EMPRESAS EM ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS: UMA ANÁLISE MULTIVARIADA DOS FATORES DE INFLUÊNCIA

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Transcrição:

V EPCC Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar 23 a 26 de outubro de 2007 EMPRESAS EM ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS: UMA ANÁLISE MULTIVARIADA DOS FATORES DE INFLUÊNCIA James Luiz Venturi 1 RESUMO: O artigo está focado nos arranjos produtivos locais e trata de identificar a influência de fatores que afetam a permanência das empresas em redes. A pergunta principal a ser respondida é: Quais os possíveis fatores operacionais que podem influenciar a permanência das empresas no Arranjo Produtivo Têxtil de Brusque/SC? A metodologia adotada é de ciências sociais aplicadas, com o método indutivo, pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa e amostra por escolhas racionais, aplicando um questionário para um grupo de trinta e quatro empresas participantes da Rodada de Negócios denominada Pronegócios, cuja Associação da Micro e Pequena Empresas de Brusque AMPE exerce a governança do arranjo. Para o tratamento dos dados, adota cálculos multivariados com apoio do software SPAD. Conclui que fatores como níveis de confiança e relacionamento entre os atores do aglomerado e a possibilidade de aumento nas vendas são os indicadores principais para a permanência das empresas na rede, e que o intercâmbio de máquinas, pessoas e informações e os aspectos culturais não são considerados, a priori, elementos indispensáveis para a permanência das empresas na rede. PALAVRAS-CHAVE: Administração; Alianças Estratégicas; Arranjo Produtivo Local. 1. INTRODUÇÃO O ponto de partida é a observação de que um Arranjo Produtivo Local oferece grande potencial para a criação de vantagens competitivas, mesmo sem a intervenção do governo ou de outros atores, resultando numa série de vantagens de localização (NADVI, 1997). A economia mundial, por sua vez, vem impondo aos agentes responsáveis pela formulação de políticas de desenvolvimento a busca de novos conceitos e de novas formas de pensar a organização produtiva, buscam-se novas formas de negociação e alianças, onde surgem experiências e inovações. É importante citar que Becattini (1999), Casarotto Filho e Pires (1998) e Raud (1999), enfatizam a importância do processo cooperativo na ampliação qualitativa e quantitativa da atividade empresarial e da ação participativa e pró-ativa da comunidade local pública e privada como um dos principais elementos alavancadores deste desenvolvimento. O problema de pesquisa procura responder quais os possíveis fatores operacionais que podem influenciar a permanência das empresas no Arranjo Produtivo Têxtil de Brusque/SC? 1 James Luiz Venturi, Dr. Professor e pesquisador da Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI em Balneário Camboriú/SC. Pesquisador da Universidad Autónoma de Asunción nos Programas de Mestrado e Doutorado em Gestão de Empresas. james@univali.br

2 MATERIAL E MÉTODO Trata-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa, através de uma pesquisa de campo, tipo Survey. Utilizou a técnica de bola de neve (HANNEMAN, 1999) para a obtenção de informações. Assim, elegeram-se pessoas chaves que haviam sido identificadas como participantes iniciais (fundadores) e dos mais ativos participantes, desde o início em agosto de 1997 até o fim de 2005. Como classificação da amostra não-probabilística, usou-se a amostra por escolhas racionais e desta forma elegeram-se os 34 (trinta e quatro) empresários identificados como sendo os 25 (vinte e cinco) que fundaram a Pronegócios, mais 9 (nove), considerados os empresários que participaram de no mínimo 80% das edições, ou seja, 14 delas, mesmo que não tenham sido os membros fundadores, denominados de participantes ativos da Pronegócios. A técnica escolhida para o tratamento dos dados foi análise multivariada por meio da análise fatorial de correspondência múltipla e análise de agrupamento hierárquico ou análise de clusters. A pesquisa deu-se durante os meses de agosto e setembro de 2006, na cidade de Brusque, envolvendo tão somente as empresas têxteis que participam da Pronegócios conforme critérios definidos anteriormente. 3 RESULTADOS Procurou-se verificar se existia confiança entre os membros do grupo, considerando o que de fato se leva em conta quando se trata de confiança, como ocorre esta confiança no grupo e o grau de importância dada a confiança. A Figura 1 apresenta que é muito importante a confiança entre as pessoas do grupo e que ela se dá pelas experiências anteriores entre as pessoas e empresas e pelo grau de reputação que estas pessoas ou empresas possuem na comunidade local, assim como, existe de fato um nível de confiança significativo entre as empresas do arranjo produtivo local.

Figura 1: Plano fatorial da variável confiança. Também se tentou verificar como as empresas se relacionavam, descobriu-se conforme a Figura 2, que o relacionamento é algo muito importante para o grupo, este relacionamento surge principalmente por redes sociais baseadas na amizade entre as pessoas do arranjo e que de fato, amigos e colegas são os que mais influenciaram os empresários para que participassem do APL. Figura 2: Plano fatorial da variável de relacionamento. Buscando verificar se o relacionamento interpessoal facilitaria a permanência das empresas na rede, se relacionou o nível de confiança entre as pessoas com o relacionamento que já havia entre elas, e se pode concluir, de acordo com a Figura 3, que de fato a variável relacionamento pode ser um elemento significativo na permanência das empresas na rede.

Figura 3: Plano fatorial das variáveis de confiança e relacionamento. Já em relação ao intercâmbio de máquinas, pessoas e informações, pode-se dizer que os mesmos existem, mas não de forma sistêmica e planejada, conforme a Figura 4. O que se observa sim é a manutenção dos princípios de relacionamento, mas não confirma o intercâmbio como elemento chave na permanência das empresas na rede.

Figura 4: Plano fatorial da variável de intercâmbio. Seguindo este mesmo raciocínio, não foi encontrada nenhuma evidência de que as questões culturais poderiam facilitar a permanência das empresas em rede, exceto o fato de o grupo ser majoritariamente de origem alemã e religião católica, com curso superior completo. Considerando os resultados, confirma-se o que dizem Ameri e Narodowski (1998), que cada território desenvolverá seus próprios recursos e suas próprias especificidades. Farah Filho (2001) verifica que não há modelo pronto e acabado a ser seguido, devendo sim toda a comunidade vir a participar pró-ativamente do arranjo e cada realidade regional/local deve passar a conhecer melhor as suas características, problemas, deficiências, potencialidades e recursos. Por fim, Ingley (1999) argumenta que é muito difícil estabelecer um modelo claro de um plano de desenvolvimento baseado em cluster, com características precisas, possível de ser aplicada em qualquer lugar. 4 CONCLUSÃO A experiência demonstra que cada vez mais os empresários melhoram suas interrelações mediante projetos comuns e existe a necessidade de um centro que se especialize em resolver os problemas pontuais desses empreendimentos. Nesta dinâmica é possível identificar fontes de financiamento de projetos de inovação para pequenas empresas e também se pode propor uma própria linha de financiamento. Possíveis fatores, que pela pesquisa apontam serem de extrema relevância para a permanência das empresas em rede são: o relacionamento de amizade e de confiança entre os empresários e que de fato, o arranjo produtivo gere aumento das receitas e vendas destas empresas individualmente, ou seja, sem relacionamento não tem arranjo, e se o arranjo não começar a dar resultados financeiros obtido pelas vendas, não se terá empresas no arranjo. Considerando os resultados obtidos, pode-se dizer que o APL têxtil de Brusque pode ser chamado desta forma e de ser considerado como um modelo de aglomerado empresarial, pois existe uma especialização no segmento têxtil e de vestuário, as empresas cooperam entre si, existe a presença de redes de apoio como SEBRAE e AMPE, e também há uma homogeneidade cultural. O fato observado é que as instituições promotoras dos arranjos como o SEBRAE, as Entidades de Classe e Órgãos de Governo insistem em iniciar o processo pelo intercâmbio e desenvolvimento tecnológico, esquecendo muitas vezes que o mais importante é o relacionamento entre os empresários e a geração de renda. De qualquer forma é importante lembrar que será a partir de uma melhor organização política, cultural, social e tecnológica, que o desenvolvimento econômico poderá gerar um resultado cada vez mais significativo para a comunidade e para setores empresariais constituídos principalmente por pequenas e médias empresas. 6 REFERÊNCIAS AMERI, F.; NARODOWSKI, G. H. Formação e desenvolvimento de clusters. São Paulo: Atlas, 1998. BECATTINI, G. Os distritos industriais na Itália. In: URANI, A. et al. Empresários e empregos nos novos territórios produtivos: o caso da Terceira Itália. Rio de Janeiro: DP&A, 1999.

CASAROTTO FILHO, N.; PIRES, L. H. Redes de pequenas e médias empresas e desenvolvimento local: estratégias para a conquista da competitividade global com base na experiência italiana. São Paulo: Atlas, 1998. FARAH FILHO, M. F. Desenvolvimento local e comportamento dos agentes econômicos: estratégias empresariais pró-ativas ou reativas? In: Revista FAE. Curitiba: FAE (4), 2, p.13-22, maio/agosto, 2001. HANNEMAN, R. A. Introduction to social network methods. Disponível em: http://wizard.ucr.edu/~rhannema/networks/text/c1data.html, acessado em 20/10/1999. INGLEY, C. The clusters concept: cooperative networks and replicability. In: ACBS. Naples. Italy, january de 1999. NADVI, K. The Cutting Edge: Collective Efficiency and International Competitiveness in Pakistan. Brighton: Institute of Development Studies (Discussion Paper, 360), 1997. RAUD, C. Indústria, território e meio ambiente no Brasil: perspectivas da industrialização descentralizada a partir da análise da experiência catarinense. Florianópolis: UFSC; Blumenau: FURB, 1999.