A OTIMIZAÇÃO LOGÍSTICA DE COMMODITIES AGRÍCOLAS: APLICAÇÃO DE UM MODELO DE EQUILÍBRIO ESPACIAL



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Transcrição:

A OTIMIZAÇÃO LOGÍSTICA DE COMMODITIES AGRÍCOLAS: APLICAÇÃO DE UM MODELO DE EQUILÍBRIO ESPACIAL Andréa Leda Ramos de Oliveira Ojima Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação Universidade Estadual de Campinas andrealeda@hotmail.com RESUMO A proposta deste trabalho é analisar a distribuição logística da soja brasileira aplicando-se um modelo de equilíbrio espacial de programação quadrática. O sistema de transporte da soja é um ponto importante na cadeia produtiva, pois a maior parte dos custos desta commodity é dado pelos custos de transporte. Nesse sentido, a otimização desse segmento é essencial para aumentar a competitividade da soja brasileira no mercado internacional. O complexo soja brasileiro tem aumentado a sua participação nas exportações dos produtos agrícolas nos últimos dez anos, mas os investimentos de outros países faz com que as exportações brasileiras não fiquem focadas apenas no crescimento da produção mas sim na eficiência de toda a cadeia produtiva. Desta maneira, com a aplicação de um modelo de equilíbrio espacial podemos projetar novos cenários, como por exemplo, alterando-se os custos de transporte e incluindo novas opções, conduzindo políticas para novos investimentos no setor de transportes. Palavras-chave: transporte de soja, modelos de equilíbrio espacial, transporte e logística. ABSTRACT The purpose of this paper is to analyze the logistic distribution of the Brazilian soybean applying a spatial equilibrium model developed of a quadratic programming. The soybean transportation system is an important point in the productive chain, the most part of the costs of this commodity is given by transportation costs. And, in this manner, optimize this sector is essencial to increase the competitiveness of the Brazilian soybean at the international market. Despite important production and exports gains we can t be only focused on it, we must make them to be more efficient. This way, we have reached a model that can project new frames by switching the trasportation costs and to conduce the policy makers to new investments in the sector. Key words: soybean transportation, spatial equilibrium model, transportation and logistics.. INTRODUÇÃO A soja chegou ao Brasil com os primeiros imigrantes japoneses em 908, mas foi introduzida oficialmente no Rio Grande do Sul em 94. Entretanto, a sua expansão se deu efetivamente a partir dos anos 70 com o interesse crescente da indústria de óleo e a demanda do mercado internacional. A criação de novos cultivares pelos melhoristas levou a soja para diversas regiões brasileiras dando estabilidade as áreas de fronteira agrícola do país. O complexo soja, isto é grão-farelo-óleo, constitui-se numa das mais importantes commodities nacionais, sendo responsável, nas últimas safras, pela captação de divisas no mercado internacional da ordem de US$5,0 a US$6,0 bilhões, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A soja movimenta grande montante de recursos e divisas, mas por ser um produto de baixo valor agregado, é necessário que haja uma otimização da produção, estocagem e transporte. Assim, técnicas de modelagem para a otimização dessa cadeia estão sendo utilizadas para tentar reduzir os custos do transporte, tornando-a mais atraente e lucrativa para os produtores e investidores (OJIMA, 2003). O aproveitamento do potencial de expansão da produção de grãos depende do estabelecimento de um sistema eficiente de transporte, nesse sentido Lício (995) ressalta a relevância da viabilização e

integração os corredores de transportes multimodais (rodovia, ferrovia, hidrovia) para aumentar a competitividade dos produtos, integrando as áreas de produção, centros consumidores e o mercado internacional. Segundo Fellin (993), os modelos de equilíbrio espacial, que utilizam ferramentas de programação quadrática, têm sido usados pela economia agrícola para simular o impacto de novas medidas sobre o setor além das mudanças nas políticas de transportes. O presente trabalho tem por objetivo a aplicação de um modelo de otimização de transporte de equilíbrio espacial, utilizando técnicas de programação quadrática para a movimentação da soja brasileira. A solução sugerida pelo modelo determina o fluxo de soja-grão das regiões de oferta para as regiões de demanda doméstica, portos e demanda internacional, associados com as principais mudanças com que novos projetos viários possam vir a ocasionar. 2. SISTEMA DE TRANSPORTE Um dos segmentos que mais interfere na eficiência dos diversos setores da economia de um país é o segmento de transporte. No caso brasileiro, em que a maior parte do transporte é feita por rodovias, essa fase da comercialização acaba onerando por demais o bem movimentado. Conforme Wright (980), o aproveitamento do potencial de expansão da produção de grãos depende do estabelecimento de um sistema eficiente de transporte. Tal sistema terá de comportar volumes maiores a custos menores, permitindo assim que o setor de grãos aumente a sua contribuição no abastecimento interno de alimentos e mantenha sua posição no mercado internacional. O cenário do setor pode ser caracterizado pela predominância da movimentação de produtos de baixo valor agregado percorrendo longas distâncias, deste modo, seria necessário favorecer arranjos logísticos que contemplassem o transporte hidroviário e ferroviário indicado para este tipo de perfil. Entretanto, o transporte rodoviário é predominante (OJIMA, 2004). A distribuição do transporte de carga pelos diferentes modais é decorrência da geografia de cada país e também dos incentivos governamentais no setor. A participação dos modais rodoviário, ferroviário e hidroviário no transporte de cargas brasileiro é substancialmente diferente daquela encontrada em outros países de dimensões continentais similares. Na figura mostramos a participação percentual dos modais e o volume total transportado em alguns países selecionados com relação ao volume transportado pelo Brasil em 999. 20 (%) 00 Volume Transportado (0 9 TKU) Rodoviário Ferroviário Hidroviário 4.577 3.52 683 55 207 80 60 40 20 0 Estados Unidos China Brasil Japão México Fonte: GEIPOT, 200. Figura. Participação dos modais e volume total de carga transportado (999) Em geral Países com pequena extensão territorial vocacionam o seu transporte no modal rodoviário, enquanto que países com grandes extensões, com exceção do Brasil, priorizam o transporte para os modais ferroviário e hidroviário, dado que estes modais possuem uma maior eficiência e competitividade no transporte de longas distâncias. A infra-estrutura de transporte disponível no Brasil é significativamente menor do que aquela existente em diversos países em desenvolvimento e de grandes extensões territoriais. Na figura 2 apresentamos a densidade de transporte por modal, este índice é calculado a partir do número de 880

quilômetros de infra-estrutura disponível por cada km 2 de área do país. Na figura 2, a densidade é calculada para cada 000 km 2 de área do país. 57,3 Rodovia Ferrovia Hidrovia,5 48,3 0,5 0,3 8,4 38,4 4,5 26,4 45,3 39,6 6, 5,6 3,4 7,8 7,3 México Canadá China Brasil Fonte: CNT (Confederação Nacional do Transporte) Figura 2. Densidade de infra-estrutura de transporte (km/000 km 2 ) Segundo GEIPOT (200), no período compreendido entre 994 e 2000 a modalidade de transporte rodoviário tem absorvido mais da metade dos transportes de cargas no Brasil, sendo em 2000 responsável por 60,49% contra 20,86% do transporte ferroviário e 3,86% do transporte hidroviário. Conforme Caixeta Filho (996:04), essa predominância do modo rodoviário pode ser explicada pelas dificuldades que outras categorias de transporte enfrentam para atender eficientemente aos aumentos de demanda em áreas mais afastadas do país, as quais não são servidas por ferrovias ou hidrovias. Conforme Lieb (978), as diferentes características entre os modais, como custos e outros aspectos qualitativos, pode ser economicamente desejável que entre a origem e o destino de um determinado produto sejam utilizados mais que uma modalidade de transporte, utilizando as vantagens inerentes a cada uma delas, o que resulta num serviço de menor custo e/ou de melhor qualidade. A complementação entre as modalidades de transporte envolvidas num sistema intermodal implicará atividades de transbordo, isto é, recursos humanos e equipamentos para transferir as mercadorias de um meio de transporte para outro. Assim a intermodalidade, além de nortear os investimentos no setor dos transportes, contribui para redução dos custos, uma vez que os custos com transporte ferroviário e hidroviário são menores que os custos rodoviários, ocorrendo uma tendência de se substituir o transporte rodoviário de longa distância por transportes alternativos. Enquanto isso, o transporte da soja esbarra na estrutura apresentada pelas estradas do País, gerando perdas do produto e também, devido ao desgaste sofrido pelo caminhão, um aumento do preço do frete. Segundo Puzzi (986), no Brasil um dos componentes que mais pesam no custo final dos grãos é o frete, devido à falta de hidrovias, à insuficiência de ferrovias e à precariedade de estradas pavimentadas. Enfim, por estes motivos é interessante o uso de ferramentas analíticas para a otimização logística do transporte, em especial das commodities agrícolas, reduzindo os custos que devem implicar no aumento da competitividade no mercado nacional e internacional, assim como também a sua participação nas exportações mundiais. 3. MODELO DE EQUÍLIBRIO ESPACIAL O uso da programação não-linear é comum em modelos econômicos que envolvem preços endógenos. Em modelos lineares, assume-se que os preços ou quantidades de entrada e saída são fixos e exógenos. Quando esta suposição não pode ser adotada, são usados modelos de preço endógeno. Tais modelos, em geral, envolvem ainda problemas de equilíbrio espacial sendo estes uma extensão 88

dos problemas de transporte onde é relaxada a suposição de oferta e demanda fixas. Produção e/ou consumo usualmente ocorrem em regiões separadas espacialmente e cada uma delas possui uma relação de oferta e demanda. Se os preços entre as regiões forem dados em maior grau pelos custos de transporte inter-regionais, a comercialização ocorrerá e será direcionada por tais custos. Modelando esta situação, coloca-se pelos menos algumas questões a serem respondidas, entre elas, quem irá produzir e consumir, em que quantidades e em que níveis a comercialização se dará (McCARL e SPREEN, 200). As condições de equilíbrio espacial para commodities com custos de transporte ligados às regiões de exportação e importação podem ser vistas na Figura 3, onde P corresponde ao preço e Q a quantidade. A quantidade da commodity negociada é igual ao excesso de oferta (ef) na região de exportação, enquanto a quantidade importada é igual ao excesso de demanda (gh) no preço de equilíbrio, assumindo que o custo de transporte é igual a zero entre as duas regiões. Com a existência de tarifas e custos de transporte medidos pela distância vertical entre as curvas de importação demandada e a exportação ofertada (ab), a diferença do preço entre as regiões de importação e exportação é igual às tarifas e custos de transporte. Estes custos e tarifas são compartilhados pelas regiões de exportação e importação, de acordo com as respectivas elasticidades de cada região. Fonte: Fellin, 993:38. Figura 3. Equilíbrio internacional de comercialização entre duas regiões Na Figura 3 as tarifas e custos de transporte (ab) aumentam o preço na região importadora de P para P, assim o aumento do preço pago pela região importadora resulta em um decréscimo na quantidade comercializada de Q para Q. A proporção do diferencial do preço pago pelos produtores das regiões exportadoras (P2) e a incorporação para os consumidores na importação (P) podem ser calculados com a função das elasticidades de oferta e demanda. A estrutura teórica deste modelo pode ser expandida, incluindo regiões multi-exportadoras e importadoras, transporte multimodal e multi-commodity. Os problemas de equilíbrio espacial são expressos matematicamente, através da maximização das áreas sob as curvas de demanda menos as áreas sob as curvas de oferta e menos os custos de transporte. Nos modelos de equilíbrio espacial expandidos para problemas de transporte, ao invés de se fixar níveis de demanda e de oferta, essas funções são dependentes do preço. Considerando um único produto com funções bem comportada de oferta e demanda para cada região. Por exemplo, i regiões de comércio substituem duas regiões descritas na Figura 3, fazendo com que a demanda na região i seja dada por: p i = d i (y i ) () onde 882

p i = preço de demanda na região i d i = função de demanda y i = quantidade demandada com preço p i na região i A função de oferta para região é definida por: p i = s i (z i ) (2) onde p i = preço de oferta na região i s i = função de oferta z i =quantidade ofertada com preço p i na região i Supondo que : a função de demanda em cada região é contínua, diferenciável e monotonicamente decrescente para as quantidades consumidas y i, sendo : (d i (y i ))/ y i < 0 (a) e a função de oferta em cada região é contínua, diferenciável e monotonicamente crescente para as quantidades ofertadas s i, sendo : (s i (z i ))/ z i 0 (2a) A função lucro é definida como a área abaixo da curva da demanda menos integral abaixo da curva de oferta e pode ser expressa matematicamente por: W i (z i, y i )= yi d i (η i )d η i - zi s i ( i ) d i (3) O total ou função lucro é: W = i W i (z i, y i ) (4) Se x ij representa o total de movimentações aceitáveis de i para j com um custo de transporte t ij, então a expressão para lucro poder ser descrita como: NW = W - i j t ij x ij (5) Para que o chamado equilíbrio espacial seja observado, requer-se que os fluxos direcionados à região j sejam maiores ou iguais à demanda da região j, então: y j < i x ij, para todo j (6) e que os fluxos originados na região i não sejam maiores que as quantidades ofertadas pela região i, então: z i j x ij, para todo i (7) O modelo matemático que determina o nível de produção e consumo em cada região, o preço de comercialização em cada região e a quantidade comercializada entre as regiões pode então ser representada por: Max NW = i W i (z i, y i) - i j t ij x ij (8) sujeito a y j < i x ij para todo j z i j x ij para todo i y j, z i, x ij 0 Quando as funções de oferta (s i ) e demanda (d i ) são lineares, i.e., p i = a i b i y i (9) p i = c i + d i z i (0) O problema será igual: 2 Max Σ i (a i y i ½ b i y i c i z i ½ d i z 2 i ) - Σ i Σ j t ij x ij () y j < Σ i x ij para todo j, zi Σ j x ij para todo i, e y j, z i, x ij 0. O termo quadrático incluído na função objetivo () é a razão do grau de não-linearidade do modelo proposto. 883

O processamento das informações para o modelo de equilíbrio espacial desenvolvido para a movimentação de soja no Brasil foi feito utilizando-se o software General Algebraic Modeling System - GAMS (Brooke et al., 992) e a programação matemática adotada foi a não-linear (função objetivo não-linear e restrições lineares) O modelo de equilíbrio espacial inclui dimensões espaciais e temporais que permitem a movimentação da soja das regiões produtoras para regiões de consumo, podendo incluir, além da movimentação doméstica, a movimentação internacional (importação e exportação) para os diferentes semestres do ano. O objetivo do modelo de equilíbrio é maximizar a função lucro total definida por Samuelson (952) usando a estrutura básica proposta por Takayma e Judge (97). A principal diferença entre os modelos desenvolvidos e o aqui proposto diz respeito ao mercado, que envolve o mercado interno e externo nos diferentes semestres do ano, partindo-se do princípio do excesso de oferta e demanda. Ainda consideramos o transporte multimodal e os pontos intermediários de carregamento. A solução sugerida pelo modelo determina o fluxo de soja-grão das regiões de oferta para as regiões de demanda doméstica, portos e demanda internacional. O nível de preço de transporte, de transferência de modais de transporte e as regiões de destino são compostas pela substituição na função de demanda. No modelo de equilíbrio espacial da soja brasileira, inicialmente foram identificadas as regiões potenciais de oferta e demanda de soja. A escolha partiu de um Estudo de Mercado da Commoditie Soja, considerando características inerentes a este mercado e a infra-estrutura disponível. Neste estudo foi analisado o comportamento dos últimos anos de algumas variáveis, entre elas: produção, rendimento médio, área cultivada, exportações, capacidade instalada de processamento (planta industrial) e infra-estrutura de transporte. Os dados que alimentaram o modelo: produção, consumo, preços de comercialização do mercado nacional e internacional, fretes dos diferentes modais, tiveram como base o ano de 2002. Os dados de produção tiveram como fonte o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), já o consumo teve como base a Associação Brasileira de Industrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) e as cotações da soja para os diferentes Estados teve como base os dados da consultoria SAFRAS & Mercado e o mercado internacional USDA. Já os dados de elasticidades-preço de oferta e demanda foram baseadas nos estudos desenvolvidos por Fuller et. al. (2003) e Gardiner e Roningen (989). Para os estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná foram identificadas diferentes microrregiões com comportamentos diferentes, tanto com relação a produção como ao processamento Para a caracterização das regiões de excesso de oferta e demanda partiu-se da seguinte premissa: se a produção de soja for maior que a quantidade processada pelo estado, essa região fica caracterizada como uma região de excesso de oferta, caso contrário se a quantidade processada for maior que a produção do estado, essa região fica caracterizada como uma região de excesso de demanda. Quanto às peculiaridades do transporte da soja em grãos e farelo de soja, cabe destacar os principais pontos que caracterizam a movimentação e o escoamento desta commodity, destacados por Soares (et al, 997). Há uma intensa utilização dos serviços de transporte no escoamento da safra de soja, provocando grande desestabilização no mercado de frete. Isso é observado devido à oferta de veículos não ser suficiente para cobrir a demanda existente para movimentação da soja e outros produtos agrícolas, proporcionando aumento significativo dos fretes. Devido à existência de uma boa capacidade de armazenamento da soja, em algumas regiões, em cooperativas e empresas privadas, há um pico no mercado de fretes em trechos que têm como origem a unidade agrícola (SOARES et al, 997:26). Os custos de transporte dos modais rodoviário e ferroviário no modelo de equilíbrio espacial foram estimados através de modelos lineares considerando as distâncias entre os pontos de carregamento e os de recepção (origem/destino). O comportamento do custo dos modais (variável de resposta) foi qualificado através da regressão de um banco de dados de fretes praticados em 2002 (Sistema de Informações de Fretes - SIFRECA) em todo o território brasileiro de acordo com a distância e os diferentes meses do ano, onde foi observado um comportamento linear. Já para o modal hidroviário o número de observações disponível não foi suficiente para gerar um modelo com estatísticas 884

significativas, entretanto apresentou um comportamento regular durante o ano com preços constantes para as distâncias envolvidas. Deste modo para o modal rodoviário partiu-se da hipótese de existir um comportamento diferenciado para fretes com distâncias de até 500 quilômetros ( β e β ) e com uma sazonalidade de 2 preços para o primeiro e segundo semestre do ano ( β 3 e β ). Assim para o modal rodoviário temos: 4 Y = Xβ + ε (2) y = β + β 0 ( km) δ + β ( km)( δ ) se distância 500 δ = 0 se distância < 500 2 + β δ + β δ + ε 3 4 2 0 0 se semestre = δ 2 = 0 se semestre = 2 Para o modelo linear de custo foi utilizado o programa estatístico Minitab 3.0. A figura 4 ilustra o comportamento dos custos rodoviários. Frete (US$/ton) 70 60 50 40 30 Observado 2o.Sem Estimado 2o. Sem 20 0 0 Estimado o. Sem Observado o. Sem 0 500 000 500 2000 2500 3000 3500 Distância (km) Figura 4. Dispersão dos custos rodoviários por quilômetro Para o modal rodoviário obtivemos:,632 0,074 β = 0,022,486,479 Para o transporte ferroviário, as equações foram desenvolvidas da mesma maneira que para o modal rodoviário não incluindo a variável semestre, visto que a esta variável explicativa não obteve significância estatística quando inserida no modelo e foi observado um comportamento linear dos preços ferroviários durante o ano. A distância referência encontrada foi de 850 km. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO O modelo de equilíbrio espacial obtido para a movimentação da soja brasileira deve passar por um processo de verificação e validação (testes estatísticos de correlação) dos dados para determinação da sua confiabilidade e utilidade, podendo assim gerar cenários futuros (OJIMA, 2004). O primeiro passo desenvolvido foi a verificação dos dados resultantes, analisando-se os fluxos gerados entre a oferta e a demanda de soja nas respectivas regiões e nos dois semestres envolvidos, 885

com ênfase nas quantidades comercializadas e nos preços de equilíbrio para cada região. Assim a tabela mostra os volumes resultantes e os preços de equilíbrio para a comercialização. Tabela. Volumes de comercialização de soja Oferta Volume (mil ton) Preço (US$/ton) Demanda Volume (mil ton) BA 58,4 59,0 MS-CN 24,7 RO 363,3 57,4 MT-CS 253,6 MA 573,8 69,8 MT-SD 292,8 PR-CO.54,8 73,0 PR-NC 347,4 MS-SO.667,7 6,8 AM 523,2 PR-SO.682,4 72,4 SP.358, PR-O.94,8 72,4 PR-SD.473,8 MG 2.720,4 72,0 Sub-Total 4.490,6 MT-NO 3.637, 50,5 JAPÃO 2.793,3 GO 3.662,4 62,7 CHINA 8.94,3 RS 3.95,6 73,8 EUROPA 0.529,9 MT-N 4.854,4 50,0 Sub-Total 22.237,5 Total 26.728, - Total 26.728, PR-SO: Sudoeste PR-O: Oeste PR-CO: Centro-oeste PR-SD: Sudeste PR-NC: Centro-norte MT-N: Norte MT-NO: Noroeste MT-SD: Sudeste MT-CS: Centro-sul MS-SO: Sudoeste MS-CN: Centro O principal estado produtor neste cenário foi o Mato Grosso, sendo responsável por aproximadamente 32% da comercialização, seguido pelos estados do Paraná (9%), Rio Grande do Sul (5%) e Goiás (4%). A região Centro-oeste foi responsável por cerca de 52% da comercialização e a região Sul por 34%. Já para a demanda doméstica, o estado do Paraná foi o maior demandante captando cerca de 4% do mercado interno, seguido pelos estados de São Paulo (30%) e Mato Grosso (2%), enquanto que a Europa foi responsável por aproximadamente 47% do mercado internacional, seguido pela China com 40%. Este cenário ilustra com muita proximidade o que vem ocorrendo no mercado nacional e internacional da commodity soja dos últimos anos. Como descrito no item 3, a escolha dos municípios e países que compuseram o modelo partiu de um Estudo de Mercado, considerando diferentes aspectos economicos e de infra-estrutura de transporte. Assim tivemos: 2 regiões de oferta, 7 regiões de demanda domética e 3 regiões de demanda internacional. O transporte das regiões de oferta para as regiões de demanda pode se dar por diferentes rotas de transporte previamente determinadas. Para cada origem tivemos mais de uma opção de rota que utiliza diferentes composições de modais de transporte (rodoviário, ferroviário e hidroviário) realmente existentes (possível e disponível). O modelo determina qual a rota será utilizada de acordo com o custo gerado. Na tabela 2 indicamos os volumes e os fluxos obtidos no modelo de equilíbrio espacial brasileiro. 886

Tabela 2. Fluxos de movimentação de soja ORIGEM DESTINO DESTINO 2 Oferta Demanda Transbordo Porto Demanda Internacional RO P. Velho (h) Itacoatiara (h) China e Japão (m) AM (r) MT-NO BA Araguari (f) Vitória (f) China (m) MA Estreito (f) Itaqui (f) MS-CN (r) SP (r) MS-SO PR-NC (r) Londrina (f) Paranaguá (f) China (m) PR-O Paranaguá (f) China (m) PR-NC (f) PR-CO PR-SO MT-N GO MG RS PR-SD (f) MT-SD (r) MT-CS (r) MT-SD (r) SP (r) SP (r) Paranaguá (f) Paranaguá (f) China (m) China (m) A. Araguaia (f) Santos (f) Europa (m) Goiânia (f) Santos (f) Europa (m) Santos (f) Europa (m) Rio Grande (f) Europa, China e Japão (m) Em geral, os fluxos de demanda doméstica, com destino ao abastecimento interno, que percorrem distâncias mais curtas foram transportadas apenas por rodovia. Já os fluxos com destino aos portos de exportação foram transportadas pela combinação dos modais, dado que o modal rodoviário é quem alimenta toda a cadeia, levando a carga dos armazéns e centros produtores até os terminais de carregamento ferroviário e hidroviário. Um novo cenário (B) foi proposto alternado-se os custos de transporte dos modais ferroviário e hidroviário considerando investimentos nestes setores, promovendo uma redução de 20%, já os rodoviários foram mantido dado que este modal também tem a função de interligar os pontos de produção até os terminais ferroviários e hidroviários (pontos de transbordo). Os fluxos mantiveram-se os mesmos e com uma alteração nos preços de oferta em 6,9% e os níveis de volume em,% nos fluxos com destino a exportação que utilizam a intermodalidade, gerando um ganho de receita bruta de 2,3%. Deste modo podemos perceber a importância da logística da movimentação da soja e a relevância do segmento dos transportes na cadeia produtiva da soja, que otimizados refletem ganhos diretos tanto aos produtores como aos consumidores. O desenvolvimento do modelo de equilíbrio espacial e os resultados obtidos para a logística de movimentação da soja brasileira foram satisfatórios. Dessa forma pudemos chegar a resultados que permitem inferir cenários futuros para análise da competitividade da soja brasileira, através das melhorias dos sistemas de transportes associados a novos projetos viários. As técnicas estatísticas de correlação empregadas para a validação do modelo foram significativas para as variáveis analisadas (oferta doméstica, demanda doméstica, demanda internacional e variável preço de oferta doméstica). As políticas para o setor de transportes devem ser direcionadas para incentivar a intermodalidade, visto que os modais viários são interdependentes e cada um deles apresenta uma determinada vocação, tendo vantagens e desvantagens com relação às distâncias percorridas, o volume transportado e o transit time (tempo percorrido entre origem e destino). 887

Como visto anteriormente, a matriz e a densidade de infra-estrutura de transporte brasileira não é equivalente a situação dos países de mesma extensão territorial, assim redistribuir de maneira eficiente o transporte de carga no Brasil pode potencializar a sua inserção no mercado internacional. Assim, existe a possibilidade de utilização do modelo para testar diferentes hipóteses, considerando as melhorias nos sistemas de transporte que podem acarretar em uma redução dos custos com frete envolvidos. Ou seja, podemos incluir em um cenário hipotético uma nova rota de escoamento da produção com a viabilização de um trecho hidroviário ou ferroviário para verificar o seu impacto no contexto geral (OJIMA, 2004). Por exemplo, hoje temos dois exemplos importantes nesta direção. O primeiro é a implantação da hidrovia Tocantins-Araguaia, planejada para o transporte da região Centro-Oeste para o Porto de Belém (PA) ou ligando a região até o terminal hidroviário Porto Franco (MA) e seguindo por ferrovia até o Porto de Itaqui (MA). O segundo seria o prolongamento da Ferronorte, ferrovia que interliga o estado do Mato Grosso ao Porto de Santos, até o município de Rondonópolis (MT). Ambos são bons exemplos dos esforços que o governo federal tem feito para o setor de transportes brasileiro. Tais investimentos estão em fase embrionária, mas apontam para uma política preocupada em fomentar uma condição mais favorável. Uma plena adequação do sistema não depende apenas de uma malha viária disponível e em condições de uso, mas também da estrutura complementar, como armazéns e terminais ferroviário, hidroviário e marítimo. No presente trabalho a hipótese testada foi um cenário hipotético (cenário B), no qual os custos ferroviários e hidroviários tiveram uma redução de 5% em razão das melhorias que possam ocorrer nesses setores. O modelo gerado é um protótipo e muitas aferições podem vir a ser realizadas. A estrutura teórica deste modelo pode ser expandida, incluindo regiões multi-exportadoras e importadoras e multi-commodity. A introdução de novos dados ao modelo, incluindo regiões de excesso de oferta e demanda, portos, demanda internacional e novos fluxos de transporte poderão gerar resultados que mais se aproxime dos valores ótimos que possam garantir uma maior inserção do Brasil no mercado internacional da commodity soja. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Brooke, A.; D. Kendrick e A. Meerraus (995) GAMS: a user s guide, release 2.25, The Scientific Press, 289p. Caixeta Filho, J.V. (996) Transporte e logística no sistema agroindustrial. Preços Agrícolas: mercados agropecuários e agribusiness, v.0, n.9, set 996, p.2-7. CNT (2003) Confederação Nacional do Transporte. Disponível em <http://www.cnt.org.br>. Acesso: Fevereiro, 2003. Fellin, L. R. (993) International corn and soybean transportation system: quadratic programming models. 34p. Tese (Doutorado em Economia Agrícola). Texas A&M University, College Station. Fuller, S.; T. Yu; L. Fellin; A. Lalor e R. Krajewski (2003) Transportation Developments in South America and Their Effect on International Agricultural Competitiveness. Transportation Research Board - Journal of the Transportation Research Board, p. 62-68. Gardiner, W.H. e K. L. Roningen (989) Elasticities in the Trade Liberalization Database. Washington DC: U.S. Departament of Agriculture, Econ. Res. Serv. Staff Report n.89. GEIPOT (200) Anuário Estatístico dos Transportes 200. Empresa Brasileira de Planejamento de Transportes, Ministério dos Transportes, Brasília, DF. Lício, A. (995) Os eixos estruturadores e dos corredores de transportes. Revista de Política Agrícola, Brasília, v.9, n.4, p.3-4. Lieb, R. C. (978) Transportation: the domestic system. Reston: Reston Publishing Co., 436p. McCarl, B.A. e Spreen, T.H. (200) Applied Mathematical Programming Using Algebraic Systems. Texas A&M University. College Stations, Texas. Ojima, A. L. R. O. e A. Yamakami (2003) Analysis of the logistical movement and competitiveness of soybean in the brazilian center-north region: an application of a spatial equilibrium model with quadratic programming. Anais do IV International Conference on Agri-food Chain/Networks 888

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