As Experiências de Regulação dos Países de Língua. Edson Menezes da Silva Superintendente de Abastecimento Lisboa 28 de maio de 2008

Documentos relacionados
O Novo Marco Regulatório da Indústria do. Gás Natural no Brasil e seus Desafios

A REGULAÇÃO DO SETOR DE ENERGIA NO BRASIL AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS

CANA & ENERGIA. Estoques Estratégicos de Combustíveis. Carlos Valois Maciel Braga

Distribuição Missão e Valores

Perspectivas para os Setores Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis

Taller de Estadísticas Energéticas TALLER DE ESTADÍSTICAS ENERGÉTICAS JOINT OIL DATA INITIATIVE (JODI)

A ANP e os Desafios do Pré-Sal

Balanço da Atividade da Fiscalização da ANP no Mercado de GLP. Encontro Técnico do GLP de de dezembro de 2015 São Paulo - SP

Desafios Regulatórios na Distribuição de Combustíveis

MEC SHOW Mesa Redonda Espírito Santo Investimentos Previstos Oportunidades e Desafios. Waldyr Barroso Diretor

ESTUDO DESCRITIVO AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS (ANP)

O mito da Petrobrás quebrada, política de preços e suas consequências para o Brasil

PROJEÇÕES DA DEMANDA DE ÓLEO DIESEL E DE CICLO OTTO

Perspectivas do Etanol na Matriz de Transportes do Brasil

FÓRUM DA MATRIZ ENERGÉTICA Tendências Dificuldades Investimentos Política para Energias Alternativas: Biomassa, Solar, Eólica, Nuclear, Gás, PCH

34º Congresso da AIGLP. GLP no Brasil. Francisco Nelson Castro Neves Superintendente de Fiscalização do Abastecimento. 21 de março de 2019

Aspectos regulatórios envolvendo o Gás para Crescer: Distribuição e Comercialização

Biocombustíveis em um Contexto Global. José Sérgio Gabrielli de Azevedo Presidente São Paulo 02 de junho de 2009

Plano Nacional de Energia 2030

Ministério de Minas e Energia Ministro Bento Albuquerque

Hidrocarbonetos - O Pré-Sal - Dificuldades e Oportunidades. Adriano Pires Março de 2011

PLANEJAMENTO ENERGÉTICO NACIONAL: PERSPECTIVAS DE DEMANDA E OFERTA DE ETANOL, GASOLINA, BIODIESEL E DIESEL

Segundo o Relatório 2010 do EIA, no grupo que não integra a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o Brasil, o Cazaquistão e a

II SEMINÁRIO BIODIESEL

ANP: Desafios no Setor de E&P. John Forman Diretor Agência Nacional do Petróleo

EPE PETRÓLEO, GÁS E BIOCOMBUSTÍVEIS. Workshop: Desafios e Perspectivas do Setor Sucroenergético no Nordeste. José Mauro Coelho

Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel. Ricardo Borges Gomide Departamento de Combustíveis Renováveis

Desafios e perspectivas para o setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis

Painel I Cenário Político: Posição do Governo e Planejamento Energético

Ricardo Borges Gomide Departamento de Biocombustíveis

Audiência Pública de Fiscalização ENERGIPE. O Papel da ANEEL. 6 de outubro de 2004 Aracaju-SE. Eduardo Ellery Diretor

MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA

Desafios Regulatórios del área del Pré-Sal

DINÂMICA E PERSPECTIVAS DO SETOR SUCROENERGÉTICO

RESOLUÇÃO Nº 696, DE 31 DE AGOSTO DE 2017

PRODUÇÃO E USO DE. Coordenador da Comissão Executiva Interministerial Biodiesel

Hélvio Neves Guerra. Seminário Agro em Questão Energias Renováveis: tornando a agropecuária mais sustentável e econômica

REGULAMENTAÇÃO DOS ÓLEOS LUBRIFICANTES

Susta o Decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017, que regulamenta o ensino a distância na educação básica e no nível superior.

PRECIFICAÇÃO DE PRODUTOS ESSENCIAIS: LIVRE MERCADO E PREÇO JUSTO CLÁUDIA VIEGAS LCA CONSULTORES

OS DESAFIOS NO ONSHORE BRASILEIRO

Panorama e perspectivas do setor de O&G nas regiões N/NE. Salvador, 19 de julho de 2018

REGULAMENTAÇÃO DOS ÓLEOS LUBRIFICANTES

28 de novembro de 2016

Workshop ANP Regulação em Importação e Exportação de Petróleo, Derivados e Biocombustíveis

FICHA CADASTRAL DE AGENTES DO SETOR DE SOLVENTES (Consumidor Industrial) DEFINIÇÕES E PROCEDIMENTOS

POLÍTICAS PÚBLICAS E PROMOÇÃO DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS

Tema: Oportunidades no Ambiente de Contratação Regulada - ACR

A Regulação da Indústria do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e seus atuais Desafios

RenovaBio Apresentação CTBE

Síntese Mensal de Comercialização de Combustíveis

Logística Reversa para Óleos Lubrificantes Usados ou Contaminados

PANORAMA DA EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL NO BRASIL

Situação atual do setor sucroenergético, com ênfase na geração de energia com bioeletricidade

O desafio. energia. Plano Estratégico Plano de Negócios e Gestão Indicadores. 1,2% 1% 1% US$ 220,6 bilhões 0,4% 5% 4% 16% 12% 18% 20%

Ampliar a parceria estratégica entre China e Brasil no setor de petróleo, gás e biocombustíveis

P ETRÓLEO E G ÁS. Cenário. Panorama Regulatório

Oportunidades para o Setor Privado: do poço à chama

Interface Energia e Meio Ambiente: Ações da ANP

Painel: Gás Natural e a Competitividade da Indústria. Brasília, 23 de abril de 2018.

Síntese Mensal de Comercialização de Combustíveis

SETOR SUCROALCOOLEIRO E A REGULAÇÃO DO ETANOL

PROGRAMA DO CURSO EM DIREITO DA ENERGIA E SUSTENTABILIDADE 100 HORAS

Síntese Mensal de Comercialização de Combustíveis. Comercialização de Combustíveis. Destaques. Gasolina C. Etanol Hidratado. [ Edição nº 07/2018]

GÁS NATURAL GÁS CANALIZADO

Síntese Mensal de Comercialização de Combustíveis

A Indústria de Petróleo e Gás Natural no Brasil: Situação Atual e Tendências Futuras no Contexto da Sustentabilidade Energética

Instituto O Direito Por Um Planeta Verde Projeto "Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos"

CTBE - Workshop Estratégico Programa RenovaBio

Peculiaridades do setor elétrico brasileiro

Cenário Atual do Setor de Petróleo & Gás e suas Perspectivas

FONTES DE ENERGIA PROFESSOR : DANIEL DE PAULA

O marco regulatório dos biocombustíveis: Biodiesel

Ministério de de Minas Minas e e Energia PROPOSTA DE NOVO MARCO DA MINERAÇÃO

FIESP - 14º ENCONTRO DE ENERGIA. Symone Christine de Santana Araújo Diretora do Departamento de Gás Natural Ministério de Minas e Energia

Regulação de solventes hidrocarbônicos

A BUSCA PELA AUTOSUFICIÊNCIA

Perspectivas e Desafios - Setor de óleo e gás. Flavio Rodrigues Diretor

CONTRATO DE CONCESSÃO PARA EXPLORAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL

PERSPECTIVAS DO SETOR SUCROENERGÉTICO BRASILEIRO

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. 3º Oficina IEI Brasil - Geração Distribuída Renovável, Eficiência Energética e o Consumidor Final

Perspectiva de Crescimento no Setor de Petróleo e Gás no Brasil Oportunidades na Cadeia Produtiva

Planejamento nacional e Integração elétrica regional. Amilcar Guerreiro Diretor de Estudos de Energia Elétrica

Biocombustíveis e Instrumentos Econômicos para a Gestão Ambiental no Brasil

Rodadas de Licitação 2017 Potenciais Impactos no RJ

PRÉ-SAL NOVO MARCO LEGAL

ATRATIVIDADE DO UPSTREAM BRASILEIRO PARA ALÉM DO PRÉ-SAL Prof. Edmar de Almeida. Grupo de Economia de Energia

Arbitragem em contratos de petróleo

Panorama dos biocombustíveis no Brasil. Marcela Flores SBQ/ANP

RENOVABIO: COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA E INVESTIMENTOS

PERSPECTIVAS DO SETOR DE GÁS NATURAL NO RIO DE JANEIRO

A Indústria de Petróleo e Gás no Brasil - Principais Temas

POTENCIAL BRASILEIRO PARA PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEIS

Marco Regulatório Pré-Sal

POLÍTICA ENERGÉTICA PLANO NACIONAL DE EXPANSÃO DE ENERGIA

Aspectos Regulatórios do

Combustível Brasil Bloco III Desafios para o abastecimento. Rio de Janeiro, 08 de março de 2017

A BIOELETRICIDADE SUCROENERGÉTICA Situação atual e perspectivias

Transcrição:

Regulação de Energia nos Países de Língua Oficial Portuguesa RELOP Fundação Calouste Gulbenkian As Experiências de Regulação dos Países de Língua Oficial i Portuguesa Edson Menezes da Silva Superintendente de Abastecimento Lisboa 28 de maio de 2008

Roteiro Alguns números brasileiros com foco na indústria i de petróleo e de biocombustíveis b i A experiência brasileira com a regulação focada na Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis ANP Conclusão

alguns números brasileiros com foco na indústria de petróleo e de biocombustíveis

Alguns números brasileiros com foco na indústria de petróleo e de biocombustíveis 2007 Área: 8,5 milhões de km 2 População: 190 milhões de hab. PIB de R$ 2.558 trilhões Crescimento: 5,4% Petróleo e Gás 29 bacias sedimentares, em 6,4 milhões de km² US$ 1 = R$ 1,66 Sob concessão: 4,5% Poços perfurados: ~ 22.000 Investimentos mínimos estimados em E&P decorrentes das rodadas de licitação de blocos para concessão de direitos de exploração e produção de petróleo e gás natural: superior a US$ 30,0 bilhões, até 2010. Reservas provadas: petróleo: 12,6 bilhões de barris gás natural: 365 bilhões de m³ Produção: petróleo: 1,83 milhão de barris/dia gás natural: 49,7 milhões de m³/dia Capacidade de refino ~ 2,0 milhões de barris/dia (13 refinarias) Biocombustíveis Produção de etanol: 23,5 bilhões de litros unidades produtoras: 370 percentual do solo dedicado à cana-de-açúcar: ~ 0,73% Capacidade instalada de produção de biodiesel: ~ 3,0 bilhões de litros/ano unidades produtoras: 53 Downstream Distribuidores ib id de combustíveis: 250 Postos de revenda combustíveis: 35.000; GLP: 50.000 Consumo Ciclo Otto gasolina: 24,3 bilhões de litros; álcool hidratado: 9,2 bilhões de litros Consumo Ciclo Diesel: 41,4 bilhões de litros

Alguns números brasileiros com foco na indústria de petróleo eo e de biocombustíveis bust s 2007 Renováveis 44,9% Matriz Energética Brasileira Biomassa 30,1% Energia Hidráulica 14,8% Urânio 1,6% Carvão Mineral 6,0% Gás Natural 9,6% Petróleo 37,9%

Alguns números brasileiros com foco na indústria de petróleo e de biocombustíveis 2007 Participação de Energia Renovável Brasil no contexto energético mundial Matriz de combustíveis veiculares 2007 Álcool anidro 6,2% Não- Renovável 6, % Mundo 86% Brasil 55% Renovável Mundo 14% Brasil 45% B2 21,05% Gasolina A 26,84% Etanol hidratado 9,77% Diesel 31,82% Gás natural 4,32% Fonte: ANP

a experiência brasileira com a regulação focada na Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP

Conceituação e Principais Características das Agências Reguladoras Órgãos de estado que se tornam instâncias de implementação e fiscalização regulatória, promovendo mecanismos de superação de falhas de mercado. Distinguemse das agências preponderantemente de fomento, de natureza executiva, que são órgãos de governo. As agências são úteis diante de falhas de mercado que denotem: custos irrecuperáveis; alta probabilidade de comportamento oportunista; São imperfeições que demandam: resolução freqüente de litígios; emissão sistemática de regulamentos; conhecimento altamente especializado; monitoramento permanente do mercado. Atenuam mudanças súbitas na regulação dos mercados decorrentes da natural alternância no poder, mitigando incertezas.

Conceituação e Principais Características das Agências Reguladoras Independência das decisões Tanto na edição da regulação como no julgamento de processos administrativos não deve caber revisão dentro do Poder Executivo, mas somente pelo Poder Judiciário. De ressaltar que independência ou autonomia reforçada é limitada: é, em suma, a liberdade de agir dentro de limites fixados por instância normativa superior, isto é, o Poder Legislativo. Não impede a implementação de políticas setoriais por parte dos governos eleitos. Transparência Deve pautar a atuação. A legislação deve determinar que, ressalvados os casos em que há interesse público ou privado que justifique a adoção da confidencialidade, os atos devem ser amplamente divulgados, inclusive pela internet. As audiências devem ser abertas ao público. Os atos devem devidamente motivados. Delimitação Precisa Devem ser claras as funções e os poderes e necessitam contar com o comprometimento dos governos com o modelo de agências reguladoras. Autonomia Financeira, estrutural e funcional Essencial não só para possibilitar a consecução dos objetivos para os quais foram concebidas como também para garantir independência para a adoção de soluções técnicas e não políticas, como freqüentemente ocorre com ministérios e órgãos subordinados. Excelência Técnica Sem ela as decisões de âmbito técnico e administrativo carecem de legitimidade.

Setor Petróleo e Biocombustíveis Evolução Institucional e Fatos Relevantes DNC substitui o CNP Redução de barreiras de entrada Flexibilização regulamentação distribuição líquidos (cerca de 400 distribuidores se registram) Flexibilização do monopólio do petróleo (1) Lei do Petróleo Criação da ANP (2) Preço refinaria vinculado ao mercado internacional(*) Liberação do preço de diesel nos postos (*) Reforma tributária para combustíveis (CIDE) (3) Ampliação da área de competência e mudança do nome da ANP, com introdução dos biocombustíveis. Inserção biodiesel na matriz energética (4) Até 1989 1990 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 CNP Forte interferência do estado, consentânea com o modelo vigente a época (1) EC nº 9/95 (2) LEI nº 9.478/97 (3) EC nº 33 - Lei nº 10.336 (*) ATOS MFAZ / MME e da ANP (4) Lei nº 11.097/05 Liberação dos preços de gasolina e de álcool nos postos (*) Liberação preço álcool anidro nas usinas Transição Liberação preço álcool hidratado nas usinas Prorrogação Liberação do mercado: preço livre refinarias e extinção subsídios (*) Importações liberadas mediante anuência prévia

A AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS Autarquia especial, vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Diretoria colegiada composta de 1 diretor-geral e 4 diretores, com mandatos renováveis de 4 anos. Sede em Brasília, Escritório Central no Rio de Janeiro e escritórios regionais em São Paulo e Salvador. Mesmo ambiente institucional para a regulação dos biocombustíveis, petróleo e gás natural. Processo de decisão por meio de sessões deliberativas as da Diretoria, precedidas das de audiências as públicas em casos de atos que impliquem afetação de direitos de agentes econômicos e consumidores.

Fundamentos Legais 12 Lei nº 9.478, de 06/08/97 ( Lei do Petróleo ) CriaaAgênciaNacionaldoPetróleo com as atribuições de regular (estabelecer regras para atividades e agentes econômicos de sua alçada, por meio de instruções normativas, portarias e resoluções); contratar (promover licitações e celebração de contratos, em nome da União, com concessionários em atividades de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural) e fiscalizar as atividades integrantes da indústria do petróleo. Lei nº 11.097, de 13/01/05 Amplia o escopo de atuação da ANP, conferindo-lhe atribuições relacionadas com biocombustíveis, b i alterando sua denominação para Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Insere o biodiesel na matriz ti de combustíveis.

Macro Atribuições da ANP 13 Implementação de políticas nacionais de petróleo, gás natural e biocombustíveis. Gerência das reservas de petróleo e gás natural da União. Contratação. t Regulação. Incentivadora da pesquisa e desenvolvimento tecnológico, bem como da participação da indústria nacional fornecedora de bens e serviços. Agente na defesa dos interesses do consumidor, quanto a preço, qualidade d e oferta de produtos, estimulando a livre concorrência entre agentes econômicos. Centro de referência em dados e informações. Fiscalização direta, ou mediante convênios com órgãos dos Estados e do Distrito Federal, das atividades integrantes da indústria do petróleo, gás natural e biocombustíveis. Garantia do abastecimento nacional de combustíveis.

Concessão e Autorização UPSTREAM DOWNSTREAM Monopólio da União Atividades reguladas por lei Exploração Produção Refino Transporte Distribuição Revenda Contratos t de concessão após licitações promovidas pela ANP Autorizações da ANP

Até o início dos anos 90 e antes da ANP Estado empreendedor. A Petróleo Brasileiro S/A - Petrobras, companhia estatal, detinha o monopólio da indústria e do mercado de petróleo e gás natural no Brasil, à exceção de duas refinarias privadas de pequeno porte e dos setores de distribuição e revenda de combustíveis. Preços controlados e excessivas concessões de subsídios. Mercado fechado e baixa atratividade para capitais de investimento externos. Baixa receita fiscal e parafiscal. Risco regulatório considerável. Cenários Anterior e Posterior ao Processo de Desregulamentação e à Implantação da ANP De meados dos anos 90 e após criação da ANP até os dias de hoje Estado regulador. Realização de Nove rodadas de licitação de blocos exploratórios. 63 grupos econômicos da indústria de petróleo operam no upstream no Brasil, sendo 33 de origem brasileira. Estabilidade de regras e licitações transparentes para concessões em E&P. Liberdade de comercialização do óleo e gás produzidos. Regime tributário/aduaneiro especial - com isenção de impostos para bens destinados à E&P de petróleo e gás natural. O agente econômico autorizado pode importar e exportar petróleo e derivados (o contrato de concessão prevê limitação de exportação, mediante notificação, apenas em caso de emergência nacional). Preço interno do petróleo aderente ao de mercado internacional.

Cenários Anterior e Posterior ao Processo de Desregulamentação e à Implantação da ANP Até o início dos anos 90 e antes da ANP De meados dos anos 90 e após criação da ANP até os dias atuais Crescimento de 70% das reservas de petróleo e de 62% das de gás natural, no período de 1998 a 2007. Crescimento econômico em áreas distantes dos grandes centros urbanos. Maiores receitas resultantes das participações governamentais, divididas entre o governo federal, estados e municípios. royalties: R$ 190 milhões, em 1997, para R$ 7,5 bilhões, em 2007. Distribuídos entre 10 estados, quase 800 municípios e para órgãos governamentais; participação especial: R$ 1 bilhão, em 2000, para R$ 7,1 bilhões, em 2007. Distribuídos entre 7 Estados, 25 municípios e para órgãos públicos; bônus de assinatura nas rodadas: de R$ 322 milhões, em 1999, para R$ 2.101 bilhões, em 2007

Cenários Anterior e Posterior ao Processo de Desregulamentação e à Implantação da ANP Até o início dos anos 90 e antes da ANP De meados dos anos 90 e após criação da ANP até os dias atuais criação do segmento de pequenos e médios produtores nacionais de petróleo e gás. pesquisa e desenvolvimento tecnológico. formação profissional, criação de empregos e geração de renda. garantia de contratos. redução do risco regulatório. regime de preços livres e fim dos subsídios.

Conclusão As agências reguladoras ainda estão em processo de maturação no Brasil. Resta, ainda, reverter resistências de alguns segmentos da sociedade acerca da presença de órgãos de Estado, promotores da regulação e fiscalização do mercado. Tal quadro, até certo ponto, é natural e compreensível, pois as agências brasileiras são bastante novas, tendo em média 10 anos de instaladas, diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, precursor e inspirador do modelo, já testado desde 1887, a partir da criação da Interstate Commerce Commission. Não obstante esses aspectos, as agências são uma realidade da administração pública brasileira, como de resto em vários países, com inequívocos êxitos já alcançados, com resultados positivos para o mercado, para consumidores e, de resto, para o país. No Brasil, regulam e fiscalizam os mercados de telecomunicações, energia elétrica, petróleo, gás e biocombustíveis, transportes, medicamentos, aviação civil e planos de saúde, entre outros, totalizando 10 instituições. Particularmente ao setor de petróleo, gás e biocombustíveis, a ANP, vem superando dificuldades e se desincumbindo satisfatoriamente de sua missão, concorrendo para atestar as vantagens e efetividade dos órgãos reguladores. Ilustram essa assertiva, além dos resultados já mencionados, a plena normalidade do abastecimento de combustíveis em todo o território nacional; a redução acentuada das práticas comerciais aéticas; a normalidade do quadro regulatório e o processo altamente participativo e transparente empregado nas suas revisões e atualizações; as informações prestadas aos agentes econômicos, a outras instituições governamentais e ao consumidor através de programas de monitoramento de preços, da qualidade de combustíveis e da movimentação de produtos.

Muito Obrigado! Edson M. Silva Superintendência de Abastecimento Av. Rio Branco, 65 16º andar Rio de Janeiro RJ CEP Fones: 00 55 21 2112 8703/8704; Fax 00 55 21 2112 8709 edsonsilva@anp.gov.br