

Lista de Exercícios Fundamentos de Análise Volumétrica ALGUNS EXERCÍCIOS SÃO DE AUTORIA PRÓPRIA. OS DEMAIS SÃO ADAPTADOS DE LIVROS CITADOS ABAIXO.

FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos) VANTAGE LIMPA CARPETES E TAPETES

2 Workshop processamento de artigos em serviços de saúde Recolhimento de artigos esterilizados: é possível evitar?

QUI 326 Primeira lista de exercícios 1/2013

INFLUENCIA DE BAP E ANA NA FORMAÇÃO DE CALOS DE Jatropha curcas L. INTRODUÇÃO

Manual de Métodos de Análises de Bebidas e Vinagres

1 Seleccionar material adequado à separação dos componentes de uma mistura heterogénea.

Agroindústria. Agroindústria: Processamento Artesanal de Frutas - Fruta Cristalizada : ( Abacaxi, figo, mamão )

3.1 Determinação do Teor de Ácido Ascórbico e de Ácido Cítrico no

Comparação de Diferentes Sistemas de Cultivo in vitro na Multiplicação e Alongamento de Eucalyptus Saligna Smith

MANUAL DE PRÁTICAS EM BIOLOGIA DO SOLO

RECOMENDAÇÕES DE UTILIZAÇÃO

Econômico Fórmula concentrada que permite economia no gasto do produto quando diluído.

AULA 3. Propagação assexuada Estaquia Tipos de estacas Coleta e Confecção do Material Desinfestação Aplicação de Reguladores Vegetais Auxinas

MAXIBELL. Solução Oftálmica Estéril. nitrato de nafazolina (0,5 mg/ml) sulfato de zinco (4 mg/ml) LATINOFARMA INDÚSTRIAS FARMACÊUTICAS LTDA.

OFICIAL LIMPA E BRILHA

Enfª. Heloísa Alves Enfª. Jacqueline Petrikoski. Unimed Blumenau

ESTADO DE GOIÁS SECRETARIA DA EDUCAÇÃO GERÊNCIA DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

Fitohormônios na estrutura e no desenvolvimento vegetal

A vermelho: não se percebe o que está na imagem. 5. inibição alongamento hipocótilo (caule) em resposta à luz é mediada:

Transcrição:

MANUAL DO MODELO VEGETAL MICRO-TOM CAPÍTULO 5: PROTOCOLOS PARA CULTIVO IN VITRO E TRANSFORMAÇÃO DE MICRO-TOM Simone Pacheco Lombardi-Crestana, Lilian Ellen Pino, Mariana S. Azevedo & Lázaro E. P. Peres No presente capitulo serão apresentados alguns protocolos utilizados para o cultivo in vitro de Micro-Tom. ÍNDICE PROCEDIMENTOS PARA CULTIVO IN VITRO Protocolo Pg. Obtenção de explantes cotiledonares e hipocotiledonares para regeneração in vitro de 02 tomateiro----------------------------------------------------------------------------------------------- Obtenção de explantes discos foliares de plantas adultas para regeneração in vitro de 03 tomateiro----------------------------------------------------------------------------------------------- Germinação de sementes in vitro de tomateiro------------------------------------------------- 04 Germinação de sementes em gerbox-------------------------------------------------------------- 05 MEIOS PARA CULTURA DE TECIDO E ORGÃOS DE TOMATEIRO Protocolo Pg. Meio para regeneração in vitro de hipocótilos e cotilédones de tomateiro--------------- 06 Meio para regeneração in vitro de raízes de tomateiro--------------------------------------- 07 Meio para indução de raízes em cotilédones em tomateiro---------------------------------- 08 Meio para indução de calos em tomateiro-------------------------------------------------------- 09 Meio para germinação in vitro de tomateiro------------------------------------------------------ 10 Meio MS--------------------------------------------------------------------------------------------------- 11 SOLUÇÕES ESTOQUE Protocolo Pg. Solução estoque de Macronutrientes do MS----------------------------------------------------- 12 Solução estoque de Micronutrientes do MS------------------------------------------------------ 13 Solução estoque de vitaminas de Nitch------------------------------------------------------------ 14 Solução de FeEDTA------------------------------------------------------------------------------------ 15 Solução estoque de vitaminas do MS-------------------------------------------------------------- 16 Utilização de hormônios e reguladores de crescimento--------------------------------------- 17 1

Solução de Hoagland----------------------------------------------------------------------------------- 21 Obtenção de explantes cotiledonares e hipocotiledonares para regeneração in vitro de tomateiro Para obtenção dos explantes deve-se germinar as sementes in vitro. Fonte de explante: plântulas com 8 dias (4 dias no escuro e 4 dias no claro) após inoculação das sementes. Remover os cotilédones com auxílio de um bisturi, cortar as extremidades e cortar ao meio (transversalmente). Obtenção do hipocótilo, cortar tamanhos de aproximadamente 1 cm. Inocular em placas descartáveis estéreis contendo 30 ml de meio para regeneração in vitro de hipocótilos e cotilédones de tomateiro. Os explantes devem ser inoculados com a superfície abaxial em contato com o meio (20 explantes /placa). Vedar as placas com parafilme Cuidados gerais no fluxo laminar asséptico: Ligar e limpar o câmara de fluxo laminar trinta minutos antes do uso. Após limpeza ligar a luz U.V., a qual deve ficar ligado por 20 minutos. Não deixar nenhum material vegetal nem meio de cultura no fluxo enquanto a luz U.V. estiver ligada. Os materiais a serem utilizados (pinça, água destilada, placa de Petri com papel de filtro, estilete) devem ser autoclavados previamente e mantidos na estufa (exceto a água) até o momento do uso. Manter explantes em placa de Petri com papel de filtro umedecido com a água estéril para evitar a desidratação do material. Manter recipiente com sal de permanganato para eliminar etileno vindo da chama. 2

Obtenção de explantes discos foliares de plantas adultas para regeneração in vitro de tomateiro Utilizar plantas jovens e folhas jovens (ainda não totalmente expandidas) de cultivares/espécies com alto potencial organogenético crescidas em casa de vegetação (não utilizar material vindo de campo); Lavar as folhas com água destilada abundante; Colocar em álcool (70 %) e imediatamente substituí-lo por cândida (2-2.5 % de hipoclorito) 20 % + 0.1 % de Tween 20 (deixar 15 min); (obs: 0,1% = 1 ml / 1 L) Lavar 3 vezes com água destilada estéril; Utilizar vazador de 8 mm de diâmetro para retirar os explantes dos folíolos; Cultivar em meio para regeneração in vitro de hipocótilos e cotilédones de tomateiro Utilizar 15 explantes/ placas com 20 ml meio. 3

Germinação de sementes in vitro de tomateiro Assepsia das sementes Colocar as sementes em um béquer com 150 ml de solução comercial de hipoclorito de sódio (30%) com duas detergente Agitar por 15 minutos Descartar o líquido, com auxílio de uma peneira de alumínio previamente autoclavada. Realizar uma tríplice lavagem nas sementes com água autoclavada Transferir as sementes para frascos contendo meio de cultura (30 ml) Obs.: Colocar de 20-30 sementes por frasco. 4

Germinação de sementes em gerbox 1. Assepsia das sementes 1.2. Lavar as sementes com solução de hipoclorito de sódio 5% (150 ml) acrescido de 2 detergente, manter sob agitação por 5 minutos; 1.3. Com auxílio de uma peneira descartar a solução. 1.4. As sementes separadas devem ser lavadas em água corrente para total remoção da solução com hipoclorito. Fazer último repasse em água destilada; 2. Em um gerbox preto, colocar 5 folhas de papel filtro autoclavado e umedecê-lo com água destilada, ou com solução apropriada em caso de análise ou tratamento específico; 3. Espalhar as sementes de forma aleatória deixando espaço suficiente para seu desenvolvimento, umedecer com água (ou solução) sempre que necessário; 4. As sementes deverão permanecer 4 dias no escuro (gerbox preto com tampa preta), e após este período a tampa deve ser trocada por uma transparente, assim submetemos as sementes a luz, onde permanecerá aproximadamente por 10 dias. 5. Para completar o desenvolvimento das plântulas, estas devem ser transferidas para vasos pequenos, com estufinha previamente umedecida, em casa de vegetação. 5

Meio para regeneração in vitro de hipocótilos e cotilédones de tomateiro O meio para regeneração de hipocótilos e cotilédones de tomateiro consiste no meio MS, 3,0% sacarose suplementado com 4 ml da solução estoque de vitamina B5 (Gamborg) e acrescido com 5 µm de BA + 0.1 µm AIA (Kut & Evans. In vitro, 18: 593-598, 1982). Preparo de 1 litro de meio: Derreter o meio em forno microondas; Esperar esfriar sem deixar solidificar; Adicionar 1 ml da solução estoque de BA 5 mm (estéril) em fluxo laminar; Adicionar 1 ml da solução estoque de AIA 0,1 mm (100 µm) (estéril) em fluxo laminar; Distribuir em placas de Petri estéreis ou em frascos previamente esterilizados em autoclave 120 C 30 min.. Preparo da solução estoque de BA 5 mm: Dissolver 0,056 g BA em 50 ml de água (com a ajuda de algumas HCl 1 M). Miliporar e colocar em um tubo falcon. Utilizar 1 ml de solução estoque de BA 5 mm para cada 1 L de meio (o meio ficará então com 5 µm de BA). Preparo da solução estoque de AIA 0,1 mm: Dissolver 0,00175 g AIA em 100 ml de água (com a ajuda de algumas KOH 1 M). Miliporar e colocar em 2 tubos falcon de 50 ml. Utilizar 1 ml de solução estoque de AIA 0,1 mm para cada 1 L de meio (o meio ficará então com 0,1 µm de AIA). 6

Meio para regeneração in vitro de raízes de tomateiro O meio para regeneração de raízes de tomateiro consiste no meio MS com 2,0 % sacarose, 4 ml de vitamina B5 (Gamborg), 6,0 g. L -1 de ágar (ou outro valor conforme o lote de ágar) e 5 µm de Z. Obs: esse meio só é efetivo para cultivares/espécies com capacidade de regeneração a partir de raízes (PERES, L. E. P.; MORGANTE, P. G.; VECHI, C.; KRAUS, J. E. & VAN SLUYS, M-A. Shoot regeneration capacity from roots and transgenic hairy roots of different tomato cultivars and wild related species. Plant Cell, Tissue and Organ Culture, 65:37-44, 2001. Preparo de 1 litro de meio: Derreter o meio em forno microondas; Esperar esfriar sem deixar solidificar; Adicionar 1 ml da solução estoque de Z 5 mm (veja abaixo) (estéril) em fluxo laminar; Distribuir o meio com hormônio em placas de Petri estéreis. Distribuir em frascos de 0,5 a 1 L com tampa rosqueável e esterilizar em autoclave 120 C 20 min. Preparo da solução estoque de zeatina 5 mm: Dissolver 0,01096 g de Z em 10 ml de água (com a ajuda de algumas HCl 1 M). Miliporar e colocar em um tubo falcon estéril. Utilizar 1 µl de solução estoque de Z 5 mm para cada 1 ml de meio (o meio ficará então com 5 µm de Z). 7

Meio para indução de raízes em cotilédones de tomateiro Consiste em meio MS, 3,0% de sacarose acrescido de 0,4 µm ANA e 6,0 g. L -1 de agar (ou outro valor conforme o lote de ágar). Utilização de 1 litro de meio MS. Derreter o meio em forno microondas; Esperar esfriar sem deixar solidificar; Adicionar 400 µl da solução estoque de 1 mm (estéril) (veja abaixo) em fluxo laminar; Preparo da solução estoque de ácido naftaleno acético (NAA) 1 mm: Dissolver 0,0186 g de NAA em 10 ml de água (com a ajuda de algumas KOH 1 M). Diluir a solução, pegar 1 ml da solução e completar o volume de 10 ml com água destilada autoclavada (solução de 1mM). Miliporar e colocar em um tubo falcon. Utilizar 400 µl de solução estoque de NAA 1 mm para cada 1 L de meio (o meio ficará então com 0,4 µm de NAA). 8

Meio para indução de calos em tomateiro Consiste em meio MS, 3,0% de sacarose acrescido de 2 µm 2,4-D e 0,2 µm Kin. Utilização de 1 litro de meio MS. Derreter o meio em forno microondas; Esperar esfriar sem deixar solidificar; Adicionar 1 ml da solução estoque de 2,4 D 2 mm (estéril) (veja abaixo) em fluxo laminar; Adicionar 1 ml da solução estoque de cinetina 0,2 mm (estéril) (veja abaixo) em fluxo laminar; Adicionar antibióticos (cefotaxime, higromicina e canamicina), conforme o caso Distribuir nos frascos previamente esterilizados em autoclave 120 C 30 min. Preparo da solução estoque de 2,4-D 2 mm: Dissolver 0,022 g de 2,4-D em 50 ml de água (com a ajuda de algumas KOH 1 M). Miliporar e colocar em um tubo falcon. Utilizar 1 µl de solução estoque de 2,4 D 2 mm para cada 1 ml de meio (o meio ficará então com 2 µm de 2,4-D). Preparo da solução estoque de cinetina (Kin) 0,2 mm: Dissolver 0,021 g de Kin em 500 ml de água (com a ajuda de algumas HCl 1 M). Miliporar 50 ml e colocar em um tubo falcon estéril. Utilizar 1 µl de solução estoque de Kin 0,2 mm para cada 1 ml de meio (o meio ficará então com 0,2 µm de Kin). 9

Meio para germinação de sementes in vitro de tomateiro Preparo de 1 litro de meio: Adicionar 62,5 ml solução estoque (8x) de macronutrientes do meio MS Adicionar 2,5 ml de solução estoque (200x) de micronutrientes do meio MS Adicionar 5 ml de solução estoque (100x) de FeEDTA Adicionar 15 g de sacarose; Adicionar 2 ml de solução estoque (250x) de vitaminas de B5 ; Completar volume para 1 L; Acertar ph para 5,7 com KOH 1M e 0,1 M; Colocar em um frasco de 1 L com tampa rosqueável; Adicionar 6,0 g de agar (ou outro valor conforme o lote de ágar) ; Ferver o meio em forno microondas até dissolver todo o ágar. Distribuir 30 ml de meio em frasco com tampa. Esterilizar em autoclave 120 C 20 min. 10

Meio MS Preparo de 1 litro de meio: Adicionar 125 ml solução estoque (8x) de macronutrientes do meio MS Adicionar 5 ml de solução estoque (200x) de micronutrientes do meio MS Adicionar 10 ml de solução estoque (100x) de FeEDTA Adicionar 15 g de sacarose (ou 20 g conforme o caso); Adicionar vitaminas de B5; Completar volume para 1 L; Acertar ph para 5,7 com KOH 1M e 0,1 M; Colocar em um frasco de 1 L com tampa rosqueável; Adicionar 6,0 g de agar (ou outro valor conforme o lote de ágar); Esterilizar em autoclave 120 C 20 min. Após autoclave o meio pode ser guardado em geladeira até sua utilização. Utilização do meio: Derreter o meio em forno microondas; Esperar esfriar sem deixar solidificar; Distribuir nos frascos previamente esterilizados em autoclave 120 C 30 min ou placas de Petri estéreis. 11

Solução estoque de Macronutrientes (Meio MS) MURASHIGE, T. & SKOOG, F. Physiology Plant, 15: 473-497, 1962. Macronutrientes Estoque (8x) Sais Quantidade (g/l) A1 CaCl 2.2H 2 O 3,52 A2 KH 2 PO 4 1,36 A3 NH 4 NO 3 13,20 A4 KNO 3 15,20 A5 MgSO 4.7H 2 O 2,96 Utilizar 125 ml dessa solução para cada litro de meio de cultura. 12

Solução estoque de Micronutrientes (Meio MS) MURASHIGE, T. & SKOOG, F. Physiology Plant, 15: 473-497, 1962. Micronutrientes Estoque (200x) Sais Quantidade (g/l) B1 MnSO 4.H 2 O 3,38 B2 ZnSO 4.7H 2 0 1,72 B3 H 3 BO 3 1,24 B4 NiSO 4.6H 2 O 0,0104 B5 Na 2 MoO 4.2H 2 O 0,05 B6 CuSO 4.5H 2 O 0,005 B7 CoCl 2.6H 2 O 0,005 Utilizar 5 ml dessa solução para cada litro de meio de cultura. 13

Solução estoque de vitaminas de Nitch Dissolver cada vitamina em volumes individuais de 20 ml, juntas todas elas e completar para 200 ml da solução estoque. Nitch Estoque (250x) Substância Concentração na solução estoque (g/ Concentração no meio de cultura (mg/l) 200mL) Glicina 0,1 2 Mioinositol 5 100 Ácido nicotínico* 0,25 5 Piridoxina 0,025 0,5 Tiamina 0,025 0,5 Biotina 0,0025 0,05 Ácido fólico 0,025 0,5 * Dissolver previamente com NaOH 1N Utilizar 4 ml dessa solução para cada litro de meio de cultura. Obs: A água utilizada na confecção deve ser previamente esterilizada em autoclave a 120 C por 20 minutos. 14

Solução estoque de vitaminas B5 (Gamborg) Referência: Gamborg, O.L.; Miller, R.A.; Ojima, K. (1968) Nutrient requirement of suspension cultures of soybean root cells. Exp. Cell Res., 50: 151-158. Dissolver cada vitamina em volumes individuais de 40 ml, juntas todas elas e completar para 200 ml. B5 (Gamborg) Estoque (250x) Substância Concentração na solução estoque (g/ Concentração no meio de cultura (mg/l) 200mL) Mio-inositol 5 100 Ácido nicotínico* 0,05 1 Piridoxina HCl 0,05 1 Tiamina HCl 0,5 10 * Dissolver previamente em NaOH 1N Utilizar 4 ml dessa solução para cada litro de meio de cultura. Obs: A água utilizada no preparo dessa solução ser previamente esterilizada em autoclave a 120 C por 20 minutos. 15

Solução estoque de Fe-EDTA ( Estoque - 100X) Sais Quantidade (g/l) C1 Na 2 EDTA 3,72 C2 FeSO 4. 7H 2 O 2,78 1. Dissolver o Na 2 EDTA em 100 ml de água quente; 2. Em outro recipiente, dissolver o FeSO 4. 7H 2 O; 3. Colocar a primeira solução em um balão de 1 L; 4. Acrescentar 200 ml de água e adicionar a segunda solução; 5. Agitar e completar para um litro. Utilizar 10 ml dessa solução para cada litro de meio de cultura. 16

Solução estoque de vitaminas (Meio MS) MURASHIGE, T. & SKOOG, F. Physiol. Plant., 15: 473-497, 1962 Substância Concentração (mg/100 ml) Quantidade a ser adicionada (ml do estoque/ L de meio) Glicina 200 2,0 Ac. Nicotínico 50 0,5 Piridoxina HCl 50 0,5 Tiamina HCl 100 0,1 17

Utilização de hormônios e reguladores de crescimento em culturas de tecidos Substância PM Para converter mg/l em µm, multiplique por Para converter µm em mg/l, multiplique por Solvente AUXINAS AIA 175,2 5,71 0,175 água + KOH 1M AIB 203,2 4,92 0,203 água + KOH 1M ANA 186,2 5,37 0,186 água + KOH 1M Picloram 241,5 4,14 0,241 água + KOH 1M 2,4 D 221,0 4,53 0,221 água + KOH 1M Substância PM Para converter Para Solvente mg/l em µm, converter µm multiplique em mg/l, por multiplique por CITOCININAS BAP 225,3 4,44 0,225 água + HCl 1M. Estoque o C 0 5 25 25 25 Estoque o C 25 18

[9R]BAP 357,4 2,80 0,357 água + HCl 1M. KIN 215,2 4,65 0,215 água + HCl 1M. [9R]KIN 347,3 2,88 0,347 água + HCl 1M. TDZ 220,2 4,54 0,220 Álcool 70% ou DMSO ip 203,2 4,92 0,203 água + HCl 1M. [9R]iP 335,4 2,98 0,335 água + HCl 1M. Z 219,2 4,56 0,219 água + HCl 1M. [9R]Z 351,4 2,85 0,351 água + HCl 1M. (dih)z 221,3 4,52 0,221 água + HCl 1M. Substância PM Para converter Para Solvente mg/l em µm, converter µm multiplique em mg/l, por multiplique por 0 0 0 25 0 0 0 0 5 Estoque o C OUTROS GA 3 346,4 2,89 0,346 água + 25 19

KOH 1M. ABA 264,3 3,78 0,264 água + -20 KOH 1M. JA 210,3 4,76 0,210 água + 5 KOH 1M. CEPA 144,49 6,49 0,144 5 EPIBR 480,7 2,08 0,481 0 Trp 204,2 4,90 0,204 Água Ade 135,1 7,41 0,135 Água 25 Ado 267,2 3,74 0,267 Água Substância PM Para converter mg/l em µm, multiplique por Para converter µm em mg/l, multiplique por Solvente INIBIDORES TIBA 499,8 2,00 0,5 água + gotas de KOH 1M. PAA 136,2 7,35 0,136 água + gotas de KOH 1M. AVG 196,6 5,08 0,197 PACLO 293,8 3,40 0,294 Estoque COLCH 399,4 2,51 0,399 25 CCC 158,1 6,33 0,158 25 Glyphosate 169,1 5,92 0,169 25 AS 138,1 7,25 0,138 25 Fluridone 329,3 3,039 0,329 o C Auxinas: 2,4 D = ácido 2,4 diclorofenoxiacético; AIA = ácido indolil-3-acético; AIB = ácido indolil-3-butírico; ANA = ácido alfa-naftaleno acético; AIA-Me = AIA metilado. 20

Citocininas: BAP (BA) = benzilamino purina; [9R]BAP = benzilamino purina ribosídeo; KIN = cinetina; [9R]KIN = cinetina ribosídeo; TDZ = thidiazuron; ip = isopenteniladenina; [9R]iP = isopenteniladenosina; Z = zeatina; [9R] = zeatina ribosídeo; (dih)z = dihidrozeatina. Outros: GA = giberelina; ABA = ácido abscísico; JA = ácido jasmônico; CEPA = ácido 2- cloroetil fosfônico (Ethrel); Trp = triptofano; Ade = adenina; Ado = adenosina. Inibidores: TIBA = ácido triiodo benzóico; PAA = ácido fenil acético; AVG = aminoetoxi vinilglicina; PACLO = paclobutrazol; COLCH = colchicina. CCC = Chlorocholine Chloride (Cycocel); AS = Ácido salicílico. 21