PROPOSTA DE PROGRAMA DE ACÇÃO PEDAGÓGICA SOBRE ARQUITECTURA, CIDADE E TERRITÓRIO PARA CRIANÇAS ANDREIA SALAVESSA
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- Theodoro Amado Belmonte
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1 PROPOSTA DE PROGRAMA DE ACÇÃO PEDAGÓGICA SOBRE ARQUITECTURA, CIDADE E TERRITÓRIO PARA CRIANÇAS ANDREIA SALAVESSA
2 OLHAR PARA VER OBJECTIVOS O desafio passa por analisar o meio construído segundo as suas dimensões culturais, espaciais e de cidadania. Não se pretende jogar ao faz de conta que todos somos arquitectos, mas disponibilizar ferramentas para que as crianças possam ter uma análise crítica a partir das diferentes dimensões em que a Arquitectura se cruza com as suas vidas. Trata-se de levantar questões, estimular a dúvida, promover a reflexão e o trabalho em equipa, provocar o debate e a construção de argumentos. Como conclusões retirar-se-ão perguntas e um sem número de pontos de vista.
3 ONDE? Pretende-se iniciar este projecto educativo a partir dos bairros lisboetas da Madragoa e Marvila. Com um tecido social rico e variado, economicamente e geracional, as colectividades e associações locais desempenharão um papel fundamental como parceiras. Privilegiando o público escolar e valorizando a importância da participação pública na vida urbana, o projecto é estruturado em vários níveis de participação. O QUÊ? A primeira actividade (ACTIVIDADE 01) centra-se na comunidade escolar. Em três tempos - formação, análise e produção - pretende-se refletir e intervir num espaço público do bairro a partir da ideia de retomar a rua como um espaço de socialização e brincadeira. Em todo o processo será vital a ideia que depende de cada um e da nossa acção colectiva, a transformação e retoma dos espaços da cidade. A aprendizagem é feita a partir de um jogo. O jogo é o meio pelo qual as crianças exploram o mundo e aprendem naturalmente. Uma abordagem lúdica permite que as crianças usem a sua imaginação inata e natural espontaneidade, contribuindo para o desenvolvimento da criatividade e processos de pensamento espacial. Com o período de formação do corpo docente, pretende-se que este projecto possa ter continuidade para além do actual programa. A segunda actividade (ACTIVIDADE 02) será um acontecimento circunstancial. Desenvolverse-á em torno do som e do espaço da cidade que temos, com a participação das associações locais. A escala humana, o papel do corpo e os seus sentidos na experiência do mundo físico será uma base desta actividade que poderá, ou não, ser desenvolvida por famílias. QUANDO? A calendarização será feita em conformidade com a agenda da Ordem dos Arquitectos. Assumirão particular relevância o Dia Mundial da Criança e o Dia Mundial da Arquitectura. Acresce que julgaríamos de todo o interesse que estas actividades se conseguissem cruzar com o Congresso do Arquitectos que decorrerá em 2012.
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5 ACTIVIDADE 01 Com a associação cultural sem fins lucrativos SOU - movimento e arte Com os olhos bem abertos, vamos olhar, ver e sentir o bairro. Analisamos, discutimos ideias, construímos modelos dos espaços e pensamos no que está mal, no que queríamos ver mudado. Essa alteração pode ser tridimensional, com a construção de novos espaços ou apenas bidimensional, a solução colectiva proposta é fruto do trabalho de análise e discussão feita.
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8 ACTIVIDADE 02 Com o arquitecto e músico Jorge Mendonça Oliveira Como percebemos um espaço? Existem outras formas de o interpretar ou percepcionar? Podemos contar a sua história através do som? Podemos alterar os sons do nosso bairro? Vamos ouvir o bairro e pensá-lo através do som. O som, fenómeno físico omnipresente com um impacto palpável nas nossas vidas, graças à sua invisibilidade natural e ampliada por uma sociedade refém da imagem como ferramenta cognitiva predominante, tende a ser menosprezado enquanto elemento fulcral para um desenho equilibrado das nossas casas, bairros e cidades. É também o som que facilmente nos lembra que a arquitectura tem mais do que três dimensões. Todos os espaços mudam a cada segundo. A maneira como ouvimos (ou não) os espaços que vivemos, determina em certa medida o nosso relacionamento com eles e a capacidade de os transformarmos. A actividade a desenvolver será adaptada às realidades físicas e humanas dos bairros e dos participantes e terá como principais objectivos acordar os ouvidos adormecidos para os sons do quotidiano urbano despertando a consciência para a sua importância na forma de apreender os espaços em que vivemos, da escala doméstica à urbana.
9 ORÇAMENTO 1. ACTIVIDADE , RECURSOS HUMANOS pessoas dias valor unitário Coordenador ,00 900, Especialista/responsável ,00 750, Administrativo * 1.1 PRODUÇÃO Trabalho de registo fotográfico 600, Materiais diversos para oficina 750, Encargos administrativos * 2. ACTIVIDADE , RECURSOS HUMANOS pessoas dias valor unitário Coordenador , , Especialista/responsável ,00 225, Administrativo * 2.1 PRODUÇÃO Trabalho de registo fotográfico 200, Registo, edição e produção de material sonoro 600, Brochura de divulgação para comunidades locais 450, Encargos administrativos * 3. EXPOSIÇÃO E LIVRO , RECURSOS HUMANOS pessoas dias texto valor unitário Coordenador ,00 900, Especialista , , Administrativo * 3.1 EXPOSIÇÃO Projecto e design 1.000, Produção 3.000, Encargos administrativos * 3.2 LIVRO tiragem valor unitário Grafismo * Revisão * Produção , , Mailing * Encargos administrativos * * Assegurado pela Ordem dos Arquitectos TOTAL ,00
10 ANDREIA SALAVESSA Com o ateliermob Licenciatura em Design (especialização Design de Interiores) no Instituto de Artes Visuais, Design e Marketing (IADE) em 1998 e Licenciatura em Arquitectura pela Universidade Autónoma de Lisboa em Frequência do 3º ano do Curso Superior de Arquitectura no Instituto Politécnico de Milão no âmbito do Programa Sócrates/Erasmus. Frequentou os I e III Seminários de Verão de Arquitectura e Urbanismo da Universidade Autónoma de Lisboa. Foi co-orientadora do VIII Seminários de Verão de Arquitectura e Urbanismo da Universidade Autónoma de Lisboa. Prémio SECIL Universidades Prémio para a melhor aluna do curso de Arquitectura da Universidade Autónoma de Lisboa em Colaborou, desde 2000, em diversos escritórios de arquitectura dos quais se destaca: Fernando Salvador e Margarida Grácio Nunes Arquitectos (2000), João Santa Rita (2000/01), João Luís Carrilho da Graça (2002/03) e Bárbara Delgado/Rogério Gonçalves (2003/06). É sócia fundadora do ateliermob arquitectura, design e urbanismo Lda., onde exerce actividade desde a sua constituição. Em 1998 realizou com o Instituto de Engenharia e Sistemas de Computadores (INESC) na criação de ambientes e personagens interactivos para crianças, interface do programa e logotipo. Mais tarde, participou na elaboração de uma curta-metragem de animação criando os ambientes e imagens de cidade. Desde 2007, desenvolve investigação na área do design para crianças sendo responsável pela marca registada kidsmob. Em 2011, no âmbito do Festival Todos - Caminhada de Culturas, desenvolveu, com Madalena Marques, a programação das oficinas para crianças (escolas e famílias) que se realizaram no Largo do Intendente.
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