º gresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental I - 98 - GANHO DE EFICIÊNCIA EM MICROZONAS DE VRP S Pierre Ribeiro de Siqueira () Engenheiro Mecânico pela Escola de Engenharia Mauá, Especialista em Administração FOTO Industrial pela Fundação Vanzolini, Especialista em Hidromecânica, Técnico em Plástico e Mecânica, Gerente da Divisão de trole de Perdas Sul da Sabesp. NÃO Aristides Abrantes Simões Neto () DISPONÍVEL Técnico em Edificações pela Escola Técnica Estadual de Segundo Grau Guaracy Silveira, cursando Tecnologia em Pavimentação e Movimentação de Terra pela Faculdade de Tecnologia de São Paulo, técnico em Serviços Administrativos. Romualdo Ricci (3) Cursando Administração de Empresas pela Faculdade Costa Braga, Encarregado do Sistema de Distribuição e Coleta. Ernesto Sabbado Mamede (4) Engenheiro Civil pela Universidade de Mogi das Cruzes, curso de Especialização Sociedade e Meio Ambiente, creto e estruturas Metálicas, Gerente da Divisão de trole de Perdas Oeste. Endereço () : Av. Caminho do Mar, 3 ap. 3 V. Mussolini Rudge Ramos S. B. Campo CEP: 973- Brasil Tel: () 568-749 (fax) e-mail: prsiqueira@sabesp.com.br RESUMO Na RMSP existem 333 Válvulas redutoras de Pressão (VRP) instaladas gerando uma economia pelo primeiro e atual indicador de 84 L/s. A MS iniciou seu programa de controle de pressão em 998, e desde então, instalou 77 VRP s gerando também pelo indicador economia de 75 L/s. A Unidade de Negócios Sul está localizada em parte da região sul e todo o extremo sul do município de São Paulo, além de, os municípios de Embu, Embu Guaçu, Itapecerica da Serra, Ribeirão Pires e rio Grande da Serra. Suas singularidades são as duas represas Billings e Guarapiranga que geram setores de abastecimento delimitados naturalmente, porém com grandes várzeas, o que gera a instalação de VRP s com pequenas extensões se comparadas a outras unidades de negócios da RMSP. O objetivo deste trabalho é apresentar de forma resumida / concisa a operacionalização das válvulas redutoras de pressão na zona sul da Região Metropolitana de São Paulo buscando a queda de volumes não faturados de água, com uma matriz de controle rígida baseada em microzonas e vazão mínima noturna. Procurou- se ter como premissa o quadro atual de funcionários (manobrista, mecânicos, técnicos, etc) mesmo com esta quantidade nova de equipamentos de controle (VRP e Booster). Persistiu- se em treinamento e adequação de atividades para incremento de produtividade e multifuncionalidade. PALAVRAS-CHAVE: VRP s, Válvulas Redutora Pressão, trole de Perdas, Eficiência Operacional, Microzonas de Pressão. INTRODUÇÃO O programa de redução de pressão começou em 995 na Sabesp. Ele é aplicado em redes distribuidoras de água (RDA). A VRP atua em uma área delimitada por válvulas de bloqueio (registro de gaveta), a VRP controla vazões e contabiliza volumes com a modulação de pressão dentro desta microzona. Ela é uma entre nove ações principais de programa de controle e redução de perdas de água não faturadas na RMSP. Entre 995 e 997 o desenvolvimento tecnológico ficou sob responsabilidade das Unidades de Negócios Norte e Centro. A partir de 998 fortes investimentos expandiram em torno de 3 VRP s na RMSP. Desde o início em estão sendo tomadas ações na gestão operacional deste parque de válvulas de controle. A ABES Trabalhos Técnicos
º gresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental supervisão e controle à distância é uma das atividades. A outra atividade é a avaliação periódica e constante das ações na microzona de atuação de cada VRP, que gerou este trabalho. DESENVOLVIMENTO Quando a Unidade de Negócios Sul iniciou o programa de pressão em RDA foi montado um grupo de trabalho permanente (GT) abarcando pessoas desde o desenvolvimento pontual na descoberta de registros, até o comprometimento dedicado de 4 horas semanais. Os participantes do GT foram a contratada BBL / Restor e a Sabesp com as Unidades de Operação e controle operacional (Manobra), a Unidade de Engenharia e trole de Perdas e pontualmente o Departamento de Serviços. As responsabilidades de cada parte envolvida foram BBL / Restor repassar a tecnologia e garantir VRP s funcionando, manobra definir em conjunto e validar áreas para redução de pressão e executar setorização destas microzonas e unidades de controle de perdas ser a gestora do projeto. Fatores externos ao grupo de trabalho de VRP começaram a interferir e realinhar a atividade de redução de pressão na MS. Os principais fatores foram o racionamento de água no ano de nos sistemas Alto cotia e Guarapiranga, a primeira vez em três anos que a Sabesp ficou sem a parceria que garantia a manutenção nas válvulas, a Unidade de Negócios Sul ser piloto para implantação das atividades redesenhadas por processos e o atual parque com mais de setenta VRP s operando. A estratégia foi o repasse do GT para as unidades funcionais, ou seja, a Unidade de Manutenção cuida da instrumentação e manutenção hidro / mecânica e civil, a manobra opera, otimiza o ponto crítico e controla operação e a Unidade de trole de Perdas é responsável pelo ganho de eficiência na microzona. Parece ser simples e lógico, entretanto o repasse sem treinamento, o sentido de propriedade do GT e a falta de comunicação na concepção para as unidades funcionais geraram distúrbios transitórios na gestão da VRP. A gestão da Unidade de trole de Perdas para ganho em microzonas é rígida e baseada em controles ativos e passivos na microzona. Todas ações provenientes do controle / redução de pressão sob ações ativas e todas ações referentes a contabilização de volumes e indicadores são controles passivos. No controle ativo a principal meta é deixar diariamente o ponto crítico do sub setor (microzona de pressão) no período noturno com, mca pelo maior tempo possível e durante o dia priorizar o máximo consumo horário. No controle passivo a principal meta é mensalmente melhorar e agilizar os indicadores, retirando- se paralaxe, volumes teóricos, tempo de atuação da VRP e ações futuras a serem tomadas entre outras. Abaixo as tabelas com controle ativo, passivo e indicadores. Tabela : trole Semanal de Pressão (controle ativo) VRP (ano) Pressões VRP Semana Mínima Q Máx. Pressões Setor Noturna Volume (L/s) (L/s) Montante Jusante Montante Jusante (ML/dia) K3 máx mín K mín méd máx mín méd máx mín méd máx mín méd máx Índice K/K3 Janeiro ABES Trabalhos Técnicos
º gresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental Dezembro Base de dados valores armazenados por modulador por vazão (Autowat) software Pmac, após gerenciado em Excell. Tabela : Número de Ligações por Categoria de Uso (controle passivo) Nº Lig. Nº de Categoria de Uso (ano) Econom. Residênc. Comércio Indústria Pública Mista Total. iv. s. Total Resid. Com. Ind. 3 4 5 6 7 8 9 Base de dados CD Etep que tem como base CSI e após compatibilização, gerenciamento pelo software ACL. s. ABES Trabalhos Técnicos 3
º gresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental Tabela 3: Indicadores da Microzona (controle passivo) Indicadores da Microzona Janeiro (3 dias) Fevereiro (8 dias) Extensão (Km) Micromedido (m³/mês) Macromedido (m³/mês) Nº Lig as Rol Comum Nº Lig as Gdes sum Vol. Hunter Rol Comum Volume Gdes sum Vol. Inerente 5L / dia / Lig Vol. Total Teórico V. Micro/Nº Lig (m³/mês) / Lig Vol / Ext. (L/s) / Km Índice de Perda (%) MTBF MTTR Novembro (3dias) Dezembro (3 dias) Volume Nº Lig Volume Nº Lig Volume Nº Lig Volume Nº Lig Volume Nº Lig CONCLUSÕES Atualmente estão sendo notados grandes avanços de operação em RDA relativos a quantidade, qualidade e a queda na quantidade de arrebentados em áreas com redução de pressão. As unidades relacionadas com serviço de água estão conscientes que a forma de trabalho mais eficaz é por microzonas de pressão. E principalmente a realidade da operação de RDA em um sistema complexo como São Paulo. No futuro o foco é consolidar estes itens de controle da microzona fundamentada em vazão mínima noturna e indicadores como o ILI, TIRL e UARL. Ampliar estas microzonas para áreas de booster e zonas de pressão (DMA) e a longo prazo inserir estes indicadores no sistema corporativo de gestão da operação em conjunto com a unidade de desenvolvimento tecnológico. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. BUTLER, DAVID BSC MSc Ceng MICE Leakage Detection and Management a comprehensive guide to technology pratice in the water supply industry Palmer envi.. ALONSO, LINEU RODRIGUES. trole de Perdas em Sistemas de Água Administração de Empresas de Saneamento 5.7.99 3. NIIDA, OSVALDO IOSHIO. MPOM DIVISÃO DE PERDAS E MICROMEDIÇÃO DA DISTRUBUIÇÃO Indicadores de Perdas em Sistemas de Abastecimento de Água.997 4. PNCDA, PROGRAMA NACIONAL DE COMBATE AO DESPERDÍCIO DE ÁGUA. Documentos Técnicos de Apoio (DTA) Secretaria de Política Urbana Governo Federal 999 5. LAMBERT, ALLAN, STEPHEN MYERS E STUART TROW. Managing Water Leakage economic and technical issues Financial Times 998 6. YOSHIMOTO, PAULO MASSATO. MP SUPERINTENDÊNCIA DE PLANEJAMENTO E APOIO DA DISTRIBUIÇÃO 7. Programa Interno de Redução de Perdas da RMSP ações complementares síntese.997 4 ABES Trabalhos Técnicos
º gresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 8. FILHO, JAIRO TARDELLI. MPI DEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO INTEGRADO DA DISTRIBUIÇÃO Gestão Operacional para a Redução de Perdas no Sistema de Abastecimento de Água da RMSP 999 8.999 9. LAMBER, ALLAN O; BROWN, TIMETHY G.; TAKIZAWA, M.; WEIMER D.. A Review of Performance Indicators for Real Losses from Water Supply Systems IWA/AQUA 6.. ABES Trabalhos Técnicos 5