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Transcrição:

fls. 380 SENTENÇA Processo Digital nº: 1018632-69.2014.8.26.0001 Classe - Assunto Procedimento Ordinário - Planos de Saúde Requerente: Edelurdes Teixeira da Costa Requerido: Unimed de Guarulhos - Cooperativa de Trabalho Médico - Unimed CONCLUSÃO Em 09 de setembro de 2014, faço estes autos conclusos para o(a) MM. Juiz(a) de Direito, DR(A). ARIANE DE FÁTIMA ALVES DIAS PAUKOSKI SIMONI. Eu, (Sumaya Casajus), subscr. Juiz(a) de Direito: Dr(a). Ariane de Fátima Alves Dias Paukoski Simoni Vistos. Prioridade Idoso EDELURDES TEXEIRA DA COSTA ajuizou a presente AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER cumulada com TUTELA ANTECIPADA em face de UNIMED DE GUARULHOS-COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO, alegando que é beneficiária do plano de saúde empresarial oferecido pela ré, sob matrícula de n 0 284 238000006001 2 (fls.12/13). Informa que foi acometida por graves problemas na coluna que foram se agravando, necessitando de procedimento cirúrgico emergencial (fls.16). Sendo assim, informa que em 12/05/2014 foi solicitada cirurgia para ser realizada no Hospital Stella Maris (fls.17), tratando-se de rizotomia percutânea de facetas por radiofrequência, porém o procedimento não foi autorizado pela ré. Frisa que seu plano de saúde evidentemente abrange a cobertura hospitalar na qual inclui o procedimento cirúrgico (fls.20/21). Requer que seja deferido o pedido de antecipação de tutela, a fim de conceder todos os materiais solicitados pela equipe médica e libere a realização do procedimento cirúrgico de rizotomia percutânea de facetas por radiofrequência a ser realizado no Hospital Stella Maris com todo o cuidado, segurança e zelo, e, ao final, a procedência da ação, confirmando-se a tutela antecipada. Ademais requer que a 1018632-69.2014.8.26.0001 - lauda 1

fls. 381 ré seja condenada ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios. Juntou documentos (fls.11/21). Foi deferido o pedido de antecipação de tutela, a fim de impor à ré o dever de autorizar e custear a internação e o procedimento cirúrgico da autora, na decisão de fls. (fls.27/29). Citada (fls.34) a ré apresentou contestação (fls.35/44) e documentos (fls.87/366) alegando, preliminarmente, falta de interesse de agir, pois não emitiu qualquer negativa para a realização da cirurgia de rizotomia solicitada pela autora, apenas solicitou a ela e a seu médico a comprovação dos requisitos indispensáveis para que fosse autorizado o procedimento. Informa que a autora deveria comprovar os requisitos por meio do fornecimento de formulário devidamente preenchido e documentos (fls.124/125), providência que não foi cumprida pela autora. Frisa que efetuou diversas solicitações neste sentido com o consultório do médico assistente da autora (fls.354/366), porém não obteve êxito. No mérito aponta que autorizaria o procedimento cirúrgico, assim que a autora cumprisse com todos os requisitos necessários para sua autorização. Aduz que a autora tinha total ciência da necessidade de cumprir os procedimentos para viabilizar a autorização do tratamento (fls.235/301). Alega que a autora não juntou nos autos provas que comprove a negativa da ré em emitir a autorização do procedimento cirúrgico, e que foi cumprido o contrato de prestação de serviços médico-hospitalares. Requer que seja acolhida a preliminar a fim de julgar o processo extinto sem julgamento de mérito. Caso seja ultrapassada a preliminar, requer que a ação seja julgada totalmente improcedente. Réplica (fls.369/376), acrescentando a autora que até a presente data a tutela antecipada não foi cumprida e documentos (fls.377/379). É o breve relatório. FUNDAMENTO E DECIDO. 1018632-69.2014.8.26.0001 - lauda 2

fls. 382 O feito em questão comporta o julgamento antecipado, nos termos do artigo 330, inciso I do Código de Processo Civil, haja vista que a questão controvertida nos autos é meramente de direito, mostrando-se, por outro lado, suficiente a prova documental produzida, para dirimir as questões de fato suscitadas, de modo que despiciendo se faz designar audiência de instrução e julgamento para a produção de novas provas. Neste sentido: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALEGAÇÃO DE CERCEAMENTO DE DEFESA. INDEFERIMENTO. PROVA TESTEMUNHAL. 1. No sistema de persuasão racional adotado pelo Código de Processo Civil nos arts. 130 e 131, em regra, não cabe compelir o magistrado a autorizar a produção desta ou daquela prova, se por outros meios estiver convencido da verdade dos fatos, tendo em vista que o juiz é o destinatário final da prova, a quem cabe a análise da conveniência e necessidade da sua produção. Desse modo, não há incompatibilidade entre o art. 400 do CPC, que estabelece ser, via de regra, admissível a prova testemunhal, e o art. 131 do CPC, que garante ao juiz o poder de indeferir as diligências inúteis ou meramente protelatórias. 2. Agravo regimental desprovido. (STJ, AgRg no Ag 987.507/DF, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 14/12/2010, DJe 17/12/2010). PROCESSO CIVIL. JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE. CERCEAMENTO DE DEFESA. IMPRESCINDIBILIDADE DA PROVA POSTULADA. REEXAME. MATÉRIA FÁTICA. SÚMULA 7/STJ. RECURSO NÃO PROVIDO. 1- Sendo o magistrado destinatário final das provas produzidas, cumpre-lhe avaliar quanto à sua suficiência e necessidade, indeferindo as diligências consideradas inúteis ou meramente protelatórias (CPC, art. 130, parte final). 2- A mera alegação de haver o juízo sentenciante julgado antecipadamente a 1018632-69.2014.8.26.0001 - lauda 3

fls. 383 lide, com prejuízo da produção das provas anteriormente requeridas, não implica, por si só, em cerceamento de defesa. 3- Indagação acerca da imprescindibilidade da prova postulada que suscita reexame de elementos fático-probatórios da causa (Súmula n 7). Precedentes do STJ. 4- Agravo regimental a que se nega provimento. (STJ, AgRg no Ag 1351403/PE, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 21/06/2011, DJe 29/06/2011). Dessa forma, estando em termos o processo, o Juiz deve julgá-lo desde logo: "Presentes as condições que ensejam o julgamento antecipado da causa, é dever do juiz, e não mera faculdade, assim proceder". (STJ, 4a T., REsp n 2.832-RJ, rel. Min. Sálvio de Figueiredo, j. 14.8.1990) No mesmo sentido: RSTJ 102/500 e RT 782/302. A preliminar se confunde com o mérito e será com este apreciada. Infere-se do Relatório Médico de fls. 15 que foi recomendado à autora a realização de procedimento cirúrgico de rizotomia percutânea de facetas por radiofrequência e expedida a guia de solicitação de internação para a ré, datada de 12/05/2014. Todavia, não consta dos autos a data em que a mesma foi encaminhada e recebida pela ré. Todavia, verifica-se das mensagens eletrônicas trocadas entre a Clínica Neurológica e Neurocirúrgica e a ré, que desde 02 de junho de 2014, a ré solicitou documentos a esta, para análise e autorização do procedimento, como se depreende de fls. 355, 357, 358, 360, 362, tratando-se da carta de exclusão de honorários que deveria ser assinada pela autora que apenas foi enviada em 07 de julho de 2014 (fls. 354), sendo que na mensagem de fls. 360, datada de 07 de julho de 2014, foi cobrado o envio do formulário pelo médico. Todavia, verificase que nem todas as solicitações foram cumpridas pela clínica, o que impediu a 1018632-69.2014.8.26.0001 - lauda 4

fls. 384 análise completa do pedido e sua devida autorização. Cabe ressaltar que a própria ré cobradou da clínica o retorno da solicitação, como se infere da mensagem fls. 362, datada de 07 de julho de 2014. Portanto, ao contrário do aduzido pela autora não houve demora na autorização e sim falta de apresentação da documentação pertinente pela autora e pela clínica onde o médico da autora atende, que não comprovou o enviou dos mesmos a ré, a fim de se apurar se realmente esta havia deixado de autorizar o procedimento. Portanto, não houve negativa de autorização para o procedimento e sim desídia da autora no atendimento do processo administrativo interno, com a apresentação da devida documentação, comum a todo ato cirúrgico quando necessária a autorização do plano de saúde. Por outro lado, de acordo com o art. 3º, XIII, da Resolução nº 259 da ANS, os planos de saúde possuem o prazo de 21 dias úteis para realizar o procedimento solicitado. Ademais e a despeito de se cuidar de relação de consumo, esta constatação não exime o consumidor de emprestar o mínimo de verossimilhança à sua tese, do que se ressentem os autos. Assim, ante a falta de negativa da ré, revogo a tutela antecipada. Ante o exposto e mais do que consta dos autos, JULGO IMPROCEDENTE o pedido e revogo a tutela antecipada. Fica extinto o processo com resolução do mérito, nos termos do artigo 269, I do CPC. Ante a sucumbência da autora, condeno-a ao pagamento das custas, despesas processuais e honorários advocatícios de R$1.500,00, nos termos do artigo 20, 4º do CPC. 1018632-69.2014.8.26.0001 - lauda 5

fls. 385 Com a publicação da presente, ficam as partes cientes de que o prazo do artigo 475-J do CPC passará a fluir automaticamente a partir do trânsito em julgado, em primeiro ou segundo graus, independentemente de nova intimação. Caso esse prazo decorra in albis, para promover a execução deverá o credor apresentar cálculo atualizado do débito e indicar bens penhoráveis, em quinze dias, independentemente de nova intimação. No silêncio, aguarde-se por 30 dias e arquivem-se. O valor do preparo importa em: R$100,70 P.R.I. São Paulo, 11 de setembro de 2014. DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA 1018632-69.2014.8.26.0001 - lauda 6