Os Setores-Chave da Economia de Minas Gerais: uma análise a partir das matrizes de insumo-produto de 1996 e 2005

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Transcrição:

Os Setores-Chave da Ecoomia de Mias Gerais: uma aálise a partir das matrizes de isumo-produto de 996 e 2005 Autores: Câdido Luiz de Lima Ferades (Professor da FACE-UFMG, Doutor em Ecoomia pela UFRJ) e Raoi Boato da Rocha (Bacharel em Ecoomia pela UFMG) Resumo: A relação de iterdepedêcia etre os diversos setores da ecoomia é uma das mais atigas e recorretes questões do pesameto ecoômico. Ao mesmo tempo, o cotexto cotemporâeo altamete competitivo e com recursos escassos, a questão da idetificação daqueles setores que possuem maior capacidade de difudir seus resultados pelos outros setores e pela ecoomia de maeira geral assume importâcia chave para uma política ecoômica eficaz e eficiete. Sedo assim, este estudo busca apresetar, utilizado-se do modelo Isumo-Produto e dos ídices de Rasmusse-Hirschma, dos ídices puros de ligações e do método do campo de ifluêcia, o cálculo dos setores-chaves da ecoomia mieira para as duas últimas bases de dados dispoíveis, as matrizes isumo-produto de Mias Gerais referetes aos aos de 996 e 2005. Os ídices calculados e apresetados este trabalho idicam, ao mesmo tempo, certa mauteção do papel importate das idústrias de base a ecoomia estatal, pricipalmete a siderurgia / metalurgia, e importates mudaças as relações iter-setoriais, como a ascesão de setores como fabricação de veículos automotores e fabricação de derivados do petróleo e álcool, que ates ão figuravam como setores-chave a ecoomia. Apesar do escopo deste trabalho se limitar ao cálculo e apresetação dos resultados, os ídices ecotrados proporcioam um istrumetal relevate para futuros estudos o tema, a medida em que possibilitam a comparação dos resultados para os dois aos-base e idicam os ovos setores-chave da ecoomia mieira, alertado para ovos camihos e possibilidades o que se refere à política ecoômica e aos icetivos setoriais em Mias Gerais. Palavras-chave: Matriz Isumo-Produto. Setores-chave. Ecoomia de Mias Gerais. Área temática : Ecoomia Mieira

I. Itrodução O presete artigo tem por objetivo idetificar os setores-chave da ecoomia mieira, com o ituito de realizar uma comparação etre os resultados referetes às matrizes isumoproduto relativas aos aos de 996 e 2005, respectivamete. A partir da aálise dos resultados obtidos é possível avaliar como e se houve uma evolução ou mudaça os setores cosiderados chave da ecoomia de Mias Gerais. Vale lembrar que o estudo aqui proposto ão tem iteção de aalisar o porquê e como as alterações os setores ecotrados se dão, se atedo ao cálculo e à apresetação comparativa dos resultados ecotrados. Para tato, são utilizadas as matrizes-isumo produto dispoibilizadas pelo Baco de Desevolvimeto de Mias Gerais (BDMG) e pela Fudação João Piheiro (FJP), publicadas, respectivamete, em 2002 e 2009, para a ecoomia mieira. As matrizes cotêm iformações sobre todos os setores da ecoomia, relacioado cada um deles e a demada iter-setorial por isumos. A partir das matrizes, os dados são tratados de acordo com algus dos pricipais métodos existetes de idetificação de setores-chave, a saber: Ídices de Rasmusse- Hirschma, Ídices Puro de Ligações e Método do Campo de Ifluêcia. O detalhameto de cada um destes métodos ecotra-se o capítulo metodológico. O artigo está dividido em quatro seções, além desta itrodução. Nas seguda e terceira seções, trata-se, respectivamete, da fote de dados e da metodologia utilizada o. Na quarta seção, apresetam-se os resultados da aálise, equato a quita e última seção cotém as coclusões do mesmo. II - Fote de dados Os dados foram obtidos a partir das matrizes de isumo-produto de Mias Gerais referetes aos aos de 996 e 2005, tedo sedo a primeira elaborada pelo Baco de Desevolvimeto de Mias Gerais e última, recetemete laçada pela Fudação João Piheiro. III - Metodologia Para defiir os setores-chave da produção, deve-se proceder a uma aálise das iterligações setoriais. LOCATELLI (985, p.99) ressalta que a itesidade das iterligações é, freqüetemete, cosiderada como o idicador da capacidade do setor em gerar efeitos propulsores sobre outros setores, e aqueles que mais se sobressaem esses aspectos são deomiados setores-chave. O coceito de setores-chave, bem como a adequabilidade das medidas para idetificá-los, é objeto de grade cotrovérsia (FERNANDES, 997). Todavia, parece haver coseso quato à importâcia de sua idetificação. GUILHOTO et al. (994) apotam a existêcia de coseso sobre o fato de que as ligações iteridustriais uma ecoomia são importates a determiação de estímulos ao crescimeto ecoômico. Parece também haver coseso de que o processo de trasformação ecoômico é estimulado, a maioria das vezes, por um úmero pequeo de setores, mesmo se a ecoomia como um todo acaba sofredo mudaças.

Os procedimetos utilizados para a idetificação dos setores-chave foram feitos para cada ao, com base em duas matrizes distitas: a primeira, a matriz de Leotief tradicioal, determiada por [I-A d ] -, I sedo a matriz idetidade e A d a matriz doméstica dos coeficietes técicos itersetoriais; a seguda, a matriz de Leotief, icluido as importações, determiada por [I - A] -, sedo A a matriz dos coeficietes técicos itersetoriais totais (isto é, domésticos e importados). O objetivo da separação é aalisar ão apeas se houve alguma alteração a estrutura hierárquica setorial, mas também se a iclusão das importações promove e/ou explica alterações aquela estrutura. Adotaram-se três metodologias para o cálculo dos efeitos de ecadeametos e para a idetificação de setores-chave: os ídices tradicioais de Rasmusse-Hirschma, os Ídices Puros de Ligação e o método do Campo de Ifluêcia. Mesmo sedo diferetes, esses métodos ão são ecessariamete excludetes. Como destacam GUILHOTO et al. (994), o importate é buscar as iformações que cada aálise tem a oferecer. Os ídices de Rasmusse-Hirschma e o método do Campo de Ifluêcia visam ao estudo da estrutura itera da ecoomia, ão cosiderado o ível de produção em cada setor, fato icorporado pelos ídices de ligação. Isso ão ivalida os primeiros, pois, caso ão se cosidere a estrutura itera da ecoomia pode-se gerar gargalos que limitem seu crescimeto. Por outro lado, o ível de produção setorial também é importate, pois auxilia a idetificação dos pricipais setores resposáveis por mudaças o PIB e outras variáveis macroecoômicas. Dessa forma, as aálises desses ídices devem ser combiadas. A seguir, serão brevemete descritos os métodos citados. III. - Ídices de iterligação de Rasmusse-Hirschma A aálise da iterdepedêcia setorial da ecoomia pode se dar tato através de ecadeametos para trás (provisão de isumos) quato de ecadeametos para frete (utilização de produtos). A aálise dos ecadeametos possibilita idetificar os setores que têm maiores efeitos propulsores uma ecoomia, bem como a articulação etre os blocos de idústrias (FERNANDES, 997). Algus setores, devido à sua relação com os demais, são capazes de impulsioar o crescimeto em outros setores, a partir de seu crescimeto. Os efeitos de ecadeametos para trás se dão a partir do aumeto da demada por isumos de outros setores, que devem aumetar sua produção para ateder a esse aumeto da demada. Já o efeito de ecadeameto para frete é observado quado o aumeto da demada fial em cada um dos setores produtivos veha a causar icremeto a produção de um setor em particular (FERNANDES, 997, p.50). De acordo com PRADO(98), a proposta de Hirschma parte do pricípio de que certas iversões têm maior potecial de iduzir outras e, portato, dever-se-ia buscar idetificar e priorizar aquelas de maior capacidade idutora. O autor observa que A proposta de Hirschma, quato ao mecaismo idutor,completa-se através da estratégia de crescimeto desbalaceado, a qual cosiste, em essêcia, o melhor aproveitameto possível dos efeitos itersetoriais dos ivestimetos - em especial, dos complemetares - por meio do mercado, progressivamete. (PRADO, 98 p.3) A metodologia exposta esta seção baseia-se em FERNANDES (997, p. 48-88)

A idéia de que o crescimeto ão se dá de forma homogêea, mas, sim, de que um grupo de idústrias é resposável por exercer o papel de força motriz para as demais, também está presete em PERROUX(967), uma vez que existem relações de depedêcia etre as idústrias itermediárias e fial. O crescimeto dar-se-ia de modo desigual, a partir dos potos de cocetração de atividade ecoômica, os chamados pólos de crescimeto, cujo elemeto fudametal seriam as idústrias motrizes, sedo defiidas como aquelas que apresetassem iterligações importates com os setores, taxa de crescimeto e de progresso técico elevadas e grade cocetração de capitais. A respeito das idéias de Hirschma e Perroux, PRADO (98) ressalta que (...) a idéia de poder de ecadeameto aparece, esses autores, o bojo de outra, mais fudametal, qual seja a de que o processo de crescimeto ecoômico é diâmico, desequilibrado e cumulativo (...). Daí o iteresse as idústrias motrizes ou chaves, daí a preocupação com os setores que apresetem altas taxas de progresso tecológico e expasão e também o iteresse pelo sistema de iter-relacioameto idustrial. (PRADO, 98, p.75). Para medir os ecadeametos para trás e para frete os setores da ecoomia, utilizaram a matriz iversa de Leotief. A iclusão da matriz iversa de Leotief veio solucioar um problema presete as metodologias ateriores que cosideravam apeas os efeitos diretos do crescimeto de algumas idústrias sobre as demais. A iclusão da matriz de Leotief permitiu que os efeitos idiretos fossem também captados, aperfeiçoado aquelas medidas, já que, em grade parte das vezes, tais efeitos podem ser tão ou mais importates que os efeitos diretos sozihos 2. Assim, foram criados o ídice de poder de dispersão, que mede os ecadeametos para trás do setor, e o ídice de sesibilidade à dispersão, que mede os ecadeametos para frete. O ídice de poder de dispersão (u. j ) represeta o icremeto total a produção da ecoomia para ateder ao aumeto de uma uidade a demada fial do setor j. Formalmete, bij i= U. j =, (j=, 2,..., ) b 2 ij i= j= em que é o úmero de setores e b ij o elemeto da matriz iversa. Um ídice maior que um idica que a capacidade do setor em gerar efeitos para trás está acima da média do sistema. Em outras palavras, o sistema produtivo tem um grau elevado de depedêcia em relação a esse setor. Já o ídice de sesibilidade à dispersão (u i.) mostra como o setor é afetado - direta e idiretamete - pelo sistema produtivo. Novamete, valores superiores à uidade sigificam que sua importâcia, equato forecedor de isumos itermediários, é superior à média dos 2 Para uma discussão mais ampla ver LOCATELLI (985) e FERNANDES (997)

demais setores sedo, portato, mais sesível que aqueles em relação a mudaças o sistema produtivo, tedo um poder de ecadeameto para frete sigificativo. Formalmete, o ídice de sesibilidade à dispersão é dado por: bij j= Ui. =, (i =, 2,..., ) b 2 ij i= j= Valores superiores à uidade em ambos os ídices, isto é, efeitos de ecadeameto sigificativos para trás e para frete, são uma das codições para que o setor seja cosiderado como chave a ecoomia. Todavia, essa ão é uma codição suficiete para tal classificação, pois tais ídices são calculados com base as médias dos valores das lihas e coluas. LOCATELLI (985) observa que as médias são muito sesíveis a valores extremos, sedo possível que um setor apresete ídices de ecadeameto elevados sem, o etato, se relacioar com um úmero cosiderável de setores, ão possuido grade capacidade difusora, sedo sigificativo demadate ou ofertate de poucos setores (FERNANDES, 997, p. 53). Outro problema de se tomar os valores médios, ressaltado por PRADO (98), é que esses cosideram que todos os setores têm a mesma importâcia a ecoomia. Assim, seria ecessária uma poderação. Uma maeira de cotorar o problema são as medidas de variabilidade propostas por Rasmusse, que permitem idetificar se o setor se relacioa sigificativamete com poucos ou muitos setores e, portato, se sua capacidade de dispersão em relação ao sistema como um todo é ou ão elevada (FERNANDES, 997). Tais medidas, que devem ser associadas aos ídices de poder de dispersão e de sesibilidade à dispersão, respectivamete, são dadas por: v. j = b ij i= i= i= b ij b ij 2 (j =,2,...) vi. = b ij j= j= j= b ij b ij 2, (i =,2,...) Um coeficiete v baixo implica vículo homogêeo ao sistema, equato um coeficiete v elevado implica vículo mais forte a poucos setores. Em outras palavras, valores baixos de v.j idicam que um úmero elevado de setores depede da demada itermediária do setor j, assim como valores baixos de v i. idicam que o setor i abastece um úmero elevado de setores. Assim, setores que apresetem baixos valores dessas medidas, combiados com valores acima da uidade dos ídices de ecadeameto são, portato, aqueles que, além de

apresetarem um poder de ecadeameto elevado, têm também uma grade capacidade difusora, alcaçado muitos setores a matriz iversa. Como já dito ateriormete, o coceito de setor-chave é um poto de grade cotrovérsia. Seguido outros autores, será aqui adotado o coceito de setor-chave como sedo aquele com alto poder de dispersão por um úmero cosiderável de setores, isto é, setores que apresetem, ao mesmo tempo, ídices de poder de dispersão e ídices de sesibilidade à dispersão superiores a um e baixos valores de v.j e v i.. III.2 - Ídices Puros de Ligações PRADO(98) observa, aida, que os métodos ispirados em Hirschma e Perroux são estáticos, ão cosiderado a forma de expasão da ecoomia ao medir os efeitos de ecadeameto, torado tais métodos iadequados para serem utilizados o plaejameto ecoômico por ão permitirem idetificar os setores que se comportariam como líderes do processo de crescimeto o futuro próximo. Os ídices de Rasmusse-Hirschma são criticados também por ão cosiderarem os íveis de produção de cada setor. A partir dessas críticas, CELLA (984) 3 desevolveu um ovo método para medir o efeito das ligações totais do setor j através da difereça etre a produção que ocorreria se o setor j ão mativesse relações de compra de isumos e veda de produtos com o restate da ecoomia. Posteriormete, GUILHOTO et al. (994) fizeram algumas modificações essas medidas, aperfeiçoado-as. Para os autores, para se isolar o setor j do resto da ecoomia, deve-se decompor a matriz dos coeficietes técicos da seguite forma: Seja: A jj = matriz dos coeficietes diretos de isumo detro do setor j; A rr = matriz dos coeficietes diretos de isumo do resto da ecoomia; A jr = matriz dos isumos diretos do setor j adquiridos pelo resto da ecoomia; A rj = matriz dos isumos diretos do resto da ecoomia adquiridos pelo setor j; A j = setor j isolado do resto da ecoomia ; A r = resto da ecoomia. A jj A jr A jj A jr 0 0 A = A rj A rr = A rj 0 + 0 A rr = A j + A r () Chamado a matriz iversa de Leotief de L e defiido: P = [ I - A r ] - : iteração detro do resto da ecoomia (2) P 2 = [ I - P A j ] - : iteração do setor j com o resto da ecoomia, idicado impactos diretos e idiretos que a demada por isumos de j terá sobre a ecoomia. (3) P 3 = [ I - A j P ] - : iteração do resto da ecoomia com o setor j, idicado impactos o setor j gerados pelas ecessidades do resto da ecoomia. (4) Pode-se, com isto, reescrever L como: L = P 2 P (5) ou L = P P 3 (6) A equação (5) pode ser rescrita como: 3 Ver GUILHOTO et al (994) e CLEMENTS e ROSSI (992)

L = _ Δ j Δ j A rj _ I 0 (7) Δ r A rj Δ j I+Δ r A rj Δ j A rj 0 Δ r em que: Δ j = [I - A jj - A jr Δ r A rj ] - Δ r = [I - A rr ] - Decompodo-se o primeiro termo, tem-se: P 2 = I 0 Δ r A rj I _ A j 0 0 I I A jr 0 I (8) ode : P 2 = [I - B j ] - B j = P A j = A jj A jr Δ r A rj 0 (9) A partir de (9), o ídice puro de ligações para trás é dado por: PBL = i rr Δ r A rj q jj (0) em que q jj é o valor bruto da produção do setor j e i rr é o vetor liha uitário de dimesão apropriada. O ídice puro de ligações para trás, PBL, idica o impacto puro a ecoomia do valor bruto da produção do setor j, isto é, o impacto dissociado da demada que o setor j exerce sobre si próprio e dos retoros da ecoomia para o setor j e vice-versa. No que se refere ao ídice puro de ligações para frete, a equação (6) pode se reescrita como:

L = I 0 _ Δ r Δ j A jr Δ r _ () 0 Δ r Δ r A rj Δ j I + A rj Δ j A jr Δ r Decompodo-se o segudo termo, chega-se a: P 3 = I A rj 0 I A j 0 0 I I Δ 0 AI jr r (2) em que: P 3 = [I F j ] - F j = A j P = A jj A jr Δ r A rj 0 (3) A partir dessa última, o ídice puro de ligação para frete, PFL, é defiido por: PFL = A jr Δ r q rr em que q rr é o vetor colua do valor bruto da produção dos setores da ecoomia à exceção do setor j. O ídice puro de ligação para frete mostra o impacto puro sobre o setor j da produção total do resto da ecoomia. O ídice puro total é dado por PTL = PBL + PFL.

III.3 - Método do Campo de Ifluêcia O coceito de campo de ifluêcia descreve como se distribuem as mudaças dos coeficietes diretos o sistema ecoômico como um todo, permitido, dessa forma, determiar quais as relações etre os setores que seriam mais importates detro do processo produtivo (GUILHOTO et al., 994, p.296). Cosiderado como complemetar à aálise dos Ídices Puros de Ligação, a medida em que os pricipais elos de ligação detro da ecoomia vão se ecotrar os setores que apresetam os maiores ídices de ligação, tato para frete quato para trás (GUILHOTO et al., 994, p.296), esse método, apresetado por SONIS e HEWINGS (989) 4, visa a determiar a ifluêcia das mudaças de um ou mais coeficietes diretos de isumo o sistema. De acordo com os autores, algus coeficietes, se alterados, provocam mudaças maiores que outros. Assim, esse método permite idetificar quais setores causam maiores mudaças a ecoomia e como sua importâcia varia ao logo do tempo quado se altera a estrutura produtiva. Sedo: A = matriz dos coeficietes diretos e a ij seus elemetos; E = [E ij ] = matriz de mudaças icremetais os coeficietes diretos de isumo e ij seus elemetos; B = [I - A] - = matriz iversa de Leotief e b ij seus elemetos; B( ) = [ I - A - ] - = matriz iversa de Leotief após as mudaças e b ij ( ) seus elemetos. A partir de uma variação pequea em um coeficiete direto (ou mesmo o total da liha ou colua ou da matriz como um todo), o campo de ifluêcia dessa mudaça pode ser aproximado pela expressão: F( ij ) = [B ( ij ) - B] ij F( ij ) é a matriz x do campo de ifluêcia do coeficiete a ij. Para se determiar os coeficietes que possuem maior campo de ifluêcia, deve-se associar a F( ij ) um valor um valor R ij dado por: R ij = Σ Σ [ ƒ KL ( ij )] 2 Os valores mais elevados de R ij mostram os setores de maior campo de ifluêcia o sistema, permitido idetificar as relações setoriais resposáveis por maiores impactos a ecoomia como um todo. GUILHOTO et al. (994) apotam que o pricipal problema dos métodos apresetados é que, embora aalisem a importâcia do setor em termos globais, é difícil visualizar o grau com que os impactos refletem a importâcia de um ou dois coeficietes detro do setor e a atureza do impacto, isto é, se este é cocetrado em um ou dois setores ou se é mais difudido para o resto da ecoomia, fato importate para aálises de política 4 Ver GUILHOTO et al. (994) e FERNANDES (997)

ecoômica. Fialmete, cabe lembrar que CLEMENTS e ROSSI (992) ressaltam que a comparação de medidas de ligação iteridustrial com base em dados de aos diferetes traz problemas, pois mudaças a estrutura de produção o período que afetem os coeficietes técicos alteram os valores das medidas de iterligação idustrial. IV. Aálise dos Resultados IV.. Ídices Puros de Ligações As tabelas. e.2 apresetam, respectivamete, os resultados da aálise dos Ídices Puros de Ligação para as duas matrizes isumo-produto estudadas, referetes aos aos de 996 e 2005. O presete trabalho segue a ótica abordada por HADDAD(995), classificado como ídices fortes aqueles cujos valores ecotrados sejam superiores ao valor da média acrescida de duas vezes o desvio-padrão da amostra. Desta maeira, ecotramos para 996 apeas dois setores com um forte ídice de ligações para trás, os setores de fabricação de automóveis, camihões e ôibus e de admiistração pública, seguidos por siderurgia e aluguel de imóveis, respectivamete. No que se refere ao ao de 2005, os setores cosiderados com fortes ídices foram também dois, fabricação de alimetos e admiistração pública, seguidos por metalurgia e fabricação de veículos automotores. Comparativamete, houve pouca alteração os setores-chave quato às ligações para trás. O setor admiistração pública aparece com um ídice de ligação para trás forte em ambos os aos aalisados. Siderurgia e metalurgia também se ecotram em terceiro lugar etre os pricipais setores o ao de 996 e 2005, respectivamete. Vale ressaltar a difereça de abordagem das duas classificações setoriais de Mias Gerais. Equato a primeira separa a atividade metalurgia em dois sub-ramos, siderurgia e metalurgia dos ãoferrosos, a seguda matém apeas a classificação mais geral. Apesar de tal divergêcia, a aálise matém-se válida, ressaltado a importâcia da idústria metalúrgica idepedete da classificação adotada. Ao mesmo tempo, os setores fabricação de veículos automotores (ao-base 996) e fabricação de automóveis, camihões e ôibus (ao-base 2005) aparecem etre os quatro pricipais setores em ambas as bases de dados. Mesmo cosiderado a difereça etre as deomiações, uma vez que a matriz de 2005 outros veículos automotores, como motocicletas, por exemplo, estão icluídos em outra categoria ( fabricação de outros veículos, peças e acessórios ), a difereça ão é expressiva, permitido uma aálise aáloga, especialmete cosiderado o ceário da produção de automotores em Mias Gerais (FIAT, Mercedes, etre outras importates fábricas de automóveis). As úicas difereças expressivas se referem: à preseça do setor aluguel de imóveis, em 996 a quarta posição em importâcia, e apeas a vigésima primeira posição em 2005 sob a alcuha atividades imobiliárias e aluguel ; e à preseça do setor fabricação de alimetos, em primeiro lugar em 2005 e que possui maior detalhameto da atividade a matriz de 996, justificado em parte sua importâcia relativamete meor. A matriz de 996 apreseta outras categorias referetes à produção de alimetos, como por exemplo, idústria do café e idústria do açúcar, dificultado uma aálise comparativa apurada desse segmeto. No tocate ao ídice de ligações para frete, para 996 foram ecotrados dois setores com ídices fortes detro da metodologia proposta, os setores comércio e agropecuária, sedo seguidos por serviços prestados às empresas e trasporte, respectivamete. Para o ao-base 2005, ão foi ecotrado ehum setor com um ídice forte de ligações para frete,

sedo os quatro maiores valores referetes aos setores metalurgia, eletricidade, gás, água e limpeza urbaa, comércio e serviços prestados às empresas. Os setores comércio e serviços prestados às empresas aparecem em destaque em ambos os aos-base, mostrado que também esse ídice ecotramos certa homogeeidade etre os dados aalisados. Já o setor agropecuário, setor cosiderado com um forte ídice de ligações para frete o primeiro ao aalisado, ão apareceu em 2005. Assim como também observado a aálise do ídice de ligações para trás, as duas últimas classificações em setores da ecoomia mieira usadas como base deste trabalho apresetam divergêcia quato à classificação do setor agropecuário. Equato em 996 o setor agropecuário apresetou o segudo maior ídice, a classificação setorial de 2005 dividiu a atividade em dois outros subsetores, agricultura, silvicultura e exploração florestal e pecuária e pesca, obtedo um maior detalhameto dos sub-ramos de atividades em detrimeto de uma aálise temporal mais precisa. Ao mesmo tempo, o setor eletricidade, gás, água e limpeza urbaa apareta um certo gaho em importâcia relativa de 996 para 2005, apesar de também ão apresetar uma classificação idêtica os dois aos. Por fim, os setores-chave da ecoomia de Mias Gerais em 996, ou seja, os que apresetam os maiores ídices puros do total de ligações são agropecuária e costrução civil, com comércio e admiistração pública em seqüêcia. Para o ao de 2005, os setores-chave ecotrados foram metalurgia e fabricação de alimetos, seguidos por comércio e admiistração pública. Novamete, pode-se perceber as limitações impostas pelas difereças metodológicas etre as matrizes dos dois aos estudados. Equato comércio e admiistração pública aparecem em terceiro e quarto, respectivamete, em ambos os aos-base, os outros setores classificados como aqueles com mais ligações puras apresetam comportametos diferetes doa ateriores. O setor agropecuária, presete em 996, ão aparece a classificação mais cotemporâea, sedo subdivido como já abordado ateriormete. O mesmo ocorre com o setor fabricação de alimetos. Em cotrapartida, o setor costrução civil caiu da seguda posição em 996 para a oitava em 2005, mostrado que o setor perdeu importâcia relativa frete aos outros setores da ecoomia os ove aos etre as datas-base, refletido talvez um esgotameto do espaço urbao e uma especulação imobiliária característicos dos últimos aos.

Tabela. Ídices Puros de Ligações Mias Gerais, 996 Setores PBL Ord. PFL Ord. PTL Ord. Agropecuária 960200000 30 342600000 438700000 2 2 Extrativa mieral (exceto combustíveis) 4094700000 8 476320000 5 885790000 9 3 Extração de petróleo e gás atural, carvão e outros combustíveis 0 42 0 38 0 42 4 Fabricação de mierais ão-metálicos 860020000 32 946700000 6 2032700000 0 5 Siderurgia 4923000000 3 84300000 7 3335500000 5 6 Metalurgia dos ão-ferrosos 474200000 5 3297000 26 504340000 27 7 Fabricação de outros produtos metalúrgicos 408700000 7 952700000 5 2363500000 8 8 Fabricação e mauteção de máquias e tratores 2734800000 2 26500000 0 489900000 4 9 Fabricação de aparelhos e equipametos de material elétrico 2002900000 23 379480000 6 579760000 24 0 Fabricação de aparelhos e equipametos de material eletrôico 0860000 38 0 38 086000 39 Fabricação de automóveis, camihões e ôibus 30387000000 37684000 25 3076400000 6 2 Fabricação de outros veículos, peças e acessórios 777200 4 0 38 77720 4 3 Serrarias e fabricação de artigos de madeira e mobiliário 89620000 3 969200 36 93000 34 4 Idústria de papel e gráfica 5498700000 2 5392000 3 565260000 25 5 Idústria da borracha 63680000 33 3209900 35 64578000 36 6 Fabricação de elemetos químicos ão-petroquímicos 556500000 630490000 2 86600000 6 7 Refio de petróleo e idústria petroquímica 7549400000 8 25638000 29 780580000 20 8 Fabricação de produtos químicos diversos 5705700000 0 48023000 24 68590000 23 9 Fabricação de produtos farmacêuticos e de perfumaria 35800000 27 25365000 30 38950000 3 20 Idústria de trasformação de material plástico 38370000 34 405290 37 38776000 37 2 Idústria têxtil 358200000 9 066000 32 36980000 28 22 Fabricação de artigos do vestuário e acessórios 064500000 28 6772700 34 3220000 33 23 Fabricação de calçados e de artigos de couro e peles 030200000 29 27738000 27 30760000 32 24 Idústria do café 682900000 9 8622200 33 68990000 2 25 Beeficiameto de produtos de origem vegetal, iclusive fumo 420500000 25 529000 23 93340000 30 26 Abate e preparação de cares 402000000 5 00440000 20 240600000 5 27 Resfriameto e preparação do leite e laticíios 43962000 40 0 38 4396200 40 28 Idústria do açúcar 4247400000 6 86448000 2 590000 26 29 Fabricação e refio de óleos vegetais e de gorduras para alimetação 775900000 7 206460000 8 98650000 7 30 Outras idústrias alimetares e de bebidas 20900000 37 66330000 9 368230000 29 3 Idústrias diversas 2580500000 22 36560000 7 62320000 22 32 Serviços idustriais de utilidade pública 46600000 26 448600000 8 590200000 2 33 Costrução civil 5227000000 3 35400000 6362300000 34 Comércio 038000000 6 2959800000 2 3973700000 3 35 Trasporte 5072600000 4 200000 4 268300000 7 36 Comuicações 348700000 20 6320000 22 928070000 8 37 Istituições fiaceiras 466300000 24 400900000 9 547600000 3 38 Serviços prestados às famílias 57840000 39 27357000 28 8597000 35 39 Serviços prestados às empresas 337720000 36 29800000 3 253600000 9 40 Aluguel de imóveis 3027000000 4 553980000 3 856700000 4 Admiistração pública 2954000000 2 55690000 4 3469800000 4 42 Serviços privados ão-mercatis 364890000 35 0 38 36489000 38 Média 483727838 60528097 237936427 Desvio padrão 67039444 892259974 48426935 Média+(2*desvio padrão) 826006727 238980046 4074790296 Fote: Cálculos dos autores

Tabela.2 Ídices Puros de Ligações Mias Gerais, 2005 Setores PBL Ord. PFL Ord. PTL Ord. Agricultura, silvicultura e exploração florestal 2370400000 2 5704400000 9 8074800000 2 2 Pecuária e pesca 848920000 24 6387500000 6 7236400000 5 3 Idústrias extrativas mieral 4034800000 8 439200000 842600000 0 4 Fabricação de alimetos 408000000 24300000 9 535000000 2 5 Fabricação de bebidas 680930000 26 573770000 26 254700000 29 6 Fabricação de produtos do fumo 526220000 27 66270 34 526390000 32 7 Fabricação de produtos têxteis 787850000 25 32800000 20 920600000 28 8 Fabricação de artefatos de couro e calçados 463530000 30 6959000 32 480490000 33 9 Fabricação de artigos do vestuário e acessórios 5800000 9 9564000 28 249700000 30 0 Fabricação de celulose, papel e produtos de papel 28700000 34 95840000 22 2202800000 26 Fabricação de derivados do petróleo e álcool 86300000 33 627200000 7 83400000 2 Fabricação de produtos farmacêuticos, perfumaria, higiee e limpeza 04400000 22 62456000 3 076900000 3 3 Fabricação de produtos de borracha e plástico 50790000 29 294200000 8 79600000 35 4 Fabricação de produtos químicos 229600000 4 3949700000 2 6079300000 6 5 Fabricação de produtos de mierais ão-metálicos 4300000 35 2726800000 5 3869800000 20 6 Metalurgia 945900000 3 864700000 8058000000 7 Fabricação de produtos de metal - exclusive máquias e equipametos 407600000 7 2925200000 3 4332800000 7 8 Fabricação de máquias e equipametos 2280500000 3 994780000 2 3275300000 23 9 Fabricação de máquias, aparelhos e materiais elétricos 2430900000 55290000 27 2983900000 24 20 Fabricação de veículos automotores 933500000 4 7325000 30 9402800000 5 2 Fabricação de peças e acessórios para veículos automotores 387700000 8 2755400000 4 44300000 8 22 Fabricação de outros equipametos de trasporte 229220000 32 983000 33 249050000 34 23 Fabricação de móveis, produtos de madeira e artigos diversos 5400000 20 7960000 24 942500000 27 24 Eletricidade, gás, água e limpeza urbaa 507860000 28 8638700000 2 946600000 7 25 Costrução 69900000 5 82300000 7 873500000 8 26 Comércio 587200000 6 828800000 3 3475000000 3 27 Trasporte, armazeagem e correio 3879600000 9 5507400000 0 938700000 6 28 Serviços de iformação 892990000 23 669700000 5 759000000 3 29 Itermediação fiaceira e seguros 54700000 6 585200000 8 7398300000 4 30 Atividades imobiliárias e aluguel 074300000 2 2406600000 6 3480900000 22 3 Serviços de alojameto e alimetação 90400000 5 799240000 23 2700600000 25 32 Serviços prestados às empresas 287530000 3 826500000 4 8552600000 9 33 Educação e saúde mercatil 4066700000 7 75206000 29 44900000 9 34 Admiistração pública 0979000000 2 0 35 0979000000 4 35 Outros serviços 2924300000 0 6970000 25 3536200000 2 Média 2767098286 2870280836 570200857 Desvio padrão 3373240474 290940374 4396004783 Média+(2*desvio padrão) 953579234 868908838 44940424 Fote: Cálculos dos autores IV.2 Ídices de Rasmusse-Hirschma As tabelas 2. e 2.2 apresetam, respectivamete, o cálculo dos ídices de ligações para trás (poder de dispersão) e para frete (sesibilidade à dispersão) para os aos de 996 e 2005, segudo o método Rasmusse-Hirschma. Sedo assim, a ecoomia mieira apreseta, para o ao de 996, os seguites setores com ídices de poder de dispersão superiores à uidade: siderurgia, metalurgia dos ão-ferrosos, fabricação de outros produtos metalúrgicos, fabricação e mauteção de máquias e tratores, fabricação de aparelhos e equipametos de material elétrico, fabricação de aparelhos e equipametos de material eletrôico, fabricação de automóveis, camihões e ôibus, fabricação de outros veículos, peças e acessórios, idústria de papel e gráfica, fabricação de elemetos químicos ãopetroquímicos, refio de petróleo e idústria petroquímica, fabricação de produtos químicos diversos, idústria de trasformação de material plástico, idústria têxtil, fabricação de artigos do vestuário e acessórios, fabricação de calçados e de artigos de couro e peles, idústria do café, abate e preparação de cares, resfriameto e preparação do leite e laticíios, idústria do açúcar, fabricação e refio de óleos vegetais e de gorduras para alimetação, costrução civil e trasporte. Cosiderado também aqueles com o meor coeficiete de variação, o que demostra o alcace dos efeitos para trás, ecotrou-se os setores siderurgia, fabricação de outros produtos metalúrgicos,

fabricação e mauteção de máquias e tratores, fabricação de elemetos químicos ãopetroquímicos e trasporte como os cico pricipais. Para o ao de 2005, os setores com ídices de poder de dispersão superiores à uidade foram: idústrias extrativas mieral, fabricação de alimetos, fabricação de bebidas, fabricação de produtos do fumo, fabricação de produtos têxteis, fabricação de artefatos de couro e calçados, fabricação de celulose, papel e produtos de papel, fabricação de derivados do petróleo e álcool, fabricação de produtos farmacêuticos, perfumaria, higiee e limpeza, fabricação de produtos de borracha e plástico, fabricação de produtos químicos, fabricação de produtos de mierais ão-metálicos, metalurgia, fabricação de produtos de metal - exclusive máquias e equipametos, fabricação de máquias e equipametos, fabricação de máquias, aparelhos e materiais elétricos, fabricação de veículos automotores, fabricação de peças e acessórios para veículos automotores e fabricação de outros equipametos de trasporte. Detre estes setores, ao aalisarmos levado em cota o coeficiete de variação, os cico setores com mais destaque foram: Idústrias extrativas mieral, Fabricação de derivados do petróleo e álcool, Fabricação de produtos químicos, metalurgia e fabricação de produtos de metal - exclusive máquias e equipametos. No tocate aos ídices de sesibilidade à dispersão, os setores que apresetaram valores superiores à uidade, o ao-base 996, foram: agropecuária, fabricação de mierais ão-metálicos, siderurgia, fabricação de outros produtos metalúrgicos, fabricação e mauteção de máquias e tratores, fabricação de elemetos químicos ãopetroquímicos, serviços idustriais de utilidade pública, comércio, trasporte, istituições fiaceiras e serviços prestados às empresas. Comparado estes setores etre si quato ao coeficiete de variação, os cico setores pricipais ecotrados foram: siderurgia, fabricação de outros produtos metalúrgicos, fabricação e mauteção de máquias e tratores, fabricação de elemetos químicos ão-petroquímicos e trasporte. Ao aalisarmos o ao-base 2005, os ídices de ecadeameto para frete superiores à uidade ecotrados foram pertecetes aos seguites setores: agricultura, silvicultura e exploração florestal, pecuária e pesca, idústrias extrativas mieral, fabricação de produtos têxteis, fabricação de produtos derivados do petróleo e álcool, fabricação de produtos químicos, metalurgia, eletricidade, gás, água e limpeza urbaa, comércio, trasporte, armazeagem e correio, serviços de iformação, itermediação fiaceira e seguros e serviços prestados às empresas. Detre estes setores, ao aalisarmos levado em cota o coeficiete de variação, os cico setores com mais destaque foram: idústrias extrativas mieral, fabricação de produtos têxteis, fabricação de derivados do petróleo e álcool, fabricação de produtos químicos e metalurgia. Etretato, de forma a classificar os setores-chave da ecoomia mieira, é ecessário cosiderar aqueles setores em que ocorrem, simultaeamete, elevados ídices de ligações, para trás e para frete, e baixos coeficietes de variação. Dessa maeira, ecotrou-se cico setores-chave a ecoomia mieira para o ao de 996: siderurgia; fabricação de outros produtos metalúrgicos; fabricação e mauteção de máquias e tratores; fabricação de elemetos químicos ão-petroquímicos; trasporte.

Adotado-se o mesmo critério, a ecoomia de Mias Gerais, em 2005, apreseta outros cico setores-chave: idústrias extrativas mieral; fabricação de produtos têxteis; fabricação de derivados do petróleo e álcool; fabricação de produtos químicos; metalurgia. Dessa maeira, comparado-se os setores-chave ecotrados para os dois aos-base, observa-se que, como esperado, a atividade metalúrgica apreseta um papel fudametal a ecoomia do estado. Equato em 996 os setores siderurgia e fabricação de outros produtos metalúrgicos estavam etre os setores-chave, a ecoomia em 2005 apresetou idústria extrativas mieral e metalurgia etre os setores fudametais, demostrado a importâcia da atividade mieradora para Mias Gerais. Ao mesmo tempo, observa-se a fabricação de produtos químicos como setor importate da ecoomia. Os setores fabricação de elemetos químicos ão-petroquímicos e fabricação de produtos químicos estão etre os setores-chave em 995 e 2006, respectivamete. Por outro lado, vale ressaltar o papel importate que os setores fabricação de derivados do petróleo e álcool e fabricação de produtos têxteis passaram a exercer detro da ecoomia mieira em 2005, quado comparada com o ao-base 996. Os setores trasporte e fabricação e mauteção de máquias e tratores perderam importâcia relativa etre os dois aos-base, ão apresetado em 2005 o mesmo caráter chave de 996.

Tabela 2. Ídices de Rasmusse-Hirschma Mias Gerais, 996 PRA TRAS PRA FRENTE Setores BL Ord. V.j Ord. FL Ord. Vi. Ord. Agropecuária 0,95056 29 2,4356 40 2,6074 5,730298 7 2 Extrativa mieral (exceto combustíveis) 0,97826 25 5,4882 27 0,9357 4 4,932546 8 3 Extração de petróleo e gás atural, carvão e outros combustíveis 0,70529 42 0 42 0,70529 38 0 42 4 Fabricação de mierais ão-metálicos 0,9686 26 4,76337 30,0956 0 5,38564 5 Siderurgia,2033 4 3,5526 36,7978 4 5,20454 4 6 Metalurgia dos ão-ferrosos,2 9 6,24 5 0,74348 25 4,7335 39 7 Fabricação de outros produtos metalúrgicos,233 2 3,465 37,478 6 4,24227 36 8 Fabricação e mauteção de máquias e tratores,078 20 3,6676 34,2528 9 4,59779 25 9 Fabricação de aparelhos e equipametos de material elétrico,24 5,76284 23 0,85657 9 3,96397 4 0 Fabricação de aparelhos e equipametos de material eletrôico,033 8 6,47935 4 0,70529 38 4,38887 30 Fabricação de automóveis, camihões e ôibus,0588 4 6,30896 3 0,7404 26 4,38457 3 2 Fabricação de outros veículos, peças e acessórios,3 0 6,48069 3 0,70529 38 4,06635 40 3 Serrarias e fabricação de artigos de madeira e mobiliário 0,98848 24 6,47043 6 0,706 36 4,627793 24 4 Idústria de papel e gráfica,0779 2 6,33244 2 0,7789 3 4,235946 37 5 Idústria da borracha 0,96535 27 6,46443 7 0,70763 35 4,7093 2 6 Fabricação de elemetos químicos ão-petroquímicos,59 8 4,5233 32,039 4,27255 34 7 Refio de petróleo e idústria petroquímica,0438 6 6,9388 9 0,72569 30 4,38086 32 8 Fabricação de produtos químicos diversos,075 3 6,98 7 0,72784 29 4,242799 35 9 Fabricação de produtos farmacêuticos e de perfumaria 0,92303 30 6,38754 0,749 32 4,922708 9 20 Idústria de trasformação de material plástico,0085 23 6,47496 5 0,70555 37 4,500227 27 2 Idústria têxtil,0246 9 6,978 8 0,73996 27 4,498975 28 22 Fabricação de artigos do vestuário e acessórios,0809 6,456 8 0,70947 34 4,23722 38 23 Fabricação de calçados e de artigos de couro e peles,077 2 6,25932 4 0,8633 23 4,979792 6 24 Idústria do café,276 3 6,44494 9 0,8445 20 4,6695 23 25 Beeficiameto de produtos de origem vegetal, iclusive fumo 0,8306 36 6,20976 6 0,73607 28 5,509588 0 26 Abate e preparação de cares,859 7 5,7990 22 0,84059 22 4,37764 33 27 Resfriameto e preparação do leite e laticíios,0397 7 6,48072 2 0,70529 38 5,634648 9 28 Idústria do açúcar,203 5 6,04965 20 0,8595 8 4,433708 29 29 Fabricação e refio de óleos vegetais e de gorduras para alimetação,926 6 5,6584 24 0,92633 5 4,54936 26 30 Outras idústrias alimetares e de bebidas 0,92038 3 6,02063 2 0,75846 24 4,962905 7 3 Idústrias diversas 0,95954 28 5,4847 25 0,84223 2 4,8089 20 32 Serviços idustriais de utilidade pública 0,84692 35 3,59745 35,482 7 6,804 2 33 Costrução civil,069 22 5,26037 26 0,9029 7 4,70553 22 34 Comércio 0,8738 37 2,40684 4,8756 3 5,643069 8 35 Trasporte,0499 5 3,29264 38,5936 5 5,086708 5 36 Comuicações 0,86437 34 4,736 3 0,9639 2 5,288079 3 37 Istituições fiaceiras 0,9009 32 3,95574 33,3597 8 6,05568 3 38 Serviços prestados às famílias 0,78876 40 6,42675 0 0,7 33 5,77247 4 39 Serviços prestados às empresas 0,7789 4 2,6903 39 2,469 2 6,7664 40 Aluguel de imóveis 0,79709 38 4,9073 28 0,925 6 5,735588 6 4 Admiistração pública 0,86934 33 4,8085 29 0,95962 3 5,32796 2 42 Serviços privados ão-mercatis 0,78892 39 6,48074 0,70529 38 5,7693 5 Fote: Cálculos dos autores

Tabela 2.2 Ídices de Rasmusse-Hirschma Mias Gerais, 2005 PRA TRAS PRA FRENTE Setores BL Ord. V.j Ord. FL Ord. Vi. Ord. Agricultura, silvicultura e exploração florestal 0,8536 3 3,06929 3,4807 4 5,38227 5 2 Pecuária e pesca 0,9389 23 4,69932 23,0044 3 4,8559 8 3 Idústrias extrativas mieral,006 9 3,95482 25,376 4,45624 8 4 Fabricação de alimetos,2958 5,07588 20 0,938 5 3,86785 32 5 Fabricação de bebidas,025 7 5,8208 3 0,722 26 4,040802 29 6 Fabricação de produtos do fumo,0205 8 6,46748 2 0,6483 3 4,877 25 7 Fabricação de produtos têxteis,034 6 4,79856 2,0257 2 4,65277 2 8 Fabricação de artefatos de couro e calçados,0443 4 6,44695 4 0,73935 25 4,535975 4 9 Fabricação de artigos do vestuário e acessórios 0,9827 2 6,37864 8 0,6403 32 4,277753 22 0 Fabricação de celulose, papel e produtos de papel,0368 5 5,42949 6 0,8068 9 4,220503 24 Fabricação de derivados do petróleo e álcool,0862 3,33858 29,4545 6 4,530666 5 2 Fabricação de produtos farmacêuticos, perfumaria, higiee e limpeza,008 9 6,4254 5 0,6366 33 3,70997 35 3 Fabricação de produtos de borracha e plástico,47 6 5,23049 7 0,7935 20 3,79596 33 4 Fabricação de produtos químicos,56 3 3,35502 28,4707 5 4,282729 2 5 Fabricação de produtos de mierais ão-metálicos,065 2 5,53 9 0,87982 6 4,24262 23 6 Metalurgia,574 2 2,57056 34 2,2328 4,62229 3 7 Fabricação de produtos de metal - exclusive máquias e equipametos,0934 0 4,29238 24 0,97984 4 4,08962 27 8 Fabricação de máquias e equipametos,0 7 5,45753 5 0,75672 22 3,865989 3 9 Fabricação de máquias, aparelhos e materiais elétricos, 8 5,95755 9 0,7400 24 3,98707 30 20 Fabricação de veículos automotores,48 4 6,388 7 0,6659 29 3,74776 34 2 Fabricação de peças e acessórios para veículos automotores,84 5 5,8744 8 0,8663 7 4,26402 26 22 Fabricação de outros equipametos de trasporte,055 3 6,45252 3 0,65082 30 4,06963 28 23 Fabricação de móveis, produtos de madeira e artigos diversos 0,9969 20 5,8655 2 0,75926 2 4,457788 7 24 Eletricidade, gás, água e limpeza urbaa 0,83359 34 2,82766 33,654 3 5,747608 2 25 Costrução 0,95308 22 5,55794 4 0,74207 23 4,33525 20 26 Comércio 0,83729 33 2,4079 35,793 2 5,083326 6 27 Trasporte, armazeagem e correio 0,93636 24 3,32974 30,2922 9 4,695407 28 Serviços de iformação 0,9233 26 3,46444 27,3906 8 5,265968 3 29 Itermediação fiaceira e seguros 0,89568 28 3,6860 26,2387 0 5,8589 4 30 Atividades imobiliárias e aluguel 0,68247 35 4,7696 22 0,84936 8 5,985823 3 Serviços de alojameto e alimetação 0,9033 27 5,92072 0 0,6883 28 4,507742 6 32 Serviços prestados às empresas 0,86737 29 2,89609 32,45 7 4,9683 7 33 Educação e saúde mercatil 0,93403 25 6,4253 6 0,63493 34 4,350489 9 34 Admiistração pública 0,84537 32 6,46756 0,62984 35 4,795902 0 35 Outros serviços 0,85383 30 5,9592 0,6985 27 4,8879 9 Fote: Cálculos dos autores IV.3. Campo de Ifluêcia O método do campo de ifluêcia objetiva captar a ifluêcia de uma mudaça os coeficietes diretos a ecoomia de forma geral. Vale lembrar que, o caso do presete estudo, cada um dos 764 coeficietes técicos presetes a matriz de ao-base 996 e cada um dos 225 coeficietes técicos da matriz de 2005 possuem um correspodete valor de R ij, assim como já abordado a seção metodológica. Os gráficos. e.2 represetam os 00 maiores coeficietes ecotrados para as duas matrizes, 996 e 2005, respectivamete. No que se refere ao ao de 996, os setores que mais se destacam são: siderurgia, presete em 4 ligações setoriais; agropecuária, figurado também em 4 relações setoriais; e serviços prestados às empresas, com 6 relações. Os demais setores e seus respectivos úmeros de ligações ecotram-se a tabela 3.. Etretato, a aálise aqui proposta se aterá apeas aos setores mais represetativos. Quato ao ao de 2005, os setores que estão presetes o maior úmero de relações setoriais são: metalurgia, com 48 relações setoriais; fabricação de produtos químicos, presete em 20 ligações; e derivados do petróleo e álcool, relacioado com 9 setores. Assim como para 996, os demais setores e seus respectivos úmeros de ligações setoriais estão represetados a tabela 3.2.

Comparativamete, aalisado-se os resultados obtidos para os dois aos-base, percebe-se que o setor metalurgia / siderurgia figura como setor com mais ligações em ambos. O fato desta atividade afetar de forma tão sigificativa a ecoomia ão é, de maeira ehuma, uma surpresa, cosiderado a tradição das Mias Gerais o campo da mieração, especialmete o beeficiameto de miério de ferro. O setor agropecuária, por sua vez, presete etre os pricipais setores em termos de ligações setoriais em 996, ão aparece em 2005. Tal fato, mais uma vez, deve-se às difereças de classificação etre as matrizes, podedo, porém, refletir também um desevolvimeto mais baseado em atividades idustriais mais elaboradas e avaçadas. Um exemplo disso é a difereça expressiva etre o setor refio de petróleo e idústria petroquímica, presete apeas em 2 ligações setoriais em 996, e o setor fabricação de derivados do petróleo e álcool, que em 2005 obteve posição de destaque com 9 ligações setoriais. De maeira aáloga, outro setor que preseciou um aumeto expressivo do úmero de ligações foi fabricação de produtos químicos, que possui 20 ligações em 2005 e apeas 2 quado cosideramos o ao-base 996. Por sua vez, houve uma dimiuição das relações setoriais o que diz respeito ao setor serviços prestados às empresas, que caiu de 6 relações para 2 o itervalo etre 996 e 2005, apesar de podermos iferir que parte dessa difereça pode ser atribuída à ova classificação serviços de iformação, presete com destaque o ao-base 2005, e que ão possui correspodete a base de dados de 996. De maeira geral, aalisado-se os gráficos. e.2 e as tabelas 3. e 3.2, observa-se que, como pricipal mudaça os 9 aos que separam as duas bases de dados utilizadas, uma evolução da importâcia e da ifluêcia de algus setores cosiderados mais avaçados e com um maior ídice de agregação de valor, em detrimeto do setor primário, ates amplamete domiate. Para tato, basta aalisar os cico primeiros setores em termos de úmeros de ligações para os dois aos: em 996, agropecuária, siderurgia, serviços prestados às empresas, resfriameto e preparação do leite e laticíios e idústria do café ; em 2005, metalurgia, fabricação de produtos químicos, derivados do petróleo e álcool, fabricação de alimetos e serviços de iformação.

Tabela 3. 2 3 4 5 6 7 8 9 0 2 3 4 5 6 7 8 9 20 2 22 23 24 25 26 27 28 29 30 3 32 33 34 35 36 37 38 39 40 4 42 Número de relações setoriais por setor 9 5 36 Mias Gerais, 996 2 33 49 3 84 Setor Nº lig. 4 9 26 59 Agropecuária 4 5 94 35 2 82 50 30 90 43 34 39 00 28 27 6 Extrativa mieral (exceto combustíveis) 3 6 46 78 Extração de petróleo e gás atural, carvão e outros combustíveis 0 7 3 23 45 Fabricação de mierais ão-metálicos 5 8 73 Siderurgia 4 9 32 97 Metalurgia dos ão-ferrosos 2 0 69 Fabricação de outros produtos metalúrgicos 3 47 79 Fabricação e mauteção de máquias e tratores 2 56 Fabricação de aparelhos e equipametos de material elétrico 3 3 66 96 Fabricação de aparelhos e equipametos de material eletrôico 4 64 93 Fabricação de automóveis, camihões e ôibus 2 5 70 Fabricação de outros veículos, peças e acessórios 6 37 5 Serrarias e fabricação de artigos de madeira e mobiliário 2 7 65 95 Idústria de papel e gráfica 2 8 63 92 Idústria da borracha 9 76 Fabricação de elemetos químicos ão-petroquímicos 2 20 7 Refio de petróleo e idústria petroquímica 2 2 55 88 Fabricação de produtos químicos diversos 2 22 6 9 Fabricação de produtos farmacêuticos e de perfumaria 23 24 85 Idústria de trasformação de material plástico 24 4 7 8 80 25 Idústria têxtil 2 25 74 Fabricação de artigos do vestuário e acessórios 2 26 6 52 Fabricação de calçados e de artigos de couro e peles 3 27 3 87 5 57 98 86 54 48 20 Idústria do café 7 28 8 4 Beeficiameto de produtos de origem vegetal, iclusive fumo 29 8 4 3 Abate e preparação de cares 3 30 68 Resfriameto e preparação do leite e laticíios 9 3 58 89 Idústria do açúcar 5 32 22 29 72 Fabricação e refio de óleos vegetais e de gorduras para alimetação 5 33 40 53 Outras idústrias alimetares e de bebidas 34 67 99 Idústrias diversas 2 35 2 2 44 Serviços idustriais de utilidade pública 4 36 75 Costrução civil 2 37 0 7 38 Comércio 3 38 83 Trasporte 6 39 42 62 Comuicações 40 77 Istituições fiaceiras 5 4 60 Serviços prestados às famílias 42 Serviços prestados às empresas 6 Gráfico.: Campo de Ifluêcia - Mias Gerais, 996 Aluguel de imóveis Fote: Cálculos dos autores Admiistração pública Serviços privados ão-mercatis 0 Fote: Cálculos dos autores

Tabela 3.2 2 3 4 5 6 7 8 9 0 2 3 4 5 6 7 8 9 20 2 22 23 24 25 26 27 28 29 30 3 32 33 34 35 Número de relações setoriais por setor Mias Gerais, 2005 2 3 4 Setor Nº lig. 4 70 67 63 4 69 37 30 2 45 40 8 Agricultura, silvicultura e exploração florestal 4 5 3 Pecuária e pesca 4 6 28 Idústrias extrativas mieral 2 Fabricação de alimetos 7 7 64 53 6 73 4 8 89 76 62 8 96 88 Fabricação de bebidas 9 29 Fabricação de produtos do fumo 0 8 Fabricação de produtos têxteis 2 97 93 84 56 95 49 39 4 60 55 Fabricação de artefatos de couro e calçados 0 2 35 Fabricação de artigos do vestuário e acessórios 3 Fabricação de celulose, papel e produtos de papel 2 4 92 85 79 52 90 46 38 3 57 5 00 Fabricação de derivados do petróleo e álcool 9 5 2 Fabricação de produtos farmacêuticos, perfumaria, higiee e limpeza 6 36 54 32 24 34 9 20 7 58 65 77 26 72 78 23 42 83 Fabricação de produtos de borracha e plástico 0 7 3 Fabricação de produtos químicos 20 8 2 Fabricação de produtos de mierais ão-metálicos 2 9 5 Metalurgia 48 20 22 Fabricação de produtos de metal - exclusive máquias e equipametos 2 98 80 9 Fabricação de máquias e equipametos 22 25 Fabricação de máquias, aparelhos e materiais elétricos 23 6 Fabricação de veículos automotores 24 86 74 6 7 94 82 Fabricação de peças e acessórios para veículos automotores 4 25 33 Fabricação de outros equipametos de trasporte 26 Fabricação de móveis, produtos de madeira e artigos diversos 2 27 9 Eletricidade, gás, água e limpeza urbaa 2 Costrução 28 68 59 50 5 75 66 29 99 87 0 Comércio 30 48 Trasporte, armazeagem e correio 2 3 43 Serviços de iformação 3 32 27 Itermediação fiaceira e seguros 6 33 44 Atividades imobiliárias e aluguel 34 47 Serviços de alojameto e alimetação 35 Serviços prestados às empresas 2 Gráfico.2: Campo de Ifluêcia - Mias Gerais, 2005 Educação e saúde mercatil Fote: Cálculos dos autores Admiistração pública Outros serviços 0 Fote: Cálculos dos autores