UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ BRUNA FRUTUOSO



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Transcrição:

1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ BRUNA FRUTUOSO Trabalho de Conclusão de Estágio DIAGNÓSTICO DOS PROCESSOS E LAYOUT OPERACIONAL DA EMPRESA VCE TRANSPORTES E DISTRUIÇÃO (RTE RODONAVES - UNIDADE 226) SOBRE O TEMPO DO FLUXO DE RECEBIMENTO E MOVIMENTAÇÃO DE CARGA. ITAJAÍ 2013

2 BRUNA FRUTUOSO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO DIAGNÓSTICO DOS PROCESSOS E LAYOUT OPERACIONAL DA EMPRESA VCE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO (RTE RODONAVES - UNIDADE 226) SOBRE O TEMPO DO FLUXO DE RECEBIMENTO E MOVIMENTAÇÃO DE CARGA. Trabalho de Estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas Gestão da Universidade do Vale do Itajaí. Orientador: Guido Renato Miranda ITAJAÍ 2013

3 Agradecimentos. Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da vida. Agradeço aos meus pais, José Luiz e Virlene, por cada incentivo e orientação, pelas orações em meu favor, pela preocupação para que eu estivesse sempre caminhando pelo caminho correto. Aos meus irmãos, Luiz Henrique e Luiz Carlos, mesmo que de forma indireta, pelo incentivo, companhia e carinho. À minha cunhada Rafaella, na nossa convivência diária, sempre ao meu lado, lutando junto comigo para tudo o que fosse preciso. Família: vocês são essenciais para a minha vida. Agradeço ao meu orientador, Guido, por toda compreensão e paciência que me dedicou. Por sempre ter sido atencioso dedicando seu tempo para me orientar neste trabalho, sempre me apoiando nas minhas decisões, além disso, tanto tem me inspirado para que eu me torne um profissional cada vez melhor. Agradeço também a todos os professores e, em especial ao Eduardo, Régis, Rosa e Mércio. Seus ensinamentos têm ultrapassado os limites do profissional: conduta, caráter e exemplo. Não tenho palavras para descrever a minha eterna gratidão. Aos meus colegas de curso; e em especial as minhas amigas Alessandra, Yandra, Caroline e Suirlene. Obrigada por todo o carinho, paciência e pelos momentos em que tantos aprendemos juntos. Vocês são um presente de Deus! Obrigada a todos que mesmo não estando citados aqui, tanto contribuíram para a conclusão desta etapa e para a Bruna Frutuoso que sou hoje.

Ser competente é acertar o um alvo que ninguém acertou, ser administrador é acertar um alvo que ninguém viu. (Erlandson F. A. Andrade) 4

5 EQUIPE TÉCNICA a) Nome da estagiária Bruna Frutuoso b) Área de estágio Administração de materiais c) Orientador de conteúdo Prof. Guido Renato Miranda d) Supervisor de campo Cristian Carlos Vicari e) Responsável pelo Estágio Prof. MSc. Eduardo Krieger da Silva

6 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO a) Razão Social VCE Transportes e Distribuição LTDA - ME b) Endereço Rodovia Jorge Lacerda, 961, Espinheiros, Itajaí, SC. c) Setor de Desenvolvimento do Estágio Operações d) Duração do estágio 240 horas e) Nome e cargo do supervisor de campo Cristian Carlos Vicari f) Carimbo e visto da organização

7 RESUMO O atual mercado exige da gestão de materiais a otimização dos processos, a redução dos custos e a maximização dos resultados, devido a sua grande relevância no processo produtivo das organizações. Assim também, a logística empresarial estuda como a administração de materiais pode prover melhor o nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos seus clientes e consumidores, por meio de planejamento, organização e controle efetivo para as atividades de movimentação e armazenagem, visando o fluxo eficiente dos produtos dentro das instalações de serviços. Este trabalho teve como objetivo analisar a armazenagem dos recebidos pela empresa, destacando a sua organização e estrutura operacional deste processo e os principais impactos dessa gestão. O trabalho é de natureza qualiquantitativa e consiste em um estudo de caso exploratório. Procurou-se em campo levantar dados capazes de subsidiar uma resposta para a seguinte problemática da pesquisa: como é organizada e quais são os impactos dessa gestão da armazenagem em uma empresa do setor de transportes? Foram realizadas entrevistas com o setor operacional da empresa e com seus gestores, estudo da força da mão de obra operacional da empresa e análise do seu novo layout do armazém em uma nova localização. Por meio da pesquisa observou-se que a empresa estudada, apesar de ser concessão de umas maiores empresas de transporte do Brasil RTE Rodonaves necessita de algumas melhorias como promover informatização dos seus processos, a reestruturação do layout e a melhor separação dos pedidos. A partir da otimização desses processos, a empresa em questão poderá obter um controle maior e evitar erros e retrabalhos, conseguindo assim a aperfeiçoar sua gestão de armazenagem e, consequentemente, elevar lucros obter possibilidades de expansão. Palavras-chave: Administração de materiais. Logística. Processos. Layout. Armazenagem.

8 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 10 1.1 Objetivo geral... 11 1.2 Objetivos específicos... 11 1.3 Justificativa da realização do estudo... 12 1.4 Aspectos metodológicos... 13 1.5 Técnicas de coleta e análise dos dados... 15 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA... 16 2.1 Administração de materiais... 16 2.2 Logística... 16 2.2.1 Transporte... 18 2.3 Armazenagem... 20 2.3.1 Recebimento... 23 2.3.1.1 Docas... 24 2.3.2 Expedição... 25 2.3.3 Estoques... 26 2.3.3.1 Métodos de organização do trabalho... 27 2.3.4 Manuseio de materiais... 28 2.3.5 Equipamentos de armazenamento e movimentação... 30 2.3.6 Cross-Docking... 31 2.4 Layout... 32 2.4.1 Capacidade da instalação... 34 2.5 Localização... 36 2.5.1 Tipos de armazéns... 37 2.6 Medição do trabalho... 39 2.7 Projeção... 39 3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO... 41 3.1 Histórico... 41 3.1.1 RTE Rodonaves... 41 3.1.2 VCE Transportes e Distribuição... 42 3.2 Ramo de atividade... 42 3.3 Visão... 43 3.4 Missão... 43 3.5 Produtos... 43 3.6 Mercados... 43 3.6.1 RTE Rodonaves... 43 3.6.2 VCE Transporte... 44 4 RESULTADOS DA PESQUISA... 45 4.1 Descrição do atual processo de armazenamento das cargas recebidas... 45 4.2 Identificação das deficiências na armazenagem e distribuição... 49 4.3 Cálculo da mão de obra e equipamentos necessários de acordo com o atual processo de recebimento e separação de pedidos... 55 4.4 Análise do novo layout... 60 5 SUGESTÕES PARA A ORGANIZAÇÃO... 82 5.1 Sugestões para movimentação de materiais e separação dos lotes recebidos...... 82 5.2 Sugestões para o layout operacional... 86

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 91 REFERÊNCIAS... 93 ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS... 96 9

10 1 INTRODUÇÃO O setor de transportes rodoviário é o principal sistema de transportes do Brasil e, dentro do âmbito de transportes de mercadorias é atualmente um dos mais importantes setores da economia brasileira. Segundo dados do Artigonal (2001), este sistema conta com uma rede de 1.355.000 quilômetros de rodovias por onde passam 56% de todas as cargas movimentadas no país. E com a atividade de prestação de serviços é o setor que mais cresce na economia nacional. Para um operador logístico moderno, qualquer melhoria de qualidade ou no tempo de entrega, como na sua roteirização de sua distribuição de uma determinada mercadoria no ponto de venda, ou para seu cliente final tem por objetivo a competitividade, visando à satisfação do cliente e, sem duvida maximizar o lucro sobre o seu capital investido. O poder do consumidor sobre as empresas nunca foi tão intenso como os tempos atuais. A compra não é mais decidida pela tradição, fidelidade ou comodidade do cliente e sim por um conjunto de atributos que incluem, dentre outras coisas, qualidade, preço, agilidade na entrega, acessibilidade e acima de tudo confiabilidade. A satisfação e o atendimento as exigências dos clientes são considerados como uma das grandes premissas para aumentar a competitividade no ambiente de negócios. Entretanto as empresas necessitam cada vez mais de planos de armazenagem e distribuição rápidas e eficazes, pois o prazo de entrega é um fator essencial na decisão de compra do consumidor. O presente trabalho foi realizado na empresa VCE Transportes e Distribuição Ltda., localizada município de Itajaí em Santa Catarina, voltada para a prestação de serviços de entregas e coletas na região. A empresa opera como uma franquia da RTE Rodonaves, que consiste em representar a essa empresa em determinada região. O franqueado é responsável por montar toda a estrutura no padrão da empresa (RTE Rodonaves), e realizar entregas, coletas, cobranças e comercial. A representante também é responsável pelo faturamento e pela transferência de cargas, interligando as unidades de negócio da franqueadora.

11 No segmento de transportes a empresa RTE Rodonaves é considerada uma das maiores empresas de transporte rodoviário de cargas secas e fracionadas do Brasil, baseada em uma administração moderna e eficiente, sendo referência a todas as suas unidades de negócio, tornou-se uma empresa com qualidade diferenciada no transporte terrestre. Em face desse contexto, procurou-se em campo diagnosticar o atual caso da unidade com levantamentos de dados que pudessem responder a seguinte problemática de pesquisa: Como é organizada e quais são os impactos da gestão da armazenagem em uma empresa do setor de transportes? 1.1 Objetivo geral Segundo Roesch (2007, p.96) o objetivo geral define o propósito do trabalho. Este trabalho tem como objetivo analisar a armazenagem dos produtos recebidos pela empresa, destacando a organização e estrutura operacional deste processo e os principais impactos dessa gestão para a organização. 1.2 Objetivos específicos Para Roesch (2007, p. 97) os objetivos específicos operacionalizam especificam o modo como se pretende atingir um objetivo geral. A acadêmica apresenta a seguir os objetivos específicos, que são: 1. Descrever o atual processo de armazenamento das cargas recebidas; 2. Identificar deficiências no processo geral de armazenagem;

12 3. Calcular mão de obra e equipamentos necessários de acordo com o atual processo de recebimento e separação de pedidos; 4. Analisar o novo layout de localização do armazém. 1.3 Justificativa da realização do estudo O presente trabalho acrescentou primeiramente para a Universidade do vale do Itajaí (UNIVALI) estudos sobre uma empresa no ramo de atividade de logística, um dos segmentos de mercado que está crescendo fortemente e com grande número de contratação de pessoas em nossa região. Os acadêmicos que assim consultarem o trabalho poderão ter um material de apoio relacionado à gestão logística empresarial, como também da importância da terceirização nesse segmento, como está enquadrada a empresa. Para a VCE transportes o trabalho consiste na sua originalidade, por estar sendo apresentado o primeiro diagnóstico da área operacional da empresa desde sua fundação que teve como propósito investigar essa área de armazenagem dos produtos recebidos. De toda a carga recebida considera-se que 99% dos produtos são entregues em um prazo de 24h, limitam-se aqueles que chegam com pendências ou que exigem agendamento antecipado; e devido a isso pelo horário de funcionamento da empresa, têm-se pouco tempo para a conferência dos produtos para distribuí-los em rotas. Acredita-se que esse pouco tempo de conferência ocasiona a maioria das falhas na sua gestão operacional. Muitos produtos que chegam ao armazém ocorrem o erro de serem despachos sem serem conferidos conforme a documentação do transporte, quantidades e identificação de documento fiscal, e/ou avarias. Como o comprometimento da empresa RTE Rodonaves é a eficácia e agilidade nas entregas em toda a sua cadeia operacional, a unidade de Itajaí sente a necessidade de se reestruturar para atender todas as suas obrigações para a contribuição do crescimento e maximização dos lucros.

13 Para a acadêmica o trabalho proporcionou no seu desenvolvimento educacional e profissional, através da aplicação de técnicas já abordadas de forma teórica na academia, que foram colocadas em prática no trabalho. Trará sua realização pessoal e profissional por fazer parte de um estudo em uma prestadora de serviços de transportes, um mercado altamente competitivo e que cresce progressivamente no ramo de distribuição, em estar auxiliando com seu estudo e trabalho, melhorias relevantes para a organização. Também proporcionou à acadêmica, conhecimento específico da área, em que a mesma pretende seguir carreira profissional devido o seu grande interesse pelo assunto e áreas afins aqui abordadas. O acesso a todos os dados serão disponibilizados diretamente das pessoas do setor da gerência, motoristas e ajudantes de motoristas da empresa. Disponibilizando todos os documentos essenciais para a execução e conclusão do trabalho de estágio. Por fim, o prazo para a realização do trabalho de conclusão de estágio se dará em dois semestres, tempo totalmente satisfatório para o atendimento aos objetivos da empresa e da acadêmica. E todos os custos pertinentes no cumprimento do trabalho em si, serão de responsabilidade da acadêmica. 1.4 Aspectos metodológicos Nessa etapa do trabalho serão expostos os procedimentos metodológicos que nortearam toda a realização da pesquisa. O trabalho de conclusão de estágio foi um tipo de pesquisa-diagnóstico pelo fato analisar a armazenagem dos produtos recebidos e sua organização estrutural. Gil (2007) ressalta que as pesquisas podem ser vistas dentro das seguintes categorias: exploratórias, descritivas e explicativas; e o presente trabalho constituiu de natureza exploratória. Por ser uma pesquisa bastante específica, pode-se afirmar que ela assume a forma de um estudo de caso, sempre em conformidade com as outras fontes que deram base ao tema abordado, como são os casos das pesquisas bibliográficas, das

14 entrevistas e pesquisas documentais. Para a aplicação estudo do caso foi necessário em algumas fases da pesquisa o levantamento de dados para a conclusão dos objetivos O presente trabalho teve fases de abordagem qualitativa e quantitativa, que segundo Richardson (1999) enfatiza que são duas tipologias básicas. A maior diferença entre elas reside no fato de que a pesquisa qualitativa, ao contrário da pesquisa quantitativa, busca enfatizar a perspectiva do elemento que esta sendo pesquisado, ao passo que nas pesquisas quantitativas usam-se instrumentos estatísticos para numerar ou medir unidades. Na fase qualitativa teve como objetivo observar e interpretar os processos internos da empresa e, a influência dos problemas causados na armazenagem e sua expedição, enquanto no método quantitativo destinaram-se a examinar os parâmetros referentes à cronometragem de movimentos em tempos e, principalmente relacionados às dimensões do armazém (layout) e suas operações quanto à movimentação, que é ponto vital no processo de prestação de serviços.

15 1.5 Técnicas de coleta e análise dos dados Objetivos específicos 1,2 Mão de obra operacional 3 Mão de obra operacional 4 Mão de obra operacional 5 Documentos empresariais Fontes Tipos de dados Instrumento de coletas de dados Primários Observação não participante e entrevistas não estruturadas Primários Medição da utilização de equipamentos e pessoal para movimentação de materiais Primários Análise dos objetivos anteriores e documentos bibliográficos Primários/ Secundários Entrevistas não estruturadas/ dados eletrônicos/ documentos bibliográficos Procedimentos de coleta Observação pesquisador gravação entrevistas do e das Cronometragem do tempo/movimento Observação pesquisador Análise dados do dos Técnica coletas de Qualitativo com fases quantitativas Quantitativo Quantitativos com fases qualitativas Qualiquantitativo

16 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Os fundamentos teóricos para Severino (2007, p.107) descrevem que: esse método utiliza-se de técnicas operacionais que complementam e aprimoram as condições de observação, de experimentação e de mensuração, procedimentos que precisam ser realizados de forma objetiva, sem influências deturpantes decorrentes de nossa subjetividade. Esse capítulo apresenta os principais conceitos teóricos necessários para o desenvolvimento do presente trabalho. 2.1 Administração de materiais Entende-se por Administração, o gerenciamento, planejamento, coordenação, execução e controle. Assim Viana (2006) relata que o objetivo fundamental da administração de materiais é quando o gestor sabe quando e quanto adquirir para abastecer o seu estoque. Segundo Ballou (2007, p.58) boa administração de materiais significa coordenar a movimentação de suprimentos com as exigências de operações. Viana (2006) observa que o administrador de materiais é quem vai gerenciar toda essa cadeia de abastecimento visando aumentar a lucratividade e produtividade. Com isto, é possível contribuir com a maximização do lucro sobre o capital investido. 2.2 Logística A logística dentro das organizações objetiva com o seu desenvolvimento e sucesso das operações a partir dos três importantes chamados, conforme destaca o autor Lavratti; Giovani (2000, p. 02), que são: entregar o produto certo, na hora certa e no local certo. E a falha em um desses três objetivos causa para a empresa

a carência de confiabilidade por parte dos interessados do canal de distribuição. Em contrapartida Moura (1998) também apresenta em sua definição de sistema logístico a importância desses três chamados, porém, apresenta um quarto objetivo que é a prestação do serviço ao mínimo custo possível. Referindo-se aos objetivos fundamentais da logística, Jacobsen (2011, p. 21) sustenta que: [...] é atender adequadamente o consumidor final, administrando globalmente a empresa e seus agentes logísticos externos, através de um processo de gestão integrado, cooperativo e harmonioso de negócios, que de forma simbiótica envolve toda a cadeia de demanda e suprimento [...]. Portanto, para uma boa operação das atividades logística deve-se ter um rígido controle e coordenação para alcançar não somente a eficiência dessas atividades, como também ótimos resultados nos serviços. Devido ao grande avanço da tecnologia da informação e de sua utilização durante a última década, tem crescido o nível de exigência demandada pelos clientes para a satisfação e desenvolvimento de um serviço, como o atendimento de suas necessidades, Moura et al. (2003, p. 36) afirma que: 17 [...] a logística tornou-se reconhecida como uma atividade de grande oportunidade [...]. É imperativo fornecer serviço ao cliente que não seja superado por ninguém e satisfazer totalmente às necessidades de escolha do produto, entrega em tempo e disponibilidade de estoques a um preço competitivo. De acordo com Ballou (2007), a logística empresarial estuda como a administração de materiais pode prover melhor o nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos seus clientes e consumidores, por meio de planejamento, organização e controle efetivo para as atividades de movimentação e armazenagem, visando o fluxo eficiente dos produtos dentro das instalações de serviços. Moura (1998, p.51) compreende que dentro do sistema logístico: A embalagem e a armazenagem, o manuseio, a movimentação e o transporte de um modo geral, a estocagem em trânsito e todo o transporte necessário, a recepção, o acondicionamento e a manipulação final, isto é, até o local de utilização do produto pelo cliente. Não se pode considerar nenhum destes segmentos em separado, mesmo porque pequenas mudanças em qualquer um deles acarretará em uma reação em cadeia nos demais. Aquilo que representa uma melhoria em determinado aspecto pode resultar numa desvantagem ponderável na operação de todo o sistema.

18 Desse modo, pode-se afirmar que a relação da logística nas organizações consiste em um sistema integrado, formado pelo inter-relacionamento dos diversos segmentos ou setores que a compõem. Moura (1998) destaca que o acontecimento da segunda guerra mundial contribuiu para o um forte crescimento das atividades associadas à logística, que são: Transporte; Estocagem; Embalagem; Movimentação de materiais; Atendimento ao pedido; Previsão de estoques; Planejamento da produção; Suprimentos; Serviço ao cliente. 2.2.1 Transporte O papel do transporte na cadeia de suprimentos exerce com grande influência nas responsabilidades e eficiência quanto o cumprimento das necessidades de seus clientes. Chopra; Meindl (2003, p.55) relatam que: um transporte mais rápido, utilizando diferentes meios ou diferentes quantidades a serem transportadas, contribui para que a cadeia de suprimento seja mais responsiva, mais acaba reduzindo sua eficiência. O tipo de transporte adotado por uma empresa também afeta o estoques e a localização das instalações na cadeia de suprimento. Para Jacobsen (2011, p. 203) o conceito de transporte refere-se a movimentação ou o fluxo físico de produtos ao longo dos canais de distribuição [...], se utilizando de seus modais para ligar as unidades de produção, armazenagem aos pontos de compra ou consumo [...].

Para os autores Bowersox; Closs; Cooper (2006) consideram que o transporte é um elemento altamente visível dentro da logística, e que dentro das suas funcionalidades apresentam dois principais serviços: a movimentação dos produtos e a sua armazenagem. Ballou (2006) destaca que um operador logístico deve ter muito conhecimento sobre a questão transportes, devido a grande importância que esse setor ocupa dentro das empresas, principalmente em termos de custos. Assim, para os autores Bowersox; Closs; Cooper (2006), no sistema econômico de transporte, existem dois princípios fundamentais que causam forte impacto na eficiência dos serviços dos transportes, que são: as economias de escala e as economias de distância. Os autores explicam que para as economias de escala em transportes, é o custo por unidade de peso diminuído à medida que aumenta o tamanho do embarque. (BOWERSOX; CLOSS; COOPER 2006, p. 274). Os autores ainda apontam que é verdade quando se referem que os transportes ferroviários e marítimos tornam-se seus custos mais acessíveis de peso, ao contrário dos ferroviários e aéreos, por conduzirem menos devido a sua capacidade. E para as economias de distâncias os autores denotam que: 19 se refere à diminuição do custo de transporte por unidade de peso conforme aumenta a distância a ser percorrida [...]. Especificamente, distâncias maiores permitem que os custos fixos sejam diluídos em uma maior quilometragem, resultando em menor custo por quilômetro. (BOWERSOX; ClOSS; COOPER 2006, p. 275). Jacobsen (2011) classifica cinco os tipos de movimentações, os modais, usados pelo setor de transportes, que são: a) Transporte rodoviário; b) Transporte ferroviário; c) Transporte hidroviário; d) Transporte dutoviário; e) Transporte aéreo. Sendo assim, para avaliação das alternativas de transporte é importante conhecer esses princípios de escala.

20 2.3 Armazenagem Referindo-se a importância da armazenagem na produtividade do desempenho das operações de serviços, Banzato et al. sustenta que um armazém é uma ferramenta para a administração logística utilizar a fim de atender às necessidades do cliente ( 2003, p.14). E Martins; Laugeni (2005) definem que com um bom armazenamento de materiais irá consequentemente reduzir os custos de produção e fretes, outros relacionados e melhora o atendimento ao cliente com informações rápidas e eficazes. Moura (1998, p. 126) identifica que na administração da armazenagem prevalece um objetivo básico, na qual: é estocar mercadorias da maneira mais eficiente possível, usando o espaço nas três dimensões. O uso efetivo do espaço para a armazenagem é chamado de administração do espaço, sendo este um recurso básico, cuja manutenção representa um investimento considerável. Como qualquer outro investimento, ele deve ser administrado com o máximo cuidado. Ballou (2007, p.155) salienta quatro tipos de razões básicas para uma organização utilizar no espaço físico de um armazém, que são: (1) reduzir custos de transportes e produção, (2) coordenar suprimento e demanda, (3) auxiliar o processo de produção, (4) auxiliar o processo de marketing. Ainda Ballou (2007) para as necessidades da produção, a armazenagem pode incluir-se nesse processo, não servindo apenas para guardar o seu produto durante a etapa da manufatura, mas também para segurá-lo até a sua venda. Algumas características devem ser avaliadas em relação à armazenagem, que segundo Moura et al. (2003, p. 277) existem sete segredos relacionados a essa atividade, que são: (1) O antigo processo não funciona; (2) Distância é o inimigo da produtividade; (3) Controle do inventário realmente significa assumir o controle; (4) apenas toque no material quando puder agregar valor; (5) os funcionários produzem mais quando controlam seu próprio trabalho; (6) mais rápido sempre é melhor; (7) clientes e fornecedores são parte do processo. Jacobsen (2011, p. 189) completa a finalidade da armazenagem com finalidade da estocagem dos produtos que, [...] possui a importante função de atender com efetividade a cadeia de abastecimento, mantendo as unidades de itens de estoque em instalações adequadas [...].

Em muitas situações a armazenagem ou estocagem são palavras confundidas e trocadas na prática; tornando-se por base dessa comparação o autor Moura (1997, p. 3) nota que: 21 os termos de estocagem e armazenagem são frequentemente usados para identificar coisas semelhantes. Mas, alguns preferem distinguir os dois, referindo-se aos produtos acabados como armazenagem e aos suprimentos, matérias-primas e materiais em processo como estocagem. Devido a estas discussões, algumas vezes, os termos usados são intercambiáveis. Bertaglia (2003, p. 170) sintetiza de um modo bem específico o que é a armazenagem; que para o autor, após o recebimento, os itens são armazenados em locais específicos no armazém ou no centro de distribuição, em prateleiras, estantes, tanques, estrados ou até mesmo acondicionados no solo, muitas vezes sobre protetores de umidade. As operações de armazenagem, segundo Moura (1998, p.126) consiste no recebimento, estocagem, separação e expedição de materiais para apoiar o sistema de manufatura ou distribuição. Conforme denota o autor Moura (1998), identificando a estocagem como uma parte da armazenagem, Martins; Laugeni (2005, p. 265) a estocagem deve ser planejada, para não alterar as características dos materiais e, também para manter uma visualização e identificação clara dos itens estocados. Esse aspecto é muito importante para uma rápida identificação dos materiais com pouca e/ou sem movimentação dentro do armazém como os que são idênticos mais com diferentes denominações. Ao relacionar os armazéns, que são localidades fixas, para as operações de armazenagem com os meios de transportes, que ocorre em locais diferentes, Ballou (2007, p. 152) afirma que armazenagem e manuseio de mercadorias são componentes essenciais do conjunto de atividades logísticas. Os seus custos podem absorver de 12 a 40% das despesas logísticas da firma. Existem vários elementos para se decidir onde estocar os itens recémrecebidos e, quando na falta de um planejamento do operador logístico, a decisão é sempre estocar o material em lugar vazio disponível. Em face desse contexto para a organização e manutenção do armazém Banzato et al. (2003, p. 130) destaca que: é por meio de um bom processo de estocagem que podemos contar com uma boa ocupação do espaço, boa utilização dos recursos operacionais,

otimização do tempo do pessoal operacional e facilidade no processo de separação dos pedidos entre inúmeros outros benefícios. Segundo Ballou (2006) o manuseio dos materiais é representado por três atividades, a carga e descarga, movimento para a e da estocagem e atendimento ao cliente. Ballou (2006) aponta que dentre essas a primeira e última atividade a ser utilizada no processo de estocagem é a carga e a descarga. Ressaltando que: 22 a carga é similar à descarga; no entanto, o ponto de carga comporta várias atividades diversas das de descarga. Uma verificação final das condições do conteúdo do pedido e do sequenciamento dos pedidos é normalmente realizada antes do embarque da carga no equipamento de transportes. (BALLOU, 2006, p. 380) Bertaglia (2003) complementa que na amazenagem dos produtos existem várias técnicas a serem utilizadas nesse processo. Os produtos podem ser recebidos e diretamente disponibilizados para o transporte sem haver a necessidade de armazenagem. Outra técnica é a armazenagem em local temporário, onde os produtos são utilizados para atender às demandas de vários pedidos. (BERTAGLIA, 2003, p. 174) Jacobsen (2011) cita normas de estocagens para a movimentação dos materiais, a fim de contribuir com a preservação dos produtos e das avarias decorrentes das operações. Que para o autor citado acima essas normas de estocagem, influem: Na redução das perdas por quebra, deterioração e desvios de mercadorias; b) na simplificação do controle das transações; c) no funcionamento mais eficiente e eficaz das tecnologias de informação; d) na ampliação, com aproveitamento máximo do espaço e cúbico [...] e melhoria na circulação interna; e) na diminuição de acidentes de trabalho por melhorar as condições de trabalho na movimentação de cargas pesadas; f) no menor tempo gasto na acessibilidade, nas movimentações e na expedição, contribuindo para a fluidez dos serviços e para a maximização da produtividade da operação [...]. (JACOBSEN, 2011, p. 190). Portanto, toda atividade que diz respeito à estocagem de materiais de forma coordenada e distribuída dentro das instalações, pode se definir como armazenagem.

23 2.3.1 Recebimento A função básica do recebimento é assegurar que o produto entregue esteja em conformidade com as especificações constantes no pedido de compra. Nesse sentido, Viana (2006, p. 43) afirma que: a atividade recebimento visa garantir o rápido desembaraço dos materiais adquiridos pela empresa, zelando que as entradas reflitam a quantidade estabelecida, na época certa, ao preço contratado e na qualidade especificada nas encomendas. Na concepção de Dias (2006, p. 299) o setor de recebimento de materiais desempenha as funções de desembalagem dos bens recebidos e verificação das quantidades e condições quantitativas. Em uma instalação de armazenagem e/ou distribuição à operação do recebimento é absolutamente essencial para que todas as operações de movimentação dos materiais após o seu recebimento haja sucesso (BANZATO et al. 2003). Martins; Laugeni (2005) contribuem com a ideia de técnicas para a conferência no recebimento, de aprovação e reprovação dos materiais, por meio de tarjas em cores verde (aprovados), amarela (em processos de verificação) e vermelha (reprovados), facilitando as atividades da estocagem durante o processo de recebimento. Banzato et. al. (2003) argumentam que ficar dependendo somente do recebimento manual trará complicações no fluxo de informações dos produtos recebidos. E, complementando a ideia do primeiro autor Ballou (2006, p.123) realça que os avanços tecnológicos representam enormes benefícios para a entrada de pedidos. Códigos de barras, leitores ópticos e computadores [...]. Para o autor Bertaglia (2003) o processo de recebimento é uma atividade de grande importância, pois seu papel é fundamental para atualização do estoque físico; este cita que no ato do recebimento dos produtos pode haver, dependendo do local de origem, a análise de qualidade e checagem de quantidades. Naturalmente, se proveniente de uma planta própria, essa análise não se faz necessária, embora em alguns casos venha a ocorrer [...]. Quando proveniente de terceiros, o produto é analisado considerando-se especificações estabelecidas conjuntamente entre o fornecedor e

24 recebedor. A checagem das quantidades ocorre em todas as circunstâncias, comparando-se números existentes no documento de transferência com a quantidade física. (BERTAGLIA, 2003, p.173) Em suma, os objetivos do componente recebimento são retirar a carga do veículo, conferir a mercadoria, efetuar a triagem da mercadoria, e distribuir para sua zona e região de destino. 2.3.1.1 Docas Moura (1997) expõe que para as operações de recebimento e também de expedição, é necessário o uso de docas para a colocação de veículos no armazém para a realização da carga e descarga. Ainda o autor, alude que a quantidade de docas necessárias é uma função do número de veículos que aguardam o carregamento durante um certo período de tempo, do ritmo de entrada dos mesmos e do tempo necessário para carregá-los na doca. ( MOURA, 1997, p. 133) Ainda o autor, considera outra questão da configuração das docas que é a largura para a realização de manobras no pátio, que podem ser configuradas por 45º graus e por 90º graus. A diferença entre as docas de 90º e as de 45º está nas necessidades de espaços dentro e fora do armazém. [...] a doca de 90º precisa de largura menor e profundidade maior do que a doca de 45º. Consequentemente, a doca de 90 precisa de menos espaço dentro do armazém e de mais espaço fora do mesmo, para manobras. (MOURA, 1997, p.134). Moura (1997) apresenta uma série de informações quanto a fatores de configuração para as docas de 90º e 45º, especificando o comprimento do caminhão, a profundidade do pátio, largura do espaço da doca, entre outros. A seguir são apresentados dois quadros, identificando na visão do autor como deve ser o espaçamento na área das docas comparando com as configurações de cada veículo.

25. Comprimento do caminhão (m) Largura do espaço para manobras na doca (m) 12,2 3,0 14,0 13,7 3,7 13,1 15,2 4,3 11,9 16,8 3,0 15,8 18,3 3,7 14,9 19,8 4,3 14,0 21,0 3,0 18,3 22,8 3,7 17,4 24,3 4,3 16,5 Quadro 1 Fatores de configuração para as docas de 90º Fonte: adaptado pela acadêmica. Profundidade do pátio de manobra (m) Largura do espaço para manobras na doca (m) Profundidade do pátio de manobras (m) Largura da doca (m) Ângulo de inclinação 3,0 45º 29 16,2 3,7 45º 28,8 16,5 4,3 45º 26,5 17,1 Quadro 2. Fatores de configuração para as docas de 45º Fonte: adaptado pela acadêmica. Por meio dessas configurações as necessidades de espaçamento entre as docas se adequarão com mais eficiência quanto à entrada e saída de veículos. 2.3.2 Expedição A expedição dentro dos armazéns consiste em toda a movimentação de materiais dentro da área operacional, verificando todos os pedidos recebidos até o seu carregamento nos veículos de transportes, sendo assim Bowersox; Closs; Cooper (2006, p.322) argumentam que: tendo como base o recebimento, a expedição dos armazéns deve acomodar movimentações de uma variedade de produtos de volume relativo baixo, reduzindo assim o potencial de economia de escala. Bertaglia (2003, p. 171) argumenta que:

26 a expedição ou despacho corresponde ao processo de separar os itens armazenados em um determinado local, movimentando-os para um outro lugar com o objetivo de atender a uma demanda específica, que pode ser o envio do produto a um cliente ou terceiro com objetivos de agregar valor ao item. Na concepção de Bertaglia (2003) dentro dessa operação chamada expedição e/ou despacho além de toda a checagem dos produtos, outras atividades são importantes de serem executadas: como pesar o veículo, carregá-lo, emitir os documentos oriundos da carga e liberá-lo. Moura (1997) argumenta que na área de expedição geralmente ocorrem funções opostas a de recebimento, que inclusive, no momento da expedição podem ser descobertos erros cometidos pela separação dos pedidos. 2.3.3 Estoques Para Ballou (2006) existem quatro funções primárias a serem usadas nas instalações de estocagem. A primeira o autor Ballou (2006) identifica como manutenção, uma das finalidades mais evidentes das instalações de estocagem que variam um estoque de longo à curto prazo, o que determinaria nessa função o layout certo para as operações nessa instalação. A segunda função seria a consolidação das instalações de armazenagem, que para o autor serviria em casos de embarques de entrada menores com embarques de saídas maiores, reduzindo o custo de distribuição dos produtos já incluindo nos totais os custos de armazenagem. Em sua explicação Ballou (2006) usa o termo armazém de distribuição podendo trabalhar na operação de recebimento e embarques imediatos, como os Cross Docking, ou como pontos de concentração, os Pool Points o que demandaria a estoquagem do produto à longo prazo. Ballou (2006, p.377) complementa que em contraste, o armazém de distribuição tem maior parte de seu espaço alocado à estocagem temporária, dando também atenção principalmente à rapidez e agilidade do fluxo dos produtos. Ao

contrário na consolidação de cargas onde a estocagem em longo prazo e/ou os embarques maiores são mais visíveis. Na terceira função Ballou (2006) cita que nas instalações de armazenagem pode ocorrer o fracionamento dos volumes onde a intenção é removê-los para um armazém único e redespacha-lo a partir desses em pequenas quantidades para cada cliente. 27 O fracionamento de volumes é comum em armazéns de distribuição ou terminais, especialmente quanto às tarifas de transportes de entrada por unidade são menores que as tarifas de transportes de saída por unidade, os clientes fazem seus pedidos em quantidades menores do que carga completa e são grandes as distâncias entre o fabricante e os clientes. (BALLOU, 2006, p. 377, 378). E na quarta função Ballou (2006) argumenta que para as empresas que compram de diversos fabricantes tendem a sentir a necessidade de um armazém como um ponto de combinação dos produtos. Sendo um ponto de combinação, os pedidos dos clientes teriam de ser redespachado diretamente a partir de pontos de produção com altos custos de transportes para volumes pequenos. Um ponto de combinação permite que remessas de maior volume dos componentes da linha dos produtos sejam coletadas em um único ponto e então montadas de acordo com os pedidos redespachadas para os clientes. (BALLOU, 2006, p. 379). Deste modo, considerando os aspectos internos e as peculariedades de cada operação, além da natureza e dos tipos de produtos cujas características de tamanho, peso, forma, dimensão, acondicionamento, uso e outras soluções individuais de estocagem a serem realizadas na empresa. 2.3.3.1 Métodos de organização do trabalho Nas áreas de estoques tem-se a necessidade de separação dos pedidos de cada cliente para a sua distribuição. Sendo assim, os autores Figueiredo; Fleury; Wanke (2006) denotam que foram desenvolvidos alguns métodos de organização do trabalho para melhorar a produtividade e minimiza o deslocamento dos operadores, que são considerados como os três métodos básicos de separação.

28 Picking discreto é aquele no qual cada operador coleta um pedido por vez, coletando linha por linha do pedido. [...] A propensão a erros é relativamente pequena, por se manusear um volume por vez. Picking por zona nesse método o armazém é segmentado em seções ou zonas e cada operador é associado a uma zona. Assim, cada operador coleta os itens do pedido que fazem parte de sua seção, deixando-o em uma área de consolidação, onde os itens coletados em diferentes zonas são agrupados, compondo o pedido original. Picking por lote nesse método cada operador coleta um grupo de pedidos de maneira conjunta, ao invés de coletar apenas um pedido por vez. [...] Sua grande vantagem é minimizar o tempo de deslocamento do operador, pois em uma única viagem ele coleta um conjunto de pedidos, diminuindo o deslocamento médio por pedido. (FIGUEIREDO; FLEURY; WANKE, 2006, p.466). Esses métodos, ainda segundo os autores Figueiredo; Fleury; Wanke (2006) possibilitam na organização, considerar o número de operadores por executar determinada tarefa e o número de pedidos coletados por um mesmo operador. 2.3.4 Manuseio de materiais As considerações a respeito da operação em volta do manuseio de materiais nas instalações de armazéns transmitem decisoriamente as tomadas de decisões em relação ao espaço a ser definido para a estocagem, que segundo Ballou (2006, p. 386) ressalta que o manuseio de materiais é, em grande parte, uma atividade que absorve custos, embora tenha algum impacto sobre o tempo do ciclo do pedido do cliente e, portanto, sobre o serviço ao cliente. Sendo assim, considerando que as continuidades das movimentações justificam uma grande economia de escala em todo o armazém, no entendimento de Bowersox; Closs; Cooper (2006, p.321): a continuidade de movimentação significa que é melhor para o operador de um equipamento de manuseio de material realizar movimentações de maior duração do que realizar várias movimentações pequenas, para alcançar o mesmo resultado final. [...] Uma vez iniciada a movimentação, os produtos devem ser deslocados de forma contínua até a chegada ao seu destino final. De acordo com as citações de Bertaglia (2003, p. 175) todo o produto

29 recebido e manuseado até o seu local de acomodação, corresponde à movimentação dos produtos. Sendo assim, conforme o autor referido acima destaca que: essa movimentação pode estar relacionada a itens que estejam no estado líquido, sólido ou gasoso. O deslocamento de um material para o seu destino final pode ser feito por meio de equipamentos. Para o autor Ballou (2006, p. 386), para que o processo do manuseio de materiais seja de forma eficiente é preciso desenvolver ao longo de quatro linhas: a unitização da carga, o leiaute do espaço, a escolha do equipamento de estocagem e a escolha do equipamento de movimentação. Ainda o autor Ballou (2006), comenta que a unitização da carga é respondida de forma eficiente de acordo com a consolidação dos embarques mediante ao número de volumes menores em uma única carga, podendo-se ser realizado por meio da paletização e da conteinerização. No entanto para Bertaglia (2003, p. 175), correspondente a unitização da carga sobre o manuseio, o autor argumenta que: dependendo da distância a ser percorrida e a da disponibilidade de veículo, é mais vantajoso acondicionar os volumes sem a utilização de paletes, ao longo do veículo, aproveitando melhor seu espaço interior. Já na visão de Dias (2006, p. 199) um sistema de paletização bem organizado permite a formação de pilhas altas e seguras; oferece melhor proteção às embalagens, que são manipuladas em conjunto, além de economizar tempo nas operações de carga e descarga de caminhões. Outro equipamento que também revolucionou a área de armazenagem conforme o autor Dias (2006) é o denominado contêiner, podendo-se considerar o mais ideal para a unitização das cargas dos sistemas de manuseio de materiais, especialmente quando utilizado por meio dos transportes. Deste modo, o manuseio de materiais compreende o seu deslocamento e sua distribuição, envolvendo diversas operações de movimentação para qualquer tipo de material por qualquer meio.

30 2.3.5 Equipamentos de armazenamento e movimentação Bowersox, Closs, Cooper (2006); Ballou (2007) expõem a ideia de que todas as movimentações realizadas dentro do armazém, como o manuseio dos produtos, são atividades repetidas inúmeras vezes, sendo assim os métodos e equipamentos utilizados nas operações de movimentações internas revelaram-se de grande avanço nas atividades logísticas, principalmente auxiliando na boa organização, produtividade e aproveitamento do espaço físico. Para Gonçalves (2004, p. 251) os equipamentos de movimentação devem ser escolhidos dentro de um planejamento global que envolve as características dos materiais, suas formas de acondicionamento e embalagens e o fluxo geral dos materiais no armazém. Assim como a área de movimentação afeta diretamente o layout das instalações de armazenagem e movimentação, Dias (2006) apresenta uma série de dados que devem ser analisadas entre o layout e movimentação. Produto (dimensões, peso, características mecânicas, quantidades a ser transportada), edificação (espaço entre as colunas, resistência do piso, dimensão de passagens, corredores, portas etc.), método (sequência das operações, método de armazenagem, equipamento de movimentação etc.), custo de movimentação, área necessária para o funcionamento do equipamento, fonte de energia necessária, deslocamento, direção do movimento, operador. (DIAS, 2006, p.220, 221). Sendo assim é possível por meio dessas séries de dados fazer a escolha dos equipamentos de movimentação conforme as suas características. Franscischini (2004) argumenta que o aumento da produtividade em movimentar materiais permitiu o desenvolvimento de diversos equipamentos para auxiliar o manuseio, sendo que, os tipos mais utilizados pelas empresas, conforme cita o autor são: Paleteiro, empilhadeira, camboios, pórticos e os guindastes.

31 2.3.6 Cross-Docking Todo o produto que chega a um armazém e é expedido sem ir para o estoque, podemos considerar que nessa operação existe a atividade cross-docking. Para Moura et al. (2003, p.279, grifo nosso) consideram que, é o fluxo acelerado de produtos do recebimento à expedição. [...] No cross-docking as cargas são levadas diretamente à expedição como parte do fluxo de saída. Logo o autor Banzato et al. (2003) define a implementação do cross-docking como uma operação que é: mais frequentemente definido como a redução da movimentação de material por meio do envio de materiais recebidos diretamente para os clientes pulando a estocagem. Como consequência, os giros de estoques são aumentados enquanto os custos são reduzidos e os produtos entregues ao cliente mais rapidamente. (BANZATO et al., 2003 p. 249). Moura et al. (2003, p. 280) salienta que antes de discutir sobre o crossdocking é necessário e preciso conhecer dois pré-requisitos para a operação crossdocking, que são: local de destino do produto precisa ser conhecido, já quando o mesmo é recebido. Cliente precisa estar pronto para receber o material expedido imediatamente. Com relação ao espaço para esse tipo de operação, ele será moderado por não manter estoques, mas é preciso de um bom espaço suficiente para dispor as cargas, explica o autor Moura et al. (2003). Como a visão do cross-docking é a redução de estoques e separação dos pedidos, Banzato et al. (2003) fala que, em contrapartida, o aumento se dará nas necessidades de recebimento e expedição, por exemplo: o cross-docking reduz a flexibilidade das técnicas de balanceamento da carga de trabalho; entretanto, embora a carga total de trabalho possa permanecer constante, cargas de trabalho de pico podem aumentar. É necessário analisar o volume, duração e momento dessa carga de trabalho de pico para determinar como melhor usar o equipamento de doca e maximizar a produtividade da mão de obra. (BANZATO et al. 2003, p.251). Considerando o ponto do uso das docas, Moura et al. (2003) falam que, sem as docas bem equipadas não existirá cross-docking eficiente. O início e o fim são

32 vitais para as cargas em cross-docking, que ocorrem quando os caminhões chegam com os produtos que entram ou recebem expedições que saem. Ainda para Moura et al. (2003) existem diversas necessidades nas operações de cross-docking para diversos participantes que a praticam, que podem ocorrer em nível de fabricantes, distribuidor, varejista e transportador. 2.4 Layout Para Gaither; Frazier (2002, p. 197, grifo nosso) entre muitos objetivos dos layouts de instalações, o foco central da maioria dos layouts de manufatura é minimizar o custo de processamento, transportes e armazenamento de materiais ao longo do sistema de produção. Slack; Chambers; Johnston (2007, p. 200) argumenta que: o arranjo físico de uma operação produtiva preocupa-se com o posicionamento físico dos recursos de transformação. Simplificando as palavras dos autores citados acima neste parágrafo, é à disposição de máquinas, equipamentos e serviços de uma determinada área definindo sua forma e aparência. Existem diversos tipos de layout, e a empresa deve escolher aquele que é mais coerente com a sua estratégia de manufatura. E segundo Martins; Laugeni (2005, p.138), os tipos principais de layout são por processo ou funcional, em linhas, celular, por posição fixa e combinada. No layout por processo Moreira (1998, p.261) argumenta que é característico de muitas indústrias e provavelmente da maioria das atividades de prestação de serviços, os centros de trabalho são agrupados de acordo com a função que desempenham. Já na concepção de Slack; Chambers; Johnston (2002, p.203, 204): No arranjo por processo, processos similares [...] são localizados juntos um ao outro. [...] Isso significa que, quando produtos, informações ou clientes fluírem pela operação, eles percorrerão um roteiro de processo a processo, de acordo com as suas necessidades.

No layout por linha, Martins; Laugeni (2005, p. 138) afirma que as máquinas ou as estações de trabalho são colocadas de acordo com a sequência das operações e são executadas de acordo com a sequência estabelecida sem caminhos alternativos. Conhecido também como arranjo físico por produto por meio das citações de Moreira (1998) expõe que cada centro de trabalho torna-se responsável por uma parte especializada do produto ou serviço [...]. No layout celular ou arranjo físico celular para Slack; Chambers; Johnston (2002, p. 205): 33 é aquele em que os recursos transformados, entrando na operação, são pré-selecionados [...], para movimentar-se para uma parte específica da operação (ou célula) na qual todos os recursos transformadores necessários a atender a suas necessidades imediatas de processamento se encontram. No layout por posição fixa segundo Martins; Laugeni (2005, p. 140), o material permanece fixo em uma determinada posição e as máquinas se deslocam até o local executando as operações necessárias. Moreira (1998) comenta que uma das características desse arranjo é que frequentemente ele é utilizado para a produção de produtos únicos, sem muita diversificação quanto à unidade do produto. Logo os arranjos ou layouts combinados: ocorrem para que sejam aproveitadas em um determinado processo as vantagens do layout funcional e da linha de montagem. [...] linha constituída de áreas em sequência com máquinas de mesmo tipo como no layout funcional, continuando posteriormente com uma linha clássica. (MARTINS; LAUGENI, 2005, p. 140) que: No âmbito de instalações de serviços Gaither; Frazier (2002, p. 221) afirmam os layouts de instalações de serviços geralmente oferecem fácil acesso a essas propriedades e estacionamentos grandes, bem organizados e amplamente iluminados. Adicionalmente, essas instalações em geral têm passarelas amplas e bem projetadas para que as pessoas entrem e saiam dos estacionamentos. Para que se chegue a uma decisão de qual alternativa adequada a ser adotada, segundo Martins; Laugeni (2005, p.143) as alternativas devem ser claramente visualizadas, sejam por meio de desenhos computadorizados, gabaritos, modelos em cartolina, madeira, plásticos ou, ainda maquetes.