Trilhas & Trilhos. Atividade Teatro de Objetos no Mundo das Artes e Ofícios



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Transcrição:

Trilhas & Trilhos Atividade Teatro de Objetos no Mundo das Artes e Ofícios Contribuição: AKALA / Vamos ao museu? / E. M. José Brasil Dias, Nova Lima/MG Público-alvo: estudantes do 8º ano do Ensino Fundamental EJA Disciplinas envolvidas: história, arte, entre outras. Justificativa: No Museu de Artes e Ofícios os objetos se apresentam contextualizados. Os usos, os gestos, os saberes relacionados aos objetos também estão expostos para o deleite e conhecimento dos visitantes através de fotografias, textos, sons e imagens. Relacionar o Teatro de Objetos contemporâneo à visita ao MAO é uma forma de estimular a percepção para o cotidiano e incentivar a reflexão sobre o trabalho de uma forma lúdica, despertando nos participantes a subjetividade e a poesia. Objetivos: Despertar interesse pelos espaços de preservação e divulgação da memória do trabalho. Estimular reflexão sobre a importância das várias profissões para o desenvolvimento da sociedade. Envolver a família dos estudantes, professores e comunidade em geral em atividade cultural, visando à promoção de diálogos intergeracionais, a troca de experiências e a apropriação de novos territórios educativos. Estimular a criação através da manipulação de objetos, animando-os, criando-se personagens que falam através das formas criadas, convidando estudantes à experimentação da linguagem teatral. Problematização: Elencar os diversos ofícios e profissões relacionados aos estudantes e aos seus familiares. Valorizar todas as profissões, demonstrando a importância de todas independentemente do status social e econômico a elas relacionado. Mostrar imagens de profissionais em exercício, relacionando-as aos estudantes que as citaram. Apresentar o Museu de Artes e Ofícios usando-se como recurso a lógica do livro Como fazíamos sem... 1: Antes de existir (determinada ferramenta ou técnica) como (tal profissional) exercia seu ofício?

1 SOALHEIRO, Bárbara. Como fazíamos sem... Panda Books, 2006.144p. Desenvolvimento: Atentos à cultura e à experiência prévia de cada estudante e do grupo, ouvir mais do que falar é importante durante a visita. Acolher cada comentário e desdobrá-lo, estimulando a conexão dos saberes do museu aos saberes do dia a dia dos visitantes. O diálogo é detonador de reflexões e ajuda a construir e fortalecer identidades. O professor pode e deve ser agente propiciador da liberdade dos estudantes, respeitando falas e também silêncios, carregados de significados. Após a visita: Pode-se visitar o Festival Internacional de Teatro de Objetos ou gravar DVD com apresentações e mostrar à turma vídeos e/ou fotografias de objetos animados pelos artistas/atores. Pedir ao grupo que traga de casa objetos que estejam relacionados ao universo do trabalho e que sejam resistentes e não se quebrem ou estraguem facilmente. Propor que os estudantes se reúnam em pequenos grupos de 4 a 6 pessoas para, juntos, criarem uma peça teatral usando os objetos que foram trazidos. Criar um palco ou mesa coberta com tecido preto onde os grupos poderão se apresentar. Instigar os estudantes a pensarem na sonoplastia usando a voz e os objetos, evitando-se falar, pois a criação das narrativas é mais desafiante sem o uso de palavras. Conclusão: Dependendo da faixa etária pode-se realizar círculo de debate sobre a ação cultural, perguntar o que cada um percebeu. Muitos desdobramentos são possíveis, podemse estimular reflexões em diversos níveis sobre as condições de trabalho no Brasil, êxodo rural, arte, técnica e tecnologia, invenções, importância da preservação da memória e da história etc. Variação da atividade: A atividade pode variar em torno dos objetos do cotidiano que não tenham necessariamente relação com o trabalho. No caso da EJA todos os estudantes eram trabalhadores, com crianças e adolescentes a abordagem pode ser em relação aos objetos do cotidiano, do dia a dia, mantendo-se a proposta de visita ao MAO e a discussão em torno da importância de se preservar objetos, técnicas e tecnologias para as gerações futuras, para se conhecer o passado e entender o presente.

Trilhas & Trilhos Atividade Museu: guardião da memória Contribuição: Amanda Dabéss de Carvalho / Colégio Neusa Rocha Público-alvo: alunos do 6ºano do Ensino Fundamental /5ªsérie Disciplina envolvida: história Justificativa: Compreender o ofício do historiador envolve o conhecimento de outros conceitos, como o de fontes históricas e patrimônio cultural. No 6º ano do ensino fundamental os alunos são inseridos nos estudos históricos sem, muitas vezes, assimilar como o conhecimento histórico é produzido e a partir de que os historiadores tiram suas conclusões. A análise dos conceitos acima mencionados desperta curiosidade, bem como insere o aluno no processo de elaboração do saber histórico. Objetivos: Conhecer o conceito de fontes históricas. Compreender a importância das fontes para o trabalho do historiador na construção do conhecimento histórico. Identificar os diferentes tipos de fontes: escrita, iconográfica, oral e fontes da cultura material. Estabelecer a relação entre o acervo de um museu e a memória coletiva. Compreender o conceito de patrimônio e destacar sua importância sociocultural. Problematização: A partir da visita ao MAO, propomos as seguintes questões: O acervo de um museu é composto por um ou vários tipos de fontes? Quais são os tipos de fontes que podemos observar nesse espaço? Somente o edifício pode ser considerado patrimônio histórico, ou o acervo do museu também pode? Qual é a narrativa histórica que o Museu de Artes e Ofícios pretende transmitir? Desenvolvimento: O desenvolvimento da atividade pode ocorrer individualmente ou coletivamente, em grupos pequenos. Pretende-se que os alunos leiam os textos As fontes: os testemunhos da história e O guardião da Memória (ANASTASIA, Carla. Encontros com a História: 5ª série. Curitiba: Positivo, 2006.)

A partir deles, passa-se à análise de conceitos e à aplicação dos mesmos com a proposta das seguintes questões: Analisando o texto 1: Propor questões em que o aluno conceitue fontes históricas e identifique os tipos citados pela autora. Analisando fontes históricas: Nesse momento, insere-se na atividade fotografias do acervo do museu, e pretende-se que o aluno identifique as fontes quanto aos tipos destacados na primeira parte. Extrair informações das fontes históricas é parte fundamental do trabalho do historiador: (mais imagens são anexadas à atividade, porém são selecionadas de acordo com o ofício que registram.) Propor questões em que o aluno identifique, através das fontes, os diferentes ofícios e aspectos socioculturais de uma época. Analisando o texto 2: O aluno deve conhecer, através do texto, o conceito de patrimônio, e identificar tanto no prédio que abriga o museu quanto em seu acervo um vasto patrimônio cultural. Conclusão: Após concluída a atividade, a correção é feita coletivamente em sala de aula, com a participação dos alunos, principalmente na leitura de suas conclusões em resposta às questões de problematização do início do trabalho. Pretende-se que o aluno tenha alcançado a compreensão de que o acervo de um museu é composto por variados tipos de fontes e que patrimônio histórico é tudo aquilo que tem um importante significado para a memória de uma sociedade. Variação da atividade: A atividade pode ser desenvolvida conjuntamente com a disciplina de Educação Artística, na elaboração de possíveis fontes históricas para as gerações futuras, bem como na reprodução através de pintura e/ou desenho daquilo que foi visto na visita ao MAO. Pode-se pedir que os alunos selecionem o ofício que mais se relacione com a história de sua família para essa variação da atividade.

Trilhas & Trilhos Atividade Um gesto da memória. Contribuição: Dillan Manoel da Silva / E. E. Coração Eucarístico. Público-alvo: jovens e adultos - alunos da EJA Disciplinas envolvidas: arte, inglês, geografia, história, biologia, filosofia Justificativa: Ficamos tão atribulados com os afazeres diários que por vezes perdemos a oportunidade de refletir, valorizar e pleitear nossos gestos. São símbolos, momentos que contam a nossa história e sintetizam a nossa dignidade. Objetivos: Desenvolver o pensamento artístico e a percepção estética; Identificar o conteúdo histórico do espaço em que vive; Oportunizar o conhecimento de novas formas de expressão em arte e exploração de materiais e acabamentos alternativos; Despertar a consciência através de maneiras de sensibilização, acerca da sua identidade e importância como ser social; Comparar valores sentimentais e valores materiais; Refletir sobre a importância do trabalho de cada um; Ampliar o horizonte de sonhos e conhecimentos do aluno. Problematização: Nós não conhecemos o verdadeiro valor de nossos momentos, até que eles se submetam ao teste da memória. (Georges Duhamel) Até aonde vai a nossa memória?

Desenvolvimento: Estimular a turma a refletir sobre: O que é museu? A partir das manifestações fomentar debate na turma sobre o assunto. Conceituar fazendo um paralelo entre o museu do passado e o museu de hoje. Distribuir para os alunos um texto contendo o tema das relações de trabalho na sociedade pré-industrial. Fomentar o debate sobre o assunto. Levar para a sala de aula causos e explorá-los: costumes, a vida no interior, a fala, a produção pré-industrial etc. Visitar o museu (MAO). Em sala: destacar momentos da visita que chamaram a atenção, trouxeram lembranças, emocionaram etc. Listar o momento inicial da visita em tópicos (apresentação do museu). Propor a categoria da chapelaria como tema a ser explorado. Pesquisar a história do chapéu. Fazer um chapéu com material reciclado, utilizando a découpage como técnica e inserindo imagens dos ofícios e/ou seus objetos. Conclusão: Apresentação dos trabalhos em classe. Exposição coletiva dos trabalhos na escola em uma Mostra de profissões. Variação da atividade: Seleção de exploração de outro ofício Apresentação em classe de músicas tendo como tema os ofícios. Contação de causos pelos alunos. Mostra de objetos que contam a história de cada um com seus respectivos relatos

Trilhas & Trilhos Atividade EJA vai aos museus Contribuição: Marco Antônio Silva / Escola Municipal Cônego Raimundo Trindade Público-alvo: alunos do Ensino Fundamental/ Níveis 4A e 4B / Educação de Jovens e Adultos Disciplina envolvida: história Justificativa: Conhecer e desfrutar dos espaços museais da cidade é um direito de cada munícipe e um ingrediente fundamental na construção da cidadania. A escola e, em particular o professor de história podem colaborar significativamente para levar os estudantes a esta descoberta. Objetivos: Desenvolver o letramento em história. Facilitar o acesso de estudantes aos espaços culturais da cidade. Analisar a importância do trabalho, dos trabalhadores, dos conhecimentos técnicos e tecnológicos produzidos pelo homem na transformação do espaço e da sociedade. Estabelecer relações de semelhanças e diferenças, continuidades e rupturas entre as sociedades contemporânea e colonial brasileiras. Oferecer possibilidades de entretenimento, cultura e integração familiar. Problematização: Organizar uma pesquisa quantitativa buscando informações sobre o conhecimento e nível de contato que os estudantes possuem com os museus da cidade. Mostrar uma lista bem completa de espaços museais do município. Apresentar à turma os resultados da pesquisa. É bem provável que os números confirmem que a grande maioria dos estudantes não conhece e/ou frequenta os espaços museais da cidade. Assim, é pertinente que se proponha uma mudança de hábitos por meio de visitas a esses espaços.

Desenvolvimento: Os estudantes devem escolher representantes para fazerem uma visita prévia ao Museu de Artes e Ofícios com o professor. Em seguida, estes devem discutir e organizar (e mais tarde orientar e monitorar) juntamente com toda a equipe a futura visita de todas as turmas da escola. No final dos trabalhos esta comissão deve se reunir para avaliar todo o processo. Nessa metodologia de trabalho compartilhada, as responsabilidades dos alunos no processo vão se tornando cada vez maiores e a participação do professor, paulatinamente é reduzida. Assim os estudantes aprendem a guiar com autonomia suas próprias escolhas e visitas a outros espaços culturais. É bom que haja uma renovação dos membros dessa comissão nas futuras visitas a outros locais para que todos tenham oportunidade de desenvolver esse tipo de função. Conclusão: Os próprios estudantes podem demonstrar melhor o significado de atividades como essas em suas vidas. Cleuzeni Vieira da Silva, 36 anos, aluna da EJA da Escola Municipal Cônego Raimundo Trindade, que participou de uma atividade utilizando a metodologia supracitada afirma: Eu nunca tinha ido a um museu. Gostei de ter ido. Fiquei encantada com o Museu de Artes e Ofícios. Lembrei muito dos meus pais e dos meus avós quando estava lá. Eu morava no interior em São João do Oriente, próximo a Ipatinga. Até ir lá (no MAO) não achava que a minha infância e a minha história, que não foram muito boas, eram importantes para ser estudadas e refletidas. Ao ver objetos do dia a dia, que eu não dava valor, apresentados num museu passei a valorizar mais a minha própria história. Antes de estudar aqui eu não achava que eu era importante. Agora eu me dou mais valor. Vejo que não é só no museu, mas em todo lugar a gente tem que valorizar a gente mesmo. Variação da atividade: Como decorrência do Projeto desenvolvido no MAO os estudantes podem visitar posteriormente outros espaços. O professor pode ajudar nessa empreitada de várias formas: organizando futuros projetos, sugerindo visitas individuais, recomendando exposições para que os estudantes levem filhos e familiares...