RESOLUÇÃO DO SIMULADO DISSERTATVIO PROVA D-6 GRUPO EXM 1. (UNESP) Os textos apresentam concepções antagônicas no que diz respeito à relação entre indivíduo e sociedade. Para Marx, a plena existência do indivíduo somente se dá quando ele está inserido dentro da coletividade, ou seja, dentro de sua classe social, que age politicamente. Já o segundo texto, enxerga que os indivíduos em coletividade perdem o seu caráter subjetivo, agindo somente instintivamente. Além disso, vale pensar considerar a ideologia que está embutida em cada um dos pensamentos: enquanto a primeira é mais coletivista, a segunda é individualista. 2. (UEL)
Os dois primeiros versos do poema Mandei a palavra rimar, / Ela não me obedeceu mostram o eu lírico em seu processo de criação. Ali, há a expectativa de que a palavra rime, seguida da constatação de que ela desobedece a essa ordem. Ao longo do poema, quanto à forma, encontram-se rimas externas rosa/prosa e internas sinto/extinto, sonoridade sílaba silenciosa e jogos de palavras, embora o eu lírico afirme que ela não obedeceu a ele. No que diz respeito aos sentidos, o poema mantém o tom conflituoso e até paradoxal, que descreve esse embate entre poeta e palavra. A ideia de liberdade e desobediência, exposta nos versos iniciais, confirma-se ao longo do poema em versos como parecia fora de si ou se foi num labirinto. 3. (FUVEST) a) Não; nos textos transcritos, para indica finalidade e por, causa. b) Gosto e preciso de ti, mas quero logo explicar: não gosto porque preciso; preciso, sim, por gostar. 4. (UNICAMP)
a) O interessante paradoxo consiste no fato de o contacto com a escassez, a precariedade e a pobreza não despertar nos turistas uma atitude crítica ou melhor, autocrítica em relação ao seu próprio consumismo, excessivo e superficial como todo consumismo. Ao contrário, tal contacto com os favelados produziu neles o seu aperfeiçoa - mento como consumidores, ou seja, reforçou o seu consumismo sem sequer colocá-lo em questão. b) O guia relata que o turismo na favela tem um aspecto invasivo. Justifica informando que lá se anda em ruas apertadas e que as pessoas mantêm as janelas abertas, acrescentando que turistas insensíveis olham sem pudor para dentro das casas, criando situações desagradáveis, como a ocorrida com outro guia. Contou que uma moradora cozinhava em seu fogão contíguo à janela e que um turista que passava chegou a enfiar a mão e destampar a panela, enfurecendo a mulher, que lhe golpeou o braço. 5. (FUVEST) a) Moinho é um engenho ou dispositivo, acionado por diversos meios (água, ventos, animais, motor), que se destina a moer cereais. Com a metáfora o mundo é um moinho, o poeta indica e destaca seu poder de triturar, de desfazer. Mas o quê? Então ele desdobra a metáfora, apontando o objeto da moagem. Na terceira estrofe, o que é triturado são os sonhos. Na quarta, são as ilusões que, trituradas, são reduzidas a pó, ou seja, na clave instituída pela metáfora, a nada. Portanto, do mesmo modo que o moinho tritura cereais, o mundo destrói os sonhos e ilusões, reduzindo-os a nada. b) As formas verbais que deveriam ser alteradas, caso o autor optasse pelo uso sistemático da segunda pessoa do singular, são: Ouça-me, do primeiro verso da primeira estrofe, que deveria ser mudado em Ouve-me. Preste atenção, do segundo verso da primeira estrofe (repetido no primeiro verso da segunda estrofe), que deveria ser mudado em Presta atenção.
6. (UNICAMP) a) "Acabar em pizza", por um lado, relaciona-se a uma reunião encerrada festivamente, com descontração, isso em âmbito internacional; por outro, a expressão é utilizada para realçar a ausência de seriedade, principalmente no cenário político nacional. b) Nesse contexto, "acabar em pizza" confere amplitude/ abrangência global ao provedor, porque, não importando a origem da notícia, ela será sempre divulgada. 7. (UNICAMP) a) Não. A escassez vocabular do menino contribui para o seu processo de animalização, aproximando suas características mentais das de um bicho. Isso se pode comprovar pela afirmação tinha o vocabulário quase tão minguado como o do papagaio que morrera no tempo da seca. Dada a sua mínima capacidade de comunicação verbal o que o distancia do universo cultural humano, o menino empregava uma linguagem acessória, formada por exclamações e gestos, para se comunicar com a cachorra. b) Não. O enredo de Vidas secas é apresentado por um narrador em 3ª- pessoa, que se vale de estilo seco, marcado pela objetividade e pela pouca adjetivação, para contar a história de uma família de retirantes assolados pela seca. O narrador não expõe, como diz o enunciado, suas emoções e sentimentos pessoais a respeito da pobreza sertaneja ; na verdade, a estratégia utilizada é a de figurar a realidade nua e crua, sem sentimentalismo, para que ela por si mesma emocione o leitor
8. (FUVEST) a) Jacinto não mantém uma relação democrática e igualitária com os pobres, uma vez que, para com eles, suas atitudes se caracterizam pelo paternalismo e pelo assistencialismo. b) Em Portugal, após o desaparecimento de D. Sebastião, desenvolveu-se o mito sebastianista, ou seja, a crença de que ele haveria de voltar para resgatar a grandeza que o País conhecera no século XVI. As atitudes paternalistas e assistencialistas de Jacinto, levando certo conforto e bem-estar aos habitantes de Tormes, acabam por permitir essa identificação. 9. (FUVEST)
a) Trata-se da Canção do exílio, do poeta nacionalista da primeira geração romântica brasileira Gonçalves Dias. b) Não. Rosa absorve, em sua linguagem, estrangeirismos, e em sua obra inclusive em Sagarana, pode-se reconhecer a influência de várias culturas. Vejam-se, por exemplo, as diferentes manifestações de religiosidade, evocando essa diversidade de culturas.