Procedimentos de auditoria; Confirmações externas; Procedimentos analíticos.

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Transcrição:

Procedimentos de Auditoria Procedimentos de auditoria; Confirmações externas; Procedimentos analíticos. 1 Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados. 1.1 Objetivo. O objetivo do auditor é o de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente relacionada aos riscos avaliados de distorção relevante por meio do planejamento e da implementação de respostas apropriadas a esses riscos. Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar distorções relevantes no nível de afirmações. Os procedimentos substantivos incluem: a) testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de divulgações); e b) procedimentos analíticos substantivos. Teste de controle é o procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade operacional dos controles na prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes no nível de afirmações. 1.2 Respostas gerais. O auditor deve planejar e implementar respostas gerais para tratar dos riscos avaliados de distorção relevante no nível das demonstrações contábeis. A avaliação dos riscos de distorção relevante no nível das demonstrações contábeis e, consequentemente, as respostas gerais do auditor, são afetadas pelo entendimento do auditor do ambiente de controle. Um ambiente de controle eficaz pode permitir que o auditor tenha mais confiança no controle interno e a confiabilidade da portanto, permitir que o auditor execute alguns procedimentos de auditoria em data intermediária ao invés de no final do período, por exemplo. Deficiências no ambiente de controle, entretanto, têm o efeito oposto, por exemplo, o auditor pode responder a um ambiente de controle ineficaz mediante:

1.3 Procedimentos de auditoria em resposta aos riscos avaliados de distorção relevante no nível de afirmações. O auditor deve planejar e executar procedimentos adicionais de auditoria, cuja natureza (finalidade), época e extensão se baseiam e respondem aos riscos avaliados de distorção relevante no nível de afirmações. Ao planejar procedimentos adicionais de auditoria a serem realizados, o auditor deve: O auditor pode executar testes de controles ou procedimentos substantivos em data intermediária ou no final do período. Quanto maior for o risco de distorção relevante, maior é a probabilidade de que o auditor decida que é mais eficaz executar procedimentos substantivos próximo do final ou no final do período (muito relevante quando se considera a resposta aos riscos de fraude). Por outro lado, a execução dos procedimentos de auditoria antes do final do período pode auxiliar o auditor a identificar assuntos significativos na fase inicial da auditoria e, consequentemente, resolvê-los com a ajuda da administração ou desenvolver uma abordagem de auditoria eficaz para tratar desses assuntos. A extensão de procedimento de auditoria considerado necessário é determinada após a consideração da materialidade, do risco avaliado e do grau de segurança que o auditor planeja obter. Em geral, a extensão dos procedimentos de auditoria aumenta à medida que o risco de distorção relevante aumenta, desde que ele seja relevante para o risco específico. 1.3.1 Testes de controle O auditor deve planejar e realizar testes de controle para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente quanto à efetividade operacional dos controles relevantes. Testar a efetividade operacional dos controles é diferente de obter entendimento e avaliação do planejamento de controles. O auditor pode planejar um teste de controle a ser executado simultaneamente com um teste de detalhes da mesma transação. Embora a finalidade de um teste de controle seja diferente da finalidade de um teste de detalhes, ambas podem ser alcançadas simultaneamente mediante a execução de teste de controle e de detalhes da mesma transação, também conhecido como teste de

duplo-propósito. Este teste é planejado e avaliado mediante a consideração de cada finalidade do teste separadamente. Ao planejar e executar os testes de controle, o auditor deve obter evidência de auditoria mais persuasiva quanto maior for a sua confiança na efetividade do controle. Ao planejar e executar os testes de controle, o auditor deve: O auditor deve testar os controles para uma data específica ou ao longo do período no qual o auditor pretende confiar nesses controles para fornecer base apropriada para a confiança pretendida pelo auditor. Se o auditor planeja usar a evidência de auditoria da auditoria anterior a respeito da efetividade operacional de controles específicos, o auditor deve estabelecer se essa evidência continua relevante mediante a obtenção de evidência de auditoria quanto a ocorrência ou não de alterações significativas nesses controles após a auditoria anterior. Ao avaliar a efetividade operacional dos controles relevantes, o auditor deve avaliar se as distorções que foram detectadas pelos procedimentos substantivos indicam que os controles não estão operando efetivamente. A ausência de detecção de distorções por procedimentos substantivos, entretanto, não fornece evidência de auditoria de que os controles relacionados com a afirmação que está sendo testada são efetivos. No entanto, quando uma distorção relevante é detectada pelos procedimentos de auditoria, é um forte indicador da existência de deficiência significativa no controle interno. 1.3.2. Procedimento substantivo Independentemente dos riscos identificados de distorção relevante, o auditor deve planejar e executar procedimentos substantivos para cada classe de transações, saldo de contas e divulgações significativas.

ATENÇÃO!! Essa exigência reflete os fatos de que: i) a avaliação de risco do auditor é questão de julgamento e, portanto, pode não identificar todos os riscos de distorção relevante; e ii) há limitações inerentes ao controle interno, incluindo a burla dos controles pela administração. Os procedimentos analíticos substantivos são geralmente mais aplicáveis a grandes volumes de transações que tendem a serem previsíveis com o tempo. Como a avaliação de risco de distorção relevante leva em consideração o controle interno, a extensão dos procedimentos substantivos pode precisar ser aumentada quando os resultados dos testes de controle são insatisfatórios. Entretanto, o aumento da extensão de um procedimento de auditoria é apropriado somente se o procedimento de auditoria em si é relevante para o risco específico. O auditor deve considerar se procedimentos de confirmação externa devem ser executados como procedimentos substantivos. As situações em que os procedimentos de confirmação externa podem fornecer evidência de auditoria relevante em resposta aos riscos identificados de distorção relevante, incluem: e relacionamentos bancários; processamento ou em consignação; custódia ou garantia; de bolsa, mas não entregues na data do balanço; valores devidos a credores, incluindo condições relevantes de liquidação e cláusulas restritivas; 1.4 Adequação da apresentação e divulgação. O auditor deve executar procedimentos de auditoria para avaliar se a apresentação das demonstrações contábeis como um todo, incluindo as respectivas divulgações, está de acordo com a estrutura de relatórios financeiros aplicáveis (o que incluir, por exemplo, a terminologia utilizada, a quantidade de detalhes fornecidos, a classificação dos itens nas demonstrações e as bases dos valores estabelecidos). 1.5 Avaliação da suficiência e adequação da evidência de auditoria. Com base nos procedimentos de auditoria executados e na evidência de auditoria obtida, o auditor deve avaliar, antes da conclusão da auditoria, se as avaliações de riscos de distorção relevante no nível de afirmações continuam apropriadas. O auditor não pode assumir que um caso de fraude ou erro é uma ocorrência isolada. Portanto, a consideração do modo como a detecção de distorção afeta

os riscos avaliados de distorção relevante é importante para determinar se a avaliação continua apropriada. O auditor deve concluir se foi obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente. Para formar uma opinião, o auditor deve considerar todas as evidências de auditoria relevantes, independentemente do fato dela parecer corroborar ou contradizer as afirmações nas demonstrações contábeis. Se o auditor não obteve evidência de auditoria apropriada e suficiente quanto a uma afirmação relevante nas demonstrações contábeis, o auditor deve tentar obter evidência adicional de auditoria. Se o auditor não conseguir obter evidência apropriada e suficiente, o auditor deve expressar opinião com ressalva ou abster-se de opinar sobre as demonstrações contábeis. 1.6 Documentação. O auditor deve incluir na documentação de auditoria: a) as respostas gerais para tratar os riscos avaliados de distorção relevante no nível das demonstrações contábeis e a natureza, época e extensão dos procedimentos adicionais de auditoria executados; b) o relacionamento desses procedimentos com os riscos avaliados no nível de afirmações; e c) os resultados dos procedimentos de auditoria, incluindo as conclusões nos casos em que eles não estiverem de outra forma claros. 2. Procedimentos de auditoria Estas finalidades vão depender do contexto em que estes procedimentos forem aplicados pelo auditor. Os principais procedimentos elencados pelas NBC são:

1) Inspeção Exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo. 2) Observação Exame de processo ou procedimento executado por outros, por exemplo, a observação pelo auditor da contagem do estoque pelos empregados da entidade ou da execução de atividades de controle. A observação fornece evidência de auditoria a respeito da execução de processo ou procedimento, mas é limitada ao ponto no tempo em que a observação ocorre e pelo fato de que o ato de ser observado pode afetar a maneira como o processo ou procedimento é executado. 3) Confirmação externa Uma confirmação externa representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como resposta escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor, em forma escrita, eletrônica ou em outra mídia. 4) Recálculo O recálculo consiste na verificação da exatidão matemática de documentos ou registros. O recálculo pode ser realizado manual ou eletronicamente. 5) Reexecução A reexecução envolve a execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles que foram originalmente realizados como parte do controle interno da entidade. 6) Procedimentos analíticos Consistem em avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Os procedimentos analíticos incluem também a investigação de flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos. 7) Indagação

A indagação consiste na busca de informações junto a pessoas com conhecimento, financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade. A indagação é utilizada extensamente em toda a auditoria, além de outros procedimentos de auditoria. As indagações podem incluir desde indagações escritas formais até indagações orais informais. 3 Confirmações Externas. O objetivo do auditor, ao usar procedimentos de confirmação externa, é planejar e executar tais procedimentos para obter evidência de auditoria relevante e confiável. Confirmação externa é a evidência de auditoria obtida como resposta por escrito direta para o auditor de um terceiro (a parte que confirma), em papel, no formato eletrônico ou outro meio. Confirmação positiva é a solicitação de que a parte que confirma responda diretamente ao auditor indicando se concorda ou discorda das informações na solicitação, ou forneça as informações solicitadas. Confirmação negativa é a solicitação de que a parte que confirma responda diretamente ao auditor somente se discorda das informações fornecidas na solicitação. 3.1 Procedimentos de confirmação externa. Generalizações aplicáveis à evidência de auditoria: Ao usar procedimentos de confirmação externa, o auditor deve manter o controle sobre as solicitações de confirmação externa, incluindo: a) determinação das informações a serem confirmadas ou solicitadas; b) seleção da parte que confirma apropriada para confirmação; c) definição das solicitações de confirmação, assegurando-se que as solicitações estão devidamente endereçadas e que contenham as informações para retorno das respostas diretamente ao auditor; e d) envio das solicitações, incluindo 2º pedido, quando aplicável, para a parte que confirma. A solicitação de confirmação externa positiva pede que a parte que confirma, em todos os casos, responda ao auditor seja pela indicação de sua concordância com as informações enviadas ou pelo fornecimento de informações. Se o auditor não determinar o valor (ou outra informação) na solicitação de confirmação externa positiva, ele estará solicitando uma confirmação em branco. Essa solicitação de confirmação pode resultar em porcentagens de

respostas mais baixas em decorrência do esforço adicional exigido das partes que confirmam. 3.2 Recusa da administração em permitir que o auditor envie solicitações de confirmação. No caso da administração se recusar a permitir que o auditor envie solicitações de confirmação, o auditor deve: O auditor deve indagar sobre as razões para a limitação. Uma razão comum apresentada é a existência de uma disputa legal ou negociação em andamento com a pretensa parte que confirma, cuja solução pode ser afetada por uma solicitação de confirmação inoportuna. O auditor deve procurar evidência de auditoria sobre a validade e razoabilidade das razões em decorrência do risco de que a administração pode estar tentando negar ao auditor o acesso a evidência de auditoria que pode revelar fraude ou erro. Se o auditor concluir que a recusa em permitir o envio de solicitações de confirmação não é razoável, ou não conseguir obter evidência de auditoria relevante e confiável por meio de procedimentos alternativos de auditoria, o auditor deve comunicar aos responsáveis pela governança, devendo também determinar as implicações para a auditoria e para a opinião do auditor. 3.3 Resultado dos procedimentos de confirmação externa. Se o auditor identificar fatores que dão origem a dúvidas sobre a confiabilidade da resposta a uma solicitação de confirmação, o auditor deve obter evidência adicional de auditoria para resolver essas dúvidas. Uma resposta verbal a uma solicitação de confirmação, por si só, não se enquadra na definição de confirmação externa porque não é uma resposta por escrito direta para o auditor. Entretanto, após obter uma resposta verbal a uma solicitação de confirmação, o auditor pode, dependendo das circunstâncias, solicitar à parte que confirma uma resposta por escrito diretamente para ele. Se o auditor determinar que uma resposta a uma solicitação de confirmação não é confiável, o auditor deve avaliar as implicações na avaliação dos riscos significativos de distorção relevante, incluindo o risco de fraude, e sobre a natureza, época e extensão relacionada a outros procedimentos de auditoria.

Para cada resposta não recebida, o auditor deve executar procedimentos alternativos de auditoria para obter evidência de auditoria relevante e confiável. Se o auditor determinou que uma resposta a uma solicitação de confirmação positiva é necessária para obter evidência de auditoria, procedimentos alternativos de auditoria não fornecerão a evidência de auditoria que o auditor precisa. Se o auditor não obtiver essaconfirmação, o auditor deve determinar as implicações para a auditoria e para a sua opinião. 3.4 Confirmação negativa. As confirmações negativas fornecem evidência de auditoria menos persuasiva que as confirmações positivas. Consequentemente, o auditor não deve usar solicitações de confirmação negativa como o único procedimento substantivo de auditoria para tratar o risco de distorção relevante avaliado no nível de afirmações. 3.5 Avaliação de evidência obtida. O auditor deve avaliar se os resultados dos procedimentos de confirmação externa fornecem evidência de auditoria relevante e confiável, ou se são necessárias outras evidências de auditoria. 4 Procedimentos Analíticos. Os objetivos do auditor são: a) obter evidência de auditoria relevante e confiável ao usar procedimentos analíticos substantivos; e b) planejar e realizar procedimentos analíticos próximo do final da auditoria que auxiliam o auditor a formar uma conclusão geral sobre se as demonstrações contábeis são consistentes com o entendimento que o auditor possui sobre a entidade. 4.1 Definição dos procedimentos analíticos. Procedimento analítico significa efetuar avaliações de informações contábeis por meio de análise das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros, compreendendo o exame necessário de flutuações ou relações identificadas que são inconsistentes com outras informações relevantes ou que diferem significativamente dos valores esperados.

Podem ser usados diversos métodos para executar procedimentos analíticos. Esses métodos variam desde a realização de comparações simples até análises complexas usando técnicas estatísticas avançadas. Os procedimentos analíticos podem ser aplicados para demonstrações contábeis consolidadas, componentes e elementos individuais de informação. 4.2 Procedimentos analíticos substantivos. Quando planejar e executar procedimentos analíticos substantivos, isoladamente ou em combinação com testes de detalhes, tais como procedimentos substantivos, o auditor deve: a) determinar a adequação de procedimentos analíticos substantivos específicos para determinadas afirmações, levando em consideração os riscos avaliados de distorção relevante e testes de detalhes; b) avaliar a confiabilidade dos dados em que se baseia a expectativa do auditor em relação a valores registrados ou índices; c) desenvolver uma expectativa de valores registrados ou índices, e avaliar se a expectativa é suficientemente precisa para identificar uma distorção que pode fazer com que as demonstrações contábeis apresentem distorções relevantes; e d) determinar o valor de qualquer diferença entre valores registrados e valores esperados que seja aceitável sem exame adicional; 4.3 Procedimentos analíticos que auxiliam na formação da conclusão geral. O auditor deve planejar e executar procedimentos analíticos próximo do final da auditoria que o auxiliam formar uma conclusão geral sobre se as demonstrações contábeis são consistentes com o entendimento que o auditor possui da entidade. 4.4 Exame dos resultados de procedimentos analíticos. Se os procedimentos analíticos identificam flutuações ou relações que são inconsistentes com outras informações relevantes ou que diferem dos valores esperados de maneira significativa, o auditor deve examinar essas diferenças por meio de:

a) indagação à administração e obtenção de evidência de auditoria apropriada e relevante para as respostas da administração; e b) aplicação de outros procedimentos de auditoria conforme necessário nas circunstâncias.