Diretor Dr. Mesquita IASIST, o que podemos melhorar em cirurgia de ambulatório

Documentos relacionados
Autores: Carolina Sais Hugo Lopes João Completo Manuel Delgado Mercè Casas

Monitorização mensal da atividade assistencial maio 2013

Metodologia TOP5 18. João Completo Museu Fundação Oriente, 27 Novembro Com o Alto Patrocínio Parceiro Institucional Main Sponsor.

TOP PORTUGAL DEZEMBRO, Com o Alto Patrocínio. Patrocinadores

PORTUGAL TOP A EXCELÊNCIA DOS HOSPITAIS SETEMBRO, 2015 Com o Alto Patrocínio Patrocinadores

TOP PORTUGAL NOVEMBRO, Fique bem. Gold Sponsor. Silver Sponsors. Com o Alto Patrocínio

Monitorização mensal da atividade assistencial janeiro 2013

Avaliação da Poupança para o Estado das Parcerias Público-Privadas dos Hospitais de Cascais e de Braga.

Financiamento da Cirurgia de Ambulatório Evolução

MESA REDONDA: INDICADORES

Monitorização mensal da atividade assistencial julho 2012

APÊNDICE NOMENCLATURA SUS PARA PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS SELECIONADOS

V Congresso Nacional de Cirurgia de Ambulatório 19 a 21 de Maio

1º Encontro Nacional dos Médicos Auditores e Codificadores Clínicos

Monitorização mensal da atividade assistencial setembro 2012

BENCHMARKING CLUB URGÊNCIAS HOSPITALARES. Uma aposta para melhorar a eficiência e a qualidade

Procedimentos Cirúrgicos Eletivos Mais Realizados na Gestão Estadual/Bahia De: Setembro/2011 a Dezembro/2014

Estratégia de Lotação Hospitalar. Teresa Matias Vanessa Rodrigues João Pascoal

Deliberação CIB nº 1936 de 09 de Agosto de 2012 Republicada. SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE COMISSÃO INTERGESTORES BIPARTITE ATO DO PRESIDENTE

Efectividade e eficiência da prestação: um balanço necessário

Revista Portuguesa. Órgão Oficial da Sociedade Portuguesa de Cirurgia. II Série N. 8 Março i r u r g i a ISSN

Auditorias à Codificação Clínica

Minuta de Contrato-Programa a aplicar aos hospitais SA/EPE

ANÁLISE DE SUSTENTABILIDADE DA EMPRESA NOS DOMÍNIOS, ECONÓMICO, SOCIAL E AMBIENTAL

Projeto Ambulatório Programado de Alta Resolução. 11ª Edição do Prémio de Boas Práticas em Saúde

Avaliação do desempenho em hospitais

Avaliação do desempenho: como comparar os resultados

1 Órgãos Sociais Atividade Prevista e Execução Janeiro a Julho de Recursos Humanos... 7

Relatório Final. Os cidadãos no centro do sistema Os profissionais no centro da mudança

Resumo da monitorização mensal da atividade assistencial no SNS julho

Sessão pública de apresentação do Relatório de Actividade dos Hospitais SA

LEI MUNICIPAL Nº 1.298, EM 25 DE FEVEREIRO DE

Resumo da monitorização mensal da atividade assistencial no SNS

Sistema Epimed Monitor CCIH

Relatório anual de auditoria externa à codificação clínica

Ambulatório Programado de Alta Resolução

Indicadores do Contrato Programa

Conversas de Fim de Tarde 2014 A CONTRATUALIZAÇÃO INTERNA. Modelo de Contratualização no Centro Hospitalar de Leiria

Ministério da Saúde SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE PORTARIA Nº 663, DE 14 DE NOVEMBRO DE 2008.

Financiamento Hospitalar Cirurgia em ambulatório Vs Cirurgia em Internamento. Papel da Informática na Facturação

Exérese Percutânea de Lesões Benignas de Mama Assistida à Vácuo

Benefício. Cirurgia Geral em três anos

Principais aspectos do financiamento hospitalar

Universidade do Minho Escola de Economia e Gestão Research Day. Braga, 19 de abril de 2013.

Custos em Cirurgia Vascular

SNS Qualidade Dados de abril de 2016

PROTOCOLO ENTRE A CÂMARA MUNICIPAL DE VILA DO CONDE E A ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE DO NORTE

Elaborado por: António Martins Iria Velez. Pneumologia e Medicina Nuclear

PROPOSTA PARA CÁLCULO DE DOTAÇÕES DE ENFERMAGEM PARA CUIDADOS DIFERENCIADOS EM CONTEXTOS PEDIÁTRICOS

A codificação em 2011 Balanço e perspetivas para o futuro

I Seminário Nacional Financiamento Hospitalar. Os equívocos do modelo de financiamento

Indicadores de Acompanhamento

1. Estratégia da Qualidade 2. Estrutura 3. Qualidade Clínica Glossário 30

Diretor Dr. Mesquita Dois anos de experiência de hernioplastias inguinais em ambulatório com ProGrip

Nº 22/2014/DPS/ACSS DATA: CIRCULAR NORMATIVA. PARA: ARS, Hospitais e ULS. ASSUNTO: Agrupador de GDH All Patient Refined DRG

Codificação Clínica nos hospitais: Estudos/Indicadores que alimenta

Guião de Referenciação à Consulta Externa - Cirurgia

RELATÓRIO ANALITICO DE DESEMPENHO ECONÓMICO- FINANCEIRO. fevereiro de RELATÓRIO ANALITICO DE DESEMPENHO ECONÓMICO-FINANCEIRO fevereiro 2016

Remuneração dos Hospitais

MESTRADO DECISÃO ECONÓMICA E EMPRESARIAL TRABALHO FINAL DE MESTRADO RELATÓRIO DE ESTÁGIO A CIRURGIA DE AMBULATÓRIO EM PORTUGAL

Procedimentos Médicos Gerenciados Tabela de Preços Cirurgia Geral. Particular

1º Encontro Nacional da AMACC Caldelas, 27 de Fevereiro de Financiamento e Contratualização Auditoria ao Ambulatório.

PROJETO DE GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS E MELHORIA CONTÍNUA DOS RESULTADOS

SNS Qualidade. Dados a novembro de Grupo B. Grupo C. Percentagem de reinternamentos em 30 dias* Página 1 3,4% 3,6% 4,0% 4,0% 4,2% 4,2% 4,2%

SNS Qualidade. Dados a setembro de Grupo B. Grupo C. Percentagem de reinternamentos em 30 dias* Página 1

SNS Qualidade. Dados a dezembro de Grupo B. Grupo C. Percentagem de reinternamentos em 30 dias* Página 1 3,5% 4,0% 4,1% 4,2% 4,2%

SNS Qualidade. Dados a agosto de Grupo B. Grupo C. Percentagem de reinternamentos em 30 dias* Página 1 3,4% 3,5% 3,7% 3,8% 3,9% 4,0% 4,3% 4,6%

Cartilha de especialidade. Como resolver isto no intercâmbio. Dr. Marlus Volney de Morais

CARACTERIZAÇÃO DOS INTERNAMENTOS HOSPITALARES POR TUBERCULOSE EM HOSPITAIS DA REGIÃO NORTE

Nº 3 DATA: 27/12/2005 CIRCULAR NORMATIVA

HOSPITAL DE BRAGA 6 de Março de 2012

Doenças orificiais: Tratamento da doença hemorroidária.

A Anestesia em Tempos de Crise: O Impacto da Troika na Anestesiologia

RELATÓRIO ANALITICO DE DESEMPENHO ECONÓMICO- FINANCEIRO. Setembro de RELATÓRIO ANALITICO DE DESEMPENHO ECONÓMICO-FINANCEIRO Setembro 2015

RELATÓRIO ANALITICO DE DESEMPENHO ECONÓMICO- FINANCEIRO. maio de RELATÓRIO ANALITICO DE DESEMPENHO ECONÓMICO-FINANCEIRO maio 2015

Procedimentos Médicos Gerenciados Tabela de Preços Cirurgia Geral. Particular

FÓRUM DE GESTÃO DE CUSTOS

Apresentação de Centros de Transplantes no Brasil: O que fazemos de melhor

Gilmara Noronha Guimarães 1 Rafaela Campos Emídio 2 Rogério Raulino Bernardino Introdução

Gestão da Rede Nacional. Conclusões dos trabalhos

QUALIFICAÇÃO DA REDE HOSPITALAR UNIMED VITÓRIA

DRG BRASIL IAG Saúde - MG

RELATÓRIO ANALITICO DE DESEMPENHO ECONÓMICO- FINANCEIRO. março de RELATÓRIO ANALITICO DE DESEMPENHO ECONÓMICO-FINANCEIRO março 2015

AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO E DA QUALIDADE APERCEBIDA PELOS UTENTES DO CHMA 2016 RELATÓRIO DETALHADO

Procedimentos Médicos Gerenciados Tabela de Preços - Cirurgia Geral Particular

RELATÓRIO ANALITICO DE DESEMPENHO ECONÓMICO- FINANCEIRO. outubro de RELATÓRIO ANALITICO DE DESEMPENHO ECONÓMICO-FINANCEIRO outubro 2015

CARTILHA SEGURANÇA DO PACIENTE. Como você pode contribuir para que a saúde e segurança do paciente não seja colocada em risco na sua instituição?

CONSENTIMENTO INFORMADO PARA PIELOLITOTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA (CALCULOSE RENAL).

Um olhar sobre como gerir em tempos de crise. Pedro Pita Barros

GASTRORECIFE 2019 MAR HOTEL 15 A 17 DE AGOSTO DE 2019

Fórum de Custos PAINEL DE INDICADORES. Maria Beatriz Nunes Pires Coordenadora Técnica Central de Análises - Planisa

pelos CH e, por outro lado, da produção realizada tal como descrita nos Relatórios e Contas, os Contratos-Programa não estarão a refletir as

RELATÓRIO ANALITICO DE DESEMPENHO ECONÓMICO- FINANCEIRO. Junho de RELATÓRIO ANALITICO DE DESEMPENHO ECONÓMICO-FINANCEIRO Junho 2014

Um Balanced Scorecard para hospitais: alguns indicadores

GENERALI Companhia de Seguros, S.p.A.

Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E.

Evolução de indicadores da LIC e da actividade cirúrgica. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

Activity Based Cost na Gestão da Saúde

Identificação da empresa. Missão. Objetivos. Políticas da Empresa. Hospital da Senhora da Oliveira - Guimarães, E.P.E.

Identificação da empresa. Missão. Objetivos. Políticas da Empresa. Hospital da Senhora da Oliveira - Guimarães, E.P.E.

Transcrição:

Diretor Dr. Mesquita IASIST, o que podemos melhorar em cirurgia de ambulatório André Goulart, João Braga dos Anjos

INTRODUÇÃO

O que é benchmarking? é um processo sistemático e contínuo de avaliação dos produtos, serviços e processos de trabalho das organizações que são reconhecidas como representantes das melhores práticas com a finalidade de comparar desempenhos e identificar oportunidades de melhoria na organização FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/benchmarking

O que é o IASIST e IAmetrics? A IASIST é uma empresa ibérica especializada na produção de informação e conhecimento para serviços de saúde e em serviços de benchmarking para melhoria da qualidade e da eficiência dos cuidados prestados aos pacientes O IAmetrics é uma ferramenta de benchmarking totalmente online que permite a avaliação e comparação em várias dimensões de performance hospitalar nomeadamente na gestão do potencial de ambulatório (sem pernoita).

Padrão de comparação A IASIST divide os hospitais ibéricos em 5 grupos: Grupo I: Hospitais Gerais Pequenos Grupo II: Hospitais Gerais Médios Grupo III: Grandes Hospitais Gerais Grupo IV: Hospitais Escolares Grupo V: Grandes Hospitais Universitários

Análise no IAmetrics da Cirurgia de Ambulatório sem pernoita Episódios seleccionados É cirúrgico (GDH) É programado Alta para domicílio Não consome dias de internamento Procedimentos potencialmente ambulatórios quando existem em pelo menos 5 hospitais e com um mínimo de 50 casos homologados de CA

Índice de Cirurgia Ambulatória Ajustado Sem pernoita (ICAA) ICAA = Episódios ambulatórios observados Episódios ambulatórios esperados Soma das probabilidades individuais de ambulatorização para cada episódio em função de 1. Características dos pacientes tratados 2. Características do episódio de assistência 3. Características do hospital que trata ICCA reflecte a relação entre os episódios observados com procedimentos realizados em ambulatório e os episódios esperados com procedimentos ambulatórios, tendo em conta a complexidade da casuística e a gravidade/severidade de cada um dos episódios, segundo o modelo de ajustamento. ICAA =1 indica que o número de cirurgias realizadas em ambulatório (observadas) não difere das esperadas ICAA superior/inferior a 1 indica que o número de intervenções observadas é superior/inferior ao esperado, depois de ajustado simultaneamente a todas as características.

Análise comparativa Peer Group VS Benchmark Na área de CA de Cirurgia Geral do HB em 2011 foram analisadas 1599 intervenções referentes a 29 procedimentos

ANÁLISE FACE AO PEER GROUP

Análise global face ao Peer Group Indicador 2011 Índice de Cirurgia Ambulatória Ajustado (ICAA) 1,4808 CA observadas 908 CA esperadas 613,2 Intervenções analisadas 1599

Análise por procedimento face ao Peer Group Descrição Intervenções analisadas CA observadas Taxa observada Taxa esperada Impacto episódios CA Reparação de hérnia inguinal 404 266 65,84% 30,80% 141,6 Colecistectomia laparoscópica 354 16 4,52% 7,09% -9,1 Excisão radical de lesão cutânea 224 216 96,43% 85,82% 23,8 Excisão de cisto pilonidal 155 141 90,97% 70,79% 31,3 Reparação de hérnia umbilical 84 65 77,38% 42,13% 29,6 Excisão de hemorróidas 62 44 70,97% 20,73% 31,1 Reparação de hérnia incisional (eventração) 56 4 7,14% 4,62% 1,4 Esfincterotomia anal 45 35 77,78% 57,13% 9,3 Fistulotomia, fistulectomia ou encerramento de fístula anal Incisão, biópsia, remoção ou procedimentos diagnósticos em estruturas linfáticas 45 29 64,44% 27,74% 16,5 42 13 30,95% 36,78% -2,4 TOTAL 1599 908 56,79% 38,35% 294,8 TOP 10 procedimentos mais comuns (92% das intervenções)

ANÁLISE FACE AO BENCHMARK

Análise global face ao benchmark Indicador 2011 Índice de Cirurgia Ambulatória Ajustado (ICAA) 0,8955 CA observadas 908 CA esperadas 1.014,0 Intervenções analisadas 1599

Análise por procedimento face ao Benchmark Descrição Intervenções analisadas CA observadas Taxa observada Taxa esperada Impacto episódios CA Reparação de hérnia inguinal 404 266 65,84% 77,50% -47,1 Colecistectomia laparoscópica 354 16 4,52% 7,09% -9,1 Excisão radical de lesão cutânea 224 216 96,43% 89,09% 16,4 Excisão de cisto pilonidal 155 141 90,97% 85,07% 9,1 Reparação de hérnia umbilical 84 65 77,38% 74,35% 2,5 Excisão de hemorróidas 62 44 70,97% 80,17% -5,7 Reparação de hérnia incisional (eventração) 56 4 7,14% 59,08% -29,1 Esfincterotomia anal 45 35 77,78% 83,67% -2,7 Fistulotomia, fistulectomia ou encerramento de fístula anal Incisão, biópsia, remoção ou procedimentos diagnósticos em estruturas linfáticas 45 29 64,44% 78,82% -6,5 42 13 30,95% 65,03% -14,3 TOTAL 1599 908 56,79% 63,42% -106,0 TOP 10 procedimentos mais comuns (92% das intervenções)

CONCLUSÕES

Conclusões Excelentes resultados em Peer Group Bons resultados em alguns procedimentos em Benchmark Ponderar colecistectomias sem pernoita Aumentar a taxa global de CA Hérnia inguinal Hérnia incisional Pontos fortes A melhorar