As Paisagens do Corpo revelam Imagens da Existência

Documentos relacionados
Emoções à baila: a coreografia no método Bailarino-Pesquisador-Intérprete (BPI)

Harmonia dos afetos na experiência com o método BPI: as relações interpessoais como meio para um aprofundamento da relação do intérprete consigo mesmo

Corpo em movimento e sujeito-personagem: discussão teóricometodológica sobre uma pesquisa em dança indígena

RODRIGUES, Graziela. O corpo identificado pelo fluxo de sentidos. Campinas: UNICAMP. Professora MA III H. Bailarina; Atriz; Coreógrafa; Psicóloga.

Palavras-chave: Método Bailarino-Pesquisador-Intérprete. Dança do Brasil. Dança para criança. Prática corporal com crianças.

Palavras chaves: BPI (Bailarino-Pesquisador-Intérprete); Processo criativo; Dança do Brasil.

Ementa: A disciplina estuda fundamentos psicanalíticos do desenvolvimento da personalidade

O nó das águas. Ana Carolina Lopes Melchert Unicamp Demonstração Prática Palavras-chave: Dança Criação Método BPI

Eva Maria Migliavacca

IMAGEM CORPORAL DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA PRATICANTES DE DANÇA SOBRE RODAS

Curso de Atualização em Psicopatologia 2ª aula Decio Tenenbaum

O entre-lugar das artes cênicas: um olhar expressivo sobre Coreografia de Cordel

Ritual indígena, cena brasileira e performance: pesquisa em Antropologia da Performance

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

Profa. Dra. Adriana Cristina Ferreira Caldana

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

O corpo diamante Ângela Mayumi Nagai O Inventário no Corpo, O Co-habitar com a Fonte e A Estruturação da Personagem.

Palavras-chave: Bailarino-Pesquisador-Intérprete (BPI); Recepção; Dança.

8. Referências bibliográficas

INTRODUÇÃO À PSICOPATOLOGIA PSICANALÍTICA. Profa. Dra. Laura Carmilo granado

CEP - Centro de Estudos Psicanalíticos. A psicanálise como berço ou por que tratamos apenas crianças em nossos consultórios

III SEMINÁRIO DE PRÁTICA DE PESQUISA EM PSICOLOGIA ISSN: Universidade Estadual de Maringá 23 de Novembro de 2013

FUNÇÃO PSICOSSOCIAL DO TRABALHO. Profª Maria Dionísia do Amaral Dias Deptº de Saúde Pública Faculdade de Medicina de Botucatu UNESP

Teorias Motivacionais

Mudanças na imagem corporal de bailarinas que vivenciaram o método BPI (Bailarino-Pesquisador-Intérprete)

DANÇA PARA ADOLESCENTES COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

CURSO INTEGRAL DE EXPERIMENTAÇÃO CORPORAL PARA O ATO CRIATIVO E A CRIAÇÃO FACILITADOR CARLOS RAMÍREZ

IDADE ADULTA TATIANA COMIOTTO

Anaí Machado Resende- Psicóloga Elizene dos Reis Oliveira - Psicóloga Marnia Santos Muniz- Psicóloga

Percepção e sensação do próprio corpo: a representação das pessoas com deficiência física na natação

A identidade como fator distintivo entre os seres humanos

GRUPOS EM TERAPIA OCUPACIONAL

SEQUENCIA EMOCIONAL. Freud

CORPO IMAGINADO: O PÓS-PASSO DO FIM/INÍCIO/MEIO

MÚSICA COMO INSTRUMENTO PSICOPEDAGÓGICO PARA INTERVENÇÃO COGNITIVA. Fabiano Silva Cruz Educador Musical/ Psicopedagogo

GRUPO DE ATIVIDADES EM TERAPIA OCUPACIONAL

AS ATIVIDADES LÚDICAS NO PROCESSO DE HOSPITALIZAÇÃO INFANTIL

Nota: Este enunciado tem 6 páginas. A cotação de cada pergunta encontra- se no início de cada grupo.

O BRINCAR E A BRINCADEIRA NO ATENDIMENTO INFANTIL

O INCONSCIENTE ENTENDIDO À LUZ DA OBRA DE GILLES DELEUZE E FÉLIX GUATTARI: CONTRAPONTOS EM RELAÇÃO À PSICANÁLISE DE MELANIE KLEIN

8 Referências bibliográficas

A auto-sabotagem na mente e no corpo do paciente. Jaime Ferreira da Silva, CBT APAB

Prova escrita de Psicologia Acesso ao Ensino Superior dos Maiores de 23 Anos 20 de Maio 2016

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE ARTES LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS MARIA MARGARETE PEREIRA GALVÃO

FUNDAMENTOS TEÓRICOS E TÉCNICOS DOS GRUPOS PROCESSOS GRUPAIS REGINA CÉLIA FIORATI

A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NO PROCESSO TERAPÊUTICO COM CRIANÇAS, UM DIÁLOGO ENTRE A PSICANÁLISE WINNICOTTIANA E A ANÁLISE BIOENERGETICA

Programa Analítico de Disciplina DAN261 Folclore e Danças Brasileiras III

Afectividade Psicopatologia Geral e Especial Carlos Mota Cardoso

Psicanálise em Psicóticos

IVAN HARO MARTINS. Ciclo II, noturno, quarta-feira CEP. 17 de outubro de 2017

PROVA PARA AVALIAÇÃO DE CAPACIDADE PARA FREQUÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR DOS MAIORES DE 23 ANOS 2013/2014. Faculdade de Ciências Humanas e Sociais

HABITAR-SE NO SILÊNCIO: UMA EXPERIÊNCIA DA ATENÇÃO PLENA NA FORMAÇÃO DO ATOR Maria Luiza Tavares Cavalcanti

FILHOS TRATADOS E MÃES SARADAS. Cássia B.S.V.Covre, Maria L. Michalichen, Adriana M. Barja

Programa Analítico de Disciplina EDU210 Psicologia da Educação I

O Processo Criativo e a Criação do Processo: os Laboratórios Experimentais como Proposta Metodológica em Artes Cênicas Saulo Silveira

As Implicações do Co Leito entre Pais e Filhos para a Resolução do Complexo de Édipo. Sandra Freiberger

O TRABALHO DOCENTE COM CONTOS DE FADAS E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A ELEVAÇÃO DA AUTOESTIMA E AUTOCONCEITO NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Alguns resumos de trabalhos que serão apresentados na Jornada

Curso de Psicologia Componente Curricular: Técnicas Psicoterápicas I Professor: Sócrates Pereira

Escola Secundária de Carregal do Sal

Educação de Essencialidades.

Patrícia Poppe XIII Encontro Luso-Brasileiro e XV Congresso Nacional da SPGPAG O Grupo: Espelho de Afetos; Construção de vínculos Lisboa,

CURSO INTEGRAL DE EXPERIMENTAÇÃO CORPORAL FACILITADOR

Curso de Atualização em Psicopatologia 7ª aula Decio Tenenbaum

Influência da educação psicomotora na educação infantil

Dança de Salão, AVC e Imagem corporal.

6 Referências bibliográficas

Palavras-chave: Método Bailarino-Pesquisador-Intérprete. Dança do Brasil. Dança para criança. Prática corporal com crianças.

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

RESUMO: PALAVRAS-CHAVE: Processo BPI: relação diretor-intérprete: José Celso Martinez Corrêa: Pina Bausch: Harmonia Afetiva.

A AFETIVIDADE ENTRE PROFESSOR E ALUNO NA CONSTRUÇÃO DO SER E SABER

Brincadeiras no desenvolvimento cognitivo

A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO CORPORAL NO PROCESSO ARTETERAPÊUTICO

CORPO NA CRIAÇÃO ARTÍSTICA DO ATOR Maria Ângela De Ambrosis Pinheiro Machado Universidade Federal de Goiás - UFG Corpo, emoção, razão.

ENVELHECIMENTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NA PERSPECTIVA DO CURRÍCULO FUNCIONAL NATURAL

A Criança Hospitalizada

A Relação Terapeuta-Cliente

SOBRE O CÉREBRO HUMANO NA PSICOLOGIA SOVIÉTICA citações de Rubinshtein, Luria e Vigotski *

Escola de Relações Humanas e o Comportamento nas Organizações

CONSCIÊNCIA E EXPRESSÃO CORPORAL

TEATRO - EMPRESARIAL

Prova escrita de Psicologia Acesso ao Ensino Superior dos Maiores de 23 Anos 8 de Maio de Duração da Prova 120 minutos

RESUMO. PALAVRAS-CHAVES: Bailarino-Pesquisador-Intérprete; Método; Originalidade. ABSTRACT

O que vem a ser identidade? O que vem a ser uma identificação?

ARTE E COMUNICAÇÃO: UM ESTUDO JUNTO A PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

SOCIEDADES E ASSOCIAÇÕES DE PSICOTERAPIA PROTOCOLADAS ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE ANÁLISE BIOENERGÉTICA

OS SENTIDOS DO CUIDAR: UM OLHAR PSICANALÍTICO SOBRE A ATUAÇÃO PROFISSIONAL DO ENFERMEIRO

RISCOS DE ADOECIMENTO NO TRABALHO: estudo entre profissionais de uma instituição federal de educação

Desenvolvimento das competências socioemocionais na Educação Infantil. Profª Drª Ana Paula Braz Maletta 21 de maio de 2019

PLANO DE CURSO 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

PLANO DE CURSO 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

AGRUPAMENTO de ESCOLAS de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2015/2016 PLANIFICAÇÃO ANUAL. Documento(s) Orientador(es): Programa da Disciplina

(C.G.Jung, Livro Vermelho, p.253)

O NÃO LUGAR DAS NÃO NEUROSES NA SAÚDE MENTAL

Manifestações da cultura no corpo através do eixo Inventário no Corpo do BPI

PLANO DE AÇÃO - GRUPO LOBO-GUARÁ- AGRUPAMENTO II QUEM SOU EU? QUEM É VOCÊ?

O papel do arteterapeuta

ABORDAGEM JUNGUIANA PSICOLOGIA CURSO DE

Transcrição:

As Paisagens do Corpo revelam Imagens da Existência Graziela Rodrigues Universidade Estadual de Campinas- UNICAMP Doutora em Artes Programa de Pós-graduação em Artes do Instituto de Artes da UNICAMP Coreógrafa e Psicóloga Resumo: As construções de imagens a partir de memórias do corpo estão no cerne do método BPI (Bailarino-Pesquisador-Intérprete). Durante todo o processo, o intérprete lida com as suas imagens internas. O circuito de emoções, sensações, movimentos e imagens são provenientes das paisagens que no método BPI significam espaços onde se desenvolvem experiências de vida que se instauram no corpo. Na prática cotidiana com o método fez-se necessário uma compreensão de conceitos da psicanálise tais como identificação, projeção, introjeção, assimilação e incorporação assim como as relações de objeto e o conceito de fantasia de Melaine Klein. Os estudos de imagem corporal desenvolvidos por Paul Schilder, seguidos de Fischer, Tavares e outros, propiciaram uma efetiva compreensão do processo de criação adotado pelo BPI assim como oportunizou uma evolução do mesmo. Palavras-chave: Método BPI (Bailarino-Pesquisador-Intérprete), pesquisa em artes da cena, identidade corporal O Bailarino-Pesquisador-Intérprete (BPI) é um método de pesquisa em Dança que objetiva a criação artística. Três eixos de sustentação formam o seu embasamento: o Inventário no Corpo, o Co-habitar com a Fonte e a Estruturação da Personagem. Pode-se dizer que esses três eixos acontecem no corpo em um processo relacionado à memória, às relações com o outro e à qualidade expressiva do movimento do intérprete que busca uma comunicação real com o público. O método BPI tem como foco a identidade corporal do intérprete e abrange os aspectos fisiológicos, sociais, culturais e afetivos de forma integrada. O veículo que possibilita o processo criativo dentro do método é a paisagem que se dá através do circuito de emoções, sensações, movimentos e imagens, não importando a ordem dessas referências. No livro, Rodrigues (1997) define paisagem como sendo os espaços onde se desenvolvem as experiências de vida que se instauraram no corpo do intérprete. De forma similar, Damásio (2000) define sentimento como sendo paisagem do corpo, ou seja, as representações das transformações que ocorrem no corpo devido à interação com o mundo ou com imagens evocadas. O método BPI trabalha com um grande fluxo de paisagens do corpo do intérprete em um processo movido e dinamizado pelas sensações. Se considerarmos as sensações como a porta que

dá acesso ao campo das emoções, o intérprete do BPI trabalha com o encadeamento das emoções em uma tarefa diária, tal como se faz com o trabalho muscular. Ter consciência da paisagem em que o corpo se encontra a cada momento desse processo faz parte da instauração do método BPI. Nessa perspectiva, foi constatado ser também trabalho do intérprete a identificação em si mesmo dos mecanismos atuantes em seu interior, possibilitando-lhe uma auto-análise. Um espaço de trabalho que não é o espaço terapêutico, mas sim o espaço da criação artística, que se abre para a pessoa do intérprete, para o seu autoconhecimento, sem dissimulação ou camuflagem. Em nossa prática com a formação de intérpretes, foi verificado que o referencial teórico da psicanálise tem auxiliado na clareza e evolução do método BPI. Bleger apud Etchegoyen (1987) estabeleceu que o processo psicanalítico, como todo processo, necessita de um não-processo para poder se realizar, e que esta parte fixa ou estável é o enquadre (setting). O enquadre fica assim definido como o conjunto de constantes que possibilitam o desenvolvimento do processo psicanalítico. Nos procedimentos laboratoriais do BPI, fica evidente a necessidade de se compreender e instituir um setting. Entende-se, então, assim como no setting psicanalítico, a necessidade de se ter condições favoráveis para que o processo aconteça, visto que ambos ocorrem em situações que requerem zelar pela pessoa. Com essas condições, criam-se novos espaços para o desenvolvimento dos trabalhos corporais na criação artística baseada no método BPI. As pesquisas concluídas em Rodrigues (2003) constaram que a pessoa ao vivenciar o eixo Inventário no Corpo em níveis mais profundos passou por um retorno ao berço, ou seja, aos momentos de desenvolvimento de seu próprio corpo, ao espaço-tempo das sensações profundas, fruto de necessidades corporais e afetivas que foram ou não atendidas. Nesse sentido, depara-se com sensações corporais arcaicas que nos remete ao conceito de fantasia na visão psicanalítica de Melaine Klein. Fantasias são processos psíquicos geradores de pensamentos e ações, frutos de nossas pulsões e que se relacionam aos impulsos de onde elas emergiram. As fantasias são onipotentes e não existe diferenciação entre fantasia e experiência da realidade. Os objetos fantasiados e a satisfação deles derivada são experimentados como acontecimentos físicos (Segal, 1975, p.24). O intérprete, ao adentrar em seu corpo em níveis mais profundos, acompanhado pelo diretor, irá tocar em suas primeiras fantasias - representações psíquicas de seus impulsos e é fundamental que ele compreenda o que está acontecendo consigo naquele momento. i

As vivências no método BPI vêm de encontro às necessidades do intérprete de desenvolver o amadurecimento pessoal de suas relações, alcançar o que Melaine Klein conceitua como posição depressiva. Para Melaine Klein (1991), a posição depressiva é o momento de integração e síntese quando a realidade interna passa a ser reconhecida pelo Ego, possibilitando-o dar continência ao que é bom e ao que é ruim. O Ego se encontra em condições de suportar ansiedades e emoções contrastantes. Há uma estabilidade emocional com capacidade para a tolerância e para ver as pessoas como totalidades. No eixo Inventário no Corpo, é de fundamental importância que a pessoa identifique suas partes amorosas e odiadas, para que ela possa adentrar o eixo Co-habitar com a Fonte, no qual há um dinamismo da Imagem Corporal ii. O intérprete irá trafegar por vários mecanismos quando estiver em pesquisa de campo. Na visão de Schilder (1994), a Imagem Corporal se constrói a partir das histórias internas do indivíduo e de suas relações com os outros. Ao longo do desenvolvimento, as partes dos corpos dos outros vão fazendo parte da Imagem Corporal da pessoa (incorporação), assim como as atitudes recebidas em relação a seu corpo vão fazendo parte de sua personalidade (identificação). Um mecanismo importante de ser lembrado aqui é a projeção, pois com freqüência se projeta a própria Imagem Corporal no outro. Há uma intercomunicação de Imagens Corporais através de partes ou do todo. Esse aspecto está fortemente delineado nesse eixo do BPI. Perceber os mecanismos em ação, principalmente quando se está em pesquisa de campo, atividade realizada no eixo Co-habitar com a Fonte, não só auxilia no campo das relações entre o pesquisador e o pesquisado como também propicia ao intérprete adentrar o eixo Estruturação da Personagem. Neste eixo ocorre um processo de destruição das Imagens Corporais, no sentido atribuído por Schilder, como sendo um movimento em direção a pulsão de vida, pois novas imagens são criadas e um corpo novo é gerado. Ao entender o que se passa consigo, em seu mundo interior, o intérprete se dispõe com mais confiança ao desenlace daquilo que interrompe o seu fluxo criativo, levando-o ao estudo de suas próprias emoções. Com essa direção, a vida interior do artista é devolvida a ele próprio, não ficando a mercê da sorte quando de outra forma o intérprete coloca o seu mundo emocional a serviço de uma cena, de uma coreografia, sem saber o que o está mobilizando, um desconhecimento que pode levá-lo a pagar um alto preço.

Uma prática alicerçada pelos conhecimentos acima citados tem oportunizado uma pesquisa em profundidade dos processos criativos ao mesmo tempo em que leva o intérprete a percorrer um fluxo do desenvolvimento humano. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DAMÁSIO, A. O Mistério da Consciência. Tradução Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. ETCHEGOYEN, R. H. Fundamentos da Técnica Psicanalítica. Tradução Cícero G. Fernandes. 2ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989. MELCHERT, A. C. L. O Desate criativo: Estruturação da Personagem a partir do Método BPI (Bailarino-Pesquisador-Intérprete). Dissertação (Mestrado em Artes)- Instituto de Artes, Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 2007. KLEIN, M. et al. Os Progressos Da Psicanálise. Tradução de Álvaro Cabral. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara, 1986.KLEIN, M. Inveja e Gratidão e outros trabalhos. Tradução Ellias Mallet da Rocha, Liana Pinto Chaves.Rio de Janeiro: Imago, 1991.(Vol. III das Obras Completas de Melanie Klein) RODRIGUES, G. Bailarino-Pesquisador-Intérprete: Processo de Formação. Rio de Janeiro, RJ: Funarte, 1997.RODRIGUES, G. O Método BPI (Bailarino-Pesquisador-Intérprete) e o Desenvolvimento da Imagem Corporal: reflexões que consideram o discurso de bailarinas que vivenciaram um processo criativo asseado neste método. 2003. Tese (Doutorado) - Instituto de Artes, Universidade Estadual de Campinas, SP. SCHILDER, P. A Imagem Do Corpo, As Energias Construtivas da Psique. Tradução Rosanne Wertman. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1994. SEGAL, H. Introdução a Obra de Melaine Klein. Rio de Janeiro: Imago, 1975. TAVARES, M.C.C. Imagem Corporal: Conceito e Desenvolvimento. São Paulo: Manole, 2003. i Melchert (2007) exemplifica com clareza através de seu corpo em processo o conceito de fantasia. ii Segundo Tavares (2003): A imagem corporal engloba todas as formas pelas quais uma pessoa experiencia e conceitua seu próprio corpo. Ela está ligada a uma organização cerebral integrada, influenciada por fatores sensoriais, processo de desenvolvimento e aspectos psicodinâmicos.