FACULDADE DE PAULÍNIA FACP

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Transcrição:

PROJETO DE AUTO-AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL FACULDADE DE PAULÍNIA FACP Comissão Própria de Avaliação - CPA Paulínia SP 2005

SUMÁRIO Introdução... 3 1. Princípios... 4 2. Objetivos... 8 3. Metodologia... 9 4. Encerramento... 11 2

INTRODUÇÃO O presente documento pretende estabelecer as diretrizes gerais para a indicação dos planos e ações da auto-avaliação institucional da Faculdade de Paulínia. Como projeto entende-se que o presente instrumento não é documento estático ou pronto, pois sofrerá influências das circunstâncias nas quais será implementado, bem como, representará as percepções e iniciativas das pessoas que trabalharão em sua implantação. Preliminarmente, o Projeto de auto-avaliação da Faculdade de Paulínia foi elaborado com o propósito de estabelecer, basicamente, os princípios, os objetivos e a metodologia a serem seguidos no processo de avaliação institucional. Com esse pensamento, igualmente, compõem as partes desse projeto a identificação dos princípios, dos objetivos e da metodologia, que são finalizados com algumas considerações finais acerca das providências a serem tomadas ao fim de cada ação avaliativa. Esperamos, com esse trabalho, atingir as finalidades e as expectativas que comportam um processo de avaliação, cientes de que toda avaliação por si não é absoluta, senão apenas indicativa de realidades que se revelam segundo visões e interpretações humanas. 3

1. PRINCÍPIOS O processo de avaliação da Faculdade de Paulínia será conduzido mediante a consideração dos seguintes princípios: A auto-avaliação como um processo cíclico, contínuo e de desenvolvimento coletivo Significa dizer que avaliar está relacionado a atribuição de valor a algo. Ou seja, a avaliação deve ser vista como um processo cíclico e permanente (contínuo) no qual a Instituição expressa o seu pensamento sobre o que avaliar, como avaliar e qual o valor de cada uma de suas dimensões avaliativas. Tendo como premissa os princípios democráticos, a não neutralidade da avaliação implica que ela deve ser um artefato de construção coletiva. A auto-avaliação como um elemento de um processo cíclico de desenvolvimento institucional contínuo Aqui a auto-avaliação é considerada como uma participante de um processo cíclico no qual a Instituição é continuamente planejada, tem o seu planejamento implementado e é avaliada e o resultado da avaliação é considerado elemento chave para novo ciclo de planejamento, implementação e avaliação. A auto-avaliação pressupõe três etapas: 1ª etapa: preparação; 2ª etapa: desenvolvimento; 3ª etapa: consolidação. A etapa de preparação inclui a constituição da Comissão Própria de Avaliação, a elaboração do projeto de avaliação (planejamento), e o envolvimento da comunidade acadêmica na construção da proposta avaliativa e, também, nas demais etapas do processo de auto-avaliação (sensibilização). A etapa de desenvolvimento consiste na concretização das atividades planejadas e inclui atividades como: realização de reuniões ou debates de sensibilização; sistematização de demandas/idéias/sugestões oriundas dessas reuniões; realização de seminários internos para: apresentação do Sinaes, apresentação da proposta do processo de avaliação interna da IES, discussões internas e apresentação das sistematizações dos resultados e outros; definição da composição dos grupos de trabalho atendendo aos principais segmentos da comunidade acadêmica (avaliação de egressos e/ou dos docentes; estudo de evasão, etc); construção de instrumentos para coleta de dados: entrevistas, questionários, grupos focais e outros; definição da metodologia de análise e interpretação dos dados; 4

definição das condições materiais para o desenvolvimento do trabalho: espaço físico, docentes e técnicos com horas de trabalho dedicadas a esta tarefa e outros; definição de formato de relatório de auto-avaliação; definição de reuniões sistemáticas de trabalho; laboração de relatórios; organização e discussão dos resultados com a comunidade acadêmica e publicação das experiências (Conaes, 2004 b, p. 13-14) A etapa de consolidação refere-se à elaboração, divulgação e análise do relatório final destinado aos membros da comunidade acadêmica, aos avaliadores externos e à sociedade. Em um processo cíclico e contínuo, a auto-avaliação contribui para o desenvolvimento institucional. Mas, a própria auto-avaliação, em suas etapas de preparação, desenvolvimento e consolidação, deve ser entendida como um processo cíclico que a leva ao seu próprio aprimoramento. Ao final do processo de auto-avaliação, é necessária a reflexão sobre o mesmo, visando o seu aprimoramento. Uma análise das estratégias utilizadas, das dificuldades e dos avanços apresentados permitirá planejar ações futuras. A auto-avaliação como uma participante de um processo cíclico e contínuo de desenvolvimento da educação superior brasileira Os resultados da auto-avaliação são elementos para a avaliação institucional externa e integram os resultados do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) e, neste sentido, contribuem para o planejamento da educação superior brasileira. Com base neste planejamento, políticas educacionais e ações administrativas no âmbito do Estado Brasileiro podem, de forma cíclica e continua, serem formuladas. Adoção de uma perspectiva holística - observação da Instituição de forma global e de cada uma de suas partes como um todo indivisível Uma abordagem atual em ciência consiste em tentar compreender cada parte de um sistema a partir do conhecimento do funcionamento de todo o sistema em estudo. Esta abordagem pressupõe que os fenômenos e objetos são partes de um todo maior dando ênfase para o todo ao invés das partes ou elementos inter-relacionados. Aqui o termo parte refere-se a uma ampla variedade de coisas tais como conceitos, fenômenos físicos, objetos, pessoas, artefatos sociais etc.. Cada parte afeta as propriedades do sistema como um todo e depende de alguma outra parte do todo. Ou seja, um sistema ou fenômeno é considerado como um todo indivisível representando muito mais do que a simples soma de suas partes. Uma decorrência natural deste modo de pensar é que o 5

desempenho de um sistema não pode ser julgado a partir da maneira como cada parte funciona isoladamente mas também e, sobretudo, em função da maneira como as partes combinam e se relacionam mutuamente. Esta abordagem tem implicações diretas sobre a forma de se conduzir e planejar a auto-avaliação. O tradicional método hipotético-dedutivo (observação, hipótese, predição dedutiva e avaliação) baseado nas relações de causa e efeito precisa ser revisto e aprimorado. Afinal, o todo tem implicação sobre a parte e a parte implica no todo; qualquer modificação da parte modifica o todo e as relações entre eles. Por exemplo, a automação de uma parte de um sistema modifica a realidade do ambiente no qual este sistema está inserido e esta nova realidade tem implicações sobre a parte automatizada. Sendo parte de um todo maior, a Instituição não pode ser compreendida sem as suas relações com a comunidade, com o Sistema Federal de Educação, com o trabalho e outras realidades que compõem o cenário atual. De forma análoga, cada parte da Instituição contrai relações com as outras partes podendo somente ser plenamente entendida a partir do entendimento do todo e destas outras partes. Uma decorrência deste princípio é que um indicador de qualidade pode estar associado a vários aspectos institucionais. Assim a matriz de indicadores a serem avaliados apresentará a duplicação de alguns indicadores, embora abordando contextos distintos. Avaliação quantitativa e qualitativa O processo proposto adota um modelo que contempla, de forma equilibrada, as abordagens quantitativa e qualitativa nas diferentes perspectivas avaliativas. Padronização para possibilitar a comparação entre séries históricas A padronização de conceitos e indicadores possibilita a comparação para fins de se observar a evolução da Instituição ao longo da história. Integração entre as avaliações A Conaes (2004 a) observa que o projeto de auto-avaliação institucional precisa contemplar formas de integração entre a avaliação institucional externa, avaliação de cursos de graduação e a avaliação de desempenho de estudantes. Neste sentido, o modelo proposto observará e tentará se adequar, na medida do possível, às categorias, grupos de indicadores, indicadores, aspectos e critérios de avaliação do Projeto de Avaliação Institucional Externa para Fins de Credenciamento e Recredenciamento de Instituições de Ensino Superior (Inep, 6

2004 a) e os Manuais de Avaliações de Cursos (Inep, 2002). Os resultados obtidos nos exames nacionais de desempenho dos estudantes deverão contribuir para a avaliação das políticas para o ensino e para o atendimento a estudantes. Caráter analítico e interpretativo dos resultados obtidos Considerando a diversidade de leitores dos resultados da auto-avaliação (membros da comunidade acadêmica, avaliadores externos e a sociedade) é fundamental a clareza na comunicação das informações e o caráter analítico e interpretativo dos resultados obtidos. O modelo proposto conterá sugestões para ações de natureza administrativa, política, pedagógica e técnico-administrativas para serem tratadas pelas instâncias responsáveis. 7

2. OBJETIVOS Tendo como objeto de análise o conjunto de dimensões, estruturas, relações, funções e finalidades da instituição e como sujeitos da avaliação os professores, os alunos, o corpo técnico administrativo e membros da comunidade externa, a auto-avaliação é um processo no qual a instituição analisa o que é, o que deseja ser, o que de fato realiza, como se organiza, administra e age. A autoavaliação institucional tem os seguintes objetivos gerais: Contribuir para melhoria da qualidade institucional por meio da avaliação como um instrumento que se insere em um processo contínuo e cíclico de desenvolvimento da instituição no qual ela, a avaliação, permite o conhecimento, a reflexão e a auto-análise valorativa da coerência entre a missão e as políticas institucionais efetivamente realizadas. Estabelecer mecanismos institucionalizados e participativos para que os membros da comunidade acadêmica desenvolvam autoconsciência de suas qualidades, problemas e desafios para o presente e para o futuro. A prática da auto-avaliação é um instrumento para o estabelecimento de uma cultura de avaliação na comunidade acadêmica. O estabelecimento desta cultura conduz a, pelo menos, três resultados: (1) permite o aperfeiçoamento pessoal de professores, alunos e corpo técnico-administrativo; (2) permite o aperfeiçoamento institucional pelo fato de colocar todos atores em um processo de reflexão e auto-consciência institucional; (3) consolida a auto-avaliação como um artefato com o qual a comunidade interna se identifica e se compromete. 8

3. METODOLOGIA A auto-avaliação da Faculdade de Paulínia será conduzida mediante a aplicação das metodologias indicadas neste capítulo, conforme cada etapa do processo avaliativo. Coleta e tratamento dos dados Serão coletados dados quantitativos e qualitativos para as dimensões avaliativas, sendo portanto necessário o tratamento quantitativo e qualitativo dos dados coletados. A coleta de dados se dará por meio: de questionários com perguntas fechadas e abertas; de entrevistas individuais e junto a grupos; de fóruns de discussão da Avaliação Institucional junto a representantes dos segmentos acadêmicos e da comunidade externa; do subsite da CPA-FACP; da avaliação com egressos. Categorias de análise subjacentes a cada dimensão Cada categoria de análise de uma dimensão é avaliada por meio de indicadores para os quais o instrumento solicita que o avaliador atribua notas de 1 (um) até 5 (cinco). A nota atribuída à categoria é obtida pela média ponderada por meio dos pesos estabelecidos no instrumento. Avaliação quantitativa da dimensão As notas calculadas para cada categoria de análise subjacente a uma dimensão são ponderadas por meio de pesos estabelecidos no instrumento obtendo-se, assim, uma avaliação quantitativa da dimensão. Avaliação qualitativa da dimensão por meio da análise e interpretação dos resultados obtidos Levando-se em conta os dados coletados e a avaliação quantitativa da dimensão, uma análise qualitativa deve ser feita indicando: os pontos fortes e as potencialidades da dimensão; as fragilidades e os pontos que requerem melhoria; as sugestões para melhoria da dimensão. 9

Avaliação da auto-avaliação Para cada dimensão, deve ser realizada uma análise dos trabalhos de avaliação tentando evidenciar dificuldades na condução do processo coleta de dados, discrepâncias em pesos atribuídos a indicadores ou categorias, novas perspectivas em indicadores e outras dificuldades. 10

4. ENCERRAMENTO Como já destacado, o presente projeto não tem o intuito de ser documento pronto e acabado com relação ao processo de autoavaliação institucional. Ao longo do longo percurso, espera-se que os princípios, os objetivos e a metodologia sejam aprimorados com a experiência inerente aos processos contínuos. 11