Relatório econômico e financeiro

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Transcrição:

4 Relatório econômico e financeiro 102 Relatório financeiro consolidado 102 Resumo do exercício de 2014 para o Grupo Santander 104 Resultados do Grupo Santander 110 Balanço do Grupo Santander 120 Informação por segmentos 123 Europa continental 137 Reino Unido 140 América Latina 155 Estados Unidos 158 Atividades Corporativas 160 Informação por segmentos secundários 160 Banco Comercial 162 Banco Global de Atacado 165 Gestão de Ativos e Seguros

RESUMO DO EXERCÍCIO Relatório financeiro consolidado Resumo do exercício de 2014 para o Grupo Santander No exercício de 2014, a economia mundial cresceu acima de 3%, reflexo de uma revitalização das economias desenvolvidas, principalmente do Reino Unido e dos Estados Unidos, e de uma moderação no crescimento dos países emergentes. Esse ambiente de crescimento não ficou isento de episódios de incertezas e de volatilidade nos mercados. Além disso, a atividade bancária voltou a ser afetada por taxas de juros que permaneceram em mínimos históricos em muitas economias. Somado a isso, as novas exigências regulatórias estão afetando também as receitas e os custos do sistema financeiro. Nesse ambiente, o Grupo Santander está concentrando sua gestão em dar impulso a medidas que permitam aumentar o nível do lucro e da rentabilidade, ao mesmo tempo em que mantém um balanço sólido, com liquidez e de baixo risco. Os aspectos mais destacados na gestão do Grupo em 2014 foram: Solidez de resultados. Durante os últimos anos, e apesar do cenário difícil, o Grupo Santander demonstrou sua capacidade de geração de resultados recorrentes, com o apoio da diversificação geográfica e focos de gestão adaptados a cada mercado. Isso permitiu obter resultados positivos ao longo de todos os exercícios da crise e estar em boa posição para aproveitar um ciclo econômico de maior crescimento. O Grupo Santander obteve um lucro atribuído de 5,816 bilhões de euros no exercício de 2014, o que representou um aumento de 39,3% em relação a 2013. Esse crescimento foi motivado pela boa evolução de três grandes linhas da demonstração de resultados: A receita aumentou em comparação à queda do ano anterior, em virtude da tendência de crescimento da margem de juros e de comissões. As despesas cresceram abaixo da inflação média do Grupo, favorecidos pelos processos de integração realizados (Espanha e Polônia), e pelo plano de eficiência e produtividade em três anos lançado no final de 2013. As provisões para perdas com créditos continuaram em seu processo de normalização e melhoria do custo de crédito. Esse crescimento também aconteceu de forma generalizada considerando as regiões geográficas, com todas as unidades aumentando o resultado antes de impostos em sua moeda de gestão. Aceleração da atividade. A evolução dos volumes reflete a estratégia adotada pelo Grupo em segmentos, produtos e países. O ano apresentou uma mudança nas tendências do crédito, que depois da queda em exercícios anteriores, registrou alta em 2014, tanto em pessoas físicas como jurídicas. Esse crescimento foi observado em nove das dez grandes unidades do Grupo. Também em recursos, o ano terminou com maior crescimento do que em 2013. De forma similar ao crédito, essa expansão foi generalizada em termos de países e foi compatibilizada com uma política de redução do custo financeiro, especialmente nos países em que as taxas de juros eram mais baixas. Houve avanços no programa de transformação comercial, que tem como eixos principais a melhoria do conhecimento dos clientes do Grupo, a gestão especializada de cada segmento, o desenvolvimento de um modelo de distribuição multicanal e a melhoria contínua da experiência dos clientes com o Banco. Entre as medidas realizadas, estão um novo front comercial, a expansão do modelo Select para os clientes de alta renda e o lançamento do programa Advance para PMEs. Com tudo isto, o objetivo é aumentar o vínculo e satisfação do cliente em todas as unidades. Sólida estructura de financiación y liquidez. A melhoria da posição de liquidez foi um objetivo prioritário na estratégia do Grupo nos últimos anos, e foi obtida graças à capacidade de captação no mercado de varejo da extensa rede de agências e ao acesso amplo e diversificado aos mercados de atacado, por meio do modelo de filiais. 102

RESUMO DO EXERCÍCIO Em 2014, o índice de créditos líquidos sobre depósitos e o de depósito mais captação em médio e longo prazo sobre créditos permaneceram nos níveis de conforto tanto no nível do Grupo como nas principais unidades. Aproveitamos a melhoria do ambiente de mercado com taxas mais baixas para emitir em prazos mais longos, aumentando a reserva de liquidez para cerca de 230.000 milhões de euros. Tudo isso permitiu atingir antecipadamente os índices regulatórios no Grupo e nas principais unidades. Melhoria da qualidade de crédito do Grupo. Os principais indicadores de risco evoluíram de forma positiva no exercício. Em primeiro lugar, houve destaque para a redução de entradas líquidas de créditos em mora, que, sem taxas de câmbio nem perímetro, tiveram queda de 51% no ano. O índice de inadimplência melhorou, passando de 5,61% no final de 2013 para 5,19% no final de 2014, o que se repetiu em todos os trimestres do exercício. Espanha, Brasil, Reino Unido e Estados Unidos registram melhor evolução. Por outro lado, a cobertura registrou alta de 2 pontos percentuais, chegando a 67%. Solvência reforçada. O Grupo encerrou o ano com níveis elevados de capital, que foi reforçado com o aumento de capital de 7,5 bilhões de euros realizado no mês de janeiro de 2015. Depois disso, o Grupo passou a ter um índice de capital (CET1) phase-in de 12,2% e, considerando fully loaded de 9,7%. Esses níveis posicionam o Santander entre os grupos bancários com maior solidez de capital a nível internacional, tendo em conta seu modelo de negócio, diversificação geográfica e resistência a cenários adversos de stress. Aumento da rentabilidade. A evolução dos resultados e do balanço se refletiu na melhoria dos índices financeiros de gestão e de rentabilidade. A eficiência melhorou 1,1 pontos percentuais no ano, atingindo 47%, posição de destaque em relação aos concorrentes; o lucro por ação aumentou 24%, e a rentabilidade sobre o capital tangível (RoTE) avançou 1,4 ponto percentual, chegando a 11,0%, já incluindo neste último o aumento de capital. Além disso, e com o objetivo de obter um melhor posicionamento competitivo, o Grupo implantou uma série de iniciativas, as quais devem se refletir na melhoria dos resultados futuros: 1. Aquisição na Espanha, por parte do Santander Finance, de 51% da Financiera El Corte Inglés. 2. Aquisição, pelo Santander Consumer Finance, do negócio da GE Capital na Suécia, Dinamarca e Noruega, principalmente os segmentos de crédito direto e cartões. 3. Acordo inédito do Santander Finance com o Banque PSA Finance, unidade de financiamento de veículos do Grupo PSA Peugeot Citröen, para a colaboração em diversos países europeus. Durante o mês de janeiro de 2015 foram obtidas as aprovações regulatórias para iniciar atividades na França e no Reino Unido. 4. A realização de uma oferta de aquisição de minoritários do Banco Santander Brasil, aceita por títulos representativos de 13,65% do capital social, pela qual a participação do Grupo Santander passou a ser de 88,30% do capital. 5. Aquisição, por parte do Banco Santander Brasil, da instituição GetNet para fortalecer o negócio de adquirência. 6. Criação, pelo Banco Santander Brasil, de uma joint-venture com o Banco Bonsucesso, visando dar impulso às atividades do segmento de crédito consignado, que deve ser concretizada no primeiro trimestre de 2015. 7. Acordo para a aquisição da empresa canadense Carfinco, especializada no financiamento de veículos. Taxas de câmbio: Paridade 1 euro=moeda 2014 2013 Câmbio final Câmbio médio Câmbio final Câmbio médio Dólar USA 1,214 1,326 1,379 1,327 Libra 0,779 0,806 0,834 0,849 Real brasileiro 3,221 3,118 3,258 2,852 Novo peso mexicano 17,868 17,647 18,073 16,931 Peso chileno 737,323 756,718 724,579 656,524 Peso argentino 10,277 10,747 8,990 7,220 Zloty polaco 4,273 4,185 4,154 4,196 103

INFORMAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO Resultados do Grupo Santander Lucro atribuído de 5,816 bilhões de euros em 2014, com aumento de 39,3%. Além disso, o resultado antes de impostos cresceu em todas as unidades em sua moeda. A receita comercial (margem de juros e comissões) cresceu 7,9% sem efeito da taxa de câmbio, frente à queda registrada em 2013. Um controle rígido das despesas, com queda de 0,6% graças ao plano de eficiência e produtividade. Continuidade da tendência de redução das provisões para perdas com créditos (-14,4%), com tendência à normalização. Melhoria da rentabilidade: RoTE +1,4 p.p. (até 11,0%). O Grupo Santander continua com seu processo de melhoria dos resultados e de normalização da rentabilidade, com um lucro atribuível à Controladora de 5,816 bilhões de euros no exercício de 2014, o que representa um aumento de 39,3% em relação a 2013. Esse resultado já está ajustado à entrada em vigor, retroativamente, da interpretação da norma contábil internacional CINIIF21, a qual implica um reconhecimento contábil antecipado dos aportes aos fundos garantidores de depósitos, o que deve reduzir os lucros do ano passado em 195 milhões de euros e o lucro de 2012 em 12 milhões de euros. O forte crescimento se deve ao bom comportamento das principais linhas da demonstração de resultados e à melhoria da atividade em praticamente todas as unidades de negócio. Destaque para a evolução das receitas comerciais, que voltam a crescer após a queda em 2013, e para a redução das provisões para perdas com créditos, agora em queda. Além disso, há uma contenção da despesas, resultado do plano de eficiência e produtividade anunciado. Antes de analisar a evolução das linhas da demonstração de resultados, detalha-se a seguir os itens que afetaram a comparação com o ano passado: Resultados Variação 2014 2013 absoluta % % sem TC 2012 Margem de juros 29.548 28.419 1.129 4,0 8,8 31.914 Comissões líquidas 9.696 9.622 74 0,8 5,4 10.125 Resultados líquidos de operações financeiras 2.850 3.496 (646) (18,5) (16,1) 2.691 Outras receitas 519 383 136 35,5 37,1 259 Rendimentos sobre instrumentos de capital 435 378 57 15,0 16,7 423 Resultados de equivalência patrimonial 243 283 (39) (14,0) (5,7) 185 Outras receitas/despesas operacionais (líquidos) (159) (278) 119 (42,7) (36,8) (349) Margem bruta 42.612 41.920 693 1,7 6,2 44.989 Despesas totais (20.038) (20.158) 120 (0,6) 3,0 (20.236) Despesas administrativas (17.781) (17.758) (23) 0,1 3,9 (18.044) Despesas de pessoal (10.213) (10.276) 63 (0,6) 2,8 (10.474) Outras despesas administrativas (7.568) (7.482) (86) 1,1 5,3 (7.570) Amortização de ativos tangíveis e intangíveis (2.257) (2.400) 143 (6,0) (3,3) (2.193) Margem líquida 22.574 21.762 813 3,7 9,1 24.753 Provisões para perdas com créditos (10.562) (12.340) 1.778 (14,4) (10,5) (13.521) Perdas com outros ativos (375) (524) 149 (28,4) (27,6) (853) Outros resultados e provisões (1.917) (1.535) (382) 24,9 28,3 (1.437) Resultado antes dos impostos sobre o lucro (ordinário) 9.720 7.362 2.357 32,0 41,3 8.942 Imposto de renda (2.696) (1.995) (701) 35,1 44,5 (2.617) Lucro líquido das operações continuadas (ordinário) 7.024 5.367 1.657 30,9 40,1 6.325 Resultado de operações descontinuadas (líquida) (26) (15) (11) 73,2 70,2 70 Lucro líquido do período (ordinário) 6.998 5.352 1.646 30,8 40,0 6.395 Resultado atribuído aos acionistas não controladores 1.182 1.177 5 0,4 7,1 1.066 Lucro líquido atribuído ao Grupo (ordinário) 5.816 4.175 1.641 39,3 49,3 5.329 Líquido de ganhos e saneamentos (3.047) Lucro líquido atribuído ao Grupo 5.816 4.175 1.641 39,3 49,3 2.283 LPA (euros) 0,479 0,385 0,094 24,4 0,546 LPA diluído (euros) 0,478 0,383 0,095 24,7 0,542 Promemória: Ativos Totais Médios 1.203.260 1.230.166 (26.906) (2,2) 1.287.619 Recursos Próprios Médios* 82.545 71.509 11.036 15,4 72.689 (*) Recursos próprios. Fundos próprios + ajustes de avaliação. Em 2014, dato proforma considerando o aumento de capital de janeiro de 2015. 104

INFORMAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO Um ambiente macroeconômico global de recuperação mais favorável, apesar dos sinais de fraqueza surgidos em algumas economias europeias e emergentes durante a segunda metade de 2014. Mercados onde as condições financeiras melhoraram, mas as taxas de juros foram mantidas baixas, em geral. Um ambiente regulatório mais exigente, com impactos na limitação de receitas e aumentos de custos. Para facilitar a análise comparativa com o período anterior, as informações financeiras de períodos anteriores foram reformuladas (não auditadas), conforme descrito na página 120 do presente relatório. As mudanças devem-se principalmente ao fato de considerar como se a assunção do controle do Santander Consumer USA (SCUSA), realizada em 2014, e a perda de controle das sociedades gestoras no encerramento de 2013 tivessem ocorrido nos períodos anteriores apresentados. Assim, os ganhos e saneamentos não recorrentes são divulgados separadamente como Líquido de ganhos e saneamentos. Os ganhos correspondem à operação de Altamira (385 milhões de euros líquidos), à saída a Bolsa do SCUSA (730 milhões de euros líquidos), a modificação nos compromissos por pensões no Reino Unido (224 milhões de euros líquidos) e a operação de Seguros (250 milhões de euros líquidos). Por outro lado, foram realizados débitos a custos de reestruturação, perda de valor de ativos intangíveis e outros saneamentos por um valor conjunto, líquido de impostos, de 1,589 bilhão de euros. Portanto, o impacto desses números sobre o lucro é nulo. Um efeito perímetro positivo de 2 p.p., resultado das incorporações da Financiera El Corte Inglés, GetNet e o negócio de financiamento ao consumo da GE Capital nos países nórdicos, além da aquisição de participações minoritárias no Brasil em setembro de 2014. O impacto das taxas de câmbio de diferentes moedas em relação ao euro é de 4/5 p.p. negativos para o total do Grupo na comparação em termos de receitas e custos durante o ano passado. Por grandes áreas geográficas, o impacto foi negativo no Brasil (-8/-9 p.p.), México (-4 p.p.) e Chile (-14/-15 p.p.), e positivo no Reino Unido (+6p. p.). Nos Estados Unidos apenas houve impacto (+0.1 p.p.). A seguir os comentários sobre a evolução das principais linhas da demonstração de resultados: Resultados por trimestres 2013 2014 1T 2T 3T 4T 1T 2T 3T 4T Margem de juros 7.206 7.339 6.944 6.930 6.992 7.370 7.471 7.714 Comissões líquidas 2.484 2.494 2.300 2.345 2.331 2.403 2.439 2.524 Resultados líquidos de operações financeiras 967 880 995 653 767 511 952 620 Outras receitas 66 134 94 89 34 204 99 182 Rendimentos sobre instrumentos de capital 59 145 72 102 31 220 72 112 Resultados de equivalência patrimonial 66 58 80 79 65 42 72 64 Outras receitas/despesas operacionais (líquidos) (59) (69) (58) (92) (63) (58) (45) 6 Margem bruta 10.722 10.847 10.333 10.017 10.124 10.488 10.961 11.040 Despesas totais (5.068) (5.088) (4.943) (5.060) (4.847) (4.906) (5.070) (5.216) Despesas administrativas (4.497) (4.485) (4.381) (4.395) (4.256) (4.360) (4.509) (4.656) Despesas de pessoal (2.631) (2.606) (2.478) (2.559) (2.455) (2.515) (2.572) (2.670) Outras despesas administrativas (1.865) (1.879) (1.902) (1.836) (1.801) (1.844) (1.937) (1.985) Amortização de ativos tangíveis e intangíveis (571) (602) (562) (665) (590) (546) (560) (560) Margem líquida 5.655 5.760 5.390 4.957 5.277 5.582 5.891 5.824 Provisões para perdas com créditos (3.142) (3.399) (3.025) (2.774) (2.695) (2.638) (2.777) (2.452) Perdas com outros ativos (110) (126) (141) (146) (87) (71) (67) (151) Outros resultados e provisões (262) (422) (368) (483) (347) (438) (491) (642) Resultado antes dos impostos sobre o lucro (ordinário) 2.141 1.812 1.856 1.554 2.149 2.435 2.556 2.580 Imposto de renda (577) (453) (518) (447) (569) (664) (649) (814) Lucro líquido das operações continuadas (ordinário) 1.564 1.359 1.338 1.107 1.579 1.771 1.908 1.766 Resultado de operações descontinuadas (líquida) (14) (0) (1) (0) (0) (7) (19) Lucro líquido do período (ordinário) 1.564 1.345 1.337 1.106 1.579 1.771 1.901 1.746 Resultado atribuído aos acionistas não controladores 359 294 282 242 277 318 296 291 Lucro líquido atribuído ao Grupo (ordinário) 1.205 1.050 1.055 864 1.303 1.453 1.605 1.455 Líquido de ganhos e saneamentos Lucro líquido atribuído ao Grupo 1.205 1.050 1.055 864 1.303 1.453 1.605 1.455 LPA (euros) 0,116 0,098 0,096 0,076 0,113 0,122 0,131 0,112 LPA diluído (euros) 0,115 0,098 0,095 0,076 0,113 0,122 0,131 0,112 105

INFORMAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO Margem de juros Comissões líquidas O conjunto das receitas se situa em 42,612 bilhões de euros, com um aumento de 1,7% em relação ao exercício de 2013. Sem o impacto da taxa de câmbio, esse número sobe 6,2%. Trata-se de um crescimento de qualidade, apoiado nos aumentos nas alavancas mais comerciais das linhas de receitas (margem de juros e comissões), e aliado a uma queda nos resultados de operações financeiras, as quais representam somente 7% das receitas do Grupo. Os maiores destaques do ano são: O crescimento das receitas se deve, fundamentalmente, à margem de juros, a qual representa 69% das receitas e totaliza 29,548 bilhões de euros, após um aumento de 4,0% em comparação ao mesmo período do ano passado (ou de 8,8% sem efeito da taxa de câmbio). Sobre este último destaca-se: Melhora generalizada em todos os países, exceto o Brasil, com crescimentos muito positivos na Espanha, Reino Unido, Estados Unidos e Chile. Boa evolução dos créditos, com crescimentos em todas as unidades, exceto Portugal, onde o sistema financeiro enfrenta um processo de desalavancagem atualmente. Crescimento dos recursos compatível com quedas no custo médio, principalmente nos países desenvolvidos. Se em vez de por conceito, analisa-se a margem de juros por áreas geográficas, destaca-se: Evolução favorável no Reino Unido (+16,5%) e nos EUA (+11,2%), com aumentos de dois dígitos graças ao esforço realizado para reduzir o custo dos depósitos no varejo, no primeiro caso, e o aumento na atividade de consumo (SCUSA), no segundo. A Europa continental cresceu 7,9% sem taxa de câmbio, com crescimento em todas as unidades. Destaque para a Espanha, com um aumento de 9,4% por maior atividade e queda no custo do passivo. Por último, a América Latina cresce em seu conjunto pelo aumento nos volumes. O Brasil foi a única unidade que apresentou queda (-2,7%), devido à queda nos spreads derivados do câmbio de mix para segmentos de menor risco. Essa evolução foi compensada pela melhoria associada ao custo de crédito, o que levou sem margem de juros sem provisões a crescer 11,5% no ano. Comissões líquidas Variação 2014 2013 absoluta % 2012 Comissões por serviços 5.827 5.851 (24) (0,4) 6.217 Fundos de investimento e pensão 913 831 81 9,8 903 Serviços de títulos 763 655 108 16,4 678 Seguros 2.193 2.284 (91) (4,0) 2.326 Comissões líquidas 9.696 9.622 74 0,8 10.125 106

INFORMAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO Despesas totais Eficiência % Continuando com a evolução dos resultados, as comissões alcançaram 9,696 bilhões de euros, com aumento de 0,8%, ou 5,4% sem o efeito das taxas de câmbio. Essa linha foi afetada pela queda na atividade em alguns mercados, devido ao ambiente econômico, e por impactos regulatórios que afetaram alguns países nos segmentos de seguros e cartões por limites nas taxas de intercâmbio. Em detalhe, o melhor comportamento é visto nos fundos de investimento, de títulos e custódia, de assessoria e direção e de operações, e de câmbio de moedas. A somatória da margem de juros e comissões aumentou 7,9% sem taxa de câmbio, e representou 92% da receita total do Grupo (91% em 2013). Os resultados de operações financeiras tiveram queda de 18,5% devido à queda nos resultados obtidos na atividade de banco de atacado e na gestão da carteira de ativos e passivos. Os outros resultados operacionais chegaram a 519 milhões de euros, um aumento de 136 milhões e 35,5%. Esse crescimento é o resultado líquido dos seguintes movimentos: aumento de 57 milhões nos rendimentos de instrumentos de capital; aumento de 119 milhões em outros produtos e custos operacionais, fundamentalmente pelo aumento na geração de operações de leasing nos Estados Unidos; e queda de 39 milhões nos resultados de equivalência patrimonial, devido ao menor perímetro no negócio de gestão de ativos. As despesas totais tiveram queda de 0,6% em comparação a 2013. Sem o impacto das taxas de câmbio, o incremento teria sido de 3,0% ou de 2,2% sem perímetro, um crescimento inferior em mais de um ponto porcentual em relação à taxa de inflação média nas regiões onde o Grupo atua (3,6%). Esse é o resultado do plano trienal de eficiência e produtividade anunciado no fim de 2013, o qual levou a uma economia de 1,1 bilhão de euros no seu primeiro ano. Parte dessas economias foi usada como investimento para aumentar a produtividade do negócio. Despesas totais Variação 2014 2013 absoluta % 2012 Despesas de pessoal 10.213 10.276 (63) (0,6) 10.474 Outras despesas administrativas 7.568 7.482 86 1,1 7.570 Tecnologia e sistemas 936 985 (49) (4,9) 877 Comunicações 489 540 (51) (9,5) 660 Publicidade 654 637 17 2,7 669 Imóveis e instalações 1.775 1.815 (40) (2,2) 1.750 Impressos e suprimentos 155 169 (13) (7,8) 167 Despesas tributárias 460 458 2 0,5 422 Outras despesas 3.098 2.879 219 7,6 3.025 Despesas administrativas 17.781 17.758 23 0,1 18.044 Amortizações 2.257 2.400 (143) (6,0) 2.193 Despesas totais 20.038 20.158 (120) (0,6) 20.236 107

INFORMAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO Provisões para perdas com créditos Custo do crédito % Os comportamentos foram diferenciados por unidade: Um primeiro bloco formado pelas unidades envolvidas em processos de integração (Espanha e Polônia) ou reestruturação (Portugal), que apresentaram reduções nominais. O Brasil também apresentou uma evolução excelente, o que demonstra o esforço que está sendo realizado de acordo com o plano de melhoria da eficiência, refletido no aumento nominal de 1,0% (-0,6% sem perímetro) frente a uma inflação superior a 6%. Em um segundo bloco, o Reino Unido está compatibilizando investimentos em seu plano de transformação digital, comercial e em agências com melhora da eficiência, o mesmo que no Chile. Por último, maiores aumentos no México e Argentina, por seus planos de expansão ou de melhoria da capacidade comercial, e nos Estados Unidos, imerso em um processo de melhora franquia do Santander Bank e de adaptação às exigências regulatórias, com aumento de 7,6%. A evolução das receitas e despesas reflete uma melhora na eficiência de um ponto percentual no ano, situando-se em 47%, uma taxa que se compara muito favoravelmente aos principais concorrentes europeus e norte-americanos. Consequentemente, a margem líquida foi de 22,574 bilhões de euros, aumento de 3,7% em comparação a 2013 (+9,1% sem impacto da taxa de câmbio). As provisões para perdas com créditos situam-se em 10,562 bilhões de euros, 14,4% abaixo do resultado do anterior. Sem a taxa de câmbio, a queda das provisões teria sido de 10,5%. Por unidade, as principais reduções foram registradas no Reino Unido ( 45,7%), Espanha (-27,6%), Brasil (-17,7%) e Portugal (-35,7%) pela melhoria na situação macroeconômica e pela gestão do balanço. Nas demais grandes unidades, o único aumento significativo foi registrado nos EUA devido às maiores provisões realizadas pelo SCUSA, em parte pelo aumento no volume de atividade registrado após o acordo com a Chrysler. Por outro lado, as linhas de perda de valor de outros ativos e outros resultados são negativas em 2,292 bilhões de euros (2,059 bilhões no exercício anterior). Ganhos de operações e saneamentos líquido de impostos 108

INFORMAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO Provisões para perdas com créditos Para créditos Para risco-país Ativos em suspenso recuperados Total 2014 11.922 (24) (1.336) 10.562 2013 13.405 2 (1.068) 12.340 Variação absoluta (1.483) (26) (268) (1.778) % (11,1) 25,1 (14,4) 2012 15.497 (2) (1.974) 13.521 Finalmente, o resultado antes de impostos é de 9,720 milhões de euros, 32,0% acima de 2013. Após considerar impostos, operações interrompidas e participações minoritárias, o lucro atribuível tem aumento de 39,3%, atingindo 5,816 bilhões de euros (49,3% sem o impacto das taxas de câmbio). O lucro por ação de 2014 é de 0,48 euros (24,4% acima do ano passado), cuja evolução foi afetada pelo aumento do número de ações realizado para atender o pagamento de importâncias equivalentes aos dividendos para acionistas que optaram por receber ações do Santander. O RoE (lucro atribuível à Controladora sobre o resultado de fundos próprios mais ajustes por avaliação) se situa em 7,0% e o RoTE em 11,0%, em ambos os casos considerando efetivo o aumento de capital realizado como se tivesse sido feito durante todo o exercício. Por outro lado, o RoRWA teve queda de 1,3%. Em todos os casos melhoram sobre os resultados do exercício anterior. Lucro líquido Lucro por ação Euros (*) Lucro líquido ajustado à entrada em vigor com caráter retroativo da interpretação da normativa contábil internacional CINIIF 21. ROTE* % (*) RoTE: Lucro líquido atribuído ao Grupo / (cifra média de capital + reservas + lucro retido + ajustes por valoração ágio outros intangíveis). Em 2014, proforma considerando o aumento de capital de janeiro de 2015. 109

INFORMAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO Balanço Variação Ativo 2014 2013 absoluta % 2012 Caixa e depósitos em bancos centrais 69.428 77.103 (7.675) (10,0) 118.488 Ativos financeiros para negociação 148.888 115.309 33.579 29,1 177.917 Instrumentos de dívida 54.374 40.841 13.533 33,1 43.101 Crédito a clientes 2.921 5.079 (2.158) (42,5) 9.162 Instrumentos de patrimônio 12.920 4.967 7.953 160,1 5.492 Derivativos 76.858 58.920 17.938 30,4 110.319 Empréstimos em instituições de crédito 1.815 5.503 (3.688) (67,0) 9.843 Outros ativos financeiros avaliados pelo seu valor justo 42.673 31.441 11.232 35,7 28.356 Crédito a clientes 8.971 13.255 (4.285) (32,3) 13.936 Outros (empréstimos em instituições de crédito, instrumentos de dívida e instrumentos de patrimônio) 33.702 18.185 15.517 85,3 14.420 Ativos financeiros disponíveis para venda 115.251 83.799 31.452 37,5 92.339 Instrumentos de dívida 110.249 79.844 30.406 38,1 87.797 Instrumentos de patrimônio 5.001 3.955 1.046 26,4 4.542 Empréstimos e recebíveis 781.635 731.420 50.216 6,9 770.349 Empréstimos em instituições de crédito 51.306 57.178 (5.872) (10,3) 54.817 Crédito a clientes 722.819 666.356 56.463 8,5 708.473 Instrumentos de dívida 7.510 7.886 (376) (4,8) 7.059 Participações 3.471 3.377 93 2,8 2.427 Ativos tangíveis e intangíveis 26.109 18.137 7.972 44,0 17.346 Ágio 27.548 24.263 3.284 13,5 25.652 Outros ativos 51.293 49.279 2.014 4,1 50.005 Total ativo 1.266.296 1.134.128 132.168 11,7 1.282.880 Passivo e patrimônio líquido Passivos financeiros para negociação 109.792 94.695 15.097 15,9 143.244 Depósitos de clientes 5.544 8.500 (2.956) (34,8) 8.897 Obrigação por emissão de títulos 1 (1) (100,0) 1 Derivativos 79.048 58.910 20.138 34,2 109.746 Outros 25.200 27.285 (2.085) (7,6) 24.600 Outros passivos financeiros avaliados pelo seu valor justo 62.318 42.311 20.007 47,3 45.418 Depósitos de clientes 33.127 26.484 6.644 25,1 28.638 Obrigação por emissão de títulos 3.830 4.086 (255) (6,3) 4.904 Depósitos captados junto à bancos centrais e à instituições de crédito 25.360 11.741 13.619 116,0 11.876 Passivos financeiros avaliados pelo custo amortizado 961.053 880.115 80.937 9,2 971.659 Depósitos captados junto à bancos centrais e à instituições de crédito 122.437 92.390 30.047 32,5 134.467 Depósitos de clientes 608.956 572.853 36.103 6,3 589.104 Obrigação por emissão de títulos 193.059 182.234 10.825 5,9 210.577 Passivos subordinados 17.132 16.139 993 6,2 18.238 Outros passivos financeiros 19.468 16.499 2.969 18,0 19.273 Contratos de seguros passivos 713 1.430 (717) (50,2) 1.425 Provisões 15.376 14.599 776 5,3 16.019 Outros passivos 27.331 20.680 6.651 32,2 23.369 Total passivo 1.176.581 1.053.830 122.752 11,6 1.201.133 Recursos próprios 91.664 84.479 7.185 8,5 81.268 Capital 6.292 5.667 625 11,0 5.161 Reservas 80.026 75.044 4.982 6,6 74.475 Lucro líquido atribuível à Controladora 5.816 4.175 1.641 39,3 2.283 Menos: dividendos e remunerações (471) (406) (64) 15,8 (650) Ajustes de avaliação (10.858) (14.153) 3.295 (23,3) (9.471) Participação de acionistas não controladores 8.909 9.972 (1.063) (10,7) 9.950 Patrimônio líquido total 89.714 80.298 9.416 11,7 81.747 Total passivo e patrimônio líquido 1.266.296 1.134.128 132.168 11,7 1.282.880 110

INFORMAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO Balanço do Grupo Santander Crescimento generalizado em crédito e recursos em 2014: No crédito, aumento nos 10 mercados chave, exceto Portugal, com destaque para os países da América Latina. Em recursos, também crescimento geral, com maior foco no custo dos depósitos e na comercialização de fundos de investimento. O índice de créditos líquidos / depósitos do Grupo é de 113% (112% em dezembro de 2013). O índice CET1 fully loaded atingiu 9,7% depois do aumento de capital realizado em janeiro de 2015. O índice de capital total fully loaded é de 11,8%. Em 31 de dezembro de 2014, o total de negócios geridos e comercializados pelo Grupo Santander totalizou 1,428 trilhão de euros, dos quais 89% (1,266 trilhão) correspondem a ativos do balanço, e o restante a fundos de investimento, fundos de pensão e ativos sob gestão. As variações nas taxas de câmbio das moedas em que o Grupo opera tiveram impacto significativo na evolução dos saldos no ano. Dessa forma, considerando as taxas de câmbio finais, com valorização de 14% do dólar americano, 7% da libra e em torno de 1% do real brasileiro e do peso mexicano, enquanto o peso chileno e o argentino desvalorizaram 2% e 13%, respectivamente, e o zloty polonês 3%. Isso levou a uma incidência positiva de 3-4 pontos percentuais nas variações de créditos e recursos de clientes na comparação ao ano anterior. Por outro lado, no crédito, existe um efeito de perímetro positivo, inferior a um ponto percentual, decorrente das incorporações da financeira El Corte Inglés e do negócio da GE nos países nórdicos, ambas na unidade Santander Consumer Finance. Distribuição dos ativos totais Dezembro 2014 Resto América Latina: 3% Chile: 3% México: 4% Resto: 4% EUA: 8% Espanha: 25% Brasil: 12% Portugal: 3% Polônia: 2% Reino Unido: 28% Alemanha: 3% Ativ. imob. Espanha: 1% Resto Europa: 4% Crédito a clientes O crédito bruto a clientes do Grupo atingiu 761,928 bilhões de euros no final de dezembro, com alta de 7% no ano. Sem considerar o efeito das variações das taxas de câmbio e eliminando aquisições temporárias de ativos (ATAs), o crescimento dos saldos foi de 5%, com um avanço sustentável em todos os trimestres do ano. A seguir detalha-se as variações por regiões em 2014: Na Europa continental, evolução desigual por unidades. Reduções em Portugal, atualmente afetada pela baixa demanda por crédito; e na Atividade Imobiliária Descontinuada na Espanha, pela manutenção da estratégia de redução desse tipo de risco. Por outro lado, houve crescimento no Santander Consumer Finance, em parte favorecido pelo perímetro; na Polônia, com boa evolução em produtos e segmentos; e na Espanha, invertendo a tendência dos últimos ano com o aumento do crédito em empresas e administrações públicas. Crédito a clientes Variação 2014 2013 absoluta % 2012 Crédito à Administrações Públicas Espanholas 17.465 13.374 4.091 30,6 16.884 Crédito a outros setores residentes 154.905 160.478 (5.572) (3,5) 183.130 Carteira comercial 7.293 7.301 (8) (0,1) 8.699 Crédito com garantia real 96.426 96.420 6 0,0 103.890 Outros créditos 51.187 56.757 (5.570) (9,8) 70.540 Crédito ao setor não residente 589.557 537.587 51.970 9,7 558.572 Crédito com garantia real 369.266 320.629 48.637 15,2 339.519 Outros créditos 220.291 216.958 3.333 1,5 219.052 Créditos a clientes (bruto) 761.928 711.439 50.489 7,1 758.586 Provisões para perdas - crédito 27.217 26.749 468 1,7 27.014 Créditos a clientes (líquido) 734.711 684.690 50.021 7,3 731.572 Promemoria: Ativos Duvidosos 40.424 41.088 (664) (1,6) 36.002 Administração Pública 167 99 68 69,1 121 Outros setores residentes 19.951 21.763 (1.812) (8,3) 16.025 Não residentes 20.306 19.226 1.080 5,6 19.856 111

INFORMAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO Na Espanha (excluindo a unidade de Atividade Imobiliária Descontinuada), o crédito bruto a clientes, descontando aquisições temporárias de ativos, subiu 2% com o seguinte detalhamento: O crédito a pessoas físicas totalizou 59,746 bilhões de euros, dos quais 47,333 bilhões representaram crédito imobiliário para a compra de imóveis residenciais. Essa carteira representa as linhas de financiamentos para a compra do primeiro imóvel residencial das famílias, com uma forte concentração nos tranches mais baixos do loan to value (73% com LTV inferior a 80%). No ano, o saldo do crédito imobiliário registrou queda de 6%, uma vez que o forte aumento de 64% na produção não compensou as amortizações realizadas. Os empréstimos concedidos diretamente a PMEs e pessoas jurídicas sem finalidade imobiliária, e que totalizaram 86,459 bilhões de euros, constituíram o item mais relevante dentro das operações de crédito, representando 53% do total. Seu crescimento no ano atingiu 5%, favorecido pelo plano especial para a promoção do segmento de PMEs. O crédito a administrações públicas espanholas registrou crescimento considerável no exercício, devido ao aumento do financiamento, tanto à Administração Central como a Corporações Locais e Administrações Autônomas, em virtude da participação em operações corporativas, como do financiamento do chamada déficit tarifário elétrico. Em Portugal, houve queda de 5% em relação ao mesmo período do ano anterior, devido ao ambiente de desalavancagem do país, o que levou o Santander Totta a ganhar participação de mercado em pessoas físicas e jurídicas. Quanto a esses dois últimos itens, os saldos em construção e imobiliário, que representam menos de 2% dos créditos a clientes no país, tiveram queda de 27%. Na Polônia, o crédito registrou alta de 7% no ano em moeda local, com crescimento generalizado por produtos e segmentos. Destaque para PMEs (+11%) e grandes empresas, segmento em processo de desenvolvimento no país, que teve alta de 32%, porém sobre uma base pequena. No Santander Consumer Finance, os saldos aumentaram 9%, com comportamentos diferentes por países. Dessa forma, em suas respectivas moedas locais, a Alemanha, que representou quase 50% do crédito da área, manteve saldos estáveis, na Polônia houve crescimento de 6%, e nos Países Nórdicos e na Espanha os aumentos foram de 48% e 32%, respectivamente, ambos favorecidos pelo efeito de perímetro. Em Portugal e na Itália foi mantido o ajuste da carteira. A nova produção em 2014 teve expansão de 14% em relação ao mesmo período de 2013. Em sua composição por produtos, aumentos significativos no crédito direto, cartões e veículos novos, que continuam a manter uma evolução melhor do que o setor. Por fim, o crédito líquido incluído na unidade de Atividade Imobiliária Descontinuada na Espanha totalizou 3,787 bilhões de euros, com uma redução no ano de 1,948 bilhões, representando 34%. No Reino Unido, o saldo de crédito a clientes registrou alta de 3% em libras no ano. Em critério local, crescimento de 1% no crédito imobiliário e de 8% em empréstimo a pessoas jurídicas. A América Latina registrou aumento de 12% frente ao ano anterior em moeda constante, com avanços importantes em todos os países: Brasil (+10%), México (+18%), Chile (+8%), Argentina (+23%), Uruguai (+17%) e Peru (+28%). Crédito a clientes (bruto) Bilhões de euros Créditos a clientes % sobre áreas operacionais. Dezembro 2014 EUA: 9% Resto América Latina: 2% Chile: 4% Espanha: 22% México: 4% Brasil: 10% Portugal: 3% Polônia: 2% Alemanha: 4% Ativ. imob. Espanha: 1% Resto Europa: 5% Reino Unido: 34% (*) Sem efeito do tipo de cambio: +3,3% 112

INFORMAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO Gestão de risco de crédito* Ativos inadimplentes e duvidosos Índice de inadimplência (%) Provisões Específicas Coletivas Índice de cobertura (%) Custo de crédito (%) ** 2014 41.709 5,19 28.046 21.784 6.262 67,2 1,43 2013 42.420 5,61 27.526 22.433 5.093 64,9 1,69 Variação absoluta (711) (0,42 P.) 520 (650) 1.170 2,3 P. (0,26 P.) % (1,7) 1,9 (2,9) 23,0 2012 36.761 4,55 27.704 22.213 5.491 75,4 2,38 * Não considera risco país ** Provisões para perdas com créditos 12 meses / carteira de crédito média Nota: Índice de inadimplência: Ativos inadimplentes e duvidosos/carteira de Crédito com garantias e avais Por fim, alta de 4% em dólares nos Estados Unidos, relacionada às securitizações e vendas de ativos realizadas no segundo semestre do ano (+7% excluindo esse efeito). Em termos de unidades, o Santander Bank registrou crescimento de 1% (6% excluindo vendas de ativos), o SCUSA elevou seus saldos em 13%, favorecido pela aliança estratégica com a Chrysler, e em Porto Rico houve redução de 16% dentro do ambiente de redução da alavancagem do setor. Com esta evolução, no final de 2014, a Europa continental representou 37% dos créditos líquidos a clientes do Grupo (22% na Espanha), o Reino Unido 34%, a América Latina 20% (10% no Brasil) e os Estados Unidos representaram os 9% restantes. Riscos As entradas em mora líquidas atingiram 9,652 bilhões de euros, excluindo os efeitos de perímetro e taxas de câmbio, uma redução de 51% em relação ao exercício anterior, com quedas generalizadas em todas as regiões. Destaque para Espanha, Portugal, Polônia, Reino Unido e Chile. Os ativos inadimplentes e duvidosos apresentaram redução de 711 milhões de euros no ano, atingindo 41,709 bilhões no final de 2014. Esse saldo, aliado aos níveis atuais de investimento, situaram a taxa de inadimplência do Grupo em 5,19%, representando a primeira redução anual (-42 pontos-base) desde o início da crise. Para cobrir essa inadimplência, foi contabilizado no balanço um fundo total para créditos de liquidação duvidosa de 28,046 bilhões de euros, dos quais 6,262 bilhões correspondem a fundos para provisões coletivas. O fundo total teve um discreto aumento no ano (+2%), o que, aliado à redução dos riscos de atrasos, permitiu registrar cobertura de 67% no final do exercício (65% em dezembro de 2013). Inadimplência e cobertura. Total Grupo % Inadimplência e cobertura. Principais unidades % 113

INFORMAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO O custo do crédito (expresso como o percentual representado por provisões para perdas com crédito dos últimos doze meses em relação à média das operações de crédito no mesmo período) atingiu 1,43% (1,69% em dezembro de 2013). Excluindo SCUSA, que pelo tipo de operação tem um nível elevado de provisões e recuperações, o custo do crédito atingiu 1,15%, frente a 1,53% em dezembro de 2013. As informações mais detalhadas sobre a evolução do risco de crédito, dos sistemas de controle e acompanhamento ou dos modelos internos de risco para o cálculo de provisões estão incluídas no capítulo específico de Gestão do Risco deste relatório. Recursos de clientes sob gestão e comercializados O total de recursos de clientes sob gestão, incluindo fundos de investimento, fundos de pensão e ativos sob gestão, atingiu 1,023 trilhões de euros, com alta de 8% em relação a dezembro de 2013. Excluindo o impacto das taxas de câmbio, o aumento foi de 5%. A estratégia adotada de forma geral é crescer em contas à vista, reduzir passivos caros e comercializar fundos de investimento. O resultado foi um aumento de 9% nas contas à vista (com alta nas dez unidades principais), redução de 5% nas contas a prazo e crescimento de 18% em fundos de investimento. Considerando esses conceitos, isto é, o agregado de depósitos excluindo as cessões temporárias de ativos (CTAs) e fundos de investimento, o aumento foi de 9% (+6% excluindo o impacto das taxas de câmbio). Em termos de regiões geográficas, a Europa continental mostrou a seguinte evolução por unidades principais: Na Espanha, o total de recursos aumentou 5% na comparação com dezembro de 2013. O país é um exemplo claro da estratégia adotada no ano: aumento de 25% em contas à vista e de 28% em fundos de investimento, consolidando a liderança do Grupo Santander em fundos imobiliários. Por outro lado, os saldos a prazo tiveram queda de 22%. Em Portugal, o total de recursos registrou crescimento de 5% (+4% de depósitos de clientes sem CTAs e +21% dos fundos de investimento). Destaca-se o forte aumento das contas à vista, ao passo que as contas a prazo mantiveram os mesmos saldos do final de 2013. Na Polônia, e em moeda local, houve alta de 12% nos depósitos e sem variação nos fundos de investimento, totalizando um crescimento conjunto de 10%. Por fim, o Santander Consumer Finance registrou redução de 2% nos depósitos, em virtude da política de redução dos saldos de maior custo na Alemanha, que representaram 81% dos depósitos da área. No Reino Unido, os depósitos de clientes sem cessões (em libra) aumentaram 3%, devido à estratégia de substituição de depósitos caros e menos estáveis pelos que oferecem uma maior oportunidade de vinculação. Nesse sentido, as contas à vista cresceram 24% em 2014, devido ao aumento em contas correntes impulsionado pelo bom desempenho da comercialização dos produtos da gama 1 2 3, que compensaram a redução dos saldos a prazo. Enquanto isso, os fundos de investimento caíram 8% no ano. Na América Latina, houve aumento de 14% em moeda constante no total de depósitos sem cessões temporárias mais os fundos de Recursos de clientes sob gestão e comercializados Bilhões de euros Recursos de clientes sob gestão e comercializados % sobre áreas operacionais. Dezembro 2014 TOTAL Outros Empréstimos e passivo subordinados +8,2%* +19,0% +5,7% Resto América Latina: 3% Chile: 4% México: 5% EUA: 7% Espanha: 25% Depósitos +6,5% Brasil: 15% Portugal: 3% Polônia: 3% Alemanha: 3% Resto Europa: 2% Reino Unido: 30% (*) Sem efeito de tipo de cambio: +5,0% 114

INFORMAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO Recursos de clientes sob gestão e comercializados Variação 2014 2013 absoluta % 2012 Administrações Públicas residentes 9.349 7.745 1.604 20,7 8.487 Outros setores residentes 163.340 161.649 1.691 1,0 157.011 Vista 88.312 74.969 13.343 17,8 71.526 Prazo 67.495 80.146 (12.650) (15,8) 75.414 Outros 7.532 6.535 998 15,3 10.071 Setor não residente 474.939 438.442 36.497 8,3 461.141 Vista 273.889 230.715 43.175 18,7 228.698 Prazo 151.113 161.300 (10.187) (6,3) 179.503 Outros 49.937 46.427 3.509 7,6 52.940 Depósitos de clientes 647.628 607.836 39.791 6,5 626.639 Obrigação por emissão de títulos* 196.890 186.321 10.569 5,7 215.482 Passivos subordinados 17.132 16.139 993 6,2 18.238 Recursos de clientes em balanço 861.649 810.296 51.354 6,3 860.359 Fundos de investimento 124.708 103.967 20.741 19,9 100.709 Fundos de pensão 11.481 10.879 602 5,5 10.076 Patrimônios administrados 25.599 21.068 4.531 21,5 18.952 Outros recursos de clientes sob gestão e comercializados 161.788 135.914 25.873 19,0 129.737 Recursos de clientes sob gestão e comercializados 1.023.437 946.210 77.227 8,2 990.096 (*).- Inclui notas promissórias de varejo (milhões de euros): 274 em dezembro 2014, 3.553 em dezembro 2013 e 11.536 em dezembro 2012 investimento. Em sua composição: Brasil registrou alta de 12%; México, 13%; Chile, 17%; Argentina, 37%; Uruguai, 18%; e Peru, 32%. Por fim, nos Estados Unidos a somatória de depósitos sem cessões temporárias e fundos de investimento apresentou alta de 6%. No detalhamento, os depósitos aumentaram 5% e seguem uma trajetória de melhoria em sua composição e custo similar ao apresentado por outras unidades (à vista: +7%; a prazo: -10%). Ao mesmo tempo, os fundos de investimento aumentaram 79% sobre uma base pequena. Além dos avanços anteriores, os fundos de pensão registraram crescimento de 5% na Espanha e de 7% em Portugal, únicos países em que esse produto é comercializado. Em 2014, foram realizadas emissões de dívida sênior a médio e longo prazo no valor de 26,423 bilhões de euros e de cédulas hipotecárias de 7,711 bilhões de euros. Destaques: a colocação do Santander Totta no valor de 1,750 bilhão de euros em duas emissões de covered bonds hipotecários, depois de quatro anos sem presença no mercado de covered bonds internacional; a emissão sênior de 1,5 bilhão de euros realizada no mercado europeu pelo Banco Santander S.A. no primeiro trimestre; as operações do Santander UK no mês de setembro, colo- Créditos / depósitos. Total Grupo % Em termos dos segmentos mais importantes, a Europa continental representa 36% dos recursos sob gestão e comercializados de clientes (25% correspondem à Espanha), Reino Unido 30%, América Latina 27% (15% no Brasil) e Estados Unidos os 7% restantes. Em conjunto com a captação de depósitos de clientes, o Grupo Santander considera estratégico manter uma política seletiva de emissão nos mercados internacionais de renda fixa, buscando adaptar a frequência e o volume de operações de mercado às necessidades estruturais de liquidez de cada unidade, bem como à receptividade de cada mercado. 115

INFORMAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO Fundos de investimento sob gestão e comercializados Variação 2014 2013 absoluta % 2012 Espanha 42.183 33.104 9.078 27,4 26.720 Portugal 1.276 1.050 226 21,5 1.544 Polônia 3.430 3.525 (96) (2,7) 2.460 Reino Unido 9.524 9.645 (122) (1,3) 13.919 América Latina 66.657 55.835 10.821 19,4 54.606 EUA 1.640 807 833 103,3 1.460 Total 124.708 103.967 20.741 19,9 100.709 cando a dívida sênior no mercado norte-americano no valor de 1,5 bilhão de dólares e covered bonds no mercado europeu por 1,5 bilhão de euros; a emissão em novembro por parte de Banco Santander S.A. Espanha de uma cédula hipotecária em duas tranches no valor agregado de 3 bilhões e prazos de 10 e 20 anos, respectivamente, o maior prazo de uma cédula desde o início da crise; e a dívida sênior emitida pelas diversas unidades europeias do Santander Consumer Finance no valor total de 4,571 bilhões de euros nos mercados locais em que operam. Em termos de atividade de securitização, as filiais do Grupo realizaram colocações de diversas securitizações no mercado durante o ano de 2014, somando um total de 13,391 bilhões de euros, principalmente por meio de unidades de financiamento ao consumo. Essa atividade de emissão demonstra a capacidade de acesso do Grupo Santander aos diferentes segmentos de investidores institucionais por meio de mais de dez unidades com capacidade de emissão, inclusive a matriz, Banco Santander, S.A., e as principais filiais nos países em que atua. Tudo isso reafirma a política de filiais autônomas em liquidez do Grupo, de forma que cada uma adapte sua política de emissão à evolução de seu balanço. Por outro lado, em 2014, ocorreram em todo o Grupo vencimentos e amortizações de dívida a médio e longo prazo no montante de 33,765 bilhões de euros, compostos da seguinte forma: dívida sênior totalizando 20,111 bilhões de euros; cédulas hipotecárias com 10,175 bilhões de euros; subordinadas com 1,731 bilhão de euros; e preferenciais com 1,749 bilhão de euros. A evolução do crédito e dos recursos levou o índice de crédito / depósitos a atingir 113% em dezembro, dentro da zona de conforto do Grupo (em torno de 120% ou menos). Por sua vez, o índice de depósitos mais financiamento de médio / longo prazo sobre créditos atingiu 116%, mostrando a estrutura confortável de financiamento. Em termos de financiamentos provenientes de bancos centrais, o Grupo participou em 2014 dos leilões de liquidez de longo prazo condicionados ao volume e evolução do crédito não imobiliário Fundos de pensão sob gestão e comercializados Variação 2014 2013 absoluta % 2012 Espanha 10.570 10.030 539 5,4 9.289 Portugal 911 848 63 7,4 787 Total 11.481 10.879 602 5,5 10.076 116

INFORMAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO (TLTRO) realizados pelo Banco Central Europeu. No total dos dois leilões, foi obtida uma liquidez de 8,200 bilhões de euros, por meio dos bancos da Espanha, Portugal e SCF. Outras rubricas do balanço O total de ágio atingiu 27,548 bilhões de euros, com aumento de 3,284 bilhões em 2014 por conta da saída à bolsa do SCUSA, as incorporações da Getnet e do negócio da GE nos países nórdicos, e em virtude da evolução das taxas de câmbio, principalmente do dólar americano e da libra. Os ativos financeiros disponíveis para venda totalizaram 115,251 bilhões de euros, um número que representa um aumento de 31,452 bilhões e 38% sobre o contabilizado no final do ano passado, devido aos aumentos das posições da dívida da Espanha, Portugal, Reino Unido, Brasil e Estados Unidos. Os derivativos de negociação totalizaram 76,858 bilhões de euros no ativo e 79,048 milhões no passivo, com altas em comparação ao mesmo período do ano anterior, devido à queda nas taxas na curva de longo prazo. Recursos próprios e índices de solvência O total de fundos próprios, depois de lucros retidos, chegou a 91,664 bilhões de euros, com crescimento de 7,185 bilhões (9%) no ano. Durante 2014, ocorreram diversas emissões de ações ordinárias para atender aos acionistas que optaram por receber o valor equivalente aos sucessivos dividendos em ações nos programas Santander Dividendo Elección. Dessa forma, em função dos quatro scrip dividend realizados no ano, dois para o terceiro e o quarto dividendos de 2013 e os outros dois para o primeiro e segundo de 2014, foi emitido um total de 880.057.105 ações, com um percentual de aceitação total de 87,1%. Patrimônio líquido e capital com natureza de passivo financeiro Variação 2014 2013 absoluta % 2012 Capital 6.292 5.667 625 11,0 5.161 Prémio de emissão 38.611 36.804 1.807 4,9 37.302 Reservas 41.425 38.248 3.177 8,3 37.460 Valores próprios (10) (9) (1) 11,1 (287) Lucro atribuído 5.816 4.175 1.641 39,3 2.283 Menos: dividendos e remunerações (471) (406) (64) 15,8 (650) Fundos próprios 91.664 84.479 7.185 8,5 81.268 Ajustes de avaliação (10.858) (14.153) 3.295 (23,3) (9.471) Recursos próprios 80.806 70.326 10.480 14,9 71.797 Participação de acionistas não controladores 8.909 9.972 (1.063) (10,7) 9.950 Patrimônio líquido 89.714 80.298 9.416 11,7 81.747 Participações preferenciais em passivos subordinados 6.978 4.053 2.925 72,2 4.740 Patrimônio líquido e capital com natureza de passivo financeiro 96.692 84.351 12.341 14,6 86.487 117