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Transcrição:

Crise Europeia Crise Grega Área agricultável: 63,8% do país; Principais produtos agrícolas: trigo, milho, cevada, beterraba, azeitona, uva, tabaco, batata, tomate e banana. Recursos naturais: linhito, petróleo, minério de ferro, chumbo, zinco e níquel. Baseado em A crise da Grécia de Edmilson Jorge de Oliveira Neto Apresentação População absoluta (2012): 11.110.000 habitantes Força de trabalho: 4.951.158 Desemprego (2013): 27,4% País peninsular e insular com área de 131.990 km 2 142.815 km² PIB grego: US$ 245,8 bilhões aprox. o PIB do Rio de Janeiro PIB per capita: US$ 22.082.

Comparação do PIB per capita na Europa Grupos de países no Euro Tendência comum: financeirização Tendência de longo prazo a uma crescente intermediação financeira dos (também crescentes) volumes de poupança, sobretudo das famílias. Num sentido teórico mais preciso, é o patamar atingido pela dominância financeira no capitalismo contemporâneo (desde fins dos anos 60 nos EUA, mais recentemente nos demais países desenvolvidos) que expressa as formas de definir, gerir e realizar a riqueza nas quais a função financeira das firmas, incluindo as firmas não-financeiras, se torna predominante. É intrínseco ao processo de financeirização a importância crescente dos circuitos internacionais no conjunto da riqueza financeira. (Glossário de Termos de Economia Industrial PUCSP) Grupo 1: Grécia, Irlanda e Espanha Grupos de países: Grupo 2: Alemanha, Holanda, Bélgica, Áustria e Finlândia Grupo 3: Portugal, França e Itália Setor Agropecuária Indústria Serviços Composição do PIB e PEA por setores Participação no PIB 3,4% 16% 80,6% Setor Participação no PEA Agropecuária 12,4% Turismo: 18,6% Indústria 22,4% Serviços 65,1% Grupo 1: Grécia, Irlanda e Espanha Crescimento da demanda baseado no endividamento ; Aumento do crédito; Impulsão da demanda agregada e alta dos lucros; Redução da renda oriunda do trabalho; Redução do investimento real; Crescimento da economia via crescimento do consumo público e privado; Déficit em Conta Corrente com necessidade de financiamento externo. Euro: diferentes manifestações nos países Grupo 1: Grécia, Irlanda e Espanha CONTA CORRENTE: É um dos principais resultados computados no balanço de pagamentos. A conta corrente, ou conta de transações correntes, reúne a balança comercial (exportações e importações) e a balança de serviços (transportes, seguros, remessas e recebimento de juros e lucros, rendas e transações unilaterais). Só não contabiliza o investimento direto e os créditos financeiros. O saldo em conta corrente é visto de várias formas: indica se os habitantes de um país estão concedendo ou tomando empréstimos do resto do mundo; o déficit menos o investimento estrangeiro direto líquido mostra a necessidade de financiamento externo; modelos pós-keynesiano e estruturalista consideram o déficit em conta corrente como uma das principais restrições ao crescimento econômico; outros interpretam que o déficit, ao contrário, pode resultar de expectativas otimistas sobre o crescimento econômico futuro. O Brasil historicamente tem saldo negativo em conta corrente, mas de 2003 a 2007 teve um período contínuo de saldo positivo. (IPEA)

Grupo 1: Grécia, Irlanda e Espanha Baixa produtividade do trabalho Utilização de moeda valorizada: Euro Ausência de restrições comerciais na UE Degradação do setor industrial; Aumento das importações; Aumento do Déficit Comercial. Raízes políticas, econômicas e estruturais da crise Grupo 2: DEU; NLD; BEL; AUS; FIN Economias mercantilistas baseadas em exportações ; Superávits Comerciais e Correntes; Neoliberalismo Injusta redução de impostos Redução da tributação Tendência de regressividade na tributação Obtidos parcialmente nas relações comerciais com os países do Grupo 1 em contexto de integração europeia. Grupo 3: Portugal, França e Itália Crescimento baseado na demanda doméstica Característica comum aos demais países da Zona do Euro; Baixa participação das exportações na formação do PIB Falácia dos altos gastos sociais gregos Neoliberalismo Redução do aparato social público

Neoliberalismo Redução da renda do trabalho Redução da participação do trabalho na renda nacional Aumento do endividamento das famílias Grécia na integração europeia e no Euro Permanência das deficiências estruturais e da corrupção Baixa competitividade Facilitação de captação de empréstimos externos Uso de moeda forte e estável: Euro Maquiagem sobre as contas públicas do Goldman Sachs Permanência do crescimento via consumo com ônus à conta corrente grega Vulnerabilidade diante da Crise Americana Redução da renda do trabalho Estouro da crise americana Redução da atividade econômica, emprego, renda e consumo Redução da arrecadação de impostos Realimentação dos problemas com as medidas de austeridade Aumento dos gastos de governo com o parco aparato social Grécia na integração europeia e no Euro Permanência da baixa competitividade + Perda da capacidade de senhoriagem TROIKA: medidas de austeridade para deflação e redução dos custos de exportação Em termos mais específicos, isto é, quando relacionada com a emissão de moeda, a senhoriagemé a receita obtida por aqueles que têm o poder de emitir, decorrente da diferença entre o valor de face da moeda e seu custo de produção, que inclui o valor do metal correspondente (ouro, prata, bronze etc.) e o trabalho de cunhagem propriamente dito. (Paulo Sandroni)

Grécia na integração europeia e no Euro Medidas de austeridade Baixa competitividade da economia grega e maior enxugamento do mercado interno Deflação e redução dos custos de exportação Aumento dos problemas econômicos com a armadilha fiscal Experiência proposta em países europeus no início do século XX Contexto liberal Ausência de endividamento ponzi Grécia: condição de insolvência Do Nothing Proposta: não alteração das condições econômicasfinanceiras na expectativa de um rearranjo natural do problema EFEITO PONZI. Situação de um devedor que, para pagar as dívidas passadas, só pode fazê-lo contraindo mais dívidas no presente. (Sandroni) Fundo de amortização Proposta do FMI Contas públicas Aumento das entradas Redução das saídas Problemas Procedimento inadequado em dívidas muito elevadas de curto prazo Aumento da recessão e queda de arrecadação na Grécia Dívida grega: alternativas Capital levy imposto sobre capital Pagamento do contribuinte com Imóveis, bens móveis Medida extraordinária não-recorrente Tributação progressiva isentando pessoas de baixa renda e pequenos empresários Tributação sobre a população ultra-rica com capacidade de investimento superior a 30 milhões de dólares. Grécia: US$ 50bi 255 pessoas

Problemas do imposto sobre capital Valor prático reduzido de arrecadação sobre a dívida total grega Valores potenciais de um capital levy (2013) US$ 15bi Imposto inflacionário Exploração da senhoriagem pelo governo Incapacidade grega de senhoriagem no Euro Efeito Tanzi Equivalente percentual da dívida 5% Inflação/deflação Deflação para queda dos custos de exportação Incapacidade de aumento de competitividade e exportações na Grécia nos últimos anos Relação entre a arrecadação tributária e as taxas de inflação desenvolvida pelo economista italiano Vito Tanzi. Como existe uma defasagem entre o fato gerador de um tributo e o momento de sua efetiva arrecadação, quanto maior for a inflação nesse período, menor será a arrecadação real do governo, provocada pela desvalorização da moeda na qual os impostos são pagos. (Sandroni) Termos importantes: 1. FINANCEIRIZAÇÃO: Tendência de longo prazo a uma crescente intermediação financeira dos (também crescentes) volumes de poupança, sobretudo das famílias. Num sentido teórico mais preciso, é o patamar atingido pela dominância financeira no capitalismo contemporâneo (desde fins dos anos 60 nos EUA, mais recentemente nos demais países desenvolvidos) que expressa as formas de definir, gerir e realizar a riqueza nas quais a função financeira das firmas, incluindo as firmas não-financeiras, se torna predominante. É intrínseco ao processo de financeirização a importância crescente dos circuitos internacionais no conjunto da riqueza financeira. (Glossário de Termos de Economia Industrial PUCSP) 2. CONTA CORRENTE: É um dos principais resultados computados no balanço de pagamentos. A conta corrente, ou conta de transações correntes, reúne a balança comercial (exportações e importações) e a balança de serviços (transportes, seguros, remessas e recebimento de juros e lucros, rendas e transações unilaterais). Só não contabiliza o investimento direto e os créditos financeiros. O saldo em conta corrente é visto de várias formas: indica se os habitantes de um país estão concedendo ou tomando empréstimos do resto do mundo; o déficit menos o investimento estrangeiro direto líquido mostra a necessidade de financiamento externo; modelos pós-keynesiano e estruturalista consideram o déficit em conta corrente como uma das principais restrições ao crescimento econômico; outros interpretam que o déficit, ao contrário, pode resultar de expectativas otimistas sobre o crescimento econômico futuro. O Brasil historicamente tem saldo negativo em conta corrente, mas de 2003 a 2007 teve um período contínuo de saldo positivo. (IPEA) 3. SENHORIAGEM: Em termos mais específicos, isto é, quando relacionada com a emissão de moeda, a senhoriagem é a receita obtida por aqueles que têm o poder de emitir, decorrente da diferença entre o valor de face da moeda e seu custo de produção, que inclui o valor do metal correspondente (ouro, prata, bronze etc.) e o trabalho de cunhagem propriamente dito. (Paulo Sandroni)

4. EFEITO PONZI. Situação de um devedor que, para pagar as dívidas passadas, só pode fazê-lo contraindo mais dívidas no presente. (Sandroni) 5. EFEITO TANZI: Relação entre a arrecadação tributária e as taxas de inflação desenvolvida pelo economista italiano Vito Tanzi. Como existe uma defasagem entre o fato gerador de um tributo e o momento de sua efetiva arrecadação, quanto maior for a inflação nesse período, menor será a arrecadação real do governo, provocada pela desvalorização da moeda na qual os impostos são pagos. (Sandroni)