Gustavo H. B. Franco São Paulo, 18 de março de 2015
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- Mateus Paiva Barros
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1 DILEMAS MACRO TEMAS ESTRUTURAIS PARA 2015 E ADIANTE Fundação Don Cabral Gustavo H. B. Franco São Paulo, 18 de março de 2015
2 Roteiro tópicos 1. A exaustão fiscal : o grande condicionante das políticas econômicas mundo afora. 2. Levy e a dívida 3. Debt overhang no Brasil 4. O desastre fiscal e o conserto 5. Crowding out e rating 6. Globalização espontânea (via MNs) 7. Câmbio 8. Demografia: classe C, desemprego 9. Indústria, produtividade e salários 10. Inflação e política monetária
3 Exaustão fiscal e dívida pública A existência de um teto estabelece um limite para políticas keynesianas Dívida dívida deficit total PIB Dívida dívida deficit total Bruta vencendo nominal NFSP Bruta vencendo nominal NFSP Japão 183,0 23,8 2,4 26, ,8 245,1 51,0 7,1 58,1 Paquistão 52,6 16,6 5,9 22,5 174,8 63,7 24,5 4,7 29,2 Italia 103,3 18,3 1,5 19, ,4 136,7 24,9 3,0 27,9 EUA 64,0 13,8 3,2 17, ,4 105,6 18,1 5,5 23,6 Espanha 36,8 6,1 (2,0) 4, ,4 98,6 14,8 5,7 20,5 Portugal 68,4 15,0 2,8 17,8 228,5 131,3 16,8 4,0 20,8 PIIGS - average 58,1 11,1 0,6 11, ,8 91,4 15,0 4,2 19,2 Brasil 65,2 17,7 2,7 20, ,9 65,8 13,0 5,0 18,0 França 63,2 7,0 2,5 9, ,0 95,2 13,0 4,4 17,4 Grécia 107,2 13,0 6,7 19,7 304,9 174,2 11,8 2,7 14,5 Reino Unido 43,7 8,0 2,9 10, ,1 92,0 6,3 5,3 11,6 Irlanda 24,0 4,9 (0,1) 4,8 203,9 112,4 3,4 4,2 7,6 Finlandia 33,9 3,4 (5,2) (1,8) 238,8 57,9 5,2 2,4 7,6 Filipinas 44,6 8,4 1,5 9,9 199,6 36,4 6,5 0,3 6,8 Alemanha 65,2 2,3 (0,2) 2, ,7 75,5 6,9 (0,3) 6,6 Australia 9,7 1,0 (1,5) (0,5) 924,8 30,6 2,2 3,3 5,5 Média 64 10,7 1,5 12,1 100,8 14,6 3,8 18,4 Total $
4 FMI: Dívida é excessiva? Excessiva com relação à riqueza (capital)
5 Ciclos de endividamento excessivo
6 Joaquim Levy: Dívida é excessiva? Dívida Bruta/PIB (%) Brasil Chile Colômbia Malásia México Peru África do Sul Tailândia Turquia Fonte: FMI
7 Joaquim Levy antes de ser ministro Robustez fiscal e qualidade do gasto como ferramentas para o crescimento em Coletânea de Capítulos da Agenda Sob a Luz do Sol CDPP. Focar na redução da dívida bruta do setor público aumentaria a consistência da política econômica, estimulando o crescimento econômico. Estabelecer um objetivo de trazê-la para abaixo de 50% do PIB nos próximos anos daria rumo claro à política fiscal, ajudando a reduzir o prêmio de risco. A mudança de foco da dívida líquida para dívida bruta é oportuna, e uma trajetória de queda para esta dívida como proporção do PIB melhoraria o rating soberano
8 Joaquim Levy antes de ser ministro A queda da dívida pública também facilitará o financiamento da infraestrutura pelo mercado de capitais, especialmente se aliada a outras ações, inclusive junto a grêmios multilaterais, para maior acesso à poupança global. O mercado de renda fixa privada debêntures também crescerá com previsibilidade. Isso ajudaria à expansão saudável das concessões de serviços públicos, com participação da poupança doméstica e internacional no próprio mercado local de títulos. Essa dinâmica ganharia ainda maior força, se além da melhora das notas de risco da dívida soberana do país, o Brasil se decidisse tornar membro da OCDE
9 Joaquim Levy antes de ser ministro Brasil - Dívida Bruta (%PIB) Superávi =2.1%PIB Superávit=3.1%PIB Superávit=2.5%PIB
10 Joaquim Levy já ministro
11 Dívida bruta e compromissadas ( encalhes )
12 Encalhes chegando a 1 tri 12
13 Dominância fiscal: incapacidade de fixar os juros
14 Primário desabou e metas iniciais são soft 14
15 Joaquim Levy já ministro
16 Nominal explodiu... 16
17 Fiscal primeiras medidas
18 Debt Overhang - Rating Rating
19 Juro real em países emergentes 19
20 Cupons de NTNs longas
21 Capital estrangeiro no Brasil: censo BCB, * # companias faturamento ativos patrimonio %% estrangeira 39% 79% 87% 84% exportações % total do país 43% 53% 50% 38% % propensão a exportar 16% 21% 21% 17% % intra-firma 42% 63% 61% empregos % total do país 2,0% 2,5% 2,3% 2,4% Memo: Valor adicionado per capita companias do Censo Brasil GDP
22 IED (FDI) um bônus decorrente do QE? Por que fluxos tão pesados de FDI não afetam a formação de capital? É puro spill over de liquidez na matriz? Para uso em M&A (aquisição de footprint via ativos performados)? Arbitragem de juros? Preparativos para mais CAPEX?
23 Globalização outsourcing via MNs PROPENSÃO A EXPORTAR (%) Exportação sobre vendas de filiais de MOFAs (majority owned foreign affiliates, US Department of Commerce) THE GLOBAL FACTORY Todas as filiais 18,6 30,8 33,9 39,3 42,4 44,5 45,6 44,3 Canadá 16,1 29,9 34,5 40,1 47,7 43,2 39,3 37,0 Europa 25,8 37,7 41,2 42,4 45,3 47,9 49,4 51,2 Brasil 3,0 8,7 12,4 13,6 14,0 22,4 32,3 25,1 México 3,2 10,4 10,8 n/d 45,9 48,8 44,7 45,1 Asiáticos (NICs)* n/d 81,2 76,2 65,4 62,6 59,3 52,5 52,2
24 Contas externas ruins
25 Joaquim Levy já ministro
26 Câmbio real efetivo: até onde vai? 26
27 Comércio explica câmbio?
28 Uma bolha com o Dólar?
29 Redução na desigualdade e demografia 29
30 Desigualdade e bônus demográfico
31 Nova classe média em economias emergentes
32 Pressão salarial espreme margens e resultados Mudança estrutural no mercado de trabalho decorrente de demografia. Redução importante na taxa de participação (PEA/PIA)
33 Produção industrial estagnada depois do V
34 Pressão salarial espreme margens e resultados
35 Produtividade estagnada Produto potencial
36 Inflação esticada por desrepressão
37 Expectativas melhores para prazos longos 37
38 Resumo da política monetária e do crowding in Estaríamos fazendo o caminho de volta, ou vamos retomar a convergência?
39 DILEMAS MACRO TEMAS ESTRUTURAIS PARA 2015 E ADIANTE Fundação Don Cabral Gustavo H. B. Franco São Paulo, 18 de março de 2015
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