PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº. 55000.000730/2012-44 PREGÃO ELETRÔNICO Nº. 08/2012 RESPOSTA À RECURSO ELETRÔNICO



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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO SUBSECRETARIA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E ADMINISTRAÇÃO COORDENAÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E RECURSOS HUMANOS COORDENAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATOS PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº. 55000.000730/2012-44 PREGÃO ELETRÔNICO Nº. 08/2012 RESPOSTA À RECURSO ELETRÔNICO A Pregoeira do Ministério do Desenvolvimento Agrário MDA, no exercício das suas atribuições regimentais designadas pela Portaria MDA nº. 11/2012, de 26/01/2012 e por força dos art. 4º, incisos XVIII e XX da Lei nº. 10.520, de 17 de julho de 2002; art. 8º, inciso IV do Decreto nº. 5.450, de 31 de maio de 2005 e, subsidiariamente, do inciso II do art. 109 da Lei nº. 8.666, de 21 de junho de 1993, apresenta, para os fins administrativos a que se destinam suas considerações e decisões acerca do Recurso Eletrônico interposto pelas empresas ACTIVE SERVIÇOS DE TRANSPORTES E LOCAÇÃO DE VEÍCULOS LTDA. E VISA LOCADORA DE VEÍCULOS E TRANSPORTES LTDA. em relação ao Pregão Eletrônico nº. 08/2012, destinado à contratação de empresa especializada para prestação de serviços de natureza continuada de transporte terrestre de servidores, autoridades e pequenas cargas, com franquia, em veículos de pequeno e médio porte, com motorista e combustível para atender às necessidades dos servidores lotados no Ministério do Desenvolvimento Agrário/SEDE, em deslocamentos no Distrito Federal, no Entorno e em todo Território Nacional, de acordo com o especificado no Edital e seus anexos. 1) DO REGISTRO DA MANIFESTAÇÃO DE INTENÇÃO DE RECURSO NO SISTEMA COMPRASNET. Foram registraram no Sistema Comprasnet as seguintes intenções de recursos: A) ACTIVE SERVIÇOS DE TRANSPORTES E LOCAÇÃO DE VEÍCULOS LTDA. (08.578.641/0001-30) A EMPRESA ACTIVE TEM INTERESSE EM INGRESSAR COM RECURSO CONTRA A SUA DESCLASSIFICAÇÃO, TENDO EM VISTA DE QUE O NOVO ENTENDIMENTO DO TCU É DE QUE A SUSPENSÃO E IMPEDIMENTO DE CONTRATAR É SOMENTE COM O ÓRGÃO ESPECIFICADO. JÁ EFETUAMOS CONSULTA AO TCU, CONFORME COMPROVANTE ABAIXO, E SOLICITAMOS QUE SEJA FEITA TAMBÉM PELO MDA ESSA CONSULTA QUE PODERÁ ESCLARECER A INTERPRETAÇÃO CORRETA, OU SEJA, O IMPEDIMENTO É SOMENTE COM O ÓRGÃO DENUNCIANTE. Razão Social / Nome: ACTIVE SERVICOS DE TRANSPORTES. B) VISA LOCADORA DE VEÍCULOS E TRANSPOTES LTDA. (CNPJ: 03.514.011/0001-88). A Empresa Visa locadora de Veículos e transportes ltda. manifesta a intenção de ingressar com recurso contra a aceitação da Empresa Unique, por erro irreparável no preenchimento das planilhas e desobediência às normas de DEPRECIAÇÃO DE VEÍCULOS determinadas pela INSTRUÇÃO NORMATIVA 162, DE 31.12.1998 que estabelece o percentual anual de 20% (vinte por cento) sobre o valor do bem, tendo apresentado valores superiores a 50%, o que tem sido considerado pelo CGU como jogo de planilha.

2) DA ACEITABILIDADE DO REGISTRO DE MANIFESTAÇÃO DE INTENÇÃO DE RECURSO E DO PRAZO. Haja vista que as manifestações de intenção de recursos preenchem os requisitos mínimos para sua aceitação, quanto à Sucumbência, Tempestividade, Motivação, Legitimidade e Interesse conforme orienta o subitem n.º14 do Acórdão TCU n.º336/2010-plenário, e com vistas a promover a transparência dos atos deste Pregão, nas alegações propostas pelas empresas recorrentes, as intenções de recursos foram aceitas, estando os autos com vistas franqueadas conforme previsto em Edital. 3) DO REGISTRO DAS RAZÕES DE RECURSO: De acordo com o Decreto nº. 5.450/2005, em seu artigo 26, após manifestação de intenção de recurso, o prazo para apresentação das razões do recurso é de 3 (três) dias. A) As recorrentes ACTIVE SERVIÇOS DE TRANSPORTES E LOCAÇÃO DE VEÍCULOS LTDA. (CNPJ: 08.578.641/0001-30) e VISA LOCADORA DE VEÍCULOS E TRANSPORTES LTDA. (CNPJ: 03.514.011/0001-88) inseriram suas razões de recurso no sistema Comprasnet dentro do prazo estabelecido, portanto, merecendo ter seu mérito analisado, visto que respeitaram os prazos estabelecidos nas normas sobre o assunto. 4) DAS RAZÕES DO RECURSO A) RECORRENTE: ACTIVE SERVIÇOS DE TRANSPORTES E LOCAÇÃO DE VEÍCULOS LTDA. (CNPJ: 08.578.641/0001-30). A recorrente interpôs recurso contra sua a desclassificação do Pregão em epígrafe, pela razão que se segue, apresentada em síntese (a íntegra encontra-se às fls. 541/542): 1 Requer a reforma da decisão desta Pregoeira, na medida em que tal decisão baseou-se em decisões que não refletem a totalidade de opiniões, não gerando jurisprudência. B) RECORRENTE: VISA LOCADORA DE VEÍCULOS E TRANSPORTES LTDA. (CNPJ: 04.692.238/0001-86). A recorrente interpôs recurso em face da aceitação da proposta de preços apresentada pela empresa UNIQUE RENT A CAR LOCADORA DE VEÍCULOS LTDA. EPP no Pregão em epígrafe, pela razão que se segue, apresentada em síntese (a íntegra encontra-se às fls. 551/552): 1 Requer a desclassificação da empresa UNIQUE RENT A CAR, vencedora do certame, alegando que a mesma realizou jogo de planilhas, uma vez que, reduzir o valor de depreciação dos veículos da categoria Tipo I e aumentou os valores para os veículos do Tipo II, resultando em alteração da proposta inicialmente apresentada pela recorrida. 5) DAS CONTRA-RAZÕES DO RECURSO A licitante UNIQUE RENT A CAR LOCADORA DE VEÍCULOS LTDA. EPP se manifestou em contra-razão, no sítio do Comprasnet, conforme fls.553/556.

6) DA ANÁLISE DAS ALEGAÇÕES DA RECORRENTE ACTIVE SERVIÇOS DE TRANSPORTES E LOCAÇÃO DE VEÍCULOS LTDA. (CNPJ: 08.578.641/0001-30). No dia vinte e quatro de julho do corrente ano, o certame foi aberto, tendo a recorrente como participante. Na oportunidade, esta empresa obteve o menor lance, conforme fls. 363/364 dos autos. Diante disso, quando da convocação da mesma, procedeu-se consulta ao SICAF, quando foi constatado que a recorrente encontrava-se impedida de licitar com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários ANTAQ, com base no inciso III do artigo 87 da Lei nº. 8.666/93. Situação que permanece até o momento. Diante da situação acima exposto, a recorrente foi desclassificada. Nesta oportunidade, a Comissão de Licitações, juntamente com a área demandante, a fim de fundamentar seu posicionamento, colacionou decisões do Superior Tribunal de Justiça STJ e do Tribunal Regional Federal TRF da 1ª Região, cujo entendimento é de que a vedação à participação em licitações e a contratação de particular incurso na sanção prevista no inciso III do artigo 87 da Lei nº. 8.666/93 estende-se a toda a Administração Direta e Indireta. Em virtude da diferença de redação adotada no inciso III (Administração) e no inciso IV do artigo 87 da Lei nº. 8.666/93 (Administração Pública), passou-se a discutir a extensão dos efeitos da sanção relativa à suspensão temporária de participação em licitação. Parte da doutrina sustentou que os efeitos da suspensão temporária de participação em licitação estariam restritos ao ente público responsável pela aplicação da sanção, ao contrário da declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública. O Tribunal de contas da União também adotou este entendimento em alguns de seus julgados. Entretanto, conforme apontado pela própria recorrente a jurisprudência do TCU tem evoluído no sentido de ampliar o âmbito de abrangência da penalidade inserta no artigo 87, inciso III da Lei 8.666/93, de modo a abranger não apenas o órgão que aplicou a sanção, mas também a Administração Pública. Com efeito, conforme reconhecido pelos tribunais pátrios, a contratação de empresas que já cometeram falhas graves em contratos anteriormente celebrados com outros órgãos públicos, a ponto de ensejar a aplicação da sanção de suspensão temporária, não se coaduna com os princípios da moralidade, da eficiência e do interesse público. Com base na defesa do princípio do interesse público e visando zelar pela Administração Pública, e, ainda, com o intuito de subsidiar análise mais apurada a cerca dos motivos que culminaram na sanção aplicada pela ANTAQ contra a empresa ora recorrente, ACTIVE, esta Comissão de Licitações, juntamente com a Área Demandante, realizou diligência junto àquele órgão público (conforme fls. 496/540), em que solicitamos cópias dos documentos que compuseram o processo administrativo referente à sanção de proibição ora mencionada. Da análise da documentação verificamos que a referida empresa cometeu falhas semelhantes às cometidas, no âmbito deste Ministério, pela empresa TRANSFERBRAZIL LOCADORA DE VEÍCULOS LTDA., que também ensejaram na aplicação de penalidades (advertência, multa, rescisão contratual e de suspensão do direito de participar de licitação ou contratar com a Administração pelo prazo de 2 anos), fazendo com que o MDA tivesse a necessidade de adotar procedimentos com vistas à contratação

emergencial da empresa de transporte que atualmente presta os serviços neste Ministério, conforme exposto pela área demandante no Memorando nº. 822/2012/CASG/CGARH/SPOA/MDA, às fls. 495 deste processo. Portanto, no caso em questão, seria contratada empresa que cometeu as mesmas falhas que a empresa antes contratada pelo MDA, criando-se, assim, grande risco de a Administração enfrentar novamente os mesmos problemas que ensejaram a rescisão do contrato anterior. Importante destacar que o Judiciário já solidificou o seu posicionamento sobre a matéria, por meio de reiteradas decisões, no sentido de que a decisão de suspensão temporária se estende a toda a Administração Pública: STJ julgou: RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. LICITAÇÃO. SANÇÃO IMPOSTA A PARTICULAR. INIDONEIDADE. SUSPENSÃO A TODOS OS CERTAMES DE LICITAÇÃO PROMOVIDOS PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA QUE É UNA. LEGALIDADE. ART. 87, INC. II, DA LEI 8.666/93. RECURSO IMPROVIDO. I - A Administração Pública é una, sendo, apenas, descentralizada o exercício de suas funções. II - A Recorrente não pode participar de licitação promovida pela Administração Pública, enquanto persistir a sanção executiva, em virtude de atos ilícitos por ela praticados (art. 88, inc. III, da Lei n.º 8.666/93). Exige-se, para a habilitação, a idoneidade, ou seja, a capacidade plena da concorrente de se responsabilizar pelos seus atos. III - Não há direito líqüido e certo da Recorrente, porquanto o ato impetrado é perfeitamente legal. IV - Recurso improvido. (RMS 9707 PR, Ministra LAURITA VAZ, 03/09/2001, SEGUNDA TURMA, DJ 20.05.2002 p. 115) ADMINISTRATIVO MANDADO DE SEGURANÇA LICITAÇÃO SUSPENSÃO TEMPORÁRIA DISTINÇÃO ENTRE ADMINISTRAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INEXISTÊNCIA IMPOSSIBILIDADE DE PARTICIPAÇÃO DE LICITAÇÃO PÚBLICA LEGALIDADE LEI 8.666/93, ART. 87, INC. III. - É irrelevante a distinção entre os termos Administração Pública e Administração, por isso que ambas as figuras (suspensão temporária de participar em licitação (inc. III) e declaração de inidoneidade (inc. IV)) acarretam ao licitante a nãoparticipação em licitações e contratações futuras. - A Administração Pública é uma, sendo descentralizadas as suas funções, para melhor atender ao bem comum. - A limitação dos efeitos da suspensão de participação de licitação não pode ficar restrita a um órgão do poder pública, pois os efeitos do desvio de conduta que inabilita o sujeito para contratar com a Administração se estendem a qualquer órgão da Administração pública. (Recurso Especial 151.567/RJ 2ª Turma) ADMINISTRATIVO. LICITAÇÃO. HABILITAÇÃO SOMENTE DA MATRIZ. REALIZAÇÃODO CONTRATO POR FILIAL. IMPOSSIBILIDADE. DESCUMPRIMENTO DO CONTRATO.SANÇÕES. PROPORCIONALIDADE. ADMINISTRAÇÃO X ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.DISTINÇÃO. AUSÊNCIA. 1. Cuida-se, na origem, de mandado de segurança impetrado pela Petrobrás Distribuidora S/A contra ato do Presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, o qual, após rescindir o contrato celebrado entre as partes, para a aquisição de 140.000 litros de gasolina comum, com fornecimento parcelado em dozes meses, aplicou sanções de pagamento de multa, no valor de R$ 72.600,00 e de impedimento de licitar e contratar com o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, pelo prazo de um ano.2. Inicialmente, cabe destacar que é incontroverso nos autos que a Petrobrás Distribuidora S/A, que participara da licitação com documentação da matriz, ao arrepio do que exigia o contrato,forneceu combustível por meio

de sua filial sediada no Estado de São Paulo, a quem era devedora do ICMS.3. Por sua vez, o artigo 87 da Lei n. 8.666/93 prevê expressamente entre as sanções para o descumpridor do acordo a multa, a suspensão temporária de participação em licitação e o impedimento de contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos.4. Na mesma linha, fixa o art. 7º da Lei n. 10.520/2002.5. Ademais, o 2º do artigo 87 da Lei de Licitação permite a aplicação conjunta das citadas sanções, desde que facultada a defesa prévia do interessado, no respectivo processo no prazo de cinco dias úteis.6. Da mesma forma, o Item 12.2 do edital referente ao contrato em questão estabelece a aplicação das sanções estipuladas nas Leis n.10.520/02 e n. 8.666/93, bem como na Resolução n. 5/93 do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo ao inadimplente.7. Já o mencionado contrato dispunha na Cláusula Oitava sobre a possibilidade de aplicação ao contratado, diante da inexecução total ou parcial do ajuste, de qualquer das sanções previstas na Lei de Licitações, a juízo fundamentado da prefeitura, de acordo com a gravidade da infração.8. Nesse contexto, não obstante as diversas advertências efetuadas pelo Tribunal de Contas no sentido de que não poderia a recorrente cometer as irregularidades que motivaram as sanções, esta não cuidou para que a unidade responsável pela execução do contrato apresentasse previamente a documentação que atestasse a observância das normas da licitação e das cláusulas contratadas, de modo que não há que se falar em desproporcionalidade da pena aplicada, sobretudo diante da comprovação das condutas imputadas à recorrente, o que autoriza a aplicação da multa e da sanção de impedimento de contratar com a Administração pelo prazo de um ano, tudo para bem melhor atender ao interesse público.9. Note-se, ainda, que esta Corte já apontou pela insuficiência da comprovação da regularidade fiscal da matriz e pela necessidade de a filial comprovar tal regularidade se a esta incumbir o cumprimento do objeto da licitação. Precedente.10. Por fim, não é demais destacar que neste Tribunal já se pontuou a ausência de distinção entre os termos Administração e Administração Pública, razão pela qual a sanção de impedimento de contratar estende-se a qualquer órgão ou entidade daquela.precedentes.11. Recurso ordinário não provido. (RMS 32628 SP, Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, DJe 14/09/2011) ADMINISTRATIVO. SUSPENSÃO DE PARTICIPAÇÃO EM LICITAÇÕES. MANDADO DE SEGURANÇÃO. ENTES OU ÓRGÃOS DIVERSOS. EXTENSÃO DA PUNIÇÃO PARA TODA A ADMINISTRAÇÃO. - A punição prevista no inciso III do artigo 87 da Lei nº. 8.666/93 não produz efeitos somente em relação ao órgão ou ente federado que determinou a punição, mas a toda a Administração Pública, pois, caso contrário, permitir-se-ia que empresa suspensa contratasse novamente durante o período de suspensão, tirando desta a eficácia necessária. Por seu turno, o TRF julgou: ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. LICITAÇÃO. PENALIDADE. INSCRIÇÃO NO SICAF E SUSPENSÃO TEMPORÁRIA DO DIREITO DE LICITAR (POR DOIS ANOS). ART. 87, III, DA LEI Nº. 8.666/93. EXTENSÃO DA RESTRIÇÃO PARA TODA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. I A penalidade administrativa de suspensão do direito de licitar, por até 2 (dois) anos, com a Administração, prevista no art. 87, III, da Lei nº. 8.666/93, surte seus efeitos com relação a todos os órgãos da Administração Pública, e não tão somente com relação ao ente que aplicou a sanção. Precedentes do STJ e do TRF 1º Região. II No caso sub judice, no entanto, em face da nova situação após o ajuizamento do mandado de segurança, com a cessação dos efeitos da penalidade aplicada, tendo em vista o transcurso integral do prazo da suspensão temporária do direito de licitar imposta ao impetrante, os quais se pretendia anular, restam alterados os pressupostos de direito e de fato, que, originariamente, motivaram a súplica, cessando-se o interesse processual, inclusive da recorrente, que, com a concessão da segurança, pelo juízo monocrático, impulsionara a apelante, pelo que se aplica, na espécie, o disposto no art. 267, inciso VI, última figura, do CPC. III Remessa oficial e apelação prejudicadas, declarando-se extinto o processo, sem julgamento do mérito.

(AMS 2000.01.00.076244-6/DF, Rel. Desembargador Federal Souza Prudente, Sexta Turma, DJ p. 85 de 16/04/2007). Ressalte-se que cabe ao Superior Tribunal de Justiça a tarefa de uniformizar a interpretação da legislação federal. Corroborando esse entendimento do Judiciário, a Advocacia Geral da União, por intermédio da Consultoria Geral da União, exarou o Parecer nº. 087/DECOR/CGU/AGU, de 11/11/2011, endossando o entendimento de que ambas as penalidades devem ser estendidas a toda a Administração Pública. Ressalta-se que, do teor do aludido Parecer, o entendimento ora mencionado passará a ser adotado por todos os órgãos jurídicos consultivos subordinados à AGU, uma vez que os Advogados Públicos, ao analisarem editais de licitações, devem atentar para a necessidade de estender a sanção a todos os órgãos da Administração Pública. Em campo doutrinário, o ilustre prof. Marçal Justen Filho, firme no sentido de que a suspensão deve impedir o apenado de licitar e contratar com toda a Administração, dispõe: Anote-se que, em princípio, não haveria sentido em circunscrever os efeitos da suspensão de participação de licitação a apenas um órgão específico. Se um determinado sujeito apresenta desvios de conduta que o inabilitam para contratar com a Administração Pública, os efeitos dessa ilicitude se estendem a qualquer órgão. Nenhum órgão da Administração Pública pode contratar com aquele que teve seu direito de licitar suspenso. A menos que lei posterior atribua contornos distintos à figura do inc. III, essa é a conclusão que se extrai da atual disciplina legislativa. (JUSTEN FILHO, 2008. p. 822). Em obra mais recente o Prof. Marçal Justen Filho, no que tange ao alcance da aplicação das penalidades, entende que: As sanções dos incs. III e IV são extremamente graves e pressupõem a prática de condutas igualmente sérias. [...] No entanto, pode-se contrapor que a lógica excluiria o cabimento de sancionamento ao sujeito no estrito âmbito de um único e determinado sujeito administrativo. Se o agente apresenta desvio de conduta que o inabilitam para contratar com um determinado sujeito administrativo, os efeitos dessa ilicitude teriam de se estender a toda a Administração Pública. Assim se passa porque a prática do ato reprovável, que fundamento a imposição da sanção de suspensão do direito de licitar e contratar, evidencia que o infrator não é merecedor de confiança. (JUSTEN FILHO, 2010. pp. 891 e 892). E, ainda, com relação à distinção entre Administração e Administração Pública, Marçal Justen Filho entende que: a pretensão de diferenciar Administração Pública e Administração é irrelevante e juridicamente risível Por sua vez, o TCU, em 2011, por meio do Acórdão 2.218 Primeira Câmara entendeu por atribuir-se efeitos amplos/gerais à Suspensão Temporária de Participação em Licitação e Impedimento de Contratar com a Administração, vejamos: Voto Revisor: (...)

Esta Corte, em consonância com grande parte da doutrina, vem considerando que a suspensão temporária para participação em licitação e impedimento para contratar com a Administração, prevista no inc. III do art. 87 da Lei nº. 8.666/93, tem abrangência restrita ao órgão ou pessoa estatal que aplicar a sanção. Assim, mesmo estando sob os efeitos da suspensão, o particular não estaria impedido de continuar a participar de licitações ou de contratar com distintos órgãos ou entidades dessa mesma Administração Pública, muitas vezes causando os mesmos incidentes que determinaram a aplicação das penalidades. (...) Por essas razões, entendo que esta Corte deva rever seu posicionamento anterior, para considerar legal a inserção, pela Infraero, de cláusula editalícia impeditiva de participação daqueles incursos na sanção prevista no inc. III da Lei nº. 8.666/93. (...) Voto Complementar: (...) (...) 3. Nesta oportunidade, o Relator da deliberação contestada pela Infraero, eminente Ministro Walton Alencar Rodrigues, apresenta voto revisor, colacionando, inclusive, decisões do Superior Tribunal de Justiça, que amparam seu novo entendimento de que a vedação à participação em licitações e à contratação de particular incurso na sanção prevista no inciso III do art. 87 da Lei 8.666/1993 estende-se a toda a Administração direta e indireta. 4. Considerando que ainda não há jurisprudência consolidada sobre a matéria em discussão, e tendo em vista que a linha defendida pelo Revisor carrega o nobre propósito de dar proteção à Administração Pública e, enfim, ao interesse público, não vejo óbice a que esta Corte reveja seu posicionamento anterior, para considerar legal a inserção, pela Infraero, de cláusula editalícia impeditiva de participação daqueles incursos na sanção prevista no inciso III da Lei 8.666/1993, na forma proposta pelo Ministro Walton Alencar Rodrigues, cujo voto passo a acompanhar. Além do destacado Acórdão 2.218/11, recentemente o TCU (04/04/2012) endossando o entendimento do STJ se pronunciou por meio da Comunicação de Cautelar TC 008.674/2012-4, citada no Informativo de Jurisprudência sobre Licitações e Contratos nº. 100, observe-se: A aplicação da sanção prevista no inciso III do art. 87 da lei 8.666/1993 impede, em avaliação preliminar, a participação da empresa em certame promovido por outro ente da administração pública. Diante do exposto, observa-se que apesar do TCU ainda não ter jurisprudência pacificada, os últimos entendimentos dessa Corte de Contas são no sentido de que os efeitos da sanção prevista no inc. III do art. 87 da Lei nº. 8.666/93 estende-se a toda a Administração Pública, tendo em vista que a nova linha defendida por aquele Tribunal carrega o propósito de dar proteção a Administração Pública, senão vejamos: (...) Assim, mesmo estando sob os efeitos da suspensão, o particular não estaria impedido de continuar a participar de licitações ou de contratar com distintos órgãos ou entidades dessa mesma Administração Pública, muitas vezes causando os mesmos incidentes que determinaram a aplicação das penalidades. (...) Assim, trata-se verdadeiramente de uma evolução, como bem apontado pela recorrente, o novo entendimento do TCU sobre o tema.

Dessa forma, diante de toda a fundamentação aqui exposta, bem como, considerando-se os transtornos a que este Ministério foi vitimado na última contratação (conforme acima mencionado) e ainda, por força dos princípios da moralidade pública, prevenção, precaução e indisponibilidade do interesse público, o administrador público, no caso em questão, esta Equipe de Licitações, juntamente com a Área Demandante (amparadas pela Consultoria Jurídica deste MDA, conforme veremos abaixo exposto), tem o PODER-DEVER de resguardar a Administração Pública da contratação de empresa que cometeu graves falhas e por isso fora suspensa de licitar e contratar com a Administração, sob pena de se tornar inócua a sanção aplicada pela ANTAQ. Considerando que é irrelevante e juridicamente risível a distinção entre os termos Administração Pública e Administração ; Considerando as reiteradas e recentes decisões do STJ no sentido de que a decisão de suspensão temporária se estende a toda a Administração Pública; Considerando o novo entendimento do TCU sobre o tema; Considerando os princípios da moralidade, eficiência e o interesse público, e visando resguardar a Administração Pública da contratação de empresa que cometeu as mesmas graves condutas que a empresa anteriormente contratada por este Ministério; Indefiro o recurso interposto pela empresa ACTIVE SERVIÇOS DE TRANSPORTES E LOCAÇÃO DE VEÍCULOS LTDA. Desse modo, não estará este MDA aplicando nova penalidade, mas dando efetividade à sanção anteriormente aplicada pela própria Administração. Por fim, após apreciação pela Consultoria Jurídica deste MDA, trago à colação excertos do Parecer Nº 531/2012/CGPCLC/CONJUR-MDA/CGU/AGU (fls.546/550), na qual a mesma julga pertinente o entendimento aqui defendido. Confira: 21. Destarte, constata-se que a decisão de desclassificação da licitante em razão da aplicação da sanção prevista no inciso III do art. 87 da lei nº 8.666/93, ainda quando esta foi aplicada por outro órgão, coaduna-se com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, da Advocacia Geral da União, bem como com a nova interpretação do Tribunal de Contas da União em decisões recentes. III. CONCLUSÃO 22. Ante o exposto, entendemos que o recurso interposto pela empresa Active Serviços de Transportes de Locação de Veículos Ltda. deve ser desprovido, mantendo-se a sua desclassificação do certame.

7) DA ANÁLISE DAS ALEGAÇÕES DA RECORRENTE VISA LOCADORA DE VEÍCULOS E TRANSPORTES LTDA. (CNPJ: 04.692.238/0001-86). Por tratar-se de assunto de competência da área técnica, tendo em vista que se refere à análise da planilha de composição de preços da empresa vencedora, trago aqui o posicionamento daquela área, ao qual me parece pertinente: Em face do Recurso interposto pela empresa Visa Locadora de Veículos e Transporte LTDA, informo que o mesmo não deve prosperar por não encontrar em sua argumentação fundamentos coerentes que determinem que a licitante vencedora seja desclassificada. DA ALEGAÇÃO DA RECORRENTE I Do jogo de planilha A recorrente alega que a Administração determinou que a empresa readaptasse as planilhas de custos por as mesmas apresentarem valores inconsistentes referentes à depreciação dos veículos (um dos itens da composição do preço do quilômetro), concedendo à empresa o direito de reformular tais valores. Tal alegação não condiz com a realidade. A verdade dos fatos é que, através de diligência, foi solicitada à licitante que corrigisse os valores referentes aos serviços contínuos uma vez que equivocadamente a empresa calculou o preço do quilômetro tomando por base a franquia apresentada e não o valor estimado de quilômetros, desobedecendo ao item 5.3 do Termo de Referência. Entendendo não ser motivo de desclassificação da proposta, foi então solicitada tal correção. Assim, a licitante apresentou planilha com valores adaptados à realidade do Termo de Referência mantendo o preço da sua proposta inicial com um acréscimo de R$ 485,76 resultante do arredondamento dos centavos referentes aos valores dos preços de custos do quilômetro, tendo sido corrigido também esta inconsistência após solicitação em diligência; ficando então o valor da proposta final R$ 1.214,40 abaixo da proposta inicial apresentada. Ora, é de notório conhecimento de todos que o jogo de planilha caracteriza-se pela possibilidade de as empresas adotarem preços mais elevados em quesitos que podem ter acréscimos quantitativos no decorrer da execução do contrato e preços mais baixos para os itens sujeitos a decréscimo, o que não é permitido pela legislação. Ou também que se caracteriza por permitir que as empresas atribuam sobrepreços às etapas iniciais do cronograma financeiro e subpreços às etapas finais, propondo o licitante executar a obra com valor global abaixo dos demais concorrentes. Diante do esclarecimento sobre o que se trata o jogo de planilha, resta provado que não há como classificar as alterações ocorridas na proposta da licitante vencedora como tal, pois a composição do preço do quilômetro é formada por custos estimados e não por itens que possam ter acréscimo no decorrer da execução do contrato. Assim, não há possibilidade de alteração dos valores do preço do quilômetro propostos pela licitante e, consequentemente, não haverá qualquer possibilidade de se gerar um desequilíbrio econômico-financeiro em desfavor do órgão contratante. Desta forma, conclui-se que não há nexo entre a argumentação da empresa recorrente e a realidade apresentada na proposta, quando esta alega que os valores da depreciação para os veículos das categorias Tipo I e II estão incompatíveis com a realidade resultando numa alteração radical da proposta inicialmente apresentada. II Da depreciação extrapolação do limite máximo permitido na IN nº. 162/98 da Receita Federal A licitante Unique Rente a Car Locadora de Veículos LTDA foi questionada, através de diligência, para que apresentasse memorial de cálculo do item depreciação de veículos da planilha de composição do preço do quilômetro, uma vez que após análise foi constatado que o valor está acima dos 20% previsto na legislação. Tendo encaminhado resposta em tempo hábil, a licitante informou que no preço do custo da depreciação estavam embutidos os

20% referente à taxa de depreciação e 20% referente à remuneração do capital, por se tratar de um bem superior ao citado no Termo de Referência. Ora, tendo obedecido ao que determina a legislação quanto à taxa de depreciação, entende-se que a Administração não pode interferir no gerenciamento dos custos da empresa, devendo apenas não acatar aquilo que possa trazer prejuízo ao erário. Sendo assim, mesmo com o acréscimo de 20% referente à remuneração do capital à taxa de depreciação, por se tratarem de veículos com valor de mercado acima da média, a proposta da licitante continua a ser a mais vantajosa para a Administração por apresentar menor preço global. 8) DA CONCLUSÃO Diante de todo o exposto, INDEFERIMOS os recursos apresentados pelas empresas ACTIVE SERVIÇOS DE TRANSPORTES E LOCAÇÃO DE VEÍCULOS LTDA. e VISA LOCADORA DE VEÍCULOS E TRANSPORTES LTDA. Brasília-DF, 07 de agosto de 2012. Ana Carolina Miranda Elleres Pregoeira Oficial Edmilson Araújo Lima Neto Equipe de Apoio Ronil Carlos da Silva Júnior Equipe de Apoio