Exercícios de João Cabral de Melo Neto

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Transcrição:

Exercícios de João Cabral de Melo Neto Material de apoio do Extensivo 1. (ENEM) Leia o que disse João Cabral de Melo Neto, poeta pernambucano, sobre a função de seus textos: "Falo somente com o que falo: a linguagem enxuta, contato denso; Falo somente do que falo: a vida seca, áspera e clara do sertão; Falo somente por quem falo: o homem sertanejo sobrevivendo na adversidade e na míngua. Falo somente para quem falo: para os que precisam ser alertados para a situação da miséria no Nordeste." Para João Cabral de Melo Neto, no texto literário, a) A linguagem do texto deve refletir o tema, e a fala do autor deve denunciar o fato social para determinados leitores. b) A linguagem do texto não deve ter relação com o tema, e o autor deve ser imparcial para que seu texto seja lido. c) O escritor deve saber separar a linguagem do tema e a perspectiva pessoal da perspectiva do leitor. d) A linguagem pode ser separada do tema, e o escritor deve ser o delator do fato social para todos os leitores. e) A linguagem está além do tema, e o fato social deve ser a proposta do escritor para convencer o leitor. 2. (ENEM) TEXTO I O meu nome é Severino, não tenho outro de pia. Como há muitos Severinos, que é santo de romaria, deram então de me chamar Severino de Maria; como há muitos Severinos com mães chamadas Maria, fiquei sendo o da Maria do finado Zacarias, mas isso ainda diz pouco: há muitos na freguesia, por causa de um coronel que se chamou Zacarias e que foi o mais antigo senhor desta sesmaria. Como então dizer quem fala ora a vossas senhorias? MELO NETO, J. C. Obra completa. Rio de Janeiro, Aguilar, 1994 (fragmento)

TEXTO II João Cabral, que já emprestara sua voz ao rio, transfere-a, aqui, ao retirante Severino, que, como o Capibaribe, também segue no caminho do Recife. A autoapresentação do personagem, na fala inicial do texto, nos mostra um Severino que, quanto mais se define, menos se individualiza, pois seus traços biográficos são sempre partilhados por outros homens. SECCHIN, A. C. João Cabral: a poesia do menos. Rio de Janeiro, Topbooks, 1999 (fragmentos) Com base no trecho de Morte e Vida Severina (Texto I) e na análise crítica (Texto II), observa-se que a relação entre o texto poético e o contexto social a que ele faz referência aponta para um problema social expresso literariamente pela pergunta: "Como então dizer quem fala / ora a vossas senhorias?". A resposta à pergunta expressa no poema é dada por meio da a) Descrição minuciosa dos traços biográficos do personagem-narrador. b) Construção da figura do retirante nordestino com um homem resignado com a sua situação. c) Representação, na figura do personagem-narrador, de outros Severinos que compartilham sua condição. d) Apresentação do personagem-narrador como uma projeção do próprio poeta em sua crise existencial. e) Descrição de Severino, que, apesar de humilde, orgulha-se de ser descendente do coronel Zacarias. 3. (UEPB) (...) Chega mais perto e contempla as palavras. Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra e te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrível, que lhe deres: Trouxeste a chave? (...) Carlos Drummond de Andrade, Procura da Poesia (...) E as vinte palavras recolhidas nas águas salgadas do poeta e de que servirá o poeta na sua máquina útil. Vinte palavras sempre as mesmas de que conhece o funcionamento a evaporação, a densidade menor que a do ar. João Cabral de Melo Neto, A lição de Poesia As estrofes destacadas revelam que, para Drummond e João Cabral, a criação poética centra-se no (a): a) Tratamento estético dado à matéria- prima da poesia: a palavra. b) Inspiração. c) Nos aspectos formais do poema: metro, ritmo e rima. d) Na desmontagem da palavra, ao gosto dos concretistas. e) Na dissociação entre significante e significado.

4. (UNIRIO) A bola não é inimiga como o touro, numa corrida; e embora seja um utensílio caseiro e que não se usa sem risco, não é o utensílio impessoal, sempre manso, de gesto usual: é um utensílio semivivo, de reação própria como bicho, e que, como bicho, é mister (mais que bicho, como mulher) usar com malícia e atenção dando aos pés astúcia de mão. (João Cabral de Melo Neto) Sobre o tema, e sua inserção no universo político do autor, é correto afirmar que a(o): a) Singularidade no tratamento da temática une-se à simplicidade vocabular. b) Complexidade temática afasta o poeta das proposições modernistas. c) Vocabulário e a sintaxe rebuscada traduzem preocupação metafísica. d) Predomínio do onírico é constante como traço surrealista da poesia de Cabral. e) Exagero de sentimentos manifesta-se na escolha lexical tipicamente parnasiana. Textos para as questões 7 e 8. Eu creio que os modernistas da Semana de Arte Moderna não devemos servir de exemplo a ninguém. Mas podemos servir de lição. O homem atravessa uma fase integralmente política da humanidade. Nunca jamais ele foi tão momentâneo como agora. Os abstencionismos e os valores eternos podem ficar pra depois. E apesar da nossa atualidade, da nossa nacionalidade, da nossa universalidade, uma coisa não ajudamos verdadeiramente, duma coisa não articipamos: o amilhoramento político-social do homem. E esta é a essência mesma da nossa idade. Si de alguma coisa pode valer o meu desgosto, a insatisfação que eu me causo, que os outros não sentem assim na beira do caminho, espiando a multidão passar. Façam ou se recusem a fazer arte, ciências, ofícios. Mas não fiquem apenas nisto, espiões da vida, camuflados em técnicos de vida, espiando a multidão passar. Marchem com as multidões. Aos espiões nunca foi necessária essa liberdade pela qual tanto se grita. No período de mais escravização do indivíduo, Grécia, Egito, artes e ciências, não deixam de florescer. Será que a liberdade é uma bobagem?...será que o direito é uma bobagem!...a vida humana é que é alguma coisa a mais que as ciências, artes e profissões. E é nessa vida que a liberdade tem um sentido, e o direito dos homens. A liberdade não é um prêmio, é uma sanção. Que há de vir. (Andrade, Mário de. Aspectos da Brasileira. 5ª ed. São Paulo: Livraria Martins, p. 255, 1974) Questão de pontuação Todo mundo aceita que ao homem cabe pontuar a própria vida: que viva em ponto de exclamação

(dizem: tem alma dionisíaca), viva em ponto de interrogação (foi filosofia, ora é poesia) viva equilibrando-se entre vírgulas e sem pontuação (na política) O homem só não aceita do homem que use a só pontuação fatal que use, na frase que ele vive o inevitável ponto final. (João Cabral de Melo Neto. Agrestes Poesia. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.) 5. (UFF) A poesia de João Cabral de Melo Neto surge em 1945, assinalando uma vertente do nosso pós-modernismo: Questão de pontuação exemplifica o procedimento básico do poeta. Assinale a opção em que tal procedimento é indicado: a) Retorno ao sentimentalismo romântico, sem nenhum rigor métrico. b) Uma nova dimensão do discurso lírico, sem excessos sentimentais. c) Preferência pelo soneto como índice de rigor estético e semântico. d) A exploração do supérfluo através das rimas convencionais. e) O discurso lírico como produto do acaso noturno das inspirações. 6. (UFF) Confrontando-se os textos, pode-se afirmar que: a) Mário de Andrade e João Cabral são subjetivos ao falar do desgosto que a produção literária lhes causa. b) A preocupação de Mário de Andrade com a vida humana (3º parágrafo) está presente na pontuação fatal de João Cabral de Melo Neto (3ª estrofe). c) Mário de Andrade acentua a relação do homem com a política (1º parágrafo), enquanto João Cabral com a de nobreza (2ª estrofe). d) O texto em prosa determina a objetividade ( Marchem com as multidões linha 13), enquanto o poema abre espaço para o subjetivismo ( viva em ponto de interrogação verso 5). e) Para Mário de Andrade, a liberdade nunca foi necessária (3º parágrafo), enquanto que João Cabral a considera vital ( Todo mundo aceita que ao homem / cabe pontuar a própria vida versos 1 e 2). Texto para a questão 7. Cartão de Natal 1- Pois que reinaugurando essa criança pensam os homens reinaugurar a sua vida e começar novo caderno, fresco como o pão do dia;

pois que nestes dias a aventura parece em ponto de vôo, e parece que vão enfim poder explodir suas sementes: 2 - que desta vez não perca esse caderno sua atração núbil para o dente; que o entusiasmo conserve vivas suas molas, e possa enfim o ferro comer a ferrugem o sim comer o não. (João Cabral de Melo Neto) 7. (UFRJ) e possa enfim o ferro comer a ferrugem Sabendo-se que habitualmente é a ferrugem que come o ferro, estabeleça a relação entre os versos citados e o projeto modernista na brasileira. Texto para a questão 8. Tua sedução é menos de mulher do que de casa: pois vem de como é por dentro ou por detrás da fachada. Mesmo quando ela possui tua plácida elegância, esse teu reboco claro, riso franco de varandas, uma casa não é nunca só para ser contemplada; melhor: somente por dentro é possível contemplá-la. Seduz pelo que é dentro, ou será, quando se abra; pelo que pode ser dentro de suas paredes fechadas; pelo que dentro fizeram com seus vazios, com o nada; pelos espaços de dentro, não pelo que dentro guarda; pelos espaços de dentro: seus recintos, suas áreas, organizando-se dentro

em corredores e salas, os quais sugerindo ao homem estâncias aconchegadas, paredes bem revestidas ou recessos bons de cavas, exercem sobre esse homem efeito igual ao que causas: a vontade de corrê-la por dentro, de visitá-la. João Cabral de Melo Neto. Poesias completas, Rio de Janeiro, José Olympio Editora, 1979, p.153 8. (UFRJ) a) No texto 4, o poeta fala da sedução da mulher e da sedução da casa. Para o eu-lírico, em que o segundo tipo de sedução é superior ao primeiro? b) A geração de 45 marca certa volta à valorização formal do poema em termos tradicionais. Indique duas características do poema de João Cabral que justificam essa afirmativa.