Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro ACÓRDÃO



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Transcrição:

Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro ACÓRDÃO RECURSO ELEITORAL N Q 204-37.2012.6.19.0147 PROCEDÊNCIA: ANGRA DOS REIS-RJ (147 ZONA ELEITORAL - ANGRA DOS REIS) RECORRENTE : ELIAS JOSÉ RABHA ADVOGADO : Eduardo Damian Duarte ADVOGADO : Andre Luiz Faria Miranda ADVOGADO : Filipe Orlando Danan Saraiva ADVOGADO : Lauro Vinicius Ramos Rabha ADVOGADO : Marcello Silva Falci Couri ADVOGADA : Gabriela Torres de Carvalho ADVOGADA : Érica Oliveira Fortuna ADVOGADO : Leandro Delphino RECORRIDO : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL ELEIÇÕES 2012. VEREADOR. INELEGIBILIDADE. INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL. PROVIMENTO DO RECURSO. A peça exordial da ação de impugnação ao registro de candidatura somente faz referência à desaprovação de contas pelo Tribunal de Contas do Estado em seu primeiro parágrafo. Em todas as demais laudas, discorre o Parquet, fundamentando seu pedido, sobre desaprovação de contas de campanha. Provas juntadas ex officio, sem que tenha sido possibilitado ao recorrente manifestar-se quanto aos documentos juntados. Ausente elemento objetivo da demanda, qual seja, a causa de pedir,posto não haver a exposição do "quadro fático necessário à obtenção do efeito jurídico perseguido". Pelo provimento do recurso. ACORDAM os Membros do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, por maioria, em prover o recurso, declarando a inépcia da inicial e extinguindo o processo. Vencido o Desembargador Federal ergio schwaitzer. Designada para redatora do acórdão a Desembargadora Letícia Sard. Publicado em sessão. Sala de Sessões do TribuniLie nal Eleitora o Rio de Janeiro. Rio Janeiro, 23 de agos DESEM de B O. dr LETÍCIA SARDAS ra designada

Relatório Trata-se de Recurso Eleitoral objetivando a reforma da decisão que, acolhendo a impugnação ao registro, indeferiu a candidatura do recorrente referente às eleições de 2012. A decisão guerreada fundamentou-se na causa de inelegibilidade prevista no art. 1, I, "g" da Lei Complementar 64/90 - rejeição da contas do ordenador de despesa da Câmara Legislativa de Angra dos Reis, no exercício de 1999, tendo em vista o pagamento de sessões extraordinárias maior que o devido. Aduz o recorrente que Ação de Impugnação de Registro de Candidatura interposta pelo Ministério Público Eleitoral, em momento algum, citou a alínea g do inciso I do art. 1 g da LC 64/90, tendo o requerente apresentado defesa contraditando os termos da peça de impugnação, que diziam respeito à ausência de prestação de contas referentes ao pleito de 2008. Afirma, ainda, que a lista do Tribunal de Contas do Estado tem caráter meramente informativo, não gerando de plano uma inelegibilidade. Sustenta que o Juízo da 147 g Zona Eleitoral fez juntar aos autos de ofício a cópia da aludida lista e de algumas decisões da Corte de Contas, causando grave dano ao recorrente, posto não ter sido aberto prazo de 72 horas para que se manifestasse acerca do tema, violando-se o princípio da ampla defesa. Sustenta que a decisão que desaprovou as contas do recorrente enquanto Presidente da Câmara de Angra dos Reis no ano de 1999 não é irrecorrível, não é de natureza insanável e não configura ato doloso de improbidade administrativa, conforme entendimento do TSE. A Procuradoria Regional Eleitoral opina pelo desprovimento do recurso. É o breve relatório. SENOTA, 21/8/12- RE 204-37.2012.6.19.0147pv

VOTO PRELIMINAR de admissibilidade. Recebo o presente recurso, uma vez que presente os requisitos Cerceamento de Defesa De fato, a impugnação ao registro de candidatura ofertada pelo Ministério Público em primeiro grau refere-se, quase que exclusivamente, a eventual desaprovação das contas de campanha do requerente nas eleições de 2008, fato afastado pelas provas juntadas aos autos. Registre-se, no entanto, que o terceiro parágrafo da sobredita peça inicia-se da seguinte forma: "Consta, entretanto, da relação de contas rejeitadas anexa, expedida pelo Tribunal de Contas do Estado que o ora Impugnado...(...)". A partir daí somente faz menção o órgão do parquet a rejeição de contas de campanha. Tal fato, todavia, por si só, não trouxe qualquer prejuízo ao recorrente, já que, da leitura da impugnação, facilmente perceptível se mostra o erro grosseiro em que incorreu o Ministério Público, mesmo porque sabido pelo recorrente que suas contas de campanha não foram objeto de desaprovação e que suas contas enquanto agente público haviam sido rejeitadas pelo TCE, restando, óbvio, portanto, que a impugnação a elas se referiam. A questão referente à inexistência da listagem nos autos quando da notificação para contestação, sugerindo-se terem sido inseridas folhas nos autos após a vista concedida ao requerente, mostra-se infrutífera. A impugnação ofertada pelo Ministério Público aludia a existência de contas rejeitadas pelo TCE-RJ, tendo a referida listagem ganhado publicidade por meio da página deste Regional na internet, pouco importando, para a análise da matéria, pelo Juiz Eleitoral ou pelos advogados de defesa a juntada física do referido rol nos autos. Ocorre que, quando da contestação, limitou-se o recorrente a invocar as razões que lhe socorriam no que tange à ausência de quitação eleitoral, não se pronunciando sobre a matéria de fundo da impugnação de forma consciente, mesmo porque não podem os n. causídicos se esquivar de conhecer SENOTA, 21/8/12- RE 204-37.2012.6.19.0147pVF

cf 'IT a legislação de regência, sendo uma das premissas basilares do Direito Eleitoral a possibilidade de reconhecimento de ofício das causas de inelegibilidade, como a aqui tratada. Nesse sentido: "Tendo conhecimento de inelegibilidade, poderá o magistrado indeferir o pedido de registro, em observância ao art. 44 da Resolução-TSE n 21.608 e à norma prevista no parágrafo único do art. 7o da Lei Complementar n 64/90, que permite ao juiz formar "sua convicção pela livre apreciação da prova, atendendo aos fatos e às circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes, mencionando, na, decisão, os que motivaram seu convencimento" (Acórdão. n 23.070, de 16.09.2004, rei. min. Peçanha Martins). Por fim, mesmo que se entendesse que o procedimento levado a efeito pelo Juízo da 147 ã Zona Eleitoral tenha cerceado a defesa do requerente, a juntada em sede recursal dos argumentos que lhe socorrem, e que serão apreciados quando da análise de mérito, afasta o alegado prejuízo, não havendo nulidade a se pronunciar. SENOTA, 21/8/12- RE 204-37.2012.6.19.0147pv

VOTAÇÃO PRELIMINAR PRESIDENTE DESEMBARGADOR LUIZ ZVEITER: Há alguma divergência? DESEMBARGADORA LETICIA DE FARIA SARDAS: Senhor Presidente, acompanho o Relator, rejeitando a preliminar. JUIZ ANTONIO AUGUSTO DE TOLEDO GASPAR: Senhor Presidente, naquela sessão, eu havia lançado voto no sentido contrário e, ante a alegação do nobre Patrono, verifiquei que havia inépcia, porque juntava o Ministério Público, na inicial, prestação de contas de campanha com contas rejeitadas pelo TSE. Ou seja, da narrativa dos fatos, eu não conseguia ver a conclusão. DESEMBARGADOR FEDERAL SERGIO SCHWAITZER: Senhor Presidente, se for o caso de inépcia, tem-se que prover o recurso, para retornar ao primeiro grau para determinar emenda. autos. DESEMBARGADORA LETICIA DE FARIA SARDAS: Senhor Presidente, peço vista dos vista? PRESIDENTE DESEMBARGADOR LUIZ ZVEITER: OS demais membros aguardarão a Diante da anuência, o resultado parcial do julgamento é o seguinte: após votar o Relator rejeitando a preliminar de cerceamento de defesa, pediu vista dos autos a Desembargadora Leticia de Faria Sardas, ficando de aguardá-la os Juízes Antonio Augusto Gaspar, Luiz Roberto Ayoub, Ana Tereza Basílio e Leonardo Pietro Antonelli. Em consequência, ficou suspenso o julgamento. SENOTA, 21/8/12- RE 204-37.2012.6.19.0147pv(r

EXTRATO DE ATA RECURSO ELEITORAL N P- 204-37.2012.6.19.0147 - CLASSE RE RELATOR: DESEMBARGADOR FEDERAL SERGIO SCHWAITZER RECORRENTE : ELIAS JOSÉ RABHA ADVOGADO : EDUARDO DAMIAN DUARTE ADVOGADO : ANDRE LUIZ FARIA MIRANDA ADVOGADO : FILIPE ORLANDO DANAN SARAIVA ADVOGADO : LAURO VINICIUS RAMOS RABHA ADVOGADO : MARCELLO SILVA FALCI COURI ADVOGADA : GABRIELA TORRES DE CARVALHO ADVOGADA : ÉRICA OLIVEIRA FORTUNA ADVOGADO : LEANDRO DELPHINO RECORRIDO : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL DECISÃO: APÓS VOTAR O RELATOR REJEITANDO A PRELIMINAR DE CERCEAMENTO DE DEFESA, PEDIU VISTA DOS AUTOS A DESEMBARGADORA LETICIA DE FARIA SARDAS, FICANDO DE AGUARDÁ-LA OS JUÍZES ANTONIO AUGUSTO GASPAR, LUIZ ROBERTO AYOUB, ANA TEREZA BASÍLIO E LEONARDO PIETRO ANTONELLI. EM CONSEQUÊNCIA, FICOU SUSPENSO O JULGAMENTO. PRESIDÊNCIA DO DESEMBARGADOR Luiz ZVEITER. PRESENTES A DESEMBARGADORA LETICIA DE FARIA SARDAS, O DESEMBARGADOR FEDERAL SERGIO SCHWAITZER, OS JUÍZES ANTONIO AUGUSTO DE TOLEDO GASPAR, LUIZ ROBERTO AYOUB, LEONARDO PIETRO ANTONELLI E ANA TEREZA BASÍLIO E O REPRESENTANTE DA PROCURADORIA REGIONAL ELEITORAL. (O ADVOGADO EDUARDO DAMIAN DUARTE USOU DA PALAVRA.) SESSÃO DO DIA 21 DE AGOSTO DE 2012. SENOTA, 21/8/12- RE 204-37.2012.6.19.0147pv

VOTO-VISTA PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DESEMBARGADORA LETICIA DE FARIA SARDAS: Egrégia Corte, na última sessão, comentei que já havíamos firmado um entendimento em uma sessão em que o Desembargador Federal Sergio Schwaitzer não estava presente. Temos, portanto, algumas decisões recentes, uma delas é do Juiz Antonio Augusto de Toledo Gaspar, o RE 201-82, de Angra dos Reis, do dia 16 de agosto, absolutamente idêntica a esta situação: "RECURSO ELEITORAL. REGISTRO DE CANDIDATURA. IMPUGNAÇÃO. ELEIÇÕES 2012. VEREADOR. INELEGIBILIDADE. INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL. PROVIMENTO DO RECURSO. A peça exordial da ação de impugnação ao registro de candidatura somente faz referência à desaprovação de contas pelo Tribunal de Contas do Estado em seu primeiro parágrafo. Em todas as demais laudas, discorre o Parquet, fundamentando seu pedido, sobre desaprovação de contas de campanha. Provas juntadas ex officio, sem que tenha sido possibilitado ao recorrente manifestar-se quanto aos documentos juntados. Ausente elemento objetivo da demanda, qual seja, a causa de pedir, posto não haver a exposição do "quadro fático necessário à obtenção do efeito jurídico perseguido". Pelo provimento do recurso." Este processo que estamos julgando agora é da mesma comarca. É como se ele tivesse usado aquela mesma petição e agora mudado o nome. A mesma confusão que existia no RE 201-82 ocorre neste. Há outro precedente no mesmo sentido, do dia 14 de agosto, o RE 157-56, da Juíza Ana Tereza Basílio: "Na ausência de elementos nos autos que permitam a aferir a insanabilidade dos vícios relativos às contas, bem como se a conduta do recorrente seria dolosa ou culposa, não há como se reconhecer a inelegibilidade." Assim, Desembargador Federal Sergio Schwaitzer, ouso divergir de Vossa Excelência já que firmamos precedentes da mesma comarca com petições absolutamente idênticas. É como se o Ministério Público tivesse usado o modelo equivocado e continuado a usá-lo. Voto no sentido de acolher a preliminar de cerceamento de defesa e, portanto anular a sentença. Já que o cerceamento é tão evidente, é inépcia da inicial. SENOTA, 23/8/12- RE 204 37.2012.6.19.0147w#

Como vota o Juiz Antonio Augusto de Toledo Gaspar? JUIZ ANTONIO AUGUSTO DE TOLEDO GASPAR: Acompanho a divergência, Senhora Presidente. PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DESEMBARGADORA LETICIA DE FARIA SARDAS: Como vota o Juiz Luiz Roberto Ayoub? Juiz Luiz ROBERTO AYOUB: Acompanho a divergência, Senhora Presidente. PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DESEMBARGADORA LETICIA DE FARIA SARDAS: COMO vota o Juiz Leonardo Pietro Antonelli? JUIZ LEONARDO PIETRO ANTONELLI: Acompanho a divergência, Senhora Presidente. PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DESEMBARGADORA LETICIA DE FARIA SARDAS: COMO vota a Juíza Ana Tereza Basílio? JUÍZA ANA TEREZA BAsiuo: Acompanho a divergência, Senhora Presidente. PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DESEMBARGADORA LETICIA DE FARIA SARDAS: Por maioria, proveu-se o recurso, declarando-se a inépcia da inicial e extinguindo-se o processo. Vencido o Desembargador Federal Sergio Schwaitzer. Designada para Redatora do acórdão a Desembargadora Leticia Sardas. Publicado em sessão. SENOTA, 23/8/12- RE 204-37.2012.6.19.0147w(P-'

EXTRATO DE ATA RECURSO ELEITORAL N Q 204-37.2012.6.19.0147 - CLASSE RE RELATOR: DESEMBARGADOR FEDERAL SERGIO SCHWAITZER RECORRENTE : ELIAS J OS É RABHA ADVOGADO : EDUARDO DAMIAN DUARTE ADVOGADO : ANDRE LUIZ FARIA MIRANDA ADVOGADO : FILIPE ORLANDO DANAN SARAIVA ADVOGADO : LAURO VINICIUS RAMOS RABHA ADVOGADO : MARCELLO SILVA FALCI COURI ADVOGADA : GABRIELA TORRES DE CARVALHO ADVOGADA : ÉRICA OLIVEIRA FORTUNA ADVOGADO : LEANDRO DELPHINO RECORRIDO : MINISTÉRIO P Ú BLICO ELEITORAL DECISÃO: POR MAIORIA, PROVEU-SE O RECURSO, DECLARANDO-SE A INÉPCIA DA INICIAL E EXTINGUINDO-SE O PROCESSO. VENCIDO O DESEMBARGADOR FEDERAL SERGIO SCHWAITZER. DESIGNADA PARA REDATORA DO ACÓRDÃO A DESEMBARGADORA LETICIA SARDAS. PUBLICADO EM SESSÃO. PRESIDÊNCIA DA DESEMBARGADORA LETICIA DE FARIA SARDAS PRESENTES O DESEMBARGADOR CARLOS SANTOS DE OLIVEIRA, O D ESEMBARGADOR FEDERAL SERGIO SCHWAITZER, OS JU IZES ANTONIO AUGUSTO DE TOLEDO GASPAR, LUIZ ROBERTO AYOUB, LEONARDO PIETRO ANTONELLI E ANA TEREZA BASiLIO E O REPRESENTANTE DA PROCURADORIA REGIONAL ELEITORAL. SESSÃO DO DIA 23 DE AGOSTO DE 2012. SENOTA, 23/8/12- RE 204-37.2012.6.19.0147w7"4

SEÇÃO DE ACÓRDÃOS - SJD Ref.: Recurso Eleitoral N Q k ( - CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO CERTIFICO que, nesta data, o Acórdão do processo em referência, foi publicado em sessão Rio de Janeiro, 23 de agosto de 2012. A e Souza Ribeiro Chefe da eção de Acórdãos Amélia dó Souza Ribeiro Chefe da Seção de Acórdãos REMESSA Nesta data, remeto os presentes autos à CORIP. Rio de Janeiro, de agosto de 2012. de Souza Ribeiro Chefe dã Seção de Acórdãos Amélia dé Souza Ribeira, elr,srdãee