FICHA TÉCNICA. ITINERARIUM STCP Nº 4 - Outubro a Dezembro 2008



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ITINERARIUM STCP Nº 4 - Outubro a Dezembro 2008 FICHA TÉCNICA Av. Fernão Magalhães 1862 13º 4350-158 Porto Tel: 22 5071000 fax: 22 507 1150 mail: geral@stcp.pt www.stcp.pt Direcção Presidente do Conselho de Administração da STCP, SA Coordenação Editorial Agenda Setting Coordenação Redactorial Gabinete de Comunicação e Relações Institucionais (STCP, S.A.) Fotografia STCP, SA Redacção Agenda Setting Gabinete de Comunicação e Relações Institucionais (STCP, S.A.) Design Jorge Jorge e Ana Roncha Edição e Propriedade STCP, S.A. Impressão Tecniforma Print Depósito Legal 274128/08 ISSN 1646-9291 Registo ERC Isento, ao abrigo do Decreto Regulamentar 8/99, de 9 de Junho Tiragem 20.000 exemplares Periodicidade Trimestral Newsletter STCP Nº04 Out Nov Dez 2008

Nas empresas, a moldura contabilística do ano fiscal a coincidir, por regra, com o ano civil faz com que o final do ano ganhe força, como barreira de uma etapa. Por maioria de razão, assim é na STCP, em especial no dia 31 de Dezembro de 2008 em que se encerra mais um exercício mas também o período formal de um mandato. Em jeito de balanço destes três anos dedicados à empresa fica, em auto avaliação da equipa que tem sido responsável pela sua gestão, um sentimento misto, composto de objectivos conseguidos e de outros pendentes ou adiados. Os primeiros deixam-nos a satisfação de termos partilhado com a STCP projectos que conduziram a passos importantes da sua vida empresarial e dos quais se destacam: 02 03 A CIDADE + EDITORIAL 10 11 AS NOSSAS ESTÓRIAS 06 07 AS NOSSAS NOTÍCIAS STCP lança livro "Porto, Cultura em Movimento" itinerarium STCP Livraria Lello Maria Aurora Madureira A fiel guardiã da STCP 12 13 PRESENTE E FUTURO 08 09 O QUE DIZEM 04 05 A MINHA LINHA 14 É DO NORTE! 15 CURIOSIDADES DO MUNDO DOS TRANSPORTES O sistema de transportes de Gotemburgo STCP é a primeira empresa de transportes públicos rodoviários a obter certificação em três normas Entrevista José Marques dos Santos - Reitor da Universidade do Porto Itinerário 305 Apesar de, frequentemente, o último dia do derradeiro mês de cada ano não representar uma data que assinale o termo de qualquer projecto ou actividade relevante, existe uma tendência natural para nela colocarmos uma meta temporal ainda que virtual para objectivos, ambições ou mesmo sonhos. A renovação profunda da sua rede em adaptação à mutação real do mercado, como resposta à nova concorrência, salutar e estimulante, do metro ligeiro de superfície, sem esquecer as preocupações do serviço social prestado A adopção do sistema de bilhética sem contacto, permitindo uma fiabilidade da estatística da procura nunca antes atingida e possibilitando a sua análise objectiva para definição da oferta A inversão, pela primeira vez em mais de vinte anos, da tendência estrutural de queda da procura, com um aumento regular e sustentado durante 2008, apesar do significativo aumento global da oferta do Transporte Público local A certificação dos Sistemas de Gestão da STCP da Qualidade, do Ambiente e da Segurança e Saúde no Trabalho, sendo a primeira empresa de transporte público de passageiros a obtê-la em Portugal A melhoria da frota de serviço público, tornando-a a mais qualificada do País na defesa do ambiente, na diversificação energética e na resposta às necessidades especiais dos cidadãos com mobilidade reduzida. Objectivos importantes, alcançados na sequência de projectos ambiciosos e exigentes, mobilizadores de largos segmentos dos trabalhadores da empresa, que provaram a capacidade de muitos para construírem respostas competentes e eficazes que conduziram ao sucesso. No reverso desta face feliz fica a frustração de alguns objectivos que, com igual ambição e empenho, não foi possível atingir mas que, seguramente, vão continuar a mobilizar a empresa até que sejam conseguidos. Que assim seja já em 2009 é o que ambicionamos, desejando de modo particular poder garantir condições para uma forte melhoria da qualidade do serviço prestado pela STCP e da harmonia das relações de quantos nela trabalham. Fernanda Meneses Presidente Conselho Administração STCP

Cordoaria O Jardim de João Chagas ou, como é mais conhecido, Jardim da Cordoaria, localiza-se nas proximidades da Torre dos Clérigos e do Centro Português de Fotografia. Deve o seu nome à actividade dos cordoeiros que estiveram instalados neste lugar cordoaria nova durante cerca de 200 anos. O paisagista alemão Emílio David, envolvido na concepção de outros espaços verdes da cidade, foi o autor do projecto de ajardinamento, datado de 1865/1866. O jardim ostentava, na época, plantas raras em redor de um lago, estátuas e um coreto. Foi um local muito frequentado pela burguesia portuense, até ao início do século XX. Em 1941, um violento ciclone devastou o jardim, que teve de ser replantado. Posteriormente, no âmbito das obras de remodelação urbana da Capital Europeia da Cultura Porto 2001, o jardim foi alvo de uma intervenção chefiada pelo Arquitecto Camilo Cortesão. A Praça da Liberdade é uma das zonas mais emblemáticas do Porto, sendo considerada por muitos o coração da cidade. Foi inaugurada no século XVII e teve já outras denominações, como Largo das Hortas ou Praça Nova. Neste local registaram-se os principais factos históricos da cidade desde o século XIX. Foi lugar de encontro de escritores, políticos e artistas, assumindo-se como centro social e político do Porto. Nela podemos apreciar uma estátua do rei liberal D. Pedro IV, inaugurada em 1866. Trata-se de uma homenagem da cidade a esta figura incontornável da nossa história. Jardim da Cordoaria Praça da Liberdade 305 Cordoaria Hospital S. João Para mais informações vá a: www.itinerarium.pt É nesta praça que se situa o famoso Teatro Rivoli, um projecto da autoria do Arquitecto e Engenheiro Júlio Brito e inaugurado em 1923. Esta obra surgiu da necessidade de repensar e modernizar o antigo Teatro Nacional, adaptando-o para cinema, e com programação de ópera, concertos e dança. Na década de 70, o Teatro passou por uma grave situação financeira, que levou à sua degradação. Perante este facto, a Câmara Municipal do Porto decidiu comprar o imóvel, com a intenção de o devolver ao seu antigo esplendor. Depois de uma remodelação profunda que decorreu entre 1992 e 1997, o Rivoli assumiu-se de novo como uma das melhores salas de espectáculo do país. A praça onde se insere foi também completamente redesenhada em 2001, uma obra integrada no Porto - Capital da Cultura. Praça D. João I 04 05 A MINHA LINHA A Rua de Santa Catarina é a zona mais comercial da Baixa do Porto, estando grande parte dela reservada apenas aos peões. Quem se deslocar a esta rua, que liga a Praça da Batalha à Praça do Marquês de Pombal, encontrará espaços de comércio tradicional e lojas de marcas internacionais, vendedores ambulantes e muita animação. Poderá ainda apreciar as fachadas de vários edifícios históricos como o da Livraria Latina, ou beber um café no belíssimo Majestic, antigo local de encontro dos intelectuais portuenses e um símbolo da cidade. Temos ainda o Salão de Chá Império, que abriu as suas portas em 1944, ou o Grande Hotel do Porto, inaugurado em 1880, e que albergou hospedes tão ilustres como Eça de Queirós. Nele esteve também preso o primeiro-ministro Afonso Costa, em Dezembro de 1917, aquando do golpe de estado de Sidónio Pais. A Rua de Santa Catarina viu ainda nascer e morrer alguns dos melhores escritores e poetas portugueses, como Arnaldo Gama, António Nobre, Camilo Castelo Branco e Guerra Junqueiro. Santa Catarina Esta rua portuense tem o nome de um de dois irmãos santos de origem romana. Eram eles S. Crispim e S. Cipriano. Conta a lenda que cresceram juntos e converteram-se ao cristianismo ainda na adolescência. Eram muito populares, caridosos, e pregavam com ardor a fé que abraçaram. Quando a perseguição imposta por Roma aos cristãos culminou na sua captura, Crispim e Cispriano mantiveram-se fiéis até ao fim, pagando com a vida o seu fervor religioso. São os santos padroeiros dos sapateiros, por ter sido essa a sua profissão. S. Crispim O Hospital de São João é o maior hospital do Norte e o segundo maior do País. Trata-se de um hospital universitário, ligado à Faculdade de Medicina do Porto, e que ocupa o mesmo espaço. O edifício principal tem 11 pisos, dois dos quais subterrâneos. Dispõe de uma lotação oficial de 1124 camas e alberga várias especialidades médicas e cirúrgicas. Tendo como Patrono São João Baptista, o Hospital de São João foi inaugurado a 24 de Junho de 1959, dia em que é também celebrada a festividade popular da Cidade do Porto. Hospital S. João Hospital S. João

A STCP, em parceria com a Editora Afrontamento, lançou no passado dia 17 de Dezembro o livro Porto, Cultura em Movimento, obra coordenada por Helder Pacheco. A sessão decorreu no Auditório da Fundação de Serralves e contou com a actuação do grupo de teatro Panmixia. Os elementos da companhia teatral representaram algumas das personalidades apresentadas na obra, tendo interagido e dialogado com os convidados presentes na cerimónia. O projecto das Retaguardas temáticas STCP decorreu entre 1998 e 2002, tendo sido reconhecido internacionalmente na edição de 2000 do Prémio Europeu do Transporte Público, na categoria de Acesso à Cultura, galardão atribuído pelo Conselho Europeu dos Municípios e Regiões. O livro conta-nos um pouco mais sobre personalidades marcantes na vida do país e principalmente do Porto. Pintores, escritores, poetas, descobridores, imperadores, reis, e outras figuras históricas que mudaram o rumo da cidade do Porto e levaram o nome da região a todo o mundo. STCP lança livro Porto, Cultura em Movimento Novo percurso da Linha 704 passa a servir o Centro de Saúde de Ermesinde Alterações de percurso na Linha 704 da STCP permitem que, a partir de 12 de Janeiro de 2009, o novo Centro de Saúde de Ermesinde passe a ser servido pela rede de transportes da empresa. Para ir de encontro às necessidades e solicitações dos utentes e trabalhadores do Centro de Saúde de Ermesinde, a STCP efectuou um pequeno desvio no percurso da linha 704, colocando novas paragens junto à entrada da unidade de saúde. Esta alteração surge após a abertura desta unidade de saúde, da responsabilidade da ARS- Norte, localizada no limite da freguesia de Ermesinde onde existia já o serviço da linha 704. Estas alterações resultam da articulação estabelecida entre a STCP e a Câmara Municipal de Valongo, a Junta de Freguesia de Alfena e a ARS-Norte, no sentido de permitir uma ligação adequada de transporte público ao Centro de Saúde. Apostas fortes da STCP Serviços para o último trimestre de 2008 A STCP Serviços guardou para os últimos meses do ano a apresentação e lançamento de três produtos turísticos. O Vintage City Tour chegou em Novembro, tendo o Porto a Brilhar e o Eléctrico de Natal ficado à disposição do público no mês de Dezembro. O Vintage City Tour oferece aos turistas que visitam o Porto a oportunidade de conhecerem a cidade viajando nos autocarros do Porto Vintage, nos Eléctricos Porto Tram City Tour, durante 24 horas ou 48 horas, e entradas gratuitas no Museu do Carro Eléctrico e no Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto. Este produto funciona como um pacote de vários produtos, que através da sua aquisição conjunta, oferece de imediato a quem o adquire vantagens em termos de preço, quando comparadas com a aquisição em separado dos produtos que o compõem. Já o Porto a Brilhar foi criado a pensar na quadra natalícia. Este circuito nocturno oferece aos portuenses e visitantes uma viagem inesquecível pela cidade, iluminada pelas luzes que a enfeitam nesta altura do ano. O percurso definido integra as principais ruas, praças e edifícios emblemáticos do Porto, sendo realizado a bordo de um autocarro com dois pisos, fechado e climatizado. Pensado para quem desejasse apreciar as iluminações de natal viajando num histórico meio de transporte da cidade, o "Eléctrico de Natal" foi o último dos produtos a surgir em 2008. De forma a reforçar a oferta turística na época natalícia, no período de 19 de Dezembro a 6 de Janeiro, foram realizadas seis viagens nocturnas diárias, onde nem o Pai Natal faltou. 06 07 AS NOSSAS NOTÍCIAS Cem trabalhadores da STCP comemoram os 25 anos de dedicação à empresa No passado dia 5 de Dezembro realizou-se o almoço comemorativo dos cem colaboradores da STCP que completaram, em 2008, 25 anos de trabalho na empresa. Para além dos trabalhadores que foram distinguidos, o almoço contou ainda com a presença de todo o Conselho de Administração da STCP, bem como de antigos presidentes da empresa. A Metro do Porto esteve representada pelo presidente Ricardo Fonseca, antigo administrador da STCP. Num espírito de confraternização e companheirismo, os colaboradores da empresa dos mais diversos sector de actividade tiveram a oportunidade de partilhar histórias e experiências destes 25 anos dedicados à STCP e aos transportes públicos. No final do almoço, que decorreu nas instalações da Estação de Recolha de Francos, foi entregue uma lembrança a cada um dos trabalhadores homenageados. Porto na fase final da candidatura à organização do Congresso Mundial da UITP em 2013 O Porto foi uma das três cidades escolhidas para integrar o grupo final de candidatas à organização da 60ª edição do Congresso Mundial da UITP em 2013. A decisão definitiva será anunciada em 2009, estando a candidatura a ser disputada com Bruxelas e Genebra. No âmbito desta selecção, a cidade recebeu, no passado dia 9 de Dezembro, a visita de inspecção dos elementos de um dos Grupos de Avaliação da UITP. Os objectivos desta deslocação foram a apreciação, no local, das condições que a cidade apresentou aquando da candidatura. Os aspectos analisados prenderam-se não só com a capacidade técnica de levar a cabo a Exposição e o Congresso, mas também com as condições hoteleiras que a Área Metropolitana oferece. A recepção aos visitantes pelas Administrações das três empresas STCP, Metro do Porto e CP - decorreu nas instalações da STCP, na Estação de Recolha de Francos.

José Marques dos Santos, Reitor da Universidade do Porto (UP), nasceu na Guiné-Bissau em 1947. Licenciado em Engenharia Electrotécnica pela Universidade do Porto, em 1971, e doutorado pela Universidade de Manchester (Reino Unido), em 1977, é professor catedrático da Faculdade de Engenharia desde 1989, tendo assumido a direcção da faculdade durante 11 anos consecutivos, entre 1990 e 2001. Marques dos Santos tomou posse como 17º reitor da UP a 3 de Julho de 2006, para um primeiro mandato de quatro anos. A principal meta do seu mandato é colocar a UP no ranking dos 100 melhores estabelecimentos de ensino superior da Europa no centenário da instituição, em 2011. Como é que avalia o trabalho que tem desenvolvido como Reitor nos últimos anos? Tenho tido muito gozo com o trabalho que faço e os resultados que vão aparecendo são extremamente interessantes. No entanto, o trabalho não é meu. A mim compete-me motivar as pessoas e orientá-las. Tenho uma equipa reitoral excelente e tenho uma Universidade com muita gente de qualidade, que fez em 2008 um esforço enorme, e mesmo numa situação adversa de financiamento público, conseguiu encontrar maneira de por iniciativa própria ultrapassar essas dificuldades. Chegamos ao fim do ano sem grandes problemas financeiros internos. É um mérito de muita gente de elevada qualidade, de muito empenho, de muita dedicação, contrariando aquilo que muitas vezes se diz sobre o trabalho das pessoas que estão na função pública. Penso que a UP está numa situação boa, está ainda longe de ser aquilo que se pretende. A nossa ambição é estarmos entre as 100 melhores da Europa e mais tarde, do Mundo. Acho que é preciso sonhar para se evoluir, para se estar na frente. Como Reitor, quais são as suas maiores preocupações no dia-a-dia? São múltiplas, de facto. Eu acho que o Reitor ainda faz muita coisa que não deveria, estando muito envolvido na gestão do dia-a-dia ainda. Um dos trabalhos que temos feito é criar uma camada de pessoal que possa assumir essas tarefas, reservandose para a equipa reitoral sobretudo as questões de ordem estratégica, de comunicação interna e externa, de motivação, de acompanhamento No dia-a-dia nós para além destas tarefas, que são quase sempre feitas ao fim de semana e à noite em casa que é a única altura em que temos sossego para poder redigir documentos, pensar com algum tempo passo os dias a resolver muitos problemas de ordem pedagógica, ligados à investigação, à gestão administrativa e à financeira. Há ainda muito trabalho de comunicação, de representação interna e externa foi uma das coisas que mais me admirou foi a quantidade de solicitações que temos para estar presentes em sessões públicas, fora da universidade, facto que mostra o interesse que há pela UP na região e no país. Qual julga ser a importância, seja ela social, cultural ou económica, para uma cidade como a do Porto em ter uma Universidade com a dimensão daquela que dirige? Recentemente foi feito um estudo por um aluno de mestrado sobre o impacto económico e social da UP na cidade e na região. Vale a pena lê-lo. Mostra que o investimento que é feito na Universidade multiplicase muito na região. O impacto cultural é enorme a UP em 2007 realizou mais de mil sessões culturais. Em termos de emprego, além do directo, o emprego indirecto gerado é muito grande. Tudo isto movimenta depois fornecedores, clientes, restaurantes e residências. Nós temos 29 mil estudantes, dos quais mais de 40% são de fora da cidade. Uma universidade de uma maneira geral já tem um impacto muito grande numa cidade, mas a UP tem ainda um maior. É uma Universidade muito activa, o ano passado foram organizadas 50 conferências internacionais, o que traz dezenas de milhares de pessoas, que vêm conhecer a cidade, que ficam encantadas e que depois voltam. A UP é também um agente divulgador da cidade. Eu tenho a certeza, até por números que dispomos no momento, que a cidade do Porto não seria o que é se não tivesse a UP. Como responsável por uma das forças vivas da cidade, como é que vê o Porto? Eu gosto muito do Porto, no entanto penso que pode e tem que ser ainda mais do que é neste momento. A pouco e pouco, está a criar-se um movimento no sentido de uma actuação mais conjugada dos diversos actores que têm influência na cidade e na região. O Porto isolado da região e do país onde está inserido é muito periclitante. Não me dá gozo nenhum ter uma Universidade muito boa no meio de um país pobre. Nós temos a obrigação de contribuir para um desenvolvimento social, económico e cultural da região onde estamos envolvidos. O Porto não se pode fechar na cidade, tem que se abrir também à Área Metropolitana. A cidade tem alguns itens importantes, começando pela sua Universidade e passando pelo FC Porto, pelo Museu Serralves, pela Casa da Música e pelo Centro Histórico. Eu penso que o Porto tem dentro de si potencialidades para ser uma cidade e uma região muito mais desenvolvida do que é neste momento, pelo menos por o que dizem os indicadores, que dizem que é uma região que está abaixo de cerca de metade da riqueza da União Europeia, enquanto que Lisboa, o Algarve e a Madeira já disparam. A razão para isto acontecer é, na minha óptica, o facto de nunca termos dado as mãos no passado. Eu costumo dizer isto mesmo sobre a Universidade do Porto: qualquer faculdade considera por si própria é irrelevante, não aparece em ranking nenhum. Eu penso que é esse o trabalho que temos que fazer e hoje vemos vários actores a trabalhar nesse sentido. A própria UP tem-se empenhado muito nesse objectivo. José Marques dos Santos Reitor da Universidade do Porto 08 09 O QUE DIZEM Utiliza transportes públicos no seu dia-a-dia? Utilizo muito o comboio. Por exemplo, quando vou a Lisboa prefiro ir de comboio do que de carro, porque é um transporte agradável, confortável e dá para trabalhar à vontade, aproveitando o tempo da viagem. Na cidade confesso que não uso muito. Também não tenho assim nenhum que me sirva. Isto é, um transporte para me ser útil, se eu perdesse um tinha que ter outro logo passados dez minutos. No meu tempo de estudante andava a pé. Não tinha carro, só o tive depois de trabalhar há dois anos. Eu morava na Constituição e vinha a pé para a Rua dos Bragas. Ainda hoje, trago o carro e deixo-o ficar afastado da Reitoria para poder andar um pouco a pé. Qual julga serem as medidas a implementar para trazer mais dos seus estudantes a utilizar transportes públicos? Eu penso que os estudantes utilizam bastante os transportes públicos. No entanto, acredito que falta uma ligação entre os três pólos da Universidade. Isso iria fomentar mais o uso dos transportes públicos pelos estudantes e iria também fomentar a cooperação mais íntima entre os três pólos porque as pessoas queixam-se sempre que demora muito tempo a chegar de um pólo ao outro. Outra acção que resultaria seria a criação de residências, para estudantes, no centro da cidade. Com os estudantes a viver no centro, utilizariam os transportes públicos para se deslocar. Tal como a Universidade, considera a STCP uma imagem de marca da cidade? Sim, penso que sim. Julgo que toda a gente conhece a empresa. É uma entidade antiga, muito respeitada, que na minha óptica acaba por ter uma imagem menos agradável sem ter culpa. A culpa é do trânsito que há na cidade. Diz-se frequentemente que só se acaba com os carros nas ruas se houver bons transportes públicos. Eu digo o contrário: se não houver carros nas ruas, os transportes públicos são bons, podem circular. Eu acho que a STCP tem uma boa imagem, tem evoluído muito em termos de material circulante, no apoio ao cliente e na informação nas paragens. Tudo isto contribui para o uso crescente do transporte colectivo na cidade. Qual a importância das parcerias estabelecidas entre a Universidade e a STCP, tanto para a instituição de ensino superior como para a empresa de transportes? São as vantagens que eu vejo em todas as parcerias entre a Universidade e a sociedade envolvente. Como há pouco disse, não concebo uma universidade isolada do meio onde está. Hoje as universidades têm um quarto pilar de sua missão que é transferir o conhecimento, ou seja, valorizar o conhecimento. Isto é, contribuir para o desenvolvimento económico e social da sociedade onde está inserida, sociedade essa que suporta largamente os custos da instituição. Não pode ser só um mero agente de serviços. E a ligação com as empresas é exactamente uma maneira de levar esse conhecimento à sociedade e contribuir para o desenvolvimento das próprias empresas, para a inovação em várias dessas áreas, para ajudar as empresas. Para a Universidade é também útil porque esses problemas colocados pelas empresas são desafios para a investigação ou para o desenvolvimento que nós proporcionamos. São problemas que são colocados e que podem ser utilizados pelos alunos nas suas teses de mestrado ou doutoramento, ou pelos próprios docentes no trabalho complementar da sua actividade de formação. Temos procurado aprofundar esta relação com as empresas, não só como meio de financiamento, mas também porque esta ligação é geradora de novas soluções com efeitos mútuos muito importantes.

São 33 anos de dedicação à STCP, 396 meses a magicar qual a próxima inovação a implementar na empresa, 1721 semanas a arquivar e gerir toda a documentação e 12053 dias desde que entrou nesta família pela primeira vez. Maria Aurora Madureira, ou apenas Maria Aurora como é conhecida por todos, é coordenadora administrativa e nunca trabalhou noutro sítio que não na STCP. Trabalhar noutro local? Não consegue sequer imaginar a sua vida longe da empresa. Como é que veio parar à STCP com apenas 18 anos? Foi em 1975 que entrei na empresa. O 25 de Abril tinha sido no ano anterior e eu tinha acabado o liceu para ir para a faculdade, só que era o ano em que devia ter cumprido o serviço cívico. Mas não o fiz porque o meu pai era muito rigoroso e não queria ter uma filha a fazer serviço cívico, portanto fiquei em casa. Nessa altura, tive conhecimento que havia um concurso para a empresa, concorri e cá fiquei. O meu pai não queria que eu viesse porque tinha a noção que depois eu nunca mais ia acabar o curso coisa que aconteceu, apesar de no ano em que entrei na STCP me ter inscrito na faculdade. Como é que é um dia de trabalho para si na STCP? Eu entro cedo, às 8h30, e depois saio quando é possível, porque além de tratar de toda a correspondência como sabe temos um sistema de gestão documental ainda sou responsável pelas actas do Conselho e portanto tenho sempre um dia bastante cheio. Mas eu gosto muito de trabalhar e essencialmente gosto de organizar, apesar de sentir que neste momento estou com pouco tempo para isso. Gosto muito de inovar, de magicar como é que se podem organizar melhor as coisas, tendo o arquivo preparado para que quando nos pedem qualquer documento consigamos dar uma resposta célere, sermos eficazes. No fundo, essa é a minha grande preocupação porque não basta catalogar as coisas, introduzir os dados no computador; tem que se organizar as coisas com a consciência de que vão ser precisas. Ainda que o meu horário de saída seja às 18h30, é raro terminar a essa hora. Já saí de cá de madrugada, conforme o que é preciso. Tenho um dia muito cheio mas sem qualquer espécie de monotonia. Como é pertencer a esta família? É mesmo isso a STCP: uma família. Eu já passei mais tempo aqui na empresa do que fora dela e é óptimo. Tenho tido a sorte de trabalhar com uma equipa fabulosa. Não são só meus colegas, são meus amigos. Há uma vivência tal que já quase adivinhamos os pensamentos uns dos outros. Há uma colaboração muito estreita. Tenho tido ao longo do tempo a sorte de ter gente muito boa a trabalhar comigo. 10 11 NÓS E OS OUTROS AS ESTÓRIAS DA NOSSA GENTE Durante todos estes anos ao serviço da STCP já deve ter vivido muita coisa aqui na empresa. Há algum episódio ou fase mais marcante que queira partilhar? O primeiro sítio onde trabalhei na empresa foi no departamento de compras, um sector muito movimentado, tínhamos o contacto com os fornecedores, o armazém por baixo, era um ruído permanente a todas as horas. No dia em que comecei a trabalhar na secretaria aquilo parecia uma sacristia. Falava-se muito baixinho, era impensável alguém falar de uma secretária para outra. Na altura foi uma mudança drástica, um choque de ambientes e confesso que no início tive medo de não me conseguir habituar. Nestes 33 anos e em termos de vida da empresa, qual julga ter sido o momento de maior reviravolta na STCP? Eu considero-me bastante preguiçosa. Por isso, tudo aquilo que as máquinas conseguirem fazer por mim é óptimo (risos). Enquanto administrativa, a grande viragem foi efectivamente conseguirmos ter o sistema de documentação electrónica. Inicialmente começou de uma forma insípida, tendo sido o nosso departamento de informática que desenvolveu um programa internamente, estávamos no ano de 1998. Em 2003 foi lançado o concurso para o programa que temos actualmente o Documentum. A entrada deste sistema obrigounos a mudar toda a filosofia de trabalho. Quase de um dia para o outro tivemos que reformular e repensar tudo. Até ali registava-se tudo num livro. Agora imagine o que é passarmos tardes à procura de um documento; era um método com pouca fiabilidade e nunca dávamos uma resposta com certeza absoluta. Com o Documentum é tudo muito diferente, sendo possível dar uma resposta célere e consistente. Fomos depois evoluindo, quer em termos de arquivo quer em termos de actas do Conselho. Fomos das primeiras empresas no Porto a utilizar o livro de actas electrónico. A empresa esteve sempre muito à frente, tivemos a sorte de ter Administrações que nos entenderam e ajudaram. Maria Aurora Madureira A fiel guardiã da STCP Fora da STCP, como mãe, como esposa, como filha, como irmã, o que é que a Aurora gosta de fazer? Gosto de ler, de passear e adoro viajar. Aliás, se eu pudesse andava o ano todo a viajar. Tenho a sorte de ter um marido que me faz imensa companhia para todas estas actividades de que eu tanto gosto. Faço ainda muitos programas com a minha filha: jantamos, fazemos compras e vamos ao cinema. Se pudesse dar um presente à STCP neste Natal, o que é lhe daria? Acabava com todas estas greves. Para terminar, se voltasse atrás no tempo teria feito outro percurso ou nem imagina a sua vida sem a STCP? Honestamente, não me imagino noutro sítio que não na STCP. Houve uma fase, há muitos anos, em que um grupo de pessoas tentou sair da empresa e eu cheguei mesmo a fazer entrevistas e a ser seleccionada, mas na hora de decidir fiquei cá. Neste momento, nem me passa pela cabeça estar longe da empresa. Sinto-me muito bem a trabalhar com esta família. B.I. Maria Aurora Madureira 52 anos Coordenadora administrativa Funcionária na STCP há 33 anos Casada Dois filhos

A STCP implementou recentemente um Sistema Integrado de Gestão da Qualidade, do Ambiente e da Segurança e Saúde no Trabalho (SIG-QAS), tendo obtido, a 26 de Dezembro de 2008, as respectivas certificações nas normas NP EN ISO 9001:2008, NP EN ISO 14001:2004 e OHSAS 18001:2007, transformando-se assim na primeira empresa de transporte público de passageiros a consegui-lo em Portugal. A certificação abrangeu toda a actividade da STCP, com excepção do Museu do Carro Eléctrico. Todo este processo começou quando, em Abril de 2007, a STCP iniciou o projecto de concepção e implementação do SIG-QAS, contratando a empresa ESTRATEGOR para a consultoria. O ambicioso objectivo proposto era a obtenção da certificação nas três normas em menos de 18 meses, o que foi conseguido. A certificação vem proporcionar a integração da STCP num grupo de empresas de vanguarda, distinguindo-a dos demais operadores de transporte, o que constitui a nível interno um factor adicional de motivação e orgulho para todos os trabalhadores. A empresa escolhida para efectuar a certificação foi a APCER, líder no mercado na última década e única entidade portuguesa representante na rede internacional de entidades certificadoras IQNet (The International Certification Network), o que permitiu o imediato reconhecimento internacional. Atingir, com sucesso, o objectivo da certificação da STCP nas três normas é, não um fim em si mesmo, mas sim um início de exigência crescente e contínua. Este é apenas o primeiro degrau de uma longa escada, que passa pela identificação de oportunidades de melhoria, aplicação de melhores práticas, aumento da credibilidade perante os stakeholders, criação dum factor motivador a nível interno e aumento da segurança e respeito ambiental. A Certificação só foi possível graças ao envolvimento de todos os trabalhadores e colaboradores da STCP. STCP é a primeira empresa de transportes públicos rodoviários a obter certificação em três normas Quatro simulacros envolvem a empresa Entre Novembro e Dezembro de 2008 realizaramse quatro simulacros envolvendo a STCP, no âmbito do Projecto de Certificação em Qualidade, Ambiente, Segurança e Saúde no Trabalho. No dia 13 de Novembro realizaram-se dois exercícios de preparação onde a STCP esteve integrada. No dia 16 de Novembro, na Rotunda Cidade São Salvador, realizou-se um Simulacro de Acidente Rodoviário com um autocarro da STCP. O último exercício aconteceu, em plena via pública, a 19 de Dezembro, tendo sido simulado o sequestro de um autocarro que efectuava o serviço público de transporte. 12 13 O PRESENTE E O FUTURO STCP ganha mais de dois milhões de passageiros em 2008 400,000 350,000 300,000 250,000 200,000 150,000 100,000 50,000 0 Em 2008 verificou-se finalmente uma inversão na tendência decrescente da procura dos passageiros transportados nas linhas regulares da empresa. Efectivamente a entrada de um novo modo de transporte na cidade do Porto em 2002, o Metro, e o crescente desenvolvimento do transporte privado nas últimas décadas, justificam a tendência decrescente da opção das populações que servimos através do autocarro. Não se pode, no entanto, deixar de referir que em termos globais, se verificaram ganhos da procura do transporte público, ou seja, se adicionarmos os clientes do Metro, CP e STCP, registaram-se ganhos efectivos para o transporte público em termos de número de passageiros. Assim, em 2008, a STCP registou um aumento de mais de 2 milhões de passageiros, um acréscimo de cerca de 2% na procura relativamente a 2007. Validações médias por dia útil -4,3% 1,5% -4,7% 5,2% 5,4% 4,4% 3,3% 4,1% 2,5% 1,9% 4,7% 1,2% Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 2007 2008 De salientar que o maior aumento se registou nos clientes de assinatura, admitindo-se que tenha existido uma transferência de clientes ocasionais para clientes de assinatura. Em Setembro foi lançado a assinatura 4_18@escolas.tp, título que em muito contribuiu para este aumento. A STCP também continua a apostar fortemente na intermodalidade, tendo esta aumentado, entre Janeiro e Dezembro de 2008, dos 22% para os 30%. O mês de Novembro de 2008 registou os dias de maior procura dos anos de 2007 e 2008, ultrapassando várias vezes a fasquia das 400.000 validações diárias (não considerando o Agente Único). Com esta nota positiva, a STCP sai de 2008 motivada para os desafios que se avizinham em 2009, esperando corresponder à confiança demonstrada pelos nossos clientes.

Segundo Antero Braga, a Livraria precisava de um profundo restauro, tendo sido contactado o arquitecto Vasco Morais Soares para o projecto. Ficaram determinadas duas coisas: por um lado, a separação física da parte da livraria relativamente ao resto do conjunto Lello e, por outro, a devolução de todo o edifício à traça original. Depois de 11 meses encerrada para as obras de requalificação, a Lello reabriu em Março de 1995. O objectivo foi dotar a Livraria de um espaço completamente diferente, não só em termos de oferta de stock mas também em relação à atitude para com aqueles que a visitam. Antero Braga qualifica a Livraria como sendo rentável, satisfazendo a função para que foi criada, que é iminentemente cultural. Cultura não pode ser sinónimo de pobreza; tem que ser um binómio de cultura e ao mesmo tempo rentabilidade, afirma o administrador. Fica o convite para uma viagem inesquecível pela história e pela literatura, na Livraria onde a resposta Não há nem sequer existe. Gotemburgo é a segunda maior cidade da Suécia, depois de Estocolmo. Conta com cerca de 480 mil habitantes e está situada no Condado de Vastra Gotaland. A cidade aposta claramente nos transportes públicos como a melhor solução de mobilidade. Fá-lo através da qualidade dos mesmos e de estratégias inovadoras de captação e fidelização de clientes. 15 CURIOSIDADES DO MUNDO DOS TRANSPORTES Pela sua beleza e carisma, neste espaço foram rodadas cenas de dois filmes, representadas duas peças de teatro e até já serviu de passerelle para desfiles de moda. Em 2008, o jornal inglês The Guardian consideroua a terceira mais bela livraria do mundo, sendo no entanto a primeira no ranking construída de raiz, uma vez que à sua frente só ficaram um antigo teatro e uma igreja. Mas, para contarmos a história da Livraria Lello temos que recuar séculos na história. Nasceu em 1881, não no local onde está actualmente Rua das Carmelitas mas sim na Rua do Almada. Os fundadores foram os irmãos António e José Lello, que depois de abrirem a Livraria e devido ao sucesso do negócio, compraram os fundos editoriais da Chadron, uma editora muito importante na época, que foi a primeira a publicar a obra de Eça de Queirós. Ao comprarem uma editora com aquela dimensão, os irmãos Lello viram-se obrigados a alargar as suas instalações. Escolheram uma antiga casa de panos da cidade do Porto, com o tecto ainda em lona, que foi totalmente arrasada. A Livraria Lello foi construída de raiz neste espaço, projecto do Eng. Xavier Esteves, considerado por muitos um visionário e que tinha já sido responsável pela edificação do Mercado do Bolhão. A Livraria foi inaugurada em 1906 mas com o passar dos anos, começou a ficar adormecida, perdendo clientes e destaque no panorama cultural. No início de 1994, de uma conversa entre três amigos, surgiu a ideia de fazer reviver a Lello. É assim que aparece o actual administrador, Antero Braga, um homem da cidade e que esteve desde sempre ligado aos livros. O sistema de transportes de Gotemburgo Livraria Lello 14 É DO NORTE! A Livraria Lello é um espaço onde se respira cultura aliada a séculos de história. Local ímpar da cidade do Porto, ponto de passagem obrigatório para os amantes da literatura e dos livros, a Lello é muito mais do que um posto de venda. Tendo sido a primeira livraria informatizada em Portugal, foi aqui também que surgiu o primeiro café literário do País. Além dos milhares de livros disponíveis para o público, a Livraria Lello oferece ainda um conjunto de actividades culturais ligadas à poesia, à música e à dança. O governo Sueco assumiu o compromisso de fazer com que, até 2010, todos os transportes públicos sejam acessíveis para utilizadores de mobilidade reduzida. A Vasttrafik está empenhada no cumprimento desse objectivo, tendo vindo a renovar a sua frota com novos modelos adaptados às necessidades destes clientes. Pisos rebaixados e lugares especiais para cadeiras de rodas, são algumas das medidas adoptadas. A todos os clientes com mais de 18 anos e que tenham algum tipo de insegurança ou dificuldade em relação ao uso de transportes públicos, é dada uma formação inteiramente grátis. Esta é feita de acordo com as necessidades de cada cliente, podendo constar de esclarecimentos sobre como viajar com uma cadeira de rodas, como consultar horários e outras informações, ou como proceder ao pagamento. A Vasttrafik, empresa transportadora, oferece vários tipos de bilhete, adaptados às necessidades de cada passageiro. Por exemplo, se for visitar Gotemburgo, a melhor solução é adquirir um bilhete especial, que lhe permite utilizar qualquer meio de transporte, a qualquer hora do dia, válido para toda a região Vastra Gotaland. Para os cidadãos com menos de 20 anos, a empresa criou um bilhete que oferece a máxima liberdade de deslocação durante a noite, fins-de-semana e feriados, durante 100 dias. Já os cidadãos com mais de 65 anos podem viajar gratuitamente, excepto nos períodos de maior utilização dos transportes públicos, ou seja, das 06:00 às 08:30 e das 15:00 às 18:00, durante os dias de semana. De referir ainda que os bilhetes podem ser comprados através de SMS, enviando um código referente ao destino escolhido. O cliente recebe depois uma mensagem da empresa, que deverá mostrar ao motorista do transporte em que se deslocar, dispensando assim os bilhetes físicos. Através do telemóvel pode ainda receber informações sobre o trânsito e horários dos transportes públicos. Os condutores dos transportes públicos da cidade são ainda alvo de avaliações regulares que passam pelo controlo do seu estilo de condução e maneira de lidar com os passageiros. O resultado da avaliação é revelado aos condutores, que têm assim a oportunidade de colocar questões e melhorar o seu desempenho. A oferta de melhores serviços de transportes está também ligada à pontualidade e à segurança. A Vasttrafic faz uma aposta forte em estudos que permitam melhorar estes factores. A qualidade dos serviços e a fidelização dos clientes são assim os pilares base de uma estratégia cuidadosamente elaborada, que torna os serviços de transportes públicos de Gotemburgo um modelo a seguir.