UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU ADMINISTRAÇÃO E SUPERVISÃO ESCOLAR A CONTRIBUIÇÃO DO GESTOR EDUCACIONAL PARA O DESENVOLVIMENTO DE LIDERANÇA NAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS POR: SOLANGE LOPES DOS SANTOS SOARES ORIENTADORA: MARIA ESTHER ARAÚJO DE OLIVEIRA RIO DE JANEIRO, 2010
2 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU ADMINISTRAÇÃO E SUPERVISÃO ESCOLAR SOLANGE LOPES DOS SANTOS SOARES A CONTRIBUIÇÃO DO GESTOR EDUCACIONAL NO DESENVOLVIMENTO DE LIDERANÇA NAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS Monografia apresentada à Universidade Cândido Mendes- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE- Requisito à obtenção do grau de especialista em Administração e Supervisão escolar. ORIENTADORA: MARIA ESTHER ARAÚJO DE OLIVEIRA Rio de janeiro, 2010
3 AGRADECIMENTO Agradeço a psicopedagoga Michelli Capuano pela oportunidade de realizar este estudo, que foi minha amiga e em sua amizade me ajudou a superar minhas dificuldades, limitações ou fracassos sem humilhações nem inúteis frustrações. Agradeço a Deus por que grandes foram às lutas, maiores às vitórias. Sempre estivestes ao meu lado. Muitas vezes, pensei que esse momento nunca chegaria. Agradeço aos meus pais, familiares e amigos que de uma forma carinhosa abrilhantaram este lindo momento de minha vida. Neste momento podemos dizer: Muito Obrigada.
4 DEDICATÓRIA Dedico esse estudo aos meus pais Jorge e Irani ao meu esposo Celso que estiveram ao meu lado marcando minha vida, muitas vezes abrindo mão de seus sábados para se dedicarem as minhas filhas Bruna e Bárbara. RESUMO
5 O objetivo do presente estudo foi certificar o relacionamento humano e a motivação presentes tanto nas organizações, como nas escolas, e agem no ambiente influenciando as pessoas. Para tanto foi pesquisado os principais autores que abordaram o tema proposto. Averiguamos o papel do gestor no contexto escolar, definindo o que é motivação, os tipos e suas características de atuação. Ressaltamos a motivação na prática educacional, isto é, definindo os conceitos de motivação, sendo ela intrínseca e extrínseca, inspirando cada pessoa a reativar o comprometimento e encontrar um significado em seu trabalho. Enfatizamos a contribuição do gestor escolar em trabalhar as relações interpessoais, desenvolvendo-as para o trabalho em equipe. PALAVRA-CHAVES: Equipe escolar Motivação Liderança. METODOLOGIA
6 A presente pesquisa emprega dados bibliográficos que tratam do desenvolvimento de liderança e motivação. A partir daí dando ênfase na prática das relações interpessoais atuais e as mudanças que se fazem necessárias. Objetivando a importância do gestor educacional na motivação de sua equipe, encarando os desafios que se colocam no sistema de ensino democrático e transformador. È válido ressaltar que se deve ter respeito entre os funcionários independentemente do cargo que se ocupa na instituição.
7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I - O PAPEL DO LÍDER NO CONTEXTO ESCOLAR 10 CAPÍTULO II - DEFINIÇÃO DE MOTIVAÇÃO 17 CAPÍTULO III - CONSIDERAÇÕES COMPORTAMENTAIS DO GESTOR EDUCACIONAL 22 CONCLUSÃO 28 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 30 ÍNDICE 32 FOLHA DE AVALIAÇÃO 33
8 INTRODUÇÃO Este estudo pretende apresentar alguns caminhos a serem trilhados pelo gestor escolar dentro das Instituições de ensino e o papel do mesmo nos vários campos de ação de uma escola. A escolha do tema justifica-se pela necessidade de ajudar os profissionais de educação que um gestor de um estabelecimento do ensino público será capaz através de sua liderança diante do grupo, proporcionar resultados positivos. Para que isso aconteça o gestor deverá conhecer seus profissionais, motivando-os seus talentos individuais em prol de sua escola, dando liberdade e oportunidade ao seu grupo para que ele possa emitir sua opinião e da sugestão para um melhor rendimento escolar. Delineamos como objetivo geral uma análise feita através da observação de alguns gestores e tendo como objetivos específicos analisar tipos de liderança, identificar as pessoas pelo perfil, verificar quais os tipos de liderança que são mais aceitos. O importante é ressaltar que o gestor tem que proporcionar o bem estar da instituição para que seu corpo docente possa desenvolver um bom trabalho para a melhora do rendimento de seus discentes. Como problema central nos reportamos a seguinte questão: Qual o tipo de líder capacitado para uma gestão? Podemos mencionar como hipótese que o líder ideal será aquele que for agradável e souber realizar todas as atribuições de acordo, com o bom senso as práticas da comunidade escolar. Será abordado no capítulo I definição de liderança e os vários tipos do mesmo e suas características de atuação, com a finalidade de construir uma prática de liderança nas escolas como instrumento de melhoria na educação.
9 No capítulo II será enfatizado a definição de motivação com o intuito de reativar o comprometimento das pessoas a encontrar um significado em seu trabalho. No capítulo III abordaremos a contribuição do gestor escolar no desenvolvimento das relações interpessoais, desenvolvendo o trabalho em equipe, isto é capacitar o profissional a estruturar os seus processos de autoconhecimento. A presente pesquisa emprega dados bibliográficos com base teórica em Fela Moscovici, Heloísa Luck, Sylvia Constant Vegara, entre outros.
10 CAPÍTULO I O PAPEL DO LÍDER NO CONTEXTO ESCOLAR 1.1 Definições de liderança Podemos considerar que liderança é um conjunto de atividades, ações, comportamentos que estimulam as pessoas a produzir resultados em prol do seu benefício e do grupo na qual está inserido. Segundo LUCK, FREITAS, GIRLING E KEITH (2006, p.33): Liderança é descrita como sendo um conjunto de fatores associados, como, por exemplo, a dedicação, a visão, os valores, o entusiasmos, a competência e a integridade expressas por uma pessoa que inspira os outros a trabalharem conjuntamente para atingirem objetivos a metas coletivas e se traduz na capacidade de influenciar positivamente os grupos e inspirá-los a se unirem em ações comuns coordenadas. Liderar equipe requer conhecimentos e habilidades para que possa identificar em cada membro isoladamente e no grupo como um todo, pontos fortes, fracos e oportunidades. De acordo com Luck (apud VERGARA, 2000, p.36): Evidencia no processo de liderança a influência sobre a motivação de pessoas individualmente e em grupos para a realização da missão, da visão e dos objetivos organizacionais. O ser humano é diferente na maneira de pensar, agir e sentir, e muita das vezes diferente de si mesmo, segundo o momento que está vivenciando. Vários fatores interferem no estado físico e emocional do indivíduo. Tais influências refletem diretamente no desempenho do trabalho desta pessoa e conseqüentemente no resultado final do grupo. Durante muitos anos, a liderança foi estudada e entendida como um traço de personalidade, isto é, exclusivamente associada à ocupação de um cargo e as características pessoais e inatas do sujeito. Segundo LUCK et all ( 2009,p.38): A ocupação do cargo é que determina a liderança e não a competência necessária para ocupá-lo.
11 Neste caso os chefes e dirigentes fossem os líderes e os demais membros da instituição fossem seguidores. Atualmente percebemos que liderança depende da aprendizagem social do indivíduo e por isso pode ser treinada e aperfeiçoada. De acordo com Luck et all (apud FARIAS, 1982, p.4): Líder é aquele que é seguido, mesmo não dispondo de qualquer autoridade estatutária, porque consegue ser aceito e respeitado, unindo e representando o grupo na realização dos anseios comuns. Líderes acreditam no que fazem, gostam de trabalhar com pessoas e assumem o desenvolvimento humano sociamente organizado, aproveitam toda e qualquer oportunidade para a promoção da aprendizagem e construção do conhecimento em relação ao trabalho de tal forma que todos os envolvidos nestes processos sentem que crescem e melhoram a partir das ações realizadas em conjunto. Segundo LUCK et all (2009,p.74): Atitudes identificadas em pessoas que expressam comportamento de liderança: Aceitação a desafios Autoconfiança Autocontrole Autodeterminação Comprometimento Dedicação Determinação Empatia Empreendedorismo Entusiasmo Espírito de equipe Expectativas elevadas Flexibilidade Gosto pelo trabalho Iniciativa Inteligência emocional
12 Inteligência social Laboriosidade Maturidade psicológica e social Motivação Ousadia Perseverança Persistência Proatividade Resiliênsia Tolerância aos desafios Ou seja, um verdadeiro líder ele usa mais a capacidade de influência do que o poder de comando, a mesma está relacionada com as competências de comunicação e idéias. Existem inúmeras definições sobre liderança, como também existem várias pessoas a tentar defini-las. 1.2 Os tipos de liderança e suas características de atuação. Vários foram os autores que abordaram os tipos de liderança, de acordo com esses autores existem essencialmente três tipos de lideranças: autoritária, participativa e a liberal. Segundo Luck et all (2009,p.75): Três estilos são indicados: i)autocrático, ii)democrático, iii)laissez-faire. O estilo autocrático Revela o modo tradicional onde o mesmo não dá oportunidade aos funcionários de interferir no seu planejamento, pois já encontram um modelo a ser seguido. De acordo com LUCK (2009, p.75): Pelo estilo autocrático, o dirigente centraliza a tomada de decisão e assume uma liderança de forma individual e imbuído de sua verdade. Este líder é pessoal quer nos elogios, quer nas críticas que faz.
13 A conseqüência desta liderança está relacionada com a ausência da espontaneidade, bem como pela inexistência de qualquer amizade no grupo, visando o desempenho dos profissionais. O líder autocrático provoca grande tensão, agressividade e frustração no grupo, atuando como planejador e colocando os demais na posição de fazedores. Segundo LUCK (2009): Este estilo é considerado muito útil, no entanto, e até mesmo necessário nas condições de crise em que decisões devem ser tomadas rapidamente, e ações emergências devem ser assumidas prontamente, sem hesitação, sem demora. O estilo participativo Possuem uma gestão democrática dando possibilidade as novas sugestões trazidas pelos profissionais da instituição. É uma gestão que valoriza o ambiente favorável entre seus colaboradores, formando um ótimo entrosamento. De acordo com LUCK (2009): O estilo democrático se assenta sobre a tomada de decisão compartilhada, seguida de ações colaborativas, em que, em equipe os membros da organização assumem responsabilidades conjuntas pelo seu desenvolvimento e realização de objetivos elevados. Este tipo de liderança promove o bom relacionamento e a amizade entre o grupo, tendo como conseqüência um ritmo de trabalho progressivo e seguro. O líder tenta ser um membro igual aos outros elementos do grupo, o seu comportamento é essencialmente de orientação e de apoio. De acordo com LUCK (2009): O líder democrático atua, portanto, orientado pelos princípios da perspicácia e abertura em relação a todos os momentos e ambientes educacionais da escola, como oportunidades para a ação conjunta no sentido de maior desenvolvimento. Surgem, em resumo grandes qualidades de relação a nível interpessoal, bem como bons resultados ao nível de produção. O estilo liberal
14 Este estilo de liderança também denominado Laissez-faire, não há imposição de regras. O líder não se impõe ao grupo, ele dá carta branca, ou seja, da aos liderados a total liberdade para tomar as decisões, sem consultálo. Segundo LUCK (2009, p.81): Deixa fazer, ao pé da letra, ou de rédeas soltas.. Os elementos do grupo tendem a pensar que podem agir livremente, tendo também desejo de abandonar o grupo, visto que não esperam nada daquele líder. Como não há hierárquicos, corre-se o risco do contágio desta atitude de abandono entre os subordinados. Este é considerado o pior tipo de liderança, pois reina a desorganização, a confusão, o desrespeito e a falta de uma voz que determine funções e resolva conflitos. Segundo Luck (apud VERGARA, 2000): No entanto, apesar de suas inadequações para o contexto educacional, é possível identificar escolas onde tal estilo parece existir. Podemos afirmar, no entanto, que esse estilo ocorre muito mais na falta da devida competência de liderança do que por convicção de que este deva ser o estilo de atuação. Os diferentes estilos tocam-se e não têm, portanto, uma delimitação específica. Por exemplo, um líder laissez-faire que perceba que perdeu o controle da equipe, pode adotar um estilo mais autoritário. Um líder democrático, num momento em que tem um trabalho para realizar e a entrega têm de ser imediata, pode também optar por uma postura um pouco mais autoritária. Da mesma forma, um líder democrático que sinta que a equipe está a correr muito bem, pode desleixar se um pouco e cair num estilo mais laissezfaire. Os estilos vão variando conforme a motivação da equipe e o momento em que esta se encontra. O estilo de liderança depende, também, das características pessoais: uma pessoa insegura irá optar, defensivamente, por um estilo que a proteja, por exemplo, o autoritário, que não permite que a questionem.
15 1.3 Práticas de liderança nas escolas como instrumento de melhoria na educação. Um gestor educacional deve produzir um modelo de gestão capaz de apropriar, divulgar e aplicar seus conhecimentos, visando melhorar o seu desempenho e resultados de aprendizagem dos seus alunos. Segundo LIBANÊO et all (2001, p.29): Uma coisa é certa: as pessoas arrumam tempo para as coisas que compreendem. Que valoram e nas quais acreditam. Os dirigentes da escola precisam, então, ajudar os professores, a partir da reflexão sobre a prática, a examinar suas opiniões atuais e os valores que as sustentam, a colaborar na modificação dessas opiniões e valores tendo como referência as necessidades dos alunos e da sociedade e os processos de ensino e aprendizagem. O gestor deve orientar-se por autoconfiança, aceitação a desafios, iniciativas, criatividade, espírito de equipe, organização e liderança. Deve criar um elo entre a escola e a comunidade. Segundo LUCK (2009, p.96): A gestão é indicada como um processo pelo qual se mobiliza e coordena o talento humano, coletivamente organizado, de modo que as pessoas, em equipe, possam promover resultados desejados. Para uma boa aprendizagem os alunos precisam de uma boa instrução e de um currículo bem elaborado, isto é, se beneficiam dos efeitos de uma boa gestão. De acordo com AZEVEDO (301): Os líderes influenciam a aprendizagem dos alunos ajudando a promover visões e finalidades e assegurando que existem recursos e procedimentos que possibilitam aos professores ensinar bem. A aprendizagem dos alunos não é somente responsabilidade do gestor e dirigentes da escola, é também uma responsabilidade de seus pais, pois quando as famílias estão envolvidas neste processo fornecendo disponibilidade para apoiá-los nas tarefas, fornecendo recursos acadêmicos, isso irá influenciálos para uma melhor compreensão dos conteúdos escolares. Segundo AZEVEDO (301): Além dos professores e diretores, os alunos e os pais são fontes importante de liderança.
16 Todas as pessoas que trabalham na escola participam de tarefas educativas, embora não de forma igual, isso vai desde estilo de gestão que expressa o tipo de objetivos e de relações humanas que vigoram na instituição ao atendimento que a secretária da aos pais de alunos. De acordo com AZEVEDO (301): A liderança é, pois mais uma função do que um cargo. Apesar de a liderança está normalmente ligada a posições de autoridade formal, abarca um conjunto de funções que pode ser desempenhada por diferentes pessoas em diferentes papéis através de todo o tecido escolar. Os líderes de uma escola são as pessoas que fornecem directivas e exercem influência para atingir as finalidades da escola. [sic] É preciso buscar o crescimento, mas o alcançar o desenvolvimento social e sustentável é o verdadeiro desafio dos líderes.
17 CAPÍTULO II DEFINIÇÃO DE MOTIVAÇÃO 2.1 Motivações na prática educacional Motivação é definida como um estado interior que estimula e dirige o comportamento de uma pessoa em busca de satisfazer seus objetivos. Há estímulos do meio exterior que motivam a pessoa a agir como a luz forte que leva a fechar os olhos e a estímulos do meio interior. Os estímulos interiores são chamados de necessidades, como a fome e o sexo. Segundo BORUCHOVITH, et alli (2001, p.9): A motivação, ou o motivo, é aquilo que move uma pessoa e apõe em ação ou a faz mudar o curso. Há estímulos no meio interior que estimulam as pessoas no trabalho como dinheiro, posição, status, desempenho de liderança, poder e necessidade de ter amigos, ou seja, não é fácil distinguir uma motivação da outra, a diferença essencial está na razão da pessoa para agir. Muitas vezes, o indivíduo sentiuse tentado a assumir um determinado comportamento seja ele intrínseco ou extrínseco, sendo que na maioria das vezes a motivação é intermediária. No ensino ambas as motivações são importantes. È essencial criar motivação intrínseca nos alunos, estimulando a sua curiosidade, embora não se deva desprezar a necessidade que as recompensas têm em determinadas situações. De acordo com HAMPTON (1990): É o principal fator que leva o indivíduo a agir tornando-os, assim, mais motivado. As recompensas são mais atrativas para um indivíduo à medida que satisfazem as necessidades ocultas de cada um. Se são as necessidades humanas que revelam o que nos motiva, são as expectativas e a atratividade da recompensa que nos dizem algo sobre como a motivação ocorre. A motivação tem sido uma preocupação para os estudiosos que tentam decifrar as escolhas que as pessoas fazem, isto é, o motivo na qual não prosseguir ou de persevera em uma atividade e o grau de envolvimento da mesma.
18 Segundo mosqueira (1991, p.248): explica que o mundo é extremamente belo e fascinante. Explorá-lo, manipulá-lo, interatuar com ele, contemplá-lo, desfrutá-lo, são tudo espécies motivadas de ação (necessidades cognitivas, motoras e estéticas). 2.2 Motivações Intrínseca e Extrínseca Motivação intrínseca é a vocação natural de procurar e vencer desafios, associada ao prazer pela modalidade, progresso pessoal, valoriza o esforço, a aprendizagem e a competência, sendo que não são necessárias recompensas para prosseguir a atividade, já que essa é recompensadora por si mesma. Encara o resultado como uma conseqüência do trabalho realizado tem prazer em treinar e competir. Motivação extrínseca é a combinação de fatores externos às modalidades, ou seja, estatuto social, ego, comparação com os outros, prêmios, reconhecimento, elogios, valoriza resultados e as suas conseqüências. È uma motivação baseada numa recompensa, associado aos altos níveis de ansiedade, frustração perante as derrotas, vitórias a todo custo. Segundo LIEURY et alii(1996,p.46): a motivação extrínseca é a necessidade de reforços:, dinheiro, prêmios...a motivação intrínseca é a atração da atividade em si mesma: é diminuída pelos esforços: dinheiro, prêmios. Motivar alunos seria encorajar os seus recursos interiores, como o sentido de competência, auto-estima e autonomia. Motivação é explicada com conceitos, como recompensa e incentivo, então quando em aluno é prometida uma nota elevada, isso é um incentivo, sendo que quando a nota sai isso é uma recompensa. A motivação para os comportamentos é vista como extrínseca. De acordo com NETO (2004): O ser humano carrega consigo variadas potencialidades, que, em contato com o meio adequado, desencadeiam o desejo em realizar ou empreender. A motivação é acionada por meio desta combinação entre a predisposição e a adequação do meio, em que se vive. O
19 comportamentalismo da ênfase no controle educacional, referindo-se ao tipo de reforços que se dá para uma pessoa. Oferecer algo interessante como resposta a um comportamento adequado é capaz de motivar, mantendo inclusive a freqüência deste mesmo. O professor deve tentar criar um estado de motivação para a aprendizagem, tornando os alunos produtivamente envolvidos no trabalho da aula. Deve tentar enraizar nos alunos o traço da motivação para aprender, fazer tentar que os alunos reflitam sobre aquilo que aprenderam. Os motivos movem a pessoa na busca de resultados no contexto escolar, o gestor... A motivação no meio educacional poderá trazer resultados satisfatórios à medida que pessoas motivadas envolvem uma série de fatores emocionais que reforçam o seu entusiasmo e persistência perante o cotidiano da vida e o processo ensino-aprendizagem. De acordo PAIM (2001, p.74): Na relação ensino-aprendizagem, em que qualquer ambiente, conteúdo ou momento, a motivação constitui-se como um dos elementos centrais, para a sua execução bem-sucedida. 2.3 Inspirar cada pessoa a reativar o comprometimento e encontrar um significado em seu trabalho Os seres humanos são parecidos no sentido de terem o comportamento motivado e dirigido para um fim. Porém são diferentes porque estão sujeitas os estímulos diferentes, então se comportam de modo diferente para alcançar suas metas. Como desenvolver uma gestão escolar em função da eficiência e um clima harmonioso entre todo o grupo? Uma das medidas seria a valorização de seus profissionais. A valorização é uma tarefa que precisa de percepção, observação e comunicação para enxergar no outro sua essência enquanto ser humano. Valorizar é altamente eficaz no sentido de estimular. Princípios humanistas, práticas e comportamentos com o dia-a-dia escolar como: amor, respeito, esperança, integridade, fraternidade, igualdade e altruísmo.
20 O gestor deve trabalhar a consciência interior, buscar dentro da sua equipe a fonte de inspiração e sabedoria, para que dessa maneira determine como reagir as expectativas do cotidiano escolar. Afinal, nem todo comportamento é passível o entendimento fácil e rápido. De acordo com Cortella (2008): liderança seria a capacidade de inspiração de pessoas, idéias, projetos, situações. O verdadeiro líder seria aquele que traz vitalidade para o processo educacional. Dentro de uma instituição de ensino existem vários profissionais desde orientadores e docentes. Há as dissonâncias de visão do mundo, engajamento com a escola, nível de comprometimento, capacidade intelectual. Cada pessoa possui estilo pessoal e uma causa própria que lhe confere lugar único no mundo. A liderança é um processo no qual o indivíduo influencia outros indivíduos a se comprometerem com a busca de objetivos comuns. O líder trabalha a fim de ajustar interesses setoriais e individuais em conformidade com os objetivos. O gestor tem que possuir várias habilidades e atitudes para obter o compromisso da equipe com os resultados. Segundo MOTTA (1991): é necessário que considerem todos os aspectos das teorias de motivação propostas até o momento, inclusive a noção de individualidade e a preservação de uma autonomia de pensamento e ação para que o trabalhador descubra sua maneira adequada de contribuir e mantenha um grau de liberdade. Com direção e controle consiste em explicar exatamente e em detalhes o papel a ser desempenhado. Dá apoio e estímulo, conhecendo o trabalho e a competência que o docente possui para sua motivação e confiança. O bom gestor desenvolve habilidades de saber ouvir, empatia e flexibilidade, fazendo de seu exemplo pessoal, um instrumento de transformação e motivação para sua equipe, pois estimula o exercício da cidadania, o exercício da prática, da harmonia, resgatando o significado do trabalho no ambiente da instituição, ou seja, aprende continuamente sobre si mesmo e as pessoas.
21 Desenvolver a habilidade de transformar conflitos em oportunidades de desenvolvimento mútuo, potencializando a contribuição de todos da comunidade escolar. De acordo com LUCK (2006. P.46): Reconhece que a motivação é o empurrão que estimula as pessoas a agirem e se superarem. A motivação é a chave que abre a porta para o desempenho com qualidade em qualquer situação, tanto no trabalho, como em atividades de lazer e também em atividades pessoais e sociais. A escola que deseja alcançar qualidade no trabalho precisa desenvolver a motivação com seus colaboradores e discentes, e ter um gestor que acredite em sua equipe, pois somente com a ação efetiva delas, é possível promover a transformação almejada, e com isso superando as dificuldades encontradas de maneira positiva e cooperativa, estimulando seu corpo docente, buscando novos caminhos e recursos de ensino.
22 CAPÍTULO III CONSIDERAÇÕES COMPORTAMENTAIS DO GESTOR EDUCACIONAL 3.1- A contribuição do gestor escolar em trabalhar as relações interpessoais, desenvolvendo-as para o trabalho em equipe. A educação e um processo amplo, que permite ao indivíduo desenvolverse como um todo e em todas as dimensões, onde os objetivos buscam muito mais do que acumular técnicas. De acordo com CHIAVENATO (1999): desenvolver pessoas não é apenas dá-lhes informação para que elas aprendam novos conhecimentos, habilidades e destrezas e se tornem mais eficientes naquilo que fazem. É, sobretudo, darlhes a formação básica para que elas aprendam novas atitudes, soluções, idéias, conceitos e que modifiquem seus hábitos e comportamentos que se tornem mais eficazes naquilo que fazem.formar é muito mais do que simplesmente informar, pois representa um enriquecimento da personalidade humana. O gestor educacional é o mediador das relações interpessoais num ambiente escolar. A função do líder é proporcionar situações que auxiliam a todos a pensar e realizar a prática pedagógica. No estabelecimento de ensino as relações interpessoais variam em duração, em distribuição de força, regras de comportamento e pelo grau de intimidade das pessoas envolvidas. A construção de um relacionamento pode ser fundamentada de acordo com alguns princípios como confiança, da amizade e do respeito. Assim sentimentos como simpatia, e atração provocaram aumento de interação, que desenvolve as relações interpessoais. Segundo MOSCOVICI (1998): o trabalho em equipe só terá expressão real e verdadeira se e quando os membros desenvolverem sua
23 competência interpessoal, o que lhes permitirá alcançar a tão desejada e divulgada ação em seus esforços colaborativos, para obter muito mais que a simples soma de competências técnicas individuais como resultado conjunto do grupo. Tanto o gestor como os orientadores precisam de alguns requisitos básicos para o cumprimento de suas tarefas. Lembrando que estas não consistem em atitudes fragmentadas por compartilharem as responsabilidades com a coletividade. Portanto, o gestor cabe o papel de líder inspirador. Ele também deve trabalhar com especificidade e com prospecção, ou seja, tendo subsídios para prever que posteriormente algumas situações possam influenciar negativamente o processo educacional. Segundo LUCK (2008): é necessário estar em sintonia com os desejos dos grupos da escola, criando condições para que os membros de uma coletividade não apenas tomem parte, de forma regular e contínua de suas decisões mais importantes, mas assumam responsabilidade por sua implementação. No ambiente educacional requer planejamento, organização e formação contínua dos profissionais que atuam nela. É importante ressaltar que ser líder e ter vivências, suporte teórico para almejar bons resultados para a escola na qual ele está inserido. Cabe ao gestor envolver toda equipe da escola num processo contínuo de discussões sobre o contexto da educação, ele deve transformar sua escola num centro de informações, avaliações e debates
24 com sua equipe. Comunicar-se bem com os seus funcionários, envolver pais e alunos nos seus projetos. De acordo com LIBÂNEO (2008): participação significa a atuação dos profissionais da educação e dos usuários (alunos e pais) na gestão da escola. Há dois sentidos de participação articulados entre si. Há a participação como meio de conquista da autonomia da escola, dos professores, dos alunos, constituindo-se como prática formativa, como elemento pedagógico, metodológico e curricular. Há a participação como processo organizacional em que os profissionais e usuários da escola compartilham institucionalmente, certos processos de tomada de decisão. A função do gestor é, portanto viabilizar as condições beneficiando a construção da identidade da escola cabe a ele o papel de suma importância dentro da instituição provocando a melhoria da escola. Segundo XAVIER (1994): tudo indica que o diretor não é um fator direto do rendimento escolar, mas alguém que contribui para o alto rendimento estabelecendo um clima favorável, promovendo atividades voltadas para os objetivos fixados, enfatizando o aproveitamento dos alunos ou coordenados programas de ensino. Sendo assim, é mais que capacitar e sim atualizar a figura do gestor, para que o mesmo afaste qualquer pensamento de prática autoritária sobre o trabalho, bem como manipular a participação de seus colaboradores.
25 No entanto, a busca de realizar um trabalho democrático no âmbito escolar não acontecerá de outra maneira, a não ser pela formação e atualização contínua de sua equipe responsável pela gestão, possibilitando a identificação das necessidades da comunidade escolar através do processo deliberativo. De acordo com LUCK (2008): destaca a relevância da coresponsabilidade de todos no desenvolvimento do processo de democratização da escola, a partir do reconhecimento por parte dos diferentes segmentos (alunos, professores, funcionários, responsáveis, comunidade local) de seus direitos e deveres, como prerrogativa para o exercício da cidadania. A uma necessidade nas escolas de hoje de terem gestores não só capacitados, mas sim atualizados no intuito de facilitar o trabalho do professor e dos outros colaboradores da escola, ajudando-os na identificação de suas competências e de serem capaz de saber ouvir o que os outros tem a dizer, delegando autoridade e dividindo as responsabilidades. E de suma importância ressaltar que é preciso sempre atribuir desafios a equipe e da autonomia de criação e atuação para que seu docente desenvolva um bom trabalho. Dar a eles liberdade de demonstrar confiança no potencial de seus colaboradores, porém a construção de um trabalho que todos gostam e participam das tomadas de decisões. Se esse grupo tem um bom relacionamento entre si e com a equipe pedagógica, e o orientador dando o suporte que eles precisam para o seu
26 crescimento pessoal e profissional, haverá um desempenho maior do que o esperado. De acordo com VASCONCELLOS (2000): pode-se perceber a importância de um relacionamento pautado na confiança, respeito mútuo e dando crédito na capacidade de autonomia do grupo incentivando assim, todos envolvidos no contexto escolar. O gestor educacional deve atinar para as dinâmicas pedagógicas e a mistura das relações interpessoais, tornando um verdadeiro líder. Segundo LIBÂNEO (2008): considerar a direção da escola não apenas na dimensão social e pedagógica, mas também no campo semântico. Ela implica a deliberação por um rumo, a determinação de uma postura diante dos objetivos sociais e políticos a escola, em uma sociedade real. De acordo com o autor idem, o exercício da direção depende de algumas qualidades fundamentais para a execução do trabalho do gestor que requerem formação específica: 1- Autoridade é o ato de exercer o poder que lhe foi delegado, para a direção e coordenação das medidas a serem tomadas coletivamente. Para que esta autoridade se distancie do autoritarismo, e necessário que ela seja descentralizada, distribuindo para os diferentes membros da equipe escolar. 2- Responsabilidade inerente à autoridade. Ainda que a tomada de decisões e as tarefas sejam descentralizadas, a responsabilidade final e de quem dirige/ coordena (p.216).
27 3- Decisão é a capacidade de escolher a melhor alternativa, dentre outras, para as resoluções de situações. Ainda que haja um plano de trabalho estabelecido com objetivos definidos e tarefas a serem delegadas, a função do gestor requer a tomada das decisões necessárias. 4- Disciplina a conduta do gestor deve ser compatível com as normas, regulamentos, interesses da vida social e escolar, assumidos coletivamente (p.216) 5- Iniciativa - é a capacidade de critica e criativamente buscar soluções para enfrentar os imprevistos e situações difíceis que venham ao ocorrer no processo de direção. È fundamental estar bem preparado pedagogicamente e acima de tudo saber aceitar desafios.
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29 CONCLUSÃO Ao desenvolver esse tipo de pesquisa tivemos a oportunidade de aprofundar sobre o papel do gestor educacional, acreditando que uma organização só crescerá se sua equipe for motivada, e capacitando-os cada vez mais, pelo bom atendimento dando o feedback gestor - aluno- funcionário. De acordo com o objetivo geral, que são as análises feitas através de alguns gestores, conclui-se que o gestor vem conquistando um lugar muito importante dentro das escolas. Devido às grandes transformações que a escola vem sofrendo, se torna cada vez mais importante a intervenção do gestor no momento de elaborar e desenvolver tarefas que possam motivar e capacitar profissionais, para que estes possam desempenhar um trabalho e atividade de forma qualitativa e com satisfação. Entender a realidade de cada área, de cada necessidade, faz do gestor peça fundamental na gestão organizacional, pois como já foi dito, cabe o mesmo incentivar e atualizar através de treinamentos para seus colaboradores, de acordo com as necessidades da escola e do próprio empregado. Conforme os objetivos específicos, que visam analisar os tipos de liderança, identificar as pessoas pelo perfil e de verificar quais os tipos de liderança que são mais aceitos. Chegamos à conclusão que os diferentes estilos tocam-se e não têm, portanto, uma delimitação específica. Por exemplo, um líder laissez-faire que perceba que perdeu o controle da equipe, pode adotar um estilo mais autoritário. Um líder democrático, num momento em que tem um trabalho para realizar e a entrega têm de ser imediata, pode também optar por uma postura um pouco mais autoritária. Da mesma forma, um líder democrático que sinta que a equipe está a correr muito bem, pode desleixar se um pouco e cair num estilo mais laissez-faire. Os estilos vão variando conforme a motivação da equipe e o momento em que esta se encontra.
30 Concluímos que algumas pessoas se sentem altamente motivadas para realizar determinadas tarefas enquanto outras parecem não interessar, ou seja, algumas pessoas têm necessidades, interesses diferentes e valores diferenciados. Ao se certificar de tantas diferenças próprias do ser humano, destaca-se mais uma habilidade do gestor, que e saber lidar com todas essas adversidades. Sendo assim chegamos a conclusão que o gestor educacional é o profissional qualificado para trabalhar competências, para que seus funcionários possam desenvolver por meio de comunicar-se adequadamente, dominando sua capacidade de se expressar e saber ouvir os outros, conviver em equipe no ambiente de trabalho.
31 BIBLIOGRAFICAS CITADAS CORTELLA, Mário Sérgio. Qual é a tua obra? Inquietações positivas sobre gestão, liderança e ética. RJ: Vozes, 2008. COLL, C.S (1994). Aprendizagem Escolar e Construção do Conhecimento. Porto Alegre: Artes Médicas. EDNIR, Madza. Mestre da Mudança: liderar escola com a cabeça e o coração. Um guia para gestores escolares. PA: Artmed, 2006 FACHADA, Maria Odete. Psicologia das Relações Interpessoais, Rumo 2000 LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola: Teoria e Prática. GO. Alternativa, 2001. LÜCK, Heloísa. A Gestão Participativa Na Escola. RJ. Vozes, 2008. Série Cadernos de Gestão. LÜCK, Heloísa. Liderança Em Gestão Escolar. 3.Ed- Petrópolis, RJ. Vozes, 2009. Série cadernos de Gestão. LÜCK, Heloísa. Ação Integrada. RJ. Vozes, 2000
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33 ÍNDICE Folha de rosto 2 Agradecimento 3 Dedicatória 4 Resumo 5 Metodologia 6 Sumário 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I O PAPEL DO LÍDER NO CONTEXTO ESCOLAR 10 1.1 Definição de Liderança 10 1.2 Os tipos de liderança e suas características de atuação 12 1.3 Práticas de liderança nas escolas como instrumento de melhoria na educação 15 CAPÍTULO II DEFINIÇÃO DE MOTIVAÇÃO 17 2.1 A motivação na prática educacional 17 2.2 Motivações Intrínsecas e Extrínsecas 18 2.3 Inspirar cada pessoa a reativar o comprometimento e encontrar um significado em seu trabalho 19 CAPÍTULO III- CONSIDERAÇÕES COMPORTAMENTAIS DO GESTOR EDUCACIONAL 22 3.1 A contribuição do gestor escolar em trabalhar as relações interpessoais, desenvolvendo-as para o trabalho em equipe. 22 CONCLUSÃO 28 BIBLIOGRAFIA CITADA 30 ÍNDICE 32
34 FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da Instituição: Universidade Cândido Mendes. Título da Monografia: A contribuição do gestor educacional para o desenvolvimento de liderança nas relações interpessoais. Autor: Solange Lopes dos Santos Soares Data da entrega: 26/03/2010 Avaliado por: Maria Esther Conceito:
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