GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE COORDENADORIA DE CONTROLE DE DOENÇAS INSTITUTO ADOLFO LUTZ

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Transcrição:

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE COORDENADORIA DE CONTROLE DE DOENÇAS INSTITUTO ADOLFO LUTZ MANUAL TÉCNICO PARA IMPLEMENTAÇÃO DO CONTROLE DE QUALIDADE INTERNO NOS PROCEDIMENTOS LABORATORIAIS PARA DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO DA INFECÇÃO PELO HIV NO ESTADO DE SÃO PAULO São Paulo - SP 2007

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE CONTROLE DE DOENÇAS INSTITUTO ADOLFO LUTZ MANUAL TÉCNICO PARA IMPLEMENTAÇÃO DO CONTROLE DE QUALIDADE INTERNO NOS PROCEDIMENTOS LABORATORIAIS PARA DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO DA INFECÇÃO PELO HIV NO ESTADO DE SÃO PAULO SÃO PAULO SP 2007

É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte. FICHA CATALOGRÁFICA Preparada pelo Centro de Documentação Coordenadoria de Controle de Doenças/SES reprodução autorizada pelo autor Governo do Estado de São Paulo. Secretaria de Estado da Saúde. Coordenadoria de Controle de Doenças. Instituto Adolfo Lutz. Manual técnico para implementação do controle de qualidade interno nos procedimentos laboratoriais para diagnóstico sorológico da infecção pelo HIV no Estado de São Paulo / coordenação Márcia Jorge Castejón. -- São Paulo: Instituto Adolfo Lutz, 2007 36 p: il. tab. Vários autores Vários colaboradores 1. Controle de qualidade 2. Infecções por HIV 3. Anticorpos anti-hiv 4. Sorodiagnóstico da Aids SES/CCD/CD 05/07 NLM QY25

ELABORAÇÃO DO MANUAL Coordenação Márcia Jorge Castejón IAL Central/CCD/SES-SP Pesquisador Científico Autores Márcia Jorge Castejón IAL Central/CCD/SES-SP Pesquisador Científico Carmen Lúcia Soares CRT DST/Aids/CCD/SES-SP Diretor Técnico de Serviço Fernando Luiz Lupinacci Hemorede/CCTIES/SES-SP Médico Kátia Maria de Souza Assumpção Carraro Laboratório Regional de Sorocaba IAL/ CCD/SES-SP Pesquisador Científico Maria de Fátima Alves Fernandes Sersa CVS/CCD/SES-SP Diretor Técnico de Divisão Regina Lúcia Cardoso Botega Sersa CVS/CCD/SES-SP Assistente Técnico Rosemeire Yamashiro IAL Central/CCD/SES-SP Assistente Técnico de Pesquisa Científica e Tecnológica Silvia Maria Soares Ruiz CRT DST/Aids/CCD/SES-SP Supervisor de Equipe Técnica de Saúde Colaboradores Carmem Aparecida de Freitas Oliveira IAL Central/CCD/SES-SP Chefe de Seção Sorologia Cláudia Malinverni Núcleo de Comunicação CCD/SES-SP Revisão de texto Emi Shimma CRT DST/Aids/CCD/SES-SP Assessoria de Imprensa Júlia Maria Martins de Souza Felippe IAL Central/CCD/SES-SP Diretor da Divisão Biologia Médica Maria das Graças Alkmin IAL Central/CCD/SES-SP Diretor do Serviço de Microbiologia e Imunologia Marta Lopes Salomão IAL/CCD/SES-SP Diretor Geral Mirthes Ueda IAL Central/CCD/SES-SP Pesquisador Científico Vilmari Vicente Batista IAL Central/CCD/SES-SP Técnico de Apoio à Pesquisa 1

SUMÁRIO Lista de siglas e abreviaturas 3 1. Apresentação 4 2. Introdução 5 3. Inscrição no Programa de Controle da Qualidade Analítica do Diagnóstico Laboratorial da Infecção pelo HIV no Estado de São Paulo 8 4. Solicitação de bolsas de plasma à unidade hemoterápica 9 5. Solicitação de amostras de soro ao Instituto Adolfo Lutz Central 10 6. Transporte e conservação de bolsa de plasma e de amostras de soro 11 7. Descarte de resíduos 12 8. Transformação de plasma em soro 13 9. Preparo e validação de amostras componentes do controle de qualidade interno 14 10. Bibliografia consultada 15 Anexos e Figuras 19 2

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS Aids: adquired immunodeficiency syndrome (síndrome da imunodeficiência adquirida) CO: cut-off (ponto de corte) Conama: Conselho Nacional do Meio Ambiente CQI: controle de qualidade interno CRT DST/Aids: Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids CVS: Centro de Vigilância Sanitária DO: densidade óptica DST: doenças sexualmente transmissíveis EIA/EIE: enzyme immunoassay (ensaio imunoenzimático) ELISA: enzyme linked immunosorbent assay GM: gabinete do ministro GPI PCQA HIV/SP: Grupo Permanente de Trabalho para a Implementação do Programa de Controle da Qualidade Analítica do Diagnóstico Laboratorial da Infecção pelo HIV no Estado de São Paulo. HIV: human immuodeficiency virus (vírus da imunodeficiência humana) IAL Central: Instituto Adolfo Lutz Laboratório Central IFI: teste de imunofluorescência indireta LACEN: Laboratório Central de Saúde Pública MS: Ministério da Saúde PBS: solução tamponada de fosfato PCQA HIV: Programa de Controle da Qualidade Analítica do Diagnóstico Laboratorial da Infecção pelo HIV PGRSS: Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde RDC: Resolução da Diretoria Colegiada RSS: resíduos de serviços de saúde SUS: Sistema Único de Saúde 3

1 APRESENTAÇÃO Este manual propõe a sistematização do processo de transferência de plasma e soro para uso exclusivo no preparo do Controle de Qualidade Interno de testes sorológicos para o diagnóstico laboratorial da infecção pelo HIV. A presente versão foi discutida com vários profissionais da área, sendo as sugestões apresentadas incorporadas neste manual. Considerando o caráter dinâmico da legislação para agregar novos conhecimentos, recomenda-se que a leitura deste manual seja sempre realizada à luz da legislação vigente. 4

2 INTRODUÇÃO A Portaria MS/GM n. 59, de 28 de janeiro de 2003, normatizou a sub-rede de laboratórios do Programa Nacional de DST/Aids e estabeleceu o Programa de Controle da Qualidade Analítica do Diagnóstico Laboratorial da Infecção pelo HIV (PCQA HIV), visando implementar ações para a melhoria e garantia da qualidade do diagnóstico laboratorial. De acordo com os dispositivos desta Portaria, todos os laboratórios públicos e os conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS) que realizam testes sorológicos para detecção de anticorpos anti-hiv devem, obrigatoriamente, participar do PCQA HIV. No âmbito do Estado de São Paulo, cumprindo as atribuições de Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN), o Instituto Adolfo Lutz Laboratório Central (IAL Central) coordena o PCQA HIV na sub-rede estadual e criou, em 2004, o Grupo Permanente GPI PCQA HIV/SP para a implementação deste programa. Em 2005, com apoio do Programa Estadual de DST/Aids, o IAL Central realizou oficinas de treinamento para a rede de referência regional/municipal de laboratórios públicos do Estado de São Paulo, com a finalidade de promover ações e capacitar recursos humanos para a implantação de sistemas para a gestão da qualidade dos procedimentos analíticos dos testes sorológicos para detecção de anticorpos anti-hiv. Nestes treinamentos foram discutidos os procedimentos preconizados para a implantação do controle de qualidade interno (CQI) dos testes sorológicos, um dos requisitos a serem avaliados pelo Laboratório de Referência Estadual para qualificação dos laboratórios da sub-rede estadual no PCQA HIV. A verificação do desempenho dos testes sorológicos dentro dos limites de tolerância pré-definidos pode ser realizada por meio da análise de amostras de soro com resultado conhecido, padronizadas pelo laboratório, juntamente com as amostras de pacientes e amostras de controle fornecidas com os conjuntos de diagnóstico. As amostras de soro 5

padronizadas pelo laboratório para monitorar o desempenho dos ensaios, em adição ao emprego dos controles fornecidos pelo fabricante dos conjuntos de diagnóstico, são chamadas de controle de qualidade interno (CQI). Pelo disposto na Portaria n. 59, os laboratórios participantes do PCQA HIV devem ser qualificados em dois níveis básico ou avançado, de acordo com a comprovação de determinados requisitos do sistema de gestão da qualidade analítica. Após avaliação pelo LACEN, o reconhecimento do cumprimento dos requisitos em um dos níveis será feito por meio de outorga do Selo da Qualidade, pelo Ministério da Saúde (MS). Os resultados de testes sorológicos são inteiramente dependentes da qualidade das medidas empregadas nas fases pré-analítica, analítica e pós-analítica, e a consistência na produção de bons resultados requer um programa global que inclui controle e monitoramento dos procedimentos executados em todas as etapas do processo. O emprego do CQI durante os procedimentos da fase analítica dos testes sorológicos fornece parâmetros adicionais para validação dos ensaios e permite identificar variações no desempenho dos conjuntos de diagnóstico (ou kits de reagentes) a cada novo lote utilizado. Essas medidas contribuem para o monitoramento de erros aleatórios e sistemáticos, cuja detecção pode ser dificultada quando são empregados apenas os controles fornecidos com os conjuntos de diagnóstico. O plasma descartado pelos serviços hemoterápicos poderia ser utilizado como fonte de insumo para caracterização de amostras na preparação do CQI (Manual Controle de Qualidade Interno de Testes Sorológicos TELELAB CN DST/Aids Ministério da Saúde). Nesse sentido, o IAL Central, como laboratório de referência estadual para o diagnóstico da infecção pelo HIV, iniciou os procedimentos para padronizar e organizar o fluxo de transferência de bolsas de plasma entre a rede de serviço de hemoterapia e a rede de diagnóstico no Estado de São Paulo, à luz da legislação vigente e com a anuência das autoridades sanitárias. Com a finalidade de padronizar procedimentos técnicos e administrativos e de propor critérios e normas para o emprego do plasma proveniente da rede de serviços de hemoterapia como matéria-prima para a produção do CQI no Estado de São Paulo, por meio da Resolução SS-94/2006 foi instituído o Grupo Técnico constituído por profissionais da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo Coordenadoria de Controle de Doenças (Instituto Adolfo Lutz IAL, Centro de Vigilância Sanitária CVS 6

e Centro de Referência e Treinamento DST/Aids CRT) e Coordenadoria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos da Saúde (Grupo de Sangue, Componentes e Derivados Hemorede). O manual propõe a sistematização do processo de transferência de bolsas de plasma e de amostras de soro, com a participação do IAL, Hemocentros, Hemonúcleos e laboratórios, visando à implementação do CQI pelos laboratórios inscritos no PCQA HIV/SP. O Instituto Adolfo Lutz promoverá treinamentos para a capacitação das unidades da sub-rede no Estado de São Paulo para o emprego do CQI no monitoramento do desempenho de ensaios sorológicos utilizados para diagnóstico de infecção pelo HIV. Após comprovação da capacitação para emprego do CQI, os laboratórios da sub-rede inscritos no PCQA HIV/SP poderão solicitar ao IAL Central, mediante comprovação de demanda e por meio de instrumento específico, alíquotas de soro controle negativo e soro controle positivo para HIV para serem empregados no preparo do CQI a ser implantado em suas rotinas. 7

3 INSCRIÇÃO NO PROGRAMA DE CONTROLE DA QUALIDADE ANALÍTICA DO DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA INFECÇÃO PELO HIV NO ESTADO DE SÃO PAULO (PCQA HIV/SP) Em cumprimento ao disposto na Portaria MS/GM n. 59, de 28 de janeiro de 2003, os laboratórios públicos e os conveniados ao SUS que realizam testes para detecção de anti- HIV, no âmbito do Estado de São Paulo, deverão: 1. Requerer junto ao Instituto Adolfo Lutz Laboratório Central de Saúde Pública a sua inscrição no programa, por meio de ofício do representante legal, acompanhado do Formulário de Informações Cadastrais devidamente preenchido, datado e assinado, em versão original, em papel (disponível na página www. ial.sp.gov.br). 2. Encaminhar para: Diretoria Geral do IAL Expediente Avenida Dr. Arnaldo, n. 355, 1º andar Cerqueira César São Paulo/SP CEP: 01246-902 Após a análise das informações cadastrais, o IAL Central encaminhará ao requerente o Registro de Inscrição no PCQA HIV/SP, documento que comprovará a inscrição do laboratório no referido programa. Nota: não serão aceitos os requerimentos enviados por meio eletrônico ou fax. 8

4 SOLICITAÇÃO DE BOLSAS DE PLASMA À UNIDADE HEMOTERÁPICA Após celebração de convênio/contrato/termo de responsabilidade entre o IAL Central e o Hemocentro/Hemonúcleo, no qual deverão constar as responsabilidades técnicas da solicitação, cessão, transporte, recepção, garantia da rastreabilidade e utilização exclusiva no preparo de materiais para CQI, o IAL Central solicitará à unidade hemoterápica as bolsas de plasma em volume necessário e suficiente para atender à demanda de soro controle para procedimentos de CQI no âmbito da sub-rede de laboratórios para diagnóstico da infecção pelo HIV no Estado de São Paulo, por meio de documento específico (Anexo A e/ou B): 1. Bolsas de plasma HIV positivo. 2. Bolsas de plasma negativo para os marcadores sorológicos preconizados pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n. 153, de 14 de junho de 2004, ou legislação que vier substituí-la. 9

5 SOLICITAÇÃO DE AMOSTRAS DE SORO AO INSTITUTO ADOLFO LUTZ CENTRAL Após celebração de convênio/contrato/termo de responsabilidade junto ao IAL Central, no qual deverão constar as responsabilidades técnicas da solicitação, cessão, transporte, recepção e utilização exclusiva no preparo de materiais para CQI, os laboratórios inscritos no PCQA HIV/SP solicitarão ao IAL Central, por meio de documento específico (ANEXO C e/ou D): 1. Amostras de soro HIV positivo. 2. Amostras de soro negativo para os marcadores sorológicos preconizados pela RDC n. 153, de 14 de junho de 2004, ou legislação que vier substituí-la. Nota: os requerimentos deverão ser encaminhados ao Instituto Adolfo Lutz Secretaria de Estado da Saúde Avenida Dr. Arnaldo, n. 351, 10º andar Cerqueira César São Paulo/SP CEP: 01246-902 10

6 TRANSPORTE E CONSERVAÇÃO DE BOLSA DE PLASMA E DE AMOSTRAS DE SORO O componente congelado, plasma ou soro, deve ser transportado de acordo com a RDC n. 302, de 13 de outubro de 2005 e a Portaria n. 121, de 24 de novembro de 1995, sob temperatura adequada para manutenção de suas características, em caixa térmica própria para transporte, acompanhado por documento específico preenchido e devidamente assinado (ANEXOS A, B, C e/ou D) e com cópia desse afixada na tampa da caixa térmica. Recomenda-se que o transporte de bolsas de plasma HIV positivo e de bolsas de plasma com sorologia negativa para os marcadores sorológicos preconizados pela RDC n. 153, de 14 de junho de 2004, seja realizado em caixas térmicas distintas. Recomenda-se a utilização de gelo seco na quantidade suficiente para cobrir o conteúdo da caixa térmica, protegendo com material isolante os produtos do contato direto com o gelo seco. O tempo máximo de transporte é de 24 horas, sendo necessária a utilização de termômetro que comprove a manutenção da temperatura igual ou inferior a -20ºC. O plasma e o soro devem ser armazenados em temperatura igual ou inferior a -20ºC. 11

7 DESCARTE DE RESÍDUOS O descarte de bolsas de plasma ou amostras de soro deve estar de acordo com a RDC n. 306, de 7 de dezembro de 2004 que dispõe sobre o Regulamento Técnico para o Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e determina que todo serviço gerador de resíduos elabore o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) e com a Resolução Conama n. 358, de 29 de abril de 2005, que dispõe sobre tratamento e disposição final dos resíduos dos serviços de saúde. O Plano de Gerenciamento deverá descrever as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos no serviço, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte e destinação final, visando à proteção do trabalhador e preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente. As bolsas contendo sangue ou hemocomponentes, enquanto resíduos, estão enquadradas no Grupo A1 das referidas Resoluções, constituindo-se em resíduos potencialmente infectantes, necessitando de tratamento (físico ou outro processo validado) antes de sua disposição final de modo a se tornarem irreconhecíveis. Após esta providência, poderão ser acondicionadas como resíduos do Grupo D, ou seja, como resíduos comuns. 12

8 TRANSFORMAÇÃO DE PLASMA EM SORO Para efetuar o processamento de transformação de plasma em soro são, classicamente, adotadas duas técnicas: Trombinização Recalcificação De acordo com a análise comparativa realizada no IAL Central, a técnica de trombinização apresentou maior eficiência, maior rendimento, menor complexidade e produto final de boa qualidade. Esta técnica será realizada pela equipe do IAL Central, seguindo-se o Manual de Procedimento Operacional Padrão. 13

9 PREPARO E VALIDAÇÃO DE AMOSTRAS COMPONENTES DO CONTROLE DE QUALIDADE INTERNO (CQI) Recomenda-se seguir o protocolo preconizado pelo IAL Central, adaptado do Manual Controle de Qualidade Interno de Testes Sorológicos TELELAB CN DST/Aids Ministério da Saúde. A. ELISA (enzyme linked immunosorbent assay)/eia (enzyme immunoassay): A.1. Preparo do controle de qualidade interno (CQI) positivo para o ensaio ELISA/EIA HIV (ANEXO E). A.2. Validação e cálculo de variação aceitável para CQI ELISA/EIA HIV positivo (ANEXO F). A.3. Protocolo de resultados do CQI ELISA/EIA HIV positivo (ANEXO G). B. Ensaio de imunofluorescência indireta (IFI) para HIV-1: B.1. Preparo e validação do controle de qualidade interno (CQI) positivo para o ensaio IFI HIV (ANEXO H). B.2. Preparo e validação do controle de qualidade interno (CQI) negativo para o ensaio IFI HIV (ANEXO I). B.3. Protocolo de reação de imunofluorescência indireta para HIV-1 (ANEXO J). B.4. Protocolo de resultados do CQI IFI HIV (ANEXO K). 14

10 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Kudlac J, Hanan S, McKee G.L. Development of Quality Control Procedures for Human Immunodeficiency Virus Type 1 Antibody Enzyme-Linked Immunosorbent Assay. Journal of Clinical Microbiology 1989 p.1303-1306. Constantine NT, Callahan JD, Watts DM. HIV Testing and Quality Control: A Guide for Laboratory Personnel. Publisher: Family Health International, 170 pp, 1991. WHO. World Health Organization. Biosafety Guidelines for diagnostic and research laboratories working with HIV. Geneva: World Health Organization; 28 p., 1991. Cura E, Wendel S. Organización Panamericana de la Salud. Manual de Procedimientos de Control de Calidad para los Laboratorios de Serologia de los Bancos de Sangre. Washington, DC: PAHO/HPC/HCT 94.21, 1994. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria n. 121, de 24 de novembro de 1995. Determina as normas gerais de garantia de qualidade para Unidades Hemoterápicas. WHO. World Health Organization. Guidelines for Organizing National External Quality Assessment Schemes for HIV Serological Testing. UNAIDS/96.5, 1996. Brasil. CNS. Resolução n. 196, de 10 de outubro de 1996. Aprova diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. The Joint United Nations Programme on HIV/Aids (UNAIDS). HIV Testing Methods: Unaids Technical Update, 1997. Brasil. Ministério da Saúde. Coordenação Nacional de DST e Aids. Controle de Qualidade Interno de Testes Sorológicos. Brasília: Ministério da Saúde, CN DST e Aids, 1998. (Série TELELAB). 10. Brasil. Ministério da Saúde. Coordenação Nacional de DST e Aids. Diagnóstico Sorológico do HIV: Testes de Triagem. Brasília: Ministério da Saúde, CN-DST e Aids, 1998. (Série TELELAB). 11. Brasil. Ministério da Saúde. Coordenação Nacional de DST e Aids. Diagnóstico Sorológico do HIV: Testes Confirmatórios. Brasília: Ministério da Saúde, CN-DST e Aids, 1998. (Série TELELAB). 15

12. Brasil. Ministério da Saúde. Coordenação Nacional de DST e Aids. Preparação de Hemocomponentes. Brasília: Ministério da Saúde, CN-DST e Aids, 1998. (Série TELELAB). 13. Brasil. Ministério da Saúde. Coordenação Nacional de DST e Aids. Biossegurança. Brasília: Ministério da Saúde, CN-DST e Aids, 1998. (Série TELELAB). 14. Brasil. Ministério da Saúde. Coordenação Nacional de DST e Aids. Coleta de sangue de doadores: Ministério da Saúde, CN-DST e Aids, 1998. (Série TELELAB). 15. WHO. World Health Organization. Blood Safety and Clinical Technology: Quality Assurance and Accreditation Report of Intercountry Consultation, Yangon, Myanmar, 1999. 16. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). RDC n. 73, de 3 de agosto de 2000. Dispõe sobre o Programa Nacional de Sangue e Hemoderivados, regula o uso e a disponibilidade do plasma fresco congelado excedente do uso terapêutico no Brasil. 17. Oliveira CAF e col. Padronização de Soros-controle para Determinação de Anticorpos Anti-HIV. Elaboração de Painel Secundário de Soros para Controle Interno de Qualidade de Testes Sorológicos para o Diagnóstico de Infecção por HIV. São Paulo. Relatório técnico apresentado ao Conselho Técnico Científico do Instituto Adolfo Lutz, 2001. 18. WHO. World Health Organization. World Health Day 2000: Strategies of Safe Blood Transfusion, 2000. 19. Brasil. Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). NIT-DICLA 083: 2001. Critérios gerais para a competência de laboratórios clínicos. 20. Brasil. Lei Federal n. 10.205, de 21 de março de 2001. Regulamenta o 4º artigo 199 da Constituição Federal, relativo à coleta, processamento, estocagem, distribuição e aplicação do sangue, seus componentes e derivados. 21. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). RDC n. 151, de 21 de agosto de 2001. Aprova o regulamento técnico sobre os níveis de complexidade dos serviços de hemoterapia. 22. Brasil. Presidência da República. Decreto Federal nº. 3990, de 30 de outubro de 2001. Cria o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados Sinasan. 23. Center for Disease Control and Prevention (CDC) and African Regional Office of the World Health Organization (WHO/AFRO). Guidelines for Appropriate Evaluations of HIV Testing Technologies in Africa, 2001. 24. Silva DT, Gonçalves RR. Glossário de Boas Práticas de Laboratórios Clínicos. Rio de Janeiro: Editora Interciência; 2001. 16

25. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). RDC n. 24, de 24 de janeiro de 2002. Aprova o regulamento técnico com a finalidade de obter plasma fresco congelado PFC. 26. Brasil. Ministério da Saúde (MS/GM). Portaria n. 59, de 28 de janeiro de 2003. Especifica a sub-rede de laboratórios do Programa Nacional de DST e Aids. 27. Otani MM. Programa de Avaliação Externa para os Testes de Triagem Sorológica de Doadores de Bancos de Sangue dos Centros de Referência da América Latina: Utilização de Multipainel Específico [Doutorado]. Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo; 2003. 28. Brasil. Ministério da Saúde (MS/GM). Portaria n. 2.458, de 29 de dezembro de 2003. Caracteriza a rede de laboratórios para o diagnóstico de infecção pelo HIV. 29. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). RDC n. 153, de 14 de junho de 2004. Determina o regulamento técnico para os procedimentos hemoterápicos. 30. Brasil. Ministério da Saúde (MS/GM). Portaria n. 2.031, de 23 de setembro de 2004. Dispõe sobre a organização do Sistema Nacional de Laboratórios de Saúde Pública. 31. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). RDC n. 10, de 23 de janeiro de 2004. Diretrizes para uso de Plasma Fresco Congelado PFC e de Plasma Vírus Inativo. 32. São Paulo. Instituto Adolfo Lutz (IAL). Portaria do diretor geral, de 1 de outubro de 2004. Estabelece o Grupo Permanente de Trabalho para a implementação do PCQA HIV no Estado de São Paulo (GPI PCQA HIV/SP) e designa os membros do grupo. 33. Fundação Pró-Sangue Hemocentro de São Paulo. Compilação das Legislações da Hemoterapia Brasileira. Primeira edição. São Paulo, 2004. 34. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). RDC n. 306, de 7 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. 35. Brasil. Conselho Nacional de Saúde (CNS). Resolução n. 347, de 13 de janeiro de 2005. Dispõe sobre armazenamento e a utilização de material biológico humano no âmbito da pesquisa. 36. Brasil. Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Ministério do Meio Ambiente. Resolução n. 358, de 29 de abril de 2005. Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde. 17

37. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Manual Técnico para Investigação da Transmissão de Doenças pelo Sangue. Primeira edição. Brasília, 2005. 38. Brasil. Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). NBR ISO/IEC 17.025, de 30 de setembro de 2005. Requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio e calibração. 39. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). RDC n. 302, de 13 de outubro de 2005. Aprova o regulamento para funcionamento do Laboratório Clínico e Posto de Coleta Laboratorial. 40. CDC. Center for Disease Control and Prevention. Newborn Screening Quality Assurance Program. 2005 Annual Summary Report, volume 3, 2006. 41. WHO. World Health Organization. Blood Safety and Clinical Technology: Quality Assurance in Bacteriology and Immunology, 2006. 42. WHO. World Health Organization. Blood Safety and Clinical Technology Quality Assurance in Health Laboratory Services: A Status Report, 2006. 43. São Paulo. Gabinete do Secretário de Estado da Saúde. Resolução SS-94, de 28 de novembro de 2006. Dispõe sobre a criação do Grupo Técnico Transferência de Plasma como Matéria-prima para utilização em pesquisa, produção de reagentes ou painéis de controle de qualidade sorológica da Saúde de São Paulo. Diário Oficial Estado de São Paulo 2006; p.30. 44. São Paulo. Gabinete do Secretário de Estado da Saúde. Resolução SS-14, de 9 de fevereiro de 2007. Dispõe sobre a prorrogação do prazo que se reporta o Artigo 4º da Resolução SS-94, de 28 de novembro de 2006. Diário Oficial Estado de São Paulo 2007; p.28. 18

ANEXO A SOLICITAÇÃO E TRANSFERÊNCIA DE BOLSA DE PLASMA HIV POSITIVO PARA PREPARO DO CQI PELO PCQA HIV/SP N. da solicitação: 1. Serviço solicitante (laboratório) Nome: INSTITUTO ADOLFO LUTZ CENTRAL CNPJ: Endereço: AV. DR. ARNALDO N. 351 Complemento: 10º ANDAR Bairro: CERQUEIRA CÉSAR Município: SÃO PAULO UF: SP CEP: 01246-902 Tel.: 3068-2886 / 3068-2885 Fax: 3085-3505 Quantidade de bolsas solicitadas: Responsável pela solicitação: Assinatura e carimbo / / Data 2. Serviço fornecedor (serviço de hemoterapia) Nome: CNPJ: Endereço: N. Complemento: Bairro: Município: UF: CEP: Tel.: Fax: Responsável: Assinatura e carimbo 3. Bolsa de plasma positivo para HIV N. da bolsa Volume (ml) Kit/lote* DO/CO** *Kit utilizado pela Unidade Hemoterápica na Triagem Sorológica. **DO/CO: densidade óptica/cut-off. Responsável pela entrega: / / Nome legível e assinatura Data Horário TºC Declaro que recebi o(s) hemocomponente(s) acima descrito(s). Responsável pelo transporte: / / Nome legível e assinatura Data Horário Responsável pelo recebimento: / / Nome legível e assinatura Data Horário TºC 19

ANEXO B SOLICITAÇÃO E TRANSFERÊNCIA DE BOLSA DE PLASMA NEGATIVO PARA PREPARO DO CQI PELO PCQA HIV/SP N. da solicitação: 1. Serviço solicitante (laboratório) Nome: INSTITUTO ADOLFO LUTZ CENTRAL CNPJ: Endereço: Av. DR. ARNALDO N. 351 Complemento: 10º ANDAR Bairro: CERQUEIRA CÉSAR Município: SÃO PAULO UF: SP CEP: 01246-902 Tel.: 3068-2886 / 3068-2885 Fax: 3085-3505 Quantidade de bolsas solicitadas: Responsável pela solicitação: Assinatura e carimbo / / Data 2. Serviço fornecedor (serviço de hemoterapia) Nome: CNPJ: Endereço: N. Complemento: Bairro: Município: UF: CEP: Tel.: Fax: Responsável: Assinatura e carimbo 3. Bolsa de plasma negativo para todos marcadores sorológicos N. da bolsa Volume (ml) Responsável pela entrega: / / Nome legível e assinatura Data Horário TºC Declaro que recebi o(s) hemocomponente(s) acima descrito(s). Responsável pelo transporte: / / Nome legível e assinatura Data Horário Responsável pelo recebimento: / / Nome legível e assinatura Data Horário TºC 20

ANEXO C SOLICITAÇÃO E TRANSFERÊNCIA DE SORO HIV POSITIVO PARA PREPARO DO CQI PELO PCQA HIV/SP N. da solicitação: 1. Serviço solicitante (laboratório) A. Instituição: N. PCQA HIV/SP: Volume solicitado: ml B. Soro HIV positivo para preparo do controle de qualidade interno (CQI) Assinalar com X para qual técnica o CQI será utilizado: Ensaio imunoenzimático (EIA) 1 Ensaio imunoenzimático (EIA) 2 Imunofluorescência indireta (IFI) C. Necessário o preenchimento dos dados abaixo, conforme a técnica assinalada acima. Técnica Demanda* Conjunto diagnóstico Automação (sim/não) EIA 1 EIA 2 IFI * N. de testes realizados por mês Responsável pela solicitação: / / Assinatura e carimbo Data 2. Instituto Adolfo Lutz Central Soro HIV positivo Lote N. alíquotas Volume (ml) Prazo de validade Responsável pela entrega: / / Nome legível e assinatura Data Horário TºC Declaro que recebi a(s) alíquota(s) de soro HIV positivo acima descrita(s). Responsável pelo transporte: / / Nome legível e assinatura Data Horário Responsável pelo recebimento: / / Nome legível e assinatura Data Horário TºC 21

ANEXO D SOLICITAÇÃO E TRANSFERÊNCIA DE SORO NEGATIVO PARA PREPARO DO CQI PELO PCQA HIV/SP N. da solicitação: 1. Serviço solicitante (laboratório) A. Instituição: N. PCQA HIV/SP: Volume solicitado: ml B. Soro Negativo para preparo do controle de qualidade interno (CQI) Assinalar com X para qual técnica o CQI será utilizado: Ensaio imunoenzimático (EIA) 1 Ensaio imunoenzimático (EIA) 2 Imunofluorescência indireta (IFI) C. Necessário o preenchimento dos dados abaixo, conforme a técnica assinalada acima. Técnica Demanda* Conjunto Diagnóstico Automação (Sim/Não) EIA 1 EIA 2 IFI * N. de testes realizados por mês Responsável pela solicitação: / / Assinatura e carimbo Data 2. Instituto Adolfo Lutz Central Soro negativo Lote N. alíquotas Volume (ml) Prazo de validade Responsável pela entrega: / / Nome legível e assinatura Data Horário TºC Declaro que recebi a(s) alíquota(s) de soro HIV negativo acima descrita(s). Responsável pelo transporte: / / Nome legível e assinatura Data Horário Responsável pelo recebimento: / / Nome legível e assinatura Data Horário TºC 22

ANEXO E PREPARO DO CONTROLE DE QUALIDADE INTERNO (CQI) POSITIVO PARA O ENSAIO ELISA/EIA HIV REGISTRO DOS SOROS E DILUIÇÕES PARA O PREPARO DO CQI POSITIVO PARA O ENSAIO ELISA/EIA HIV Conjunto diagnóstico: 1- Identificação dos soros: Negativo: Positivo: 2- Diluição do soro positivo na razão 10 Data: Técnico: 1/10 μl soro positivo + μl soro negativo 1/100 μl diluição 1/10 + μl soro negativo 1/1.000 μl diluição 1/100 + μl soro negativo 1/10.000 μl diluição 1/1.000 + μl soro negativo 1/100.000 μl diluição 1/10.000 + μl soro negativo TESTAR CADA DILUIÇÃO NO CONJUNTO DIAGNÓSTICO: Data: Conjunto diagnóstico: Lote: Validade: Diluição Densidade óptica (DO) Cut-off (CO) DO/CO 1/10 1/100 1/1.000 1/10.000 1/100.000 Reatividade ideal para o CQI: 1,5 a 4,5 vezes o valor de cut-off. Nota: esta é a faixa de reatividade que mais facilita a percepção dos erros ocorridos durante a realização dos ensaios. Conclusão: Diluição encontrada 1/ (seguir item 4) Entre duas diluições (seguir item 3) Diluição não encontrada (descartar e preparar outra diluição) 23

3 - Diluição intermediária na razão 2 a partir da maior DO do soro positivo na razão 10 Data: Técnico: 1/ 1/ 1/ 1/ 1/ 1/ μl diluição 1/ + μl soro negativo μl diluição 1/ + μl soro negativo μl diluição 1/ + μl soro negativo μl diluição 1/ + μl soro negativo μl diluição 1/ + μl soro negativo μl diluição 1/ + μl soro negativo TESTAR CADA DILUIÇÃO NO CONJUNTO DIAGNÓSTICO: Data: Conjunto diagnóstico: Lote: Validade: 1/ 1/ 1/ 1/ Diluição Densidade óptica (DO) Cut-off (CO) DO/CO Reatividade ideal para o CQI: 1,5 a 4,5 vezes o valor de cut-off. Nota: esta é a faixa de reatividade que mais facilita a percepção dos erros ocorridos durante a realização dos ensaios. Conclusão: Diluição encontrada 1/ (seguir item 4) 4- Preparo do CQI positivo no ensaio ELISA/EIA HIV Se possível, escolher um frasco com capacidade no mínimo três vezes maior do que o volume total do CQI positivo a ser preparado. Homogeneizar o conteúdo colocando o frasco sob agitação suave e constante, em temperatura ambiente, durante 60 minutos no mínimo e 120 minutos no máximo. Recomenda-se utilizar um dos seguintes agitadores: orbital, tipo Kline ou similar. Conservar a amostra preparada em geladeira de 4ºC a 8ºC. Registrar: Diluição ideal: 1/ Soro positivo (volume): Agitação: início: horas Data: Volume a ser preparado: ml Soro negativo (volume): término: horas Responsável: 24

5- Validação do CQI positivo no ensaio ELISA/EIA HIV Separar 16 alíquotas do CQI positivo preparado. Testar as alíquotas em três ensaios: seis no primeiro ensaio, cinco no segundo ensaio e cinco no terceiro ensaio. Anotar os resultados obtidos em cada ensaio no ANEXO F. Analisar os 16 resultados verificando se os valores de DO obtidos estão dentro da faixa de reatividade recomendada, ou seja, de 1,5 a 4,5 vezes o valor do cut-off (CO) do ensaio. Nesta análise considerar os seguintes critérios: Se os 16 valores de DO obtidos estiverem na faixa recomendada o seu CQI positivo está validado. Se qualquer um dos resultados estiver fora da faixa recomendada, o controle não está validado. Neste caso, homogeneizar novamente o CQI, durante no mínimo 60 minutos. Separar cinco novas alíquotas e repetir o ensaio. Se na repetição qualquer dos resultados estiver novamente fora do padrão estabelecido, descartar este CQI positivo e preparar um novo. Se os cinco valores de DO obtidos estiverem na faixa de 1,5 a 4,5 vezes o valor do cut-off (CO) do ensaio o CQI está validado. 6- Fracionamento e armazenamento do CQI positivo Calcular o número de alíquotas de acordo com o volume do CQI positivo disponível. Antes de fazer alíquotas, homogeneizar o CQI por 60 a 120 minutos em agitação suave. Horário de homogeneização: início: término: Distribuir volume mínimo de 20% a mais para a realização do ensaio. Fazer alíquotas em frasco plástico para congelamento, com tampa, e com capacidade entre 0,5 a 2,0 ml. Rotular os frascos e as caixas para crio-armazenamento (tipo hemobox ou similar). Conservar temperaturas inferiores a -20ºC. Registrar: Volume por alíquota: μl Local de armazenamento: Freezer n. Data: Total de alíquotas: Responsável: Adaptado a partir do Manual Controle de Qualidade Interno de Testes Sorológicos TELELAB CN DST/Aids Ministério da Saúde. 25

ANEXO F VALIDAÇÃO E CÁLCULO DE VARIAÇÃO ACEITÁVEL PARA CQI ELISA/EIA HIV POSITIVO REGISTRO DE VALIDAÇÃO E CÁLCULO DE VARIAÇÃO ACEITÁVEL PARA CQI ELISA/EIA HIV POSITIVO Conjunto diagnóstico: Lote: A. Registro dos resultados dos ensaios Fabricante: Validade: ALÍQUOTA DO DO/CO Ensaio 1 1 CO = 2 1,5 x CO = 3 4,5 x CO = 4 Data = 5 6 Ensaio 2 7 CO = 8 1,5 x CO = 9 4,5 x CO = 10 Data = 11 Ensaio 3 12 CO = 13 1,5 x CO = 14 4,5 x CO = 15 Data = 16 n = 16 DO/CO = B. Média dos resultados da razão DO/CO obtidos x (DO/CO) = (DO/CO) n C. Cálculo dos limites da variação aceitável para CQI positivo Limite inferior (LI) = x (DO/CO) - 25% Limite superior (LS) = x (DO/CO) + 25% Conclusão: CQI Validado Não validado Variação aceitável para razão DO/CO: Responsável: Data: Referência: Manual Controle de Qualidade Interno de Testes Sorológicos TELELAB CN DST/Aids Ministério da Saúde. 26

ANEXO G PROTOCOLO DE RESULTADOS DO CQI ELISA/EIA HIV POSITIVO Conjunto diagnóstico: Lote: Diluição de uso: 1: INTERVALO DE ACEITAÇÃO DO CQI INFERIOR MÉDIA SUPERIOR DATA LOTE ALÍQUOTA DO CO DO/CO AVALIAÇÃO* (*) Conforme (C) Valor dentro do intervalo de aceitação Não conforme (NC) Valor acima do limite superior Não conforme (NC) Valor abaixo do limite inferior 27

ANEXO H PREPARO E VALIDAÇÃO DO CONTROLE DE QUALIDADE INTERNO (CQI) POSITIVO PARA O ENSAIO IFI HIV REGISTRO DOS SOROS E DILUIÇÕES PARA O PREPARO DO CQI IFI HIV POSITIVO Conjunto diagnóstico: 1- Identificação dos soros: Negativo: Positivo: 2- Diluição do soro positivo na razão 2 Data: Técnico: Puro μl soro positivo 1/2 μl soro positivo + μl soro negativo 1/4 μl diluição 1/2 + μl soro negativo 1/8 μl diluição 1/4 + μl soro negativo 1/16 μl diluição 1/8 + μl soro negativo 1/32 μl diluição 1/16 + μl soro negativo 1/64 μl diluição 1/32 + μl soro negativo 1/128 μl diluição 1/64 + μl soro negativo 1/256 μl diluição 1/128 + μl soro negativo 1/512 μl diluição 1/256 + μl soro negativo Nota: é fundamental homogeneizar a amostra e trocar a ponteira a cada diluição. OBSERVAÇÕES: 1. Para as dez diluições fazer paralelamente diluições 1/8 com PBS. 2. Testar cada diluição no conjunto diagnóstico. 28

Data: Conjunto diagnóstico: Lote: Validade: AMOSTRA Controle positivo Controle negativo Soro puro Diluição 1/2 Diluição 1/4 Diluição 1/8 Diluição 1/16 Diluição 1/32 Diluição 1/64 Diluição 1/128 Diluição 1/256 Diluição 1/512 RESULTADO A diluição ideal para preparar o CQI IFI HIV: corresponde àquela imediatamente anterior à última em que a amostra foi reagente. Nota: essa é a diluição que apresenta o padrão de reatividade que mais facilita a percepção dos erros nos ensaios. Conclusão: Diluição ideal para preparar o CQI: Exemplo: AMOSTRA Controle positivo Controle negativo Soro puro Diluição 1/2 Diluição 1/4 Diluição 1/8 Diluição 1/16 Diluição 1/32 Diluição 1/64 Diluição 1/128 Diluição 1/256 Diluição 1/512 RESULTADO Reagente Não reagente Reagente Reagente Reagente Reagente Reagente Reagente Indeterminado Não reagente Não reagente Não reagente No exemplo, a última diluição com resultado reagente corresponde à diluição 1/32, portanto, a diluição ideal da amostra positiva para preparar o CQI corresponde à diluição 1/16. 29

3- Preparo do CQI positivo no ensaio IFI HIV Se possível, escolher um frasco com capacidade no mínimo três vezes maior do que o volume total do CQI positivo a ser preparado. Homogeneizar o conteúdo colocando o frasco sob agitação suave e constante, em temperatura ambiente, durante 60 minutos no mínimo e 120 minutos no máximo. Recomenda-se utilizar um dos seguintes agitadores: orbital, tipo Kline ou similar. Conservar a amostra preparada em geladeira de 4º a 8ºC. Registrar: Diluição ideal: 1/ Soro positivo (volume): Agitação: início: horas Data: Volume a ser preparado: ml Soro negativo (volume): término: horas Responsável: 4- Validação do CQI IFI HIV positivo Num único ensaio, separar e testar em duplicata, cinco alíquotas do CQI. Fazer a leitura e verificar se todas as alíquotas apresentam o padrão de reatividade que caracteriza amostras reagentes. O CQI somente será validado se as cinco alíquotas apresentarem o padrão de fluorescência esperado. Registrar os resultados no ANEXO J. Caso alguma alíquota não apresente o padrão de reatividade esperado, testar outras cinco alíquotas. Se novamente, alguma alíquota não apresentar o padrão esperado, preparar novo CQI IFI HIV positivo. 5- Fracionamento e Armazenamento do CQI IFI HIV positivo Calcular o número de alíquotas de acordo com o volume do CQI positivo disponível. Antes de fazer alíquotas, homogeneizar o CQI por 60 a 120 minutos em agitação suave. Horário de homogeneização: início: término: Distribuir volume mínimo de 20% a mais para a realização do ensaio. Fazer alíquotas em frasco plástico para congelamento, com tampa, e com capacidade entre 0,5 a 2,0 ml. Rotular os frascos e as caixas para crio-armazenamento (tipo hemobox ou similar). Conservar temperaturas inferiores a -20ºC. Registrar: Volume por alíquota: μl Local de armazenamento: freezer nº. Data: Total de alíquotas: Responsável: Adaptado a partir do Manual Controle de Qualidade Interno de Testes Sorológicos TELELAB CN DST/Aids Ministério da Saúde. 30

ANEXO I PREPARO E VALIDAÇÃO DO CONTROLE DE QUALIDADE INTERNO (CQI) NEGATIVO PARA O ENSAIO IFI HIV REGISTRO DO SORO PARA O PREPARO DO CQI NEGATIVO PARA O ENSAIO IFI HIV Conjunto diagnóstico: 1 - Identificação do soro: Negativo: 2 - Preparo do CQI negativo no ensaio IFI HIV Se possível, escolher um frasco com capacidade no mínimo três vezes maior do que o volume total do CQI negativo a ser preparado. Homogeneizar o conteúdo colocando o frasco sob agitação suave e constante, em temperatura ambiente, durante 60 minutos no mínimo e 120 minutos no máximo. Recomenda-se utilizar um dos seguintes agitadores: orbital, tipo Kline ou similar. Conservar a amostra preparada em geladeira de 4ºC a 8ºC. Registrar: Volume a ser preparado: ml Agitação: início: horas Data: término: horas Responsável 3- Validação do CQI IFI HIV negativo As amostras devem ser testadas em três ensaios consecutivos. Os soros que forem repetidamente não reagentes nos três ensaios podem ser utilizados como CQI negativo. Registrar os resultados no ANEXO J. 4- Fracionamento e armazenamento do CQI negativo Calcular o número de alíquotas de acordo com o volume do CQI negativo disponível. Antes de fazer alíquotas, homogeneizar o CQI por 60 a 120 minutos em agitação suave. Horário de homogeneização: início: término: Distribuir volume mínimo de 20% a mais para a realização do ensaio. Fazer alíquotas em frasco plástico para congelamento, com tampa, e com capacidade entre 0,5 a 2,0 ml. Rotular os frascos e as caixas para crio-armazenamento (tipo hemobox ou similar). Conservar a temperaturas inferiores a -20ºC. Registrar: 31

Volume por alíquota: μl Local de armazenamento: freezer n. Data: Total de alíquotas: Responsável: Adaptado a partir do Manual Controle de Qualidade Interno de Testes Sorológicos TELELAB CN DST/Aids Ministério da Saúde. 32

ANEXO J PROTOCOLO DE REAÇÃO DE IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA PARA HIV-1 Protocolo n. Data Responsável pela execução do ensaio: Responsável pela leitura do ensaio: Responsável pela transcrição dos resultados: Caderno: Banco de dados: Lote dos reagentes: Conjunto diagnóstico: Lâminas: Controle negativo: Azul de Evans: Validade: Controle positivo: Conjugado: Glicerina tamponada: Título do conjugado: Conjunto diagnóstico utilizado: IFI HIV-1 Bio-Manguinhos (FIOCRUZ) Lâmina 1 Lâmina 2 Cavidade Amostra Resultado da leitura Cavidade Amostra Resultado da leitura 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Reação validada: Sim Não Reação validada: Sim Não Preparo dos reagentes: 1- Diluição dos controles e amostras (1/8): l soro + l PBS ph 7,2 2- Preparação do PBS A.E. (1/25): l Azul de Evans + l PBS ph 7,2 3- Diluição do conjugado ( / ): l PBS A.E. + l conjugado concentrado Controle da reação Temperatura da estufa (Tº): ºC Horário: Primeira incubação (soro): Início: ºC Horário: Término: ºC Horário: Segunda incubação (conjugado): Início: ºC Horário: Término: ºC Horário: : PBS ph 7,2: Lote: Validade: CQI: VALIDADO VALIDAÇÃO NÃO VALIDADO 33

ANEXO K PROTOCOLO DE RESULTADOS DO CQI IFI HIV Conjunto diagnóstico: Lote: CQI POSITIVO CQI NEGATIVO DATA LOTE ALÍQUOTA RESULTADO AVALIAÇÃO * DATA LOTE ALÍQUOTA RESULTADO AVALIAÇÃO * (*) Conforme (C) = padrão de fluorescência esperado Não conforme (NC)= padrão de fluorescência diferente do esperado 34

HEMOCENTROS/HEMONÚCLEOS BOLSA DE PLASMA HIV POSITIVO BOLSA DE PLASMA NEGATIVO IAL CENTRAL PLASMA HIV POSITIVO PLASMA NEGATIVO IAL CENTRAL SORO HIV POSITIVO SORO NEGATIVO FIGURA 1. TRANSFORMAÇÃO DE PLASMA EM SORO. 35

IAL CENTRAL ALÍQUOTAS DE SORO HIV POSITIVO SORO NEGATIVO LABORATÓRIOS PCQA HIV/SP SORO HIV POSITIVO SORO NEGATIVO LABORATÓRIOS PCQA HIV/SP CONTROLE DE QUALIDADE INTERNO FIGURA 2. PREPARO DO CQI. 36

Coordenadoria de Controle de Doenças SECRETARIA DA SAÚDE