Oficina de Planejamento Municipal em Saúde: Estratégia de Gestão Participativa na construção da Programação Anual da Saúde de Crateús 2012
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- Alessandra da Conceição Mota
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1 2º SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE INOVAÇÃO SOBRE PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL NA ELABORAÇÃO E MONITORAMENTO DAS POLÍTICAS, AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE Oficina de Planejamento Municipal em Saúde: Estratégia de Gestão Participativa na construção da Programação Anual da INSTITUIÇÃO: Crateús-CE. Secretaria Municipal de Saúde de PERÍODO DE REALIZAÇÃO: 16, 17 e 25/janeiro/2012
2 INTRODUÇÃO: O Planejamento: Conjunto de procedimentos, segundo métodos convenientes, que visa à consecução de determinado propósito. Notas: 1. Consiste em decidir com antecedência o que é necessário fazer para mudar condições que são insatisfatórias no presente e evitar que as condições que são satisfatórias se deteriorem no futuro. 2. Para o planejamento, é importante identificar os problemas e as prioridades de intervenção, estabelecer as ações que podem solucionar os problemas e determinar quem são os responsáveis pela execução dessas ações (Glossário Temático. Sistema de Planejamento, Monitoramento e Avaliação das Ações em Saúde (Sisplam. Ministério da Saúde, p. 36).
3 INTRODUÇÃO: Sistemas de gestão exitosos (públicos ou privados): bases emergentes de processo de planejamento eficaz. Profissionalismo da gestão X sistema de planejamento criterioso (planejar bem leva ao executar bem). Plano Municipal de Saúde PMS: principal peça de gestão nos SILOS. Explicita metas, objetivos e diretrizes (conjuntura quadrienal), nos termos da Lei Orgânica da Saúde - LOS. Materialidade do PMS X definição de ações estratégicas (sob pena de se ter uma peça inócua): Eis a Programação Anual da Saúde PAS.
4 INTRODUÇÃO: Portaria Nº 2.048/2009 (Aprova o Regulamento do Sistema Único de Saúde): Art. 30. A Programação Anual de Saúde é o instrumento que operacionaliza as intenções expressas no Plano de Saúde, cujo propósito é determinar o conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperaçãodasaúde,bemcomodagestãodosus. 1ºAProgramaçãoAnualdeSaúdedeveconter: I-adefiniçãodasaçõesque,noanoespecífico,irãogarantiroalcance dosobjetivoseocumprimentodasmetasdoplanodesaúde; II - o estabelecimento das metas anuais relativas a cada uma das ações definidas; III - a identificação dos indicadores que serão utilizados para o monitoramento da Programação; e IV - a definição dos recursos orçamentários necessários ao cumprimento da Programação.
5 INTRODUÇÃO: Decreto nº 7.508/2011, artigo 15: o processo de planejamento da saúde será ascendente e integrado, do nível local até o federal, ouvidos os respectivos Conselhos de Saúde, compatibilizando-se as necessidades das políticas de saúde com a disponibilidade de recursos financeiros. PLANEJASUS/MS traz como importante diretriz: implementar e difundir uma cultura de planejamento que integre e qualifique as ações do SUS nas três esferas de governo, com vistas a subsidiar a tomada de decisão por parte de seus gestores (Brasil, 2006 p.32). Cultura: Continuidade / Sustentabilidade do processo
6 INTRODUÇÃO: Planejar: Dar direcionalidade às ações/serviços de saúde para dar materialidade ao estado de saúde que se pretende alcançar. Planejamento X voluntarismo/amadorismo. Processo de Planejamento: Sensível e coerente ao novo (intempéries operacionais, sistêmicas e sociais do cotidiano). Planejamento não é estático: Relação entre PMS (quadrienal) e PAS (anual)
7 ATORES ENVOLVIDOS: Corpo técnico (coordenadores) da Secretaria Municipal de Saúde, Corpo técnico (coordenadores) da Secretaria Municipal de Saúde, técnicos de outras secretarias municipais e conselheiros de saúde.
8 METODOLOGIA / PROCESSO DE TRABALHO: Metodologia de participação que reputamos como qualitativoindutiva. Aspecto qualitativo: análise conjuntural da situação da Saúde X obrigações legais-sociais do SUS municipal (deliberações da última Conferência Municipal de Saúde + diretrizes/estratégias/metas do PMS + demais instrumentos de pactuação (PPI). Apresentações das áreas/departamentos técnicos organizados por blocos temáticos (AB; AS; VISA; CARA; AF; Administrativo etc).
9 METODOLOGIA / PROCESSO DE TRABALHO: Apresentações: contextualização qualitativa destacando em cada área: Principais indicadores; Principais indicadores; Resultados de pactuações; Problemas de maior relevância; Avanços obtidos; Fortalezas e debilidades (ambiência interna); Oportunidades e ameaças (ambiência externa); Outras informações relevantes.
10 METODOLOGIA / PROCESSO DE TRABALHO: Aspecto indutivo: momento de construção da PAS 2012, propriamente dita, onde os participantes, após inteirar-se da realidade conjuntural da Saúde, foram estimulados a, pensando coletivamente, elaborar e definir as ações capazes de dar materialidade às linhas propositivas do PMS, considerando o tempo disponível (ano em curso).
11 RESULTADOS OBTIDOS: Ao cabo de três dias de estudos, análises e discussões técnicas que abrangeram a situação atual e os rumos pretendidos, a PAS foi elaborada contemplando: Metas; Ações a executar; Responsáveis; Prazo de execução; Indicador de avaliação; Parcerias; Projeção de recursos financeiros necessários.
12 RESULTADOS OBTIDOS: Resultante do processo: Uma matriz de planejamento composta de 140 ações, divididas em 22 objetivos, em 8 módulos (organização do PMS vigente, período ). Um instrumento legitimamente construído que, fomentando um alto grau de senso de pertencimento por parte da equipe técnica, promoveu o seu empoderamento e aprimoramento. Uma estratégia de monitoramento através da realização de reuniões técnicas mensais para avaliação da execução das ações previstas na PAS 2012 (com seus desdobramentos), ficando a avaliação definitiva a ser feita quando da elaboração do Relatório Anual de Gestão - RAG 2012.
13 CONCLUSÕES: O processo de trabalho adotado visa o rompimento com a prática de produção meramente cartorial dos instrumentos de gestão na Saúde. Entendemos que a adoção de práticas de gestão participativa é uma poderosa estratégia não só quanto à condução administrativa dos processos em si, mas também na área de gestão de pessoas, uma vez que a abordagem comportamental nas organizações mostra que os colaboradores tendem a ser tão mais comprometidos com o cumprimento de diretrizes/metas/ações, quanto mais tenham participado do processo que as estabeleceu.
14 CONCLUSÕES: Em última análise, adotar a prática da gestão participativa é, não apenas buscar o interesse do corpo de colaboradores (quanto ao seu empoderamento e qualificação em processos dessa natureza), mas também é de interesse da própria gestão institucional na medida em que propicia, de forma mais efetiva, a consecução dos objetivos organizacionais. E o alcance de tais objetivos, em se tratando da Gestão da Saúde, diz respeito a ganhos quanto à qualidade de vida das pessoas, bem como à sua própria preservação quando em face de situações mais extremas.
15 CONCLUSÕES: O instrumento de planejamento está, então, posto. Goza de legitimidade perante o corpo técnico da Saúde e tem, sobre si, a pressuposição de ser acertado, uma vez que foi produzido de forma técnica e plural. Essa aceitabilidade e senso de pertinência são importantes no sentido de impulsionar o alcance das ações pactuadas, esse que é, sempre, o maior desafio de todo processo sustentável de planejamento: a sua materialização no cotidiano. Em verdade, o plano deveria ser encarado como uma peça de vida efêmera o processo de planejamento, em si, é que deve ser permanente porque rapidamente vai perdendo sua atualidade face ao desenrolar da realidade (Tancredi, 1998, p.25).
16 CONCLUSÕES: A cultura de planejamento é a resultante mais valiosa do processo de planejamento. O plano é apenas o seu registro. Aculturar-se do planejamento é aprender a pensar o sistema. E construí-lo... E reconstruí-lo... E quem se faz e se refaz, permanece. O SUS, mediante os processos (técnicos) de gestão centrados no planejamento, deve se fazer e refazer até ser o que precisamos que ele seja. E o caminho para essa construção passa pela pluralidade dos sujeitos envolvidos.
17 CONCLUSÕES: O SUS é patrimônio do povo brasileiro! fazê-lo e refazê-lo está entre as mais pertinentes necessidades sociais a serem buscadas em prol do nosso povo. Vale a pena se engajar nessa dialética de planejar; pensar; construir; e reconstruir o maior sistema público de saúde universal do mundo!
18 Muito Obrigado!
19 BIBLIOGRAFIA: BRASIL. Decreto nº 7.508, de 28 de junho de Regulamenta a Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa, e dá outras providências.. Lei Nº , de 19 de setembro de Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.. Lei Nº , de 28 de dezembro de Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências.. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.048, de 3 de setembro de Aprova o Regulamento do Sistema Único de Saúde (SUS).. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Subsecretaria de Planejamento e Orçamento. Sistema de planejamento do SUS (PlanejaSUS): instrumentos básicos. Ministério da Saúde, Secretaria-Executiva, Subsecretaria de Planejamento e Orçamento. Brasília : Ministério da Saúde, p.. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Glossário temático: Sistema de Planejamento, Monitoramento e Avaliação das Ações em Saúde (Sisplam) / Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Brasília : Editora do Ministério da Saúde, p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos). CRATEÚS-CE. Secretaria Municipal de Saúde. Plano Municipal de Saúde p.. Secretaria Municipal de Saúde. Relatório Final da VII Conferência Municipal de Saúde p. Tancredi, Francisco Bernadini. Planejamento em Saúde, volume 2 / Francisco Bernadini Tancredi, Susana Rosa Lopez Barrios, José Henrique Germann Ferreira. São Paulo : Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, (Série Saúde & Cidadania)
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