Projeto Educativo Planificação Simão Gabriel Rodrigues Câmara
A planificação é um importante auxiliar da prática pedagógica, contribuindo para o sucesso do processo ensino-, uma vez que permite ao docente fazer uma previsão do que poderá ser a sua aula, definindo o conjunto de objetivos, conteúdos, experiências de, assim como a avaliação. (Barroso, 2013) Simão Gabriel Rodrigues Câmara 2
Índice Introdução...4 Planificação de Aulas...4 Primeira Aula...5 Segunda Aula...7 Terceira Aula... Erro! Marcador não definido. Quarta Aula... Erro! Marcador não definido. Quinta Aula... Erro! Marcador não definido. Sexta Aula... Erro! Marcador não definido. Sétima Aula... Erro! Marcador não definido. Oitava Aula... Erro! Marcador não definido. Nona Aula... Erro! Marcador não definido. Décima Aula... Erro! Marcador não definido. Conclusão... 17 Bibliografia... 18 Simão Gabriel Rodrigues Câmara 3
Introdução Este trabalho consiste numa espécie de compilação de preparação de sequências pedagógicas, a serem postas em prática durante o meu projeto de estágio, perfazendo um total e dez aulas. As planificações apresentadas têm como objetivo principal a exploração das potencialidades dos cordofones tradicionais madeirenses nas aulas de Educação Musical, mais concretamente através da de peças em braguinhas e violas de arame, com recurso à utilização de reportório pop como forma de motivar os alunos para este tipo de instrumento. As aulas cuja planificação se apresenta visam, de um modo geral, o aperfeiçoamento da capacidade auditiva, o desenvolvimento da cultura musical e a exploração de técnicas de produção sonora a nível instrumental, através da abordagem de aspetos como o ritmo, afinação vocal e instrumental e dos instrumentos utilizando as técnicas corretas. Simão Gabriel Rodrigues Câmara 4
Planificação O projeto que me proponho implementar intitula-se Cordofones tradicionais madeirenses em música pop: Aprendizagens e Perceções e será desenvolvido num total de dez aulas aproximadamente, com duração de 90 minutos, considerando-se como tal um plano a médio prazo. Ao longo destas dez aulas, o objetivo geral será familiarizar os alunos com os cordofones madeirenses e incutir o gosto pela e audição destes instrumentos, transportando a música pop para os cordofones tradicionais madeirenses, com a finalidade de cativar os alunos para a deste tipo de instrumento. A estratégia de de música pop servirá para motivar os alunos, tendo em conta que este género musical é do agrado dos jovens e que uma das causas do desinteresse pelos cordofones tradicionais madeirenses, é estes estarem associados à música de cariz popular. De modo a que este projeto seja bem-sucedido pretendo dar a conhecer um pouco da História dos cordofones tradicionais madeirenses, apresentar aos alunos as técnicas de dos mesmos, trabalhar os vários acordes correspondentes a cada música e desenvolver atividades de criação. O projeto organizar-se-á em quatro fases distintas: Motivação, apresentação do projeto e seleção de cordofones e de repertório (1.ª sessão); Aprendizagem e ensaio de repertório (2.ª à 9.ª sessão); Consolidação e ensaio geral (10.ª sessão); Apresentação pública/concerto (11.ª sessão), pretendendo-se que, no final das aulas planificadas, o trabalho realizado e os resultados deste projeto sejam apresentados num pequeno concerto, no qual serão executadas as peças exploradas. Este projeto irá ser desenvolvido numa escola situada no concelho do Funchal, pertencente à freguesia de Santa Luzia, mais concretamente a Escola Básica e Secundária Dr. Ângelo Augusto da Silva. O projeto será desenvolvido em contexto sala de aula, numa turma de Terceiro Ciclo (7º ou 8º ano) composta por cerca de dez alunos, uma vez que parte da turma frequenta as aulas de Educação Musical, enquanto a outra metade frequenta as aulas de Educação Tecnológica, havendo uma troca de grupo no final do segundo período. O trabalho desenvolvido para implementação deste projeto irá basear-se nas ideias defendidas por Green. Simão Gabriel Rodrigues Câmara 5
Primeira Fase 1.ª Sessão Conhecer os objetivos do 1-Diálogo sobre os objetivos do Serão avaliados os Cordofones projeto; projeto; seguintes Computador Observar as formas de 2-Visualização de imagens associadas domínios: (com som) dos cordofones; à História da Madeira e a cada um dos -Comportamento Projetor Dialogar sobre aspetos cordofones (modos de, -Postura associados à História da afinação dos vários instrumentos, etc); -Interesse Madeira e dos cordofones 3-Observação dos cordofones -Capacidade de tradicionais; tradicionais madeirenses; criação/improviso. Observar e explorar 4- Exploração livre dos instrumentos; livremente os cordofones; 4-Exploração dos cordofones através Selecionar os instrumentos a da de pequenas frases executar no decorrer do rítmicas na mão direita; projeto.
Segunda Fase 2.ª Sessão Executar os acordes de Sol 1-Exploração e do ritmo Serão avaliados Cordofones Maior, Mi menor, Dó Maior da música Dunas (inicialmente sem os seguintes Fotocópias e Ré Maior nos cordofones acordes, apenas com movimento da domínios: (com cifras da tradicionais. mão direita e com o ritmo -Comportamento peça em característico); -Postura exploração) 2- Execução dos acordes necessários -Interesse Estantes na peça (com recurso à técnica de -Capacidade de imitação e espelho); 3-Execução coletiva da peça. Simão Gabriel Rodrigues Câmara 7
3.ª Sessão -Executar os acordes de Sol 2- Treino dos acordes necessários na Serão avaliados Cordofones Maior, Mi menor, Dó Maior peça (com recurso à técnica de os seguintes Fotocópias e Ré Maior nos cordofones imitação e espelho); domínios: (com cifras da tradicionais; 3-Execução coletiva da peça com -Comportamento peça em -Associar o canto à associação da componente de canto. -Postura exploração) instrumental. -Interesse Estantes -Capacidade de -Afinação e técnica vocal Simão Gabriel Rodrigues Câmara 8
4.ª Sessão Aperfeiçoar os acordes Dó 1-Execução isolada dos acordes Fá Serão avaliados os Cordofones Maior e Sol Maior; Maior, Lá menor e Ré menor; seguintes Fotocópias Apropriar-se da forma de 2-Execução da peça All of me domínios: (com cifras da dos acordes Lá (John Legend). -Comportamento peça em menor, Fá Maior e Ré -Postura exploração) menor -Interesse Estantes -Capacidade de Simão Gabriel Rodrigues Câmara 9
5.ª Sessão Aperfeiçoar dos acordes Dó 1-Aperfeiçoamento da da Serão avaliados os Cordofones Maior, Sol Maior, Lá peça Dunas ; seguintes Fotocópias menor, Fá Maior e Ré 2-Execução da peça All of me (com domínios: (com cifras das menor; junção da componente de canto). -Comportamento peças em -Postura exploração) Executar peças nos -Interesse Estantes cordofones tradicionais com -Capacidade de junção da componente vocal; -Afinação e técnica vocal Trabalhar em grupo, de forma responsável e colaborativa. Simão Gabriel Rodrigues Câmara 10
6.ª Sessão Aperfeiçoar os acordes Sol 1-Execução isolada dos acordes Si Serão avaliados os Cordofones Maior, Dó Maior e Ré Maior e Dó menor (técnica de seguintes Fotocópias Maior; espelho); domínios: (com cifras da Apropriar-se da forma de 2-Execução da peça All I want for -Comportamento peça em dos acordes Si Christmas is you com inclusão da -Postura exploração) Maior e Dó menor. componente vocal. -Interesse Estantes -Capacidade de -Afinação e técnica vocal Simão Gabriel Rodrigues Câmara 11
7.ª Sessão Aperfeiçoamento dos 1-Treino das peças trabalhadas nas Serão avaliados os Cordofones acordes já trabalhados; aulas anteriores ( Dunas, All of me seguintes Fotocópias Consolidação da e All I want for Christmas is you ); domínios: (com cifras das instrumental em grupo. 2-Aperfeiçoamento e treino individual -Comportamento peças em dos acordes em que cada aluno revela -Postura exploração) mais dificuldades. -Interesse Estantes -Capacidade de -Afinação e técnica vocal Simão Gabriel Rodrigues Câmara 12
8.ª Sessão Exploração dos acordes Fá 1-Início da exploração da peça Price Serão avaliados os Cordofones Maior, Lá menor, Ré menor Tag (visualização do vídeo clip e seguintes Fotocópias e Sib Maior; exploração do ritmo); domínios: (com cifras da Consolidação da 2-Treino isolado dos acordes com -Comportamento peça em instrumental em grupo. ênfase nos acordes de Fá Maior, Ré -Postura exploração) menor e Sib Maior; -Interesse Estantes -Execução conjunta da peça em -Capacidade de exploração. -Trabalho em grupo Simão Gabriel Rodrigues Câmara 13
9.ª Sessão Aperfeiçoamento dos 1-Continuação da exploração da peça Serão avaliados Cordofones acordes Fá Maior, Lá menor, Price Tag (ênfase nos acordes de Fá os seguintes Fotocópias Ré menor e Sib Maior; Maior, Ré menor e Sib Maior); domínios: (com cifras da Consolidação da -Execução conjunta da peça em -Comportamento peça em instrumental em grupo; exploração com junção da componente -Postura exploração) Junção da prática vocal. -Interesse Estantes instrumental com a -Capacidade de componente vocal. -Afinação e prática vocal -Trabalho em grupo Simão Gabriel Rodrigues Câmara 14
Terceira Fase 10.ª Sessão Consolidação do trabalho 1-Execução conjunta das peças Serão avaliados os Cordofones realizado nas sessões exploradas; seguintes Fotocópias anteriores; 2-Preparação de pormenores para a domínios: (com cifras das Aperfeiçoamento de alguns apresentação pública do trabalho -Comportamento peças em pormenores relacionados realizado (organização conjunta do -Postura exploração) com prática instrumental e programa); -Interesse Estantes com a componente vocal. 3-Ensaio geral de todas as peças a -Capacidade de apresentar. -Afinação e prática vocal -Trabalho em grupo. Simão Gabriel Rodrigues Câmara 15
Quarta Fase 11.ª Sessão Aperfeiçoar as técnicas de 1-Realização de um concerto para Serão avaliados Cordofones performance instrumental e apresentação à comunidade escolar e os seguintes Programas vocal em atuações em aos familiares dos alunos do trabalho domínios: (fotocópias) público; desenvolvido no decorrer do projeto. -Comportamento Estantes Desenvolver as capacidades -Postura Cadeiras de trabalho em grupo; -Interesse Rentabilizar e divulgar o -Capacidade de trabalho desenvolvido no contexto da sala de aula. -Afinação e prática vocal -Desempenho individual e em grupo Simão Gabriel Rodrigues Câmara 16
Conclusão Na perspetiva de Zabalza (2000), a planificação é um fenómeno de planear, de algum modo as nossas previsões, desejos, aspirações e metas num projeto que seja capaz de representar, dentro do possível, as nossas ideias. Na verdade, a planificação assume-se assim como o modo mais eficaz que cada docente tem de preparar o seu trabalho, organizar o tempo das suas aulas e garantir uma melhor por parte dos seus alunos. Nenhum projeto será bem sucedido se não for devidamente planificado e delineado, assumindo-se assim a planificação como o embrião ou semente do projeto, o ponto de partida para o mesmo. Julgo que as planificações que apresento têm como preocupação base motivar os alunos, através da seleção de temas do seu agrado e através da seleção de atividades que possibilitarão a sua participação ativa e a emissão de opiniões e sugestões, corroborando da opinião de Braga (2004) que considera que a planificação passa pela criação de ambientes estimulantes que propiciem atividades que não são à partida previsíveis e atendam à diversidade das situações e aos diferentes pontos de partida dos alunos. (p.27). Na perspetiva de Silva (2013) a planificação deve contribuir para a otimização, maximização e melhoria da qualidade do processo educativo. É um guião de ação que ajuda o professor no seu desempenho (p.11) e nesta ótica, considero que a realização deste trabalho assumiu-se como uma mais-valia para mim, pois apesar de já ter uma ideia do que iria fazer em cada aula, este trabalho permitiu a organização dessas mesmas ideias e a seleção de estratégias para abordagem de cada conteúdo. Obviamente que o sucesso de um projeto só se avalia após a sua implementação, mas esse sucesso apenas se efetivará se dermos a devida importância a cada passo. A caminhada está iniciada.
Bibliografia Ministério da Educação (2001). Orientações Curriculares para o 3º Ciclo do Ensino Básico- Música. Departamento da Educação Básica. Braga, F. (coord.) (2004). Planificação: Novos papéis, novos modelos: Dos projetos de planificação à planificação em projeto. Porto: Edições ASA. Gonzaga, A. (2010). Keith Swanwick fala sobre o ensino de música nas escolas.url: http://revistaescola.abril.com.br/arte/fundamentos/entrevista-keith-swanwicksobre-ensino-musica-escolas-instrumento-musical-arte-apreciacao-composicao-529059.shtml Silva, D. B. (2013). A importância da planificação do processo ensino. Porto: Porto Editora. Zabalza, M. (2000). Como educar em valores na escola. Revista Pátio Pedagógica. Ano 4, 13, mai/jul. 2000. Simão Gabriel Rodrigues Câmara 18