Relatório da Administração. Brasil Telecom S.A. Senhores Acionistas,



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5 Análise do Balanço Patrimonial

Transcrição:

Relatório da Administração Brasil Telecom S.A Senhores Acionistas, A administração da Brasil Telecom S.A (BRTO) submete à sua apreciação o Relatório da Administração e as Demonstrações Financeiras consolidadas, contemplando as empresas controladas, acompanhadas das respectivas Notas Explicativas e dos pareceres do Conselho Fiscal e dos Auditores Independentes, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2009. Mensagem aos Acionistas Após a aquisição do controle da companhia, no início de janeiro de 2009, pela Oi, o processo de integração operacional das duas empresas está praticamente concluído. Em 2009 foi consolidado o modelo de marca única Oi, com a migração de todos os ativos de nossa antiga marca Brasil Telecom. Em pouco menos de um mês, foram migrados cerca de 10 mil orelhões, 80 lojas e quiosques próprios, mais de 700 lojas autorizadas e cerca de 1.000 balcões de varejo. Foram treinados todos os operadores de call center e técnicos de campo, bem como realizado um extenso trabalho de comunicação interna e endomarketing com vistas a comunicar e envolver os colaboradores no projeto de integração. Houve cuidado especial no processo de unificação da cultura e dos valores da nova companhia, buscando manter os melhores talentos das duas companhias, adotando um modelo de gestão único, em uma estrutura organizacional unificada, definida rapidamente. A partir daí, todo o portfolio de ofertas da Oi foi relançado na região da Brasil Telecom, de forma faseada, iniciando pela oferta Ligadores (pré-pago), em maio/09 e finalizada pela oferta do Oi Fixo e Oi Velox (fixo e móvel). Somente o serviço convergente Oi Conta Total ficará para ser lançado em 2010. Suportando tais ofertas, tornava-se necessário que internamente as estratégias de canais de venda estivessem totalmente uniformizadas e integradas. Dentre as inúmeras ações implementadas, destacamos a reestruturação do modelo de distribuição do mercado de varejo da Região II, com foco no pequeno varejo e distribuidores exclusivos, iniciativa acompanhada da expansão da recarga virtual. Aliado a isso, nossas antigas lojas próprias estão no processo de migração para franquias, os canais que atendem o mercado empresarial estão em transição para um novo modelo de negócio, que visa atuar de forma diferenciada por perfil de cliente e, no mercado de clientes corporativos ocorre a consolidação da atuação com abrangência nacional. 1

Ainda do ponto de vista de engenharia, durante 2009 foi realizado trabalho de integração com a rede de comutação da Brasil Telecom, com investimentos em equipamentos com tecnologia NGN New Generation Network. Na telefonia móvel, foram realizados investimentos significativos para ampliação da capilaridade e capacidade das redes 2G e 3G por todo o Brasil. Aliado a isso, houve a unificação do núcleo da rede de controle de voz e de dados, incluindo as atividades operação e gerência de redes, além da integração das plataformas de serviços, permitindo a unificação das ofertas da Oi em todas as regiões de outorgas. As plataformas de mensagens de texto e multimídia também foram consolidadas, com foco na redução dos custos de operação e no incremento da qualidade da oferta dos serviços. Aliado a estas, mais de 30 iniciativas foram implementadas na busca desta maior eficiência de custos, dentre as quais destacamos a implementação de uma reestruturação administrativa, feita em três etapas ao longo do ano, bem como a revisão de benefícios concedidos, a renegociação de contratos com fornecedores, a utilização da infra-estrutura interna nos casos de interconexão anteriormente feitas com outras empresas de Telecom, dentre outros. Reestruturação Corporativa Após a aquisição do controle da Invitel (controladora da Brasil Telecom Participações) em janeiro/09 e a realização das OPAs Ofertas Públicas de compra de ações ordinárias, em cumprimento às exigências legais, em junho/09, diversas etapas do processo de integração societária entre as empresas Controladoras da Brasil Telecom S.A foram concluídas: (a) em julho foram incorporadas as empresas holdings intermediárias, simplificando parcialmente a estrutura societária existente; (b) em setembro a BrTP foi incorporada pela sua controlada BrT e todos os acionistas daquela empresa tiveram suas ações trocadas pelas da BrT. No encerramento das demonstrações financeiras foram identificadas superveniências passivas na BrT de valor significativo (cerca de R$ 2,3 bilhões). Para este fim, com vistas à validação dos dados relativos a contingências judiciais cíveis referentes às demandas dos Planos de Expansão, especialmente no Estado do Rio Grande do Sul, foi contratada a BDO Trevisan Auditores Independentes. Dada a relevância dos valores relativamente ao preço de aquisição de Brasil Telecom, para preservar o equilíbrio entre os diversos universos de acionistas minoritários envolvidos em Fato Relevante de 14 de janeiro de 2010 a Oi interrompeu os processos de incorporação finais e, ao mesmo tempo, optou por rever as relações de troca anunciadas em abril de 2008. Tão logo superada mais esta etapa, espera-se concluir as incorporações conforme originalmente anunciado, para que todos os acionistas da BrT se tornem acionistas da TMAR. 2

Desempenho Operacional Indicadores Operacionais 2008 2009 Ano Telefonia Fixa - Oi Fixo (a) Linhas em Serviço (Mil) 8.127 7.742-4,7% Banda Larga - Oi Velox (b) Usuários Banda Larga Fixa (Mil) 1.806 1.943 7,6% Telefonia Móvel - Oi Móvel 1/12/2008 1/12/2009 D Ano (c) Usuários Móveis (Mil) 5.605 7.153 27,6% Pré - Pago 4.626 6.124 32,4% Pós - Pago 979 1.029 5,1% UGR - Unidades Geradoras de Receita (a+b+c) (Mil) 15.537 16.838 8,4% A Brasil Telecom encerrou o ano de 2009 com 1.838 mil Unidades Geradoras de Receitas (UGRs), sendo 7.742 mil na telefonia fixa, 1.943 mil no serviço de bandalarga e 7.153 mil acessos móveis. O crescimento de 1.301 mil no ano (8,4%), ocorreu principalmente em função do desempenho dos serviços móveis. A base de linhas fixas em serviço registrou redução de 4,7%, principalmente em decorrência de limpeza de planos pré-pago, bem como outros acessos fixos ligados aos antigos planos Pluri, a antiga oferta convergente da companhia. A base de usuários de banda-larga encerrou o ano com 1.943 mil clientes, crescimento de 7,6% em 2009 (137 mil novos acessos). Cabe ressaltar, que ao longo de 2009, a Oi optou em descontinuar o serviço Pluri, e desativou alguns desses planos problemáticos, o que acabou refletindo no ritmo de crescimento da base de banda-larga. Na telefonia móvel, a base de clientes cresceu 46% atingindo 7.153 mil acessos. O segmento pré-pago foi o grande responsável pelo desempenho, encerrando o ano com aproximadamente 97% das adições líquidas no período. Ao final do ano, a base pré-paga representava 86% do total de acessos móveis (76% ao final de 2008). Deve-se destacar o início da oferta Oi Cartão na Região II contribuindo para o forte crescimento da base. Com essa oferta, foram conquistados um milhão de clientes somente no mês de lançamento. No do 3º trimestre, 100% das vendas de serviços móveis já eram feitas no portfólio novo. O lançamento das ofertas Oi Fixo e Oi Velox aconteceu em outubro/09. Com isso, somente o serviço convergente Oi Conta Total ainda está para ser lançado na Região II. 3

4 - Desempenho Econômico-Financeiro BRTO Consolidado 2008 2009 Var. Ano% Receita Líquida (R$ milhões) 11.581 10.879-6,1% EBITDA (R$ milhões) 4.057 710-82% Margem EBITDA (%) 35,0% 6,5% -28,5 p.p EBITDA Recorrente (R$ milhões) 3.912 4.047 3% Margem EBITDA recorrente (%) 33,8% 37,2% -3,4 p.p Lucro Líquido (R$ milhões) 1.030-1.143-211% A receita líquida consolidada foi de R$10.879 milhões em 2009, inferior em 6,1% ao ano anterior. O EBITDA Recorrente totalizou R$ 4.047 milhões em 2009, fortemente influenciado por custos não recorrentes no valor de R$ 3.337 milhões, principalmente relativos às provisões relacionados aos Planos de Expansão. A companhia encerrou 2009 com um resultado líquido negativo de R$1.143 milhões, basicamente em função de: (a) Menor EBITDA devido aos impactos não recorrentes citados anteriormente; (b) Distorção fiscal temporária existente em boa parte de 2009, uma vez que o ágio que já vinha sendo amortizado não poderia ser compensado fiscalmente pela companhia enquanto estivesse nas empresas holdings. Endividamento R$ Milhões dez/08 dez/09 % Dívida Bruta Curto Prazo 760 1.003 21,6% Longo Prazo 4.125 3.637 78,4% Dívida Total 4.886 4.641 100,0% Em moeda nacional 3.884 3.919 84,4% Em moeda estrangeira 780 523 11,3% Swap 222 198 4,3% (-) Caixa (2.040) (2.100) 45,2% (=) Dívida Líquida 2.845 2.541 54,8% 4

Investimentos R$ Milhões 2008 2009 % Ano (%) Telefonia Fixa 1.534 668 70% -47,9 Expansão e Qualidade da Rede 722 194 12% -77,9 Outros 812 473 58% -27,1 Telefonia Móvel 1.144 440 30% -75,9 Expansão e Qualidade 656 440 30% -32,1 TOTAL 2.678 1.107 100% -61,4 Os investimentos consolidados somaram R$1.107 milhões em 2009, inferior em R$1.571 milhões ao ano anterior (-61%). Cabe ressaltar, todavia, que os investimentos de 2008 haviam sido impactos em R$ 448 milhões referentes à compra das licenças 3G e por R$221 milhões para adequação das centrais para a introdução da portabilidade numérica. Mercado de Capitais e Estrutura Acionária Nossas Ações Em 2009, as ações preferenciais e ordinárias da BRTO negociadas na Bovespa caminharam em movimentos opostos. As primeiras tiveram valorização de 22,8% no ano, enquanto as últimas tiveram desvalorização de 50,4%. A queda mais acentuada de BRTO3 ocorreu após Oferta Pública Obrigatória (OPA) realizada pela TMAR, pois as ações que não foram compradas no leilão passaram a negociar a múltiplos inferiores ao preço ofertado na OPA, 80% do preço oferecido ao antigo acionista controlador. As ações da BRTO4 e BRTO3 tiveram uma média diária de negociação ao longo de 2009 de R$8,5 milhões e R$1,3 milhão, respectivamente. Capital Social A Assembléia Geral Extraordinária, realizada no dia 30/09/2009, da Brasil Telecom Participações (BrTP) aprovou a incorporação da companhia pela sua subsidiária Brasil Telecom S.A. (BrTO). Com o objetivo de simplificar a estrutura societária, alinhando os interesses dos acionistas de ambas as companhias, tal operação permite otimização de custos e o aproveitamento fiscal do ágio de R$8.235,52 milhões. Com a incorporação, os acionistas remanescentes da BrTP receberam ações da BrTO. Foi solicitado à SEC o registro de um novo programa de ADR para as ações ordinárias da BrTO. Os acionistas da BrTP receberam ações da BrTO de acordo com as relações de troca abaixo: Relações de Substituição 1 BRTP3 (ON) recebeu 1,2190981 BRTO3 (ON) 1 BRTP4 (PN) recebeu 0,1720066 BRTO3 (ON) 0,9096173 BRTO4 (PN) 5

Com esta incorporação, foram emitidas 201.143.307 ações ordinárias e 209.155.151 ações preferenciais da BrTO, que farão jus aos mesmos direitos das ações ONs e PNs de emissão da BrTO em circulação. No ano de 2009, o capital da companhia de R$ 3.470.758.351,96 era representado por 603,0 milhões de ações, conforme a seguir: Ações BRTO Ações do Capital Social Em Tesouraria Com Controlador Em circulação Ordinárias 203.423.176 0 161.990.001 41.433.175 Preferenciais 399.597.370 13.231.556 128.675.049 257.690.765 Total 603.020.546 13.231.556 290.665.050 299.123.940 Distribuição de Dividendos e Juros sobre o Capital Próprio Em 10/8/2009 teve início o pagamento de Juros sobre o Capital Próprio (JCP) creditados durante 2008 e aprovadas em Reunião do Conselho de Administração em 7/8/2009, conforme abaixo: Data da Declaração Data do Ex-JCP Valor Bruto por ação (R$) Valor Líquido de IRRF por ação (R$) Valor Bruto Total (R$) ON /PN ON /PN 31/03/2008 09/04/2008 0,4476 0,3805 245.000.000,00 29/12/2008 30/12/2008 0,1448 0,1231 79.300.000,00 Auditoria Externa Nos termos da Instrução CVM no. 381/2003 informamos que a Brasil Telecom contratou a Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes para a prestação de serviços de auditoria de suas demonstrações financeiras preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Adicionalmente, cabe mencionar que a Deloitte não prestou outros serviços não diretamente vinculados à auditoria das demonstrações financeiras. A política da companhia quanto à contratação de serviços não relacionados aos de auditoria junto à BRT se fundamenta nos princípios de independência e transparência do auditor externo. Estes princípios consistem em: (a) o auditor não deve auditar o seu próprio trabalho, (b) o auditor não deve exercer funções gerenciais no seu cliente e (c) o auditor não deve promover os interesses de seu cliente. Agradecimentos Agradecemos aos nossos acionistas, clientes, fornecedores e órgãos públicos pelo apoio e confiança com que distinguiram a nossa companhia durante todo o período pós privatização em geral e, particularmente, em 2009. Agradecemos, em especial, 6

aos nossos colaboradores pelo empenho, comprometimento, dedicação e esforço pessoal que tanto contribuíram para tornar a Oi/BrT a melhor empresa de serviços do setor de telecomunicações. 7

Brasil Telecom S.A. e sociedades controladas Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 e parecer dos auditores independentes 8

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Acionistas, Conselheiros e Diretores da Brasil Telecom S.A. Brasília DF 1. Examinamos os balanços patrimoniais, controladora e consolidado, da Brasil Telecom S.A. e de suas controladas, levantados em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido (controladora), dos fluxos de caixa e do valor adicionado, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria adotadas no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia e de suas controladas; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Companhia e de suas controladas, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira, controladora e consolidado, da Brasil Telecom S.A. e de suas controladas em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido (controladora), os seus fluxos de caixa e os valores adicionados nas operações referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. Conforme comentado na Nota explicativa nº 1 (b), em 25 de setembro de 2009, os Conselhos Fiscal e de Administração da Brasil Telecom S.A. e da sua acionista Coari Participações S.A. aprovaram a Etapa 3 da 2ª fase da reorganização societária iniciada no exercício de 2009, que prevê a troca das ações detidas pelos acionistas minoritários da Brasil Telecom S.A. por ações da Coari Participações S.A.. 9

2 Brasil Telecom S.A. 5. Conforme mencionado na Nota explicativa nº 2, em decorrência do processo de harmonização de práticas, critérios e estimativas contábeis e entendimento do novo acionista controlador, que identificou determinadas diferenças de entendimentos na aplicação conceitual de padrões contábeis atribuíveis a períodos anteriores, os balanços patrimoniais e as demonstrações do resultado referentes ao exercício findo em 31 de dezembro 2008, apresentados para fins de comparação, foram reclassificadas e estão sendo reapresentados, como previsto na NPC 12 - Práticas Contábeis, Mudanças nas Estimativas Contábeis e Correção de Erros, aprovada pela Deliberação CVM nº 506/06. Rio de Janeiro, 11 de março de 2010 DELOITTE TOUCHE TOHMATSU Auditores Independentes CRC 2SP 011.609/O-8 F RJ Marco Antonio Brandão Simurro Contador CRC nº 1 RJ 052000/O-0 10

Balanços patrimoniais em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 Controladora Consolidado Controladora Consolidado Reclassificado Reclassificado Reclassificado Reclassificado Ativo Nota 2009 2008 2009 2008 Passivo e patrimônio líquido Nota 2009 2008 2009 2008 Circulante Circulante Caixa e equivalentes de caixa 9 705.836 580.978 1.717.441 1.478.558 Fornecedores 1.131.439 1.333.291 1.554.278 1.889.543 Aplicações financeiras 9 118.476 135.672 381.951 561.867 Empréstimos e financiamentos 17 1.502.029 1.468.344 1.003.352 760.627 Contas a receber 10 1.769.378 1.959.083 1.992.141 2.210.090 Salários, encargos sociais e benefícios 45.274 80.276 83.608 110.157 Estoques 2.280 4.748 42.063 54.048 Tributos a recolher e diferidos 19 550.164 582.205 691.861 700.019 Créditos entre empresas ligadas 11 29.008 Programa de refinanciamento fiscal 20 27.704 4.381 29.683 4.434 Tributos diferidos e a compensar 12 711.360 672.655 1.001.255 935.690 Dividendos/JSCP e participação no resultado 22 128.477 403.364 141.253 424.022 Depósitos judiciais 13 351.501 673.834 359.561 678.972 Provisões para perdas em processos judiciais 21 406.893 199.565 433.390 218.297 Outros ativos 130.217 160.707 179.469 188.237 Provisões para fundos de pensão 24 104.533 148.391 104.533 148.391 Autorizações e concessões a pagar 18 65.578 99.240 160.074 3.818.057 4.187.677 5.673.881 6.107.462 Outras obrigações 316.872 230.447 365.180 344.379 4.213.385 4.515.842 4.506.378 4.759.943 Não circulante Não circulante Realizável a longo prazo Exigível a longo prazo Créditos entre empresas ligadas 11 1.342.313 1.674.750 Empréstimos e financiamentos 17 3.096.298 3.811.555 3.637.497 4.125.351 Tributos diferidos e a compensar 12 4.140.948 717.761 5.052.839 1.523.772 Salários, encargos sociais e benefícios 10.971 1.085 11.483 Depósitos judiciais 13 1.576.757 2.210.475 1.596.736 2.224.993 Tributos a recolher e diferidos 19 233.434 232.050 273.552 259.960 Outros ativos 166.936 132.534 186.687 145.625 Programa de refinanciamento fiscal 20 327.347 355.051 713 Investimentos 14 3.955.331 3.998.596 5.374 3.744 Provisões para perdas em processos judiciais 21 1.394.845 674.290 1.440.105 710.380 Imobilizado 15 5.476.413 4.333.280 6.993.405 5.902.124 Provisões para fundos de pensão 24 575.180 607.400 575.180 607.400 Intangível 16 508.794 562.203 1.572.404 1.632.218 Autorizações e concessões a pagar 18 609.848 623.585 Adiantamento de clientes 30.144 34.908 240.732 189.172 17.167.492 11.954.849 17.082.195 11.432.476 Outras obrigações 20.015 14.558 21.233 16.655 5.677.263 5.385.732 7.154.283 6.544.699 Participações minoritárias 514 (5.656 ) Patrimônio líquido 22 Capital social 3.731.059 3.470.758 3.731.059 3.470.758 Reservas de capital 6.980.315 1.338.246 6.980.315 1.338.246 Reservas de lucros 383.527 1.431.948 383.527 1.431.948 11.094.901 6.240.952 11.094.901 6.240.952 Total do ativo 20.985.549 16.142.526 22.756.076 17.539.938 Total do passivo e patrimônio líquido 20.985.549 16.142.526 22.756.076 17.539.938 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. Pág. 3

Demonstrações do resultado Exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 Controladora Consolidado Reclassificado Reclassificado Nota 2009 2008 2009 2008 Receita operacional bruta 4 15.163.404 14.395.739 17.771.913 17.007.142 Deduções da receita bruta (6.208.444) (4.747.840 ) (6.893.351) (5.425.960 ) Receita operacional líquida 8.954.960 9.647.899 10.878.562 11.581.182 Custo dos serviços prestados e das mercadorias vendidas 5 (4.719.752) (4.960.004 ) (5.905.598) (6.180.293 ) Lucro bruto 4.235.208 4.687.895 4.972.964 5.400.889 Receitas (despesas) operacionais Resultado de equivalência patrimonial 14 (46.664) (52.333 ) Comercialização dos serviços 5 (1.049.761) (918.206 ) (1.391.535) (1.338.360 ) Gerais e administrativas 5 (1.128.191) (1.109.710 ) (1.434.808) (1.339.567 ) Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas 6 (3.214.112) (504.100 ) (3.417.476) (731.549 ) (5.438.728) (2.584.349 ) (6.243.819) (3.409.476 ) Lucro (prejuízo) operacional antes do resultado financeiro (1.203.520) 2.103.546 (1.270.855) 1.991.413 Receitas financeiras 432.912 431.430 576.197 697.190 Despesas financeiras (752.612) (971.250 ) (857.546) (1.109.170 ) Resultado financeiro 7 (319.700) (539.820 ) (281.349) (411.980 ) Lucro (prejuízo) antes das tributações (1.523.220) 1.563.726 (1.552.204) 1.579.433 Imposto de renda e contribuição social Corrente 8 (448.012) (569.228 ) (449.903) (637.908 ) Diferido 8 828.543 35.318 861.418 86.440 Lucro (prejuízo) antes das participações minoritárias (1.142.689) 1.029.816 (1.140.689) 1.027.965 Participações minoritárias (2.000) 1.851 Lucro (prejuízo) líquido do exercício (1.142.689) 1.029.816 (1.142.689) 1.029.816 Ações em circulação na data do balanço (milhares) 589.789 547.499 Lucro (prejuízo) líquido por ação em circulação no fim do exercício (R$) (1,94) 1,88094 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. Pág. 4

Demonstrações das mutações do patrimônio líquido da controladora em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 Capital Social Reservas de Capital Reservas de Lucros Especial de Doações e Correção Especial de Incorporação Subvenções Juros sobre Monetária Opções Ágio na Subscrição de àgio na Acervo para Obras em Especial Lei de Reserva Reserva para Lucros Ações Incorporação Líquido Investimentos Andamento 8200/1991 Ações Outras Legal Investimentos Acumulados Reserva de Ágio Ações em Tesouraria Outras Reservas Ações em Tesouraria Total Em 31 de dezembro de 2007 (ajustados ) 3.470.758 458.684 (99.822 ) 123.558 745.756 31.287 872 123.334 (54.870 ) 349.155 356.750 5.505.462 Lucro líquido do exercício 1.029.816 1.029.816 Dividendos prescritos 20.484 20.484 Destinação dos lucros: Constituição de reserva legal 51.491 (51.491 ) Juros sobre o capital próprio propostos (R$ 0,5923) (324.300 ) (324.300) Reserva para investimentos Atribuição a exercícios sociais anteriores 377.277 (377.277 ) Destinação do exercício social de 2008 654.025 (654.025 ) Exercício de opções de ações 1.953 2.563 4.516 Plano de opções de ações 4.931 43 4.974 Em 31 de dezembro de 2008 3.470.758 458.684 (99.822 ) 123.558 745.756 31.287 5.803 125.287 (52.307 ) 400.646 1.031.302 6.240.952 Incorporações Copart 2 (a) 366.787 2.378 369.165 Brasil Telecom Participações S.A. (b) 260.301 3.861.439 1.413.592 82.637 5.617.969 Prejuízo líquido do exercício (1.142.689) (1.142.689) Absorção do prejuízo do exercício (17.119 ) (1.031.302 ) 1.048.421 Dividendos prescritos 11.501 11.501 Exercício de opções de ações 1.085 2.487 3.572 Plano de opções de ações (5.699 ) 130 (5.569) 3.731.059 458.684 (99.822 ) 4.228.226 1.415.970 123.558 745.756 31.287 104 126.372 (49.820) 383.527 11.094.901 Em 31 de dezembro de 2009 3.731.059 6.980.315 383.527 11.094.901 2009 2008 Valor patrimonial por ação (R$) 18,81 11,40 (a) Constituição de reserva especial de ágio na incorporação da Copart 2 em 31de julho de 2009. (b) Aumento de capital e constituição de reserva especial de ágio na incorporação da BrT Part em 30 de setembro de 2009. 16/04/2010 19:13:45 Pág. 5

Demonstração dos fluxos de caixa Exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 Controladora Consolidado 2009 2008 2009 2008 Fluxo de caixa das atividades operacionais Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda e contribuição social (1.523.220 ) 1.563.726 (1.552.204 ) 1.579.433 Itens de resultado que não afetam o caixa Depreciação e amortização 1.364.951 1.486.702 1.980.544 2.066.046 Perdas com contas a receber de clientes 450.862 301.956 549.602 370.242 Provisões para perdas em processos judiciais 3.316.626 688.223 3.339.706 711.486 Provisões para fundos de pensão 5.817 81.324 5.817 81.324 Recuperação com despesas com fundos de pensão Superávit (61.104 ) (61.104 ) Resultado na baixa de ativo permanente 21.407 38.207 78.300 6.921 Equivalência patrimonial 46.664 52.333 Perdas (ganhos) com investimentos 1.269 35.010 Encargos financeiros 493.872 662.727 488.427 622.995 Mutações patrimoniais 5.700.199 3.251.637 6.442.396 3.832.920 Contas a receber de clientes (261.157 ) (329.200 ) (331.653 ) (390.631 ) Estoques 2.468 1.390 11.985 (21.338 ) Pessoal, encargos sociais e benefícios (45.975 ) 10.329 (36.949 ) 18.091 Fornecedores (64.045 ) (155.947 ) (100.748 ) (367.808 ) Tributos (58.267 ) (96.728 ) (55.393 ) (152.173 ) Autorizações e concessões a pagar (65.578 ) 65.578 (74.571 ) 90.773 Provisões para perdas em processos judiciais (335.107 ) (439.090 ) (348.240 ) (451.050 ) Provisões para fundos de pensão (81.895 ) (13.278 ) (81.895 ) (13.278 ) Programa de Refinanciamento Fiscal 350.670 379.587 Outras contas ativas e passivas 119.056 36.661 12.573 99.052 (439.830 ) (920.285 ) (625.304 ) (1.188.362 ) Caixa proveniente das operações Encargos financeiros pagos (619.859 ) (515.348 ) (580.949 ) (525.468 ) Imposto de renda e contribuição social pagos - Empresa (383.775 ) (565.485 ) (426.785 ) (619.923 ) Imposto de renda e contribuição social pagos - Terceiros (12.736 ) (16.685 ) (20.103 ) (23.444 ) (1.016.370 ) (1.097.518 ) (1.027.837 ) (1.168.835 ) Caixa líquido proveniente das atividades operacionais 2.720.779 2.797.560 3.237.051 3.055.156 16/04/2010 19:13:45 Pág. 3

Demonstração dos fluxos de caixa Exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 (continuação) Controladora Consolidado 2009 2008 2009 2008 Atividades de investimentos Aplicações financeiras 17.196 179.911 179.916 1.283.442 Créditos com empresas ligadas (300.000 ) Depósitos judiciais (1.455.113 ) (1.710.775 ) (1.476.340 ) (1.723.203 ) Recursos obtidos na venda de ativo permanente 6.548 24.096 6.788 24.223 Aplicações no ativo permanente (730.685 ) (1.087.418 ) (1.398.252 ) (1.438.442 ) Investimentos (25.920 ) (1.500 ) Imobilizado e intangível (730.685 ) (1.061.498 ) (1.396.752 ) (1.438.442 ) Fluxo de caixa das atividades de investimentos (2.162.054 ) (2.594.186 ) (2.987.888 ) (1.853.980 ) Atividades de financiamentos Dividendos/JSCP pagos no exercício (274.764 ) (684.610 ) (274.764 ) (684.610 ) Empréstimos e Financiamentos (437.460 ) 742.418 (13.873 ) 378.000 Captações 494.167 1.103.756 757.014 739.338 Pagamento de principal de empréstimos, financiamentos e debêntures (931.627 ) (336.428 ) (770.887 ) (336.428 ) Pagamento de obrigação por arrendamento (24.910 ) (24.910 ) Fluxo de caixa das atividades de financiamentos (712.224 ) 57.808 (288.637 ) (306.610 ) Caixa e equivalentes de caixa adquiridos pela incorporação da BrT Part (Nota 1 (b) (v)) 278.357 278.357 Fluxo de caixa do exercício 124.858 261.182 238.883 894.566 Caixa e equivalente de caixa Saldo final 705.836 580.978 1.717.441 1.478.558 Saldo inicial 580.978 319.796 1.478.558 583.992 Variação no exercício 124.858 261.182 238.883 894.566 16/04/2010 19:13:45 Pág. 4

Demonstração do valor adicionado Exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 Controladora Consolidado 2009 2008 2009 2008 Receitas Vendas de serviços e mercadorias 15.163.404 14.395.739 17.771.913 17.007.142 Descontos Incondicionais e Devoluções (2.721.910) (1.064.653 ) (2.958.049) (1.320.766 ) Provisão para créditos de liquidação duvidosa (450.862) (301.956 ) (549.602) (370.242 ) Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas 196.537 430.161 236.582 463.579 12.187.169 13.459.291 14.500.844 15.779.713 Insumos adquiridos de terceiros Materiais (93.805) (64.546 ) (301.636) (395.232 ) Serviços de terceiros (4.167.559) (4.313.519 ) (4.506.598) (4.730.837 ) Outros (72.199) (92.802 ) (100.250) (93.636 ) (4.333.563) (4.470.867 ) (4.908.484) (5.219.705 ) Valor adicionado bruto 7.853.606 8.988.424 9.592.360 10.560.008 Retenções Depreciação e amortização (1.364.951) (1.486.702 ) (1.980.544) (2.066.046 ) Provisões para perdas em processos judiciais (3.516.422) (688.222 ) (3.550.211) (711.486 ) (4.881.373) (2.174.924 ) (5.530.755) (2.777.532 ) Valor adicionado líquido produzido pela Companhia 2.972.233 6.813.500 4.061.605 7.782.476 Valor adicionado recebido em transferência Equivalência patrimonial (46.664) (52.333 ) Dividendos (investimentos ao custo de aquisição) 3.016 3.016 Receitas financeiras 432.912 431.430 576.197 697.190 Receitas de aluguéis 129.816 121.040 89.693 86.975 516.064 503.153 665.890 787.181 Valor adicionado total a distribuir 3.488.297 7.316.653 4.727.495 8.569.657 Distribuição do valor adicionado Pessoal Remuneração direta (177.529) (227.987) (379.806) (409.784) Benefícios (158.229) (221.495) (288.242) (337.805) FGTS (67.902) (34.963) (89.383) (49.685) Outros (47.083) (81.324) (47.083) (81.324) (450.743) (565.769) (804.514) (878.598) Impostos e taxas Federais (305.119) (1.411.824) (596.223) (1.759.656) Estaduais (2.985.605) (3.152.079) (3.333.070) (3.493.436) Municipais (11.708) (12.745) (33.583) (34.657) (3.302.432) (4.576.648) (3.962.876) (5.287.749) 16/04/2010 19:13:45 Pág. 3

Demonstração do valor adicionado Exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 (continuação) Controladora Consolidado 2009 2008 2009 2008 Doações e patrocínios (14.642) (23.283) (15.824) (23.006) Remuneração de capital de terceiros Participação dos empregados no resultado (30.995) (45.243) Juros e demais encargos financeiros (550.050) (823.011) (643.311) (950.983) Aluguéis, arrendamentos e seguros (282.124) (298.126) (396.416) (401.356) (863.169) (1.121.137) (1.084.970) (1.352.339) Remuneração de capitais próprios Participação de acionistas não controladores (2.000) 1.851 Lucro retidos 1.142.689 (1.029.816) 1.142.689 (1.029.816) 1.142.689 (1.029.816) 1.140.689 (1.027.965) Valor adicionado distribuído 3.488.297 7.316.653 4.727.495 8.569.657 16/04/2010 19:13:45 Pág. 4

1. CONTEXTO OPERACIONAL A Brasil Telecom S.A. ( Companhia ou BrT ) é uma concessionária do STFC - Serviço Telefônico Fixo Comutado e atua desde julho de 1998 na Região II do PGO - Plano Geral de Outorgas, que abrange os estados brasileiros do Acre, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Goiás, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além do Distrito Federal, na prestação do STFC nas modalidades local e de longa distância intra-regional. A partir de janeiro de 2004, a Companhia passou também a explorar os serviços de longa distância nacional e longa distância internacional em todas as Regiões e na modalidade local o serviço fora da Região II passou a ser ofertado a partir de janeiro de 2005. Os negócios da Companhia, bem como os serviços que oferece e as tarifas que cobra são regulamentados pela ANATEL Agência Nacional de Telecomunicações. Os contratos de concessão vigentes, na modalidade de serviços local e de longa distância, entraram em vigor a partir de 1 de janeiro de 2006, com vigência até 31 de dezembro de 2025. Informações adicionais sobre esses contratos estão citadas na Nota 23 (h). As informações referentes às metas de qualidade e universalização do STFC estão disponíveis para acompanhamento dos interessados na página eletrônica da ANATEL, no site www.anatel.gov.br. A Companhia é registrada na CVM - Comissão de Valores Mobiliários e na SEC - Securities and Exchange Commission dos EUA, tendo suas ações negociadas na BOVESPA - Bolsa de Valores de São Paulo, e negocia seus ADR s American Depositary Receipts na NYSE - Bolsa de Valores de Nova Iorque. A partir de 30 de setembro de 2009 o controle da Companhia passou a ser exercido diretamente pela Coari Participações S.A. ( Coari ), cuja participação societária representa 79,63% do capital votante e 48,20% do capital total. Até a citada data, a Companhia era controlada pela Brasil Telecom Participações S.A. ( BrT Part ), sociedade constituída em 22 de maio de 1998 em decorrência do processo de privatização do Sistema Telebrás. A reorganização societária que resultou no controle direto da Companhia pela Coari está apresentada em comentários específicos desta nota vide item b, e teve por origem a compra da Brasil Telecom pela Telemar Norte Leste S.A. ( TMAR ) que, em 8 de janeiro de 2009, adquiriu através de sua controlada indireta, Copart 1 Participações S.A. ( Copart 1 ), o controle acionário da BrT Part e da Companhia. A troca do controle da Brasil Telecom para a TMAR consistiu na aquisição de 100% das ações da Invitel S.A. ( Invitel ), na época detentora de 99,99% das ações da Solpart Participações S.A. ( Solpart ), que por sua vez possuía 51,41% do capital votante e 18,93% do capital total da BrT Part. 16/04/2010 19:13:45 Pág. 3

O Contrato de Compra e Venda das Ações da Companhia (o Contrato ), firmado em 25 de abril de 2008, foi divulgado através de fato relevante das companhias relacionadas ao evento na mesma data, sendo complementarmente publicados novos fatos relevantes relativos a eventos ou fatos inerentes ao respectivo Contrato. Todos os fatos relevantes estão disponíveis para consulta no site www.brasiltelecom.com.br/ri. (a) Principais controladas diretas e indiretas da Companhia 14 Brasil Telecom Celular S.A. ( BrT Celular ) Subsidiária integral que opera desde o quarto trimestre de 2004 na prestação do SMP - Serviço Móvel Pessoal, tendo autorização para atender a Região II do PGO. BrT Serviços de Internet S.A. ( BrTI ) Subsidiária integral, que detém o controle das sociedades citadas a seguir: Empresas ig As empresas ig compreendem as sociedades Internet Group (Cayman) Limited ( ig Cayman ), ig Participações S.A. ( ig Part ) e Internet Group do Brasil S.A. ( ig Brasil ). A ig Brasil tem sua operação baseada no provimento de acesso à Internet, tanto discado quanto banda larga. Também provê serviços de valor agregado voltado para o mercado residencial e empresarial, incluindo o acelerador de conexão à Internet. Além desses serviços, a ig Brasil também conta com a venda de espaço publicitário em seu portal. A ig Cayman é uma holding que detém, por sua vez, o controle da ig Part, a qual mantém investimento da ordem de 32,53% no capital social da ig Brasil. ig Part e ig Brasil são empresas estabelecidas no Brasil. Brasil Telecom Cabos Submarinos Ltda. ( BrT CS ) A BrT CS, em conjunto com suas próprias sociedades controladas, opera através de um sistema de cabos submarinos de fibra ótica, com pontos de conexão nos Estados Unidos, Ilhas Bermudas, Venezuela e Brasil, permitindo o tráfego de dados através de pacotes de serviços integrados, oferecidos a clientes corporativos nacionais e internacionais. Brasil Telecom Comunicação Multimídia Ltda. ( BrT Multimídia ) A Companhia participa com 90,46% no capital social da BrT Multimídia, sendo que a participação restante, de 9,54%, pertence à BrTI. A BrT Multimídia é provedora de serviços de rede privada de telecomunicações através de redes digitais de fibra ótica de âmbito local em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, e rede de longa distância conectando esses centros comerciais metropolitanos. Atua em âmbito nacional 16/04/2010 19:13:45 Pág. 4

através de acordos comerciais com outras empresas de telecomunicações para oferecer serviços para as demais regiões do Brasil. Também possui centros de soluções de Internet em São Paulo, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Fortaleza, que oferecem serviços de co-location, hosting e demais serviços de valor agregado. Brasil Telecom Call Center S.A. ( BrT Call Center ) Subsidiária integral da Companhia que atua na prestação de serviços de centrais de atendimento a terceiros, compreendendo as áreas de atendimento a clientes, telemarketing ativo e passivo e serviços de treinamento, suporte e consultoria e atividades afins. Sua atividade operacional teve início no mês de novembro de 2007, na prestação de serviços de call center à BrT e às sociedades controladas desta, que demandam esse tipo de serviço. Anteriormente os serviços de call center eram realizados de forma terceirizada. BrT Card Serviços Financeiros Ltda. ( BrT Card ) A BrT Card, constituída para prestar serviços de gerenciamento, controle e assessoria no desenvolvimento e venda de produtos e serviços financeiros, que tem a participação de 99,99% pertencente à Companhia. Na data de encerramento do exercício a BrT Card possuía somente aplicações financeiras de liquidez imediata, originadas dos recursos da integralização de capital e não havia iniciado suas atividades operacionais. (b) Reorganização societária da Companhia A reorganização societária tem como objetivo a otimização da estrutura de controle, simplificação das participações societárias entre as empresas e o aproveitamento da sinergia entre as atividades aumentando a eficiência operacional. Em 19 de dezembro de 2008 a ANATEL, órgão regulador do setor brasileiro de telecomunicações, emitiu o Ato nº 7.828, por meio do qual o Conselho Diretor concedeu anuência prévia aos atos societários subsequentes referentes à incorporação das empresas ou incorporação das ações das sociedades Invitel, Solpart e BrT Part pela TMAR. Em consonância com o Fato Relevante divulgado no dia 15 de julho de 2009 e retificação do mesmo Fato Relevante no dia 21 de julho de 2009, bem como o Fato Relevante divulgado em 12 de agosto de 2009, foram realizadas a 1ª fase e a Etapa 2 da 2ª fase da reorganização societária nos dias 31 de julho e 30 de setembro de 2009, respectivamente, compreendendo uma série de incorporações, nos termos do arts. 230 e 252 da Lei das Sociedades por Ações, por empresas controladas pela TMAR, conforme descrito nas linhas abaixo. (i) (ii) Incorporação da Invitel pela sua controlada Solpart, com a absorção do patrimônio da Invitel pela Solpart e a conseqüente extinção da Invitel em 31 de julho de 2009. Incorporação da Solpart pela sua controladora Copart 1, com a absorção do patrimônio da Solpart pela Copart 1 e a conseqüente extinção da Solpart em 31 de julho de 2009. 16/04/2010 19:13:45 Pág. 5

(iii) (iv) Incorporação da Copart 1 pela BrT Part, com a absorção do patrimônio da Copart 1 pela BrT Part, por meio da qual a Coari, detentora da totalidade das ações da Copart 1, recebeu ações da BrT Part em substituição às suas ações da Copart 1, que foi extinta em 31 de julho de 2009. Incorporação da Copart 2 pela Companhia, com a absorção do patrimônio da Copart 2, por meio da qual a Coari, detentora da totalidade das ações da Copart 2, recebeu ações da Companhia em substituição às suas ações da Copart 2, que foi extinta em 31 de julho de 2009. O acervo líquido da Copart 2 incorporado pela Companhia foi de R$ 369.165, não tendo este promovido aumento do capital social da Companhia, sendo o valor integralmente registrado em reserva de capital, na forma do art. 200 da Lei das Sociedades por Ações. Em decorrência da incorporação da Copart 2, foram atribuídas 0,0005041618 ação ordinária de emissão da Companhia para cada ação ordinária de emissão da Copart 2 e 0,0471152627 ação preferencial de emissão da Companhia para cada ação preferencial de emissão da Copart 2. As 13.231.556 ações preferenciais de emissão da Companhia mantidas em tesouraria continuam em tesouraria. (v) Incorporação da BrT Part pela Companhia, com a absorção do patrimônio da BrT Part, por meio da qual a Coari detentora de 54,45% das ações da BrT Part e 10,62% das ações da Companhia, recebeu 231.077.513 ações, sendo 161.359.129 ordinárias e 69.718.384 preferenciais em substituição às suas ações da BrT Part, que foi extinta em 30 de setembro de 2009. Desta forma a Coari passou a deter 48,20% do patrimônio da Companhia. O acervo líquido da BrT Part incorporado pela Companhia foi de R$ 5.535.332, tendo este promovido aumento do capital social da BrT no montante de R$ 260.301, sendo ainda que R$ 1.413.592 foi registrado em reserva de capital e R$ 3.861.439 destinado à reserva especial de ágio, conforme previsto na Instrução CVM nº 319/1999. O aumento de capital está representado pela emissão de 201.143.307 ações ordinárias e 209.155.151 ações preferenciais da Companhia, que foram integralmente atribuídas aos acionistas da BrT Part. Desta forma, o capital social da Companhia passou a ser de R$ 3.731.059, representado por 203.423.176 ações ordinárias e 399.597.370 ações preferenciais. Em decorrência da incorporação da BrT Part, foram atribuídas 1,2190981 ações ordinárias de emissão da Companhia para cada ação ordinária de emissão da BrT Part e 0,1720066 ação ordinária e 0,9096173 ação preferencial de emissão da Companhia para cada ação preferencial de emissão da BrT Part (relação de substituição). A BrT Part possuía 1.480.800 ações ordinárias em tesouraria, as quais foram canceladas. As 13.231.556 ações preferenciais de emissão da Companhia mantidas em tesouraria continuam em tesouraria. 16/04/2010 19:13:45 Pág. 6

Todas as avaliações de patrimônio líquido e acervos líquidos das empresas incorporadas foram realizadas por empresa especializada, observando-se o disposto nos arts. 226 e 227 da Lei das Sociedades por Ações, com base nos valores patrimoniais na data-base 31 de maio de 2009, ajustados pelos eventos societários ocorridos entre tal data e as datas das incorporações (31 de julho e 30 de setembro de 2009) e os eventos subsequentes mais relevantes. Seguem abaixo os balanços patrimoniais das respectivas empresas incorporadas pela Companhia: Balanço Patrimonial - Copart 2 31/05/2009 Ativo circulante 7.258 Investimentos 559.390 Intangível 366.788 Ativo total 933.436 Passivo circulante 4.880 Passivo não circulante 1 Patrimônio líquido 928.555 Passivo total 933.436 Balanço Patrimonial BrT Part 31/05/2009 Ativo circulante 584.415 Ativo não circulante 1.495.722 Investimentos 7.345.051 Imobilizado 455 Ativo total 9.425.643 Passivo circulante 330.789 Passivo não circulante 11.512 Patrimônio líquido 9.083.342 Passivo total 9.425.643 As variações patrimoniais ocorridas entre 31 de maio e 30 de setembro de 2009 foram registradas na Companhia (incorporadora) e perfazem o montante de R$ 82.637. Nos termos da Lei nº 6.404/1976, as incorporações foram submetidas e aprovadas pelos acionistas da Invitel, Solpart, Copart 1, BrT Part, Copart 2, Coari e da Companhia, em Assembléias Gerais de Acionistas das referidas companhias realizadas nos dias 31 de julho e 30 de setembro de 2009. 16/04/2010 19:13:45 Pág. 7

A composição acionária da Companhia em 30 de setembro de 2009 passou a ser a seguinte: Composição Acionária Brasil Telecom S.A. Acionista Ordinárias % Preferenciais % Total % 161.990.0 Coari 01 79,63% 128.675.049 32,20% 290.665.050 48,20% Minoritários 41.433.175 20,37% 257.690.765 64,49% 299.123.940 49,60% Ações em Tesouraria 13.231.556 3,31% 13.231.556 2,20% Total 203.423.176 100,00% 399.597.370 100,00% 603.020.546 100,00% O ágio originalmente registrado na Copart 1 incorporado pela BrT Part, que tem parte proveniente da incorporação da Solpart pela Copart 1 e outra parte proveniente da incorporação da Invitel pela Solpart, no valor total de R$ 8.235.520, é oriundo da aquisição de 100% das ações de emissão da Invitel e de 35,52% das ações de emissão da BrT Part. O ágio registrado está fundamentado em mais valia dos bens do ativo imobilizado e no direito de concessão do STFC da Companhia. Em decorrência da incorporação da Copart 1 pela BrT Part e da subsequente incorporação da BrT Part pela Companhia, o ágio passou a ser contabilmente amortizado pela Companhia, nos termos da legislação tributária e contábil vigente, gerando aproveitamento fiscal. O ágio originalmente registrado na Copart 2 incorporado pela Companhia, no valor de R$ 737.664, é oriundo da aquisição de 10,62% das ações de emissão da Companhia, está fundamentado em mais valia dos bens do ativo imobilizado e no direito de concessão do STFC da Companhia. Em decorrência da incorporação da Copart 2 pela Companhia, o ágio passou a ser contabilmente amortizado pela Companhia, nos termos da legislação tributária e contábil vigente, gerando aproveitamento fiscal. Ressalte-se que, para fins do cálculo dos acervos líquidos objetos das incorporações reversas da Copart 1 e Copart 2 pela BrT Part e pela Companhia, respectivamente, a Copart 1 e a Copart 2 registraram a título de provisão para manutenção da integridade do patrimônio líquido de suas incorporadoras os montantes de R$ 4.072.381 e R$ 340.522, respectivamente. As provisões constituídas reduzem os valores dos ágios fundamentados na concessão de STFC da Companhia ao valor do respectivo benefício fiscal decorrente de sua respectiva amortização, conforme requerido pelo parágrafo 1º (alínea a) do art. 6º da Instrução CVM nº 319/1999. 16/04/2010 19:13:45 Pág. 8

Após a realização da Etapa 2 da 2ª fase, a estrutura societária resultante é a seguinte: Estrutura Societária antes da Incorporação de BrT Part Estrutura Societária após a Incorporação de BrT Part TNL TMAR Coari BrT Part ON: 97,35% PN: 69,37% Total: 81,93% ON: 100,00% PN: 100,00% Total: 100,00% ON: 90,68% PN: 33,33% Total: 54,45% ON: 0,25% PN: 18,94% Total: 10,62 % TNL TMAR Coari ON: 97,35% PN: 69,37% Total: 81,93% ON: 100,00% PN: 100,00% Total: 100,00% ON: 79,63% PN: 32,20% Total: 48,20% Incorporação da BrT Part pela BrT ON: 99,09% PN: 38,83% Total: 65,64% BrT BrT Em 2 de setembro de 2009, a SEC declarou efetivo o protocolo de registro ( Registration Statement ) relativo às ações emitidas pela Companhia para fins da incorporação das ações da BrT Part, nos termos do U.S. Securities Act of 1993. Conforme divulgado pela TMAR no Fato Relevante do dia 12 de agosto de 2009, dando continuidade ao processo de reorganização societária, os Conselhos Fiscal e de Administração da Coari e da BrT aprovaram a Etapa 3 da 2ª fase da reorganização societária em 25 de setembro de 2009 que prevê a incorporação de ações da Brt pela Coari, companhia aberta diretamente controlada pela TMAR, com vistas a tornar a Brt uma subsidiária integral da Companhia; entretanto em razão dos fatos divulgados em Fato Relevante publicado no dia 14 de janeiro de 2010, o processo se encontra interrompido. 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E PRINCÍPIOS DE CONSOLIDAÇÃO Critérios de Elaboração das Demonstrações Financeiras As demonstrações financeiras foram elaboradas e estão apresentadas em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com observância às disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações e na CVM e incorporam as alterações trazidas pelas Leis nº 11.638/2007 e nº 11.941/2009. 16/04/2010 19:13:45 Pág. 9

Com o advento da Lei nº 11.638/2007, que atualizou a legislação societária brasileira para possibilitar o processo de convergência das práticas contábeis adotadas no Brasil com aquelas constantes nas normas internacionais de contabilidade (IFRS International Financial Reporting Standards ), novas normas e pronunciamentos técnicos contábeis vêm sendo emitidos em consonância com os padrões internacionais de contabilidade pelo CPC - Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Durante 2009 foram emitidos 26 novos pronunciamentos técnicos (CPC s) e 12 interpretações técnicas (ICPC s) pelo CPC, aprovados por Deliberações da CVM, para aplicação obrigatória a partir de 2010. Os CPC s e ICPC s que poderão ser aplicáveis à Companhia, considerando-se suas operações, são: CPC Título 15 Combinação de Negócios 16 Estoques 20 Custos de Empréstimos 21 Demonstração Intermediária 22 Informação por Segmento 23 Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativa e Retificação de Erro 24 Evento Subsequente 25 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes 26 Apresentação das Demonstrações Contábeis 27 Ativo Imobilizado 30 Receitas 32 Tributos sobre o Lucro 33 Benefícios a Empregados 36 Demonstrações Consolidadas 37 Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade 38 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração 39 Instrumentos Financeiros: Apresentação 40 Instrumentos Financeiros: Evidenciação 43 Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a 40 ICPC Título 01 Contratos de Concessão 04 Alcance do Pronunciamento Técnico CPC 10 - Remunerações Baseadas em Ações 05 Pronunciamento Técnico CPC 10 - Pagamento Baseado em Ações - Transações de Ações do Grupo e em Tesouraria 08 Contabilização da Proposta de Pagamentos de Dividendos 10 Esclarecimentos sobre os Pronunciamentos Técnicos CPC 27 - Ativo Imobilizado e CPC 28 - Propriedade para Investimento A Administração da Companhia está analisando os efeitos das alterações introduzidas por esses novos pronunciamentos e; caso ocorram ajustes decorrentes de adoção das novas práticas contábeis a partir de 1 de janeiro de 2010, alinhada aos requerimentos para transição, a Companhia avaliará a 16/04/2010 19:13:45 Pág. 10

necessidade de mensurar os efeitos que seriam produzidos em suas demonstrações financeiras de 2009, para fins de comparação, caso esses novos procedimentos já estivessem em vigor desde o início do exercício findo em 31 de dezembro de 2009. Critérios de Consolidação A Companhia e suas controladas mantêm práticas contábeis uniformes. A consolidação foi elaborada de acordo com a Instrução CVM nº 247/1996 e incluem as demonstrações contábeis das controladas diretas e indiretas da Companhia. Os principais procedimentos de consolidação são: Soma dos saldos das contas de ativo, passivo, receitas e despesas, segundo a natureza contábil; Eliminação dos saldos das contas de ativos e passivos bem como as receitas e despesas relevantes, entre as companhias consolidadas; Eliminação dos investimentos e correspondentes participações no patrimônio líquido das companhias consolidadas; Destaque das participações dos acionistas minoritários no passivo e no resultado do exercício e; Consolidação dos fundos de investimentos exclusivos (Nota 9). Aplicação do Pronunciamento Técnico CPC 02 Efeitos das Mudanças na Taxa de Câmbio e Conversão das Demonstrações Contábeis a) Moeda Funcional e de Apresentação A Companhia e suas controladas atuam, como operadoras no setor de telecomunicações brasileiro e em atividades correlacionadas ao respectivo setor (vide Nota 1), sendo a moeda corrente utilizada nas transações o Real (R$). Para a definição da moeda funcional, a administração considerou a moeda que influencia: o preço de venda de seus produtos e serviços; os custos dos serviços prestados e dos produtos vendidos; o fluxo de caixa pelo recebimento de clientes e pagamento a fornecedores; e juros, investimentos e financiamentos. Sendo assim a moeda funcional da Companhia e de suas controladas é o Real (R$), mesma moeda que é utilizada para apresentação das demonstrações financeiras. 16/04/2010 19:13:45 Pág. 11