TRIBUNAL MARÍTIMO JP/SCB PROCESSO Nº 22.624/07 ACÓRDÃO



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Transcrição:

TRIBUNAL MARÍTIMO JP/SCB PROCESSO Nº 22.624/07 ACÓRDÃO R/E CAPITÃO JOSÉ ALECRIM VIII. Incêndio na praça de máquinas de rebocador / empurrador, provocando avarias no motor e nas suas partes elétricas e no compartimento, deixando a embarcação à deriva, sem ocorrência de vítimas. Causa não apurada acima de qualquer dúvida. Arquivamento. Vistos os presentes autos. Trata-se de analisar o incêndio envolvendo o R/E CAPITÃO JOSÉ ALECRIM VIII, de propriedade de Navegação Cunha Ltda., quando, cerca de 23 horas do dia 10/07/2006, encontrava-se navegando subindo o rio Amazonas, próximo ao município de Itacoatiara, AM, provocando avarias no motor e na praça de máquinas, sem ocorrência de vítimas. Dos depoimentos colhidos e documentos acostados extrai-se que o R/E CAPITÃO JOSÉ ALECRIM VIII saiu de Manaus com destino a Itaituba, PA em 21/06/2006, formando comboio com as balsas KELI DUARTE e PRIMAVERA III, sendo comandado pelo piloto fluvial Varlindo Amaral de Queiroz, efetuando algumas escalas durante a singradura; que em seu trajeto de volta, em 10/07/2006, estava de serviço no passadiço e conduzindo a embarcação o contramestre Manoel Pereira Batista, quando ocorreu o princípio de incêndio; que o princípio de incêndio foi presenciado apenas pelo condutor de máquinas de serviço Raimundo Sebastião Brito, tendo o fogo se alastrado pela praça de máquinas da embarcação; que o condutor de máquinas deu o alarme junto a tripulação e partiu a combater o incêndio juntamente com o tripulante Sebastião Barros Tapajós; que o fogo danificou parte do motor e sua parte elétrica, atingindo as anteparas do compartimento de forma acentuada do meio para cima; que a embarcação ficou à deriva e às escuras sendo socorrida pelo REM FOGÁS XXX, que a conduziu à margem esquerda do rio; e que o acidente foi comunicado pela empresa proprietária à Capitania em 17/07/2006 (fl.04) e em 18/07/2006 (fl.11). Laudo de exame pericial, realizado em 25/07/2006, registra que, após verificado no local e colhidas informações com o comandante da embarcação, os peritos observaram que havia a possibilidade do sinistro ter iniciado por uma falha elétrica, devido a proximidade da instalação elétrica com o coletor de gases do motor de propulsão, causando o derretimento da proteção dos fios elétricos, ocasionando um curto circuito e originando o incêndio, porém, tal fato não pôde ser determinado devido a deterioração do material, sendo 1/5

que o acidente ocorreu na presença de material inflamável (provavelmente diesel), devido as proporções atingidas pelo fogo. Ressaltou que havia indícios de presença de combustível ou material inflamável próximo ao motor, fazendo com que o sinistro atingisse grandes proporções em pouco tempo, e que pode ter havido falha no combate inicial ao fogo, fazendo com que o mesmo danificasse consideravelmente a praça de máquinas. Documentação de praxe anexada, destacando-se os Relatórios da Powertech de fls. 37/38 e 64/66. No relatório o encarregado do inquérito concluiu que segundo o laudo pericial, não se pode determinar que o fogo tenha começado na parte elétrica do motor, devido a proximidade dos cabos elétricos com as partes aquecidas do motor, fazendo com que o material isolante desses cabos derretessem, causando um curto circuito, sendo que também não ficou comprovado pela perícia que o fogo teria iniciado após uma falha no sensor de temperatura dos gases do motor propulsor. Ressalta que o fato que se pode afirmar ao certo é que o fogo espalhou-se pelo motor e adjacências devido a presença de material inflamável, evidenciada pelas proporções que tomaram e marcas de escorrimento no motor, conforme fotos anexas ao laudo pericial e no parecer técnico da empresa Powertech. A D. Procuradoria requereu o arquivamento considerando que de acordo com o laudo de exame pericial, às fls. 32/33, não foi possível apontar a causa determinante do incêndio, em razão da destruição total do material da embarcação; que, porém, os peritos afirmaram que havia indícios da presença de combustível ou material inflamável próximo ao motor fazendo com que o sinistro atingisse grandes proporções em pouco tempo, além de ter havido falha no controle inicial ao fogo, fazendo com que o mesmo danificasse consideravelmente a praça de máquinas; que o encarregado do inquérito, por sua vez, concluiu que: O fato que se pode afirmar ao certo, é que o fogo espalhou-se pelo motor e adjacências devido a presença de material inflamável, evidenciada pelas proporções que tomaram e marcas de escorrimento no motor, além do manuseio indevido de material inflamável por algum dos tripulantes próximo as partes quentes do motor... ; que, todavia, observa-se que o encarregado do IAFN não identificou, com exatidão se tais fatos teriam efetivamente ocorrido, antes falando em evidências, sublinhe-se que deixou de indicar responsáveis pelo evento; que, analisados os autos, percebe-se que os depoimentos são contraditórios acerca da real causa do incêndio; que o incêndio não teve a sua real causa delineada com precisão, malgrado o esforço da autoridade investigante; que, diante do exposto, a causa determinante do incêndio não restou apurada, tendo em vista a destruição total do equipamento danificado, impedindo assim, que se faça qualquer juízo de valor 2/4

acerca da culpabilidade no caso em tela; e que, por dever de ofício, cabe ressaltar que o seguro obrigatório DPEM do R/E CAPITÃO JOSÉ ALECRIM VIII encontrava-se com prazo de validade vencido. Publicada nota acerca do pedido de arquivamento, os prazos foram preclusos sem que interessados se manifestassem. Decide-se. De tudo o que consta nos presentes autos, conclui-se que a natureza e extensão do fato da navegação sob análise, tipificado no art.15, letra e, da lei 2.180/54, ficaram caracterizadas como incêndio na praça de máquinas de rebocador / empurrador, provocando avarias no motor e nas suas partes elétricas e no compartimento, deixando a embarcação à deriva, sem ocorrência de vítimas. A causa determinante do incêndio não foi apurada acima de qualquer dúvida. Analisando-se os autos, verifica-se que o inquérito não deu conta de apurar a causa do incêndio, uma vez que o laudo de exame pericial foi inconclusivo, tendo os peritos considerado que havia a possibilidade do sinistro ter iniciado por uma falha elétrica, devido a proximidade da instalação elétrica com o coletor de gases do motor de propulsão, causando o derretimento da proteção dos fios elétricos, ocasionando um curto circuito e originando o incêndio, porém, tal fato não pôde ser determinado devido a deterioração do material. Por outro lado, o relatório da empresa Powertech, representante do motor Cummins, registra a reclamação do cliente (embarcação sinistrada) como: O chicote elétrico do sensor de temperatura da água teria superaquecido pela proximidade com a tubulação de descarga. O chicote entrou em curto circuito e iniciou o incêndio no motor. Em relação à reclamação do cliente a Powertech fez as seguintes observações: 1 O chicote elétrico em questão está queimado. O isolamento dos fios queimou, expondo os filamentos metálicos. Quando ocorre um curto circuito, o filamento de cobre é o primeiro elemento a se deteriorar. Na foto mostrada no relatório pode ser visto que os filamentos de cobre dos fios estão íntegros, apenas o isolamento está queimado, isso mostra que não houve curto circuito neste chicote; 2 Os bornes da régua de conexão elétrica estão intactos, em caso de curto circuito, os bornes sofreriam superaquecimento, seria notável a avaria no borne correspondente ao circuito em curto; e 3 A Powertech Comercial Ltda. já entregou dezenas de motores idênticos a este e nunca teve registro de curto circuito nos chicotes do motor devido ao calor gerado pela descarga. Os chicotes elétricos são instalados e posicionados pelo fabricante do motor em 3/4

distância suficientemente segura de quaisquer fontes de calor que possam comprometer seu funcionamento. Deste modo, ficou caracterizado que a causa do acidente não restou apurada acima de qualquer dúvida, uma vez que não ficou provado nos autos que um curto circuito teria sido o causador do princípio do incêndio. E mais, embora o encarregado do inquérito tenha afirmado que O fato que se pode afirmar ao certo, é que o fogo espalhou-se pelo motor e adjacências devido a presença de material inflamável, evidenciada pelas proporções que tomaram e marcas de escorrimento no motor, além do manuseio indevido de material inflamável por algum dos tripulantes próximo as partes quentes do motor..., conforme muito bem apontado pela PEM, não identificou, com exatidão se tais fatos teriam efetivamente ocorrido, antes falando em evidências, não apontando responsáveis pelo evento em questão. Pelo exposto, deve-se julgar procedente o pedido de arquivamento formulado pela PEM. Deve ser oficiado à DPC a infração à Lei 8.374/91 (falta de bilhete de seguro obrigatório DPEM em vigor na data do acidente), cometida pelo proprietário da embarcação sinistrada, Navegação Cunha Ltda. Assim, ACORDAM os Juízes do Tribunal Marítimo, por unanimidade: a) quanto à natureza e extensão do acidente: incêndio na praça de máquinas de rebocador / empurrador, provocando avarias no motor e nas suas partes elétricas e no compartimento, deixando a embarcação à deriva, sem ocorrência de vítimas; b) quanto à causa determinante: não apurada acima de qualquer dúvida; c) decisão: julgar o acidente da navegação, previsto no art.14, letra a, da Lei nº 2.180/54, como de origem indeterminada, mandando arquivar o inquérito, conforme promoção da PEM. Oficiar à DPC a infração à Lei 8.374/91 (falta de bilhete de seguro obrigatório DPEM em vigor na data do acidente), cometida pelo proprietário da embarcação sinistrada, Navegação Cunha Ltda. Publique-se. Comunique-se. Registre-se. Rio de Janeiro, RJ, em 24 de julho de 2007. SERGIO CEZAR BOKEL Juiz-Relator 4/4 LUIZ AUGUSTO CORREIA

Vice-Almirante (RM1) Juiz-Presidente 5/4