Uso Racional de Antibióticos

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Transcrição:

Uso Racional de Antibióticos ticos O que háh de novo Denise Marangoni UFRJ

Uso Racional de Antibiótico tico Indicação Finalidade Condições do paciente Fatores da infecção Fatores do antibiótico tico

O O futuro dos antibióticos ticos está em nossas mãos. Estamos desenvolvendo tecnologias genética, química e microbiológica que podem levar à descoberta de novos compostos ou ao aumento da produção dos jáj conhecidos. Entretanto, vamos continuar mantendo o ciclo atual - novas drogas, novas emergências de espécies resistentes - ou aprenderemos com o passado a aceitar limites racionais de uso, que minimizem a propagação de espécies resistentes, preservando intactos os benefícios terapêuticos?? Davies J. J Infec Dis,, 4: 636, 1979.

A A resposta dos micróbios à ameaça a de extinção tem sido encontrar caminhos genéticos e bioquímicos evolutivos que levaram ao desenvolvimento de resistência a todo agente antimicrobiano usado.. O resultado é um grande pool de determinantes de resistência no ambiente. Julian Davies e Vera Webb. Antibiotic resistance in bacteria. In Krause RM, ed. Emerging Infections.. San Diego, CA: Academic Press; ; 1998 :239-273. 273.

Resistência X Desenvolvimento de Novos Antibióticos A capacidade bacteriana para resistir aos antibióticos é mais ágil do que a capacidade humana para desenvolver novos antibióticos.

Como Enfrentar a Resistência? Monitorar os microrganismos Evitar a disseminação dos MMR Usar racionalmente os antibióticos ticos Desafio

Uso Racional de Antibiótico tico Evitar o uso desnecessário Tempo de uso mais curto possível Posologia de acordo com a farmacocinética e farmacodinâmica Escolha empíric rica a adequada Ajuste após s cultura

Uso Desnecessário Sem indicação Associações desnecessárias Tempo prolongado

Sem Indicação de AntibiA ntibióticotico Infecções respiratórias rias altas da comunidade Imagens pulmonares que não pneumonias Bacteriúria ria assintomática tica clássica da comunidade relacionada com cateter vesical Diarreias Colonização

Associações de antibióticos Exemplos mais freqüentes Para aumentar o espectro Infecções por aeróbios e anaeróbios Esquema inicial empírico em infecções graves que podem ser causadas por Gram-positivos ou negativos, sensíveis ou resistentes Para sinergismo em infecções de difícil tratamento Infecção em prótese

B-lactâmico X B-lactâmico+aminoglicosídeo Meta-an análise BMJ march 2004 Paul et al 64 estudos 7568 pacientes 1835 Infecções por BGN 426 P. aeruginosa Sem diferença a na Mortalidade Sem evidência de menor surgimento de R Toxicidade maior

Tempo Curto de AntibiA ntibióticotico Infecções respiratórias rias Infecções intra-abdominais abdominais Profilaxia cirúrgica rgica

Terapia de curta duração para PAV Estudo duplo-cego randomizado multicêntrico prospectivo de terapias de 8 dias (n=197) vs. 15 dias (n=204) para pacientes com PAV (cultura quantitativa) e terapia inicial adequada Mortalidade similar em 28 dias, taxas de recorrência similar, mais dias livres de antibióticos ticos na terapia de curta duração (P<.001)( Tendência à maior falência microbiológica para BGN não- fermentadores na terapia de curta duração (40.6% vs 25.4%, P=.06) Nas infecções recorrentes, menos patógenos MDR na terapia de 8 dias (42.1% vs 62%, P=.04) Chastre J et al. JAMA. 2003;290:2588-2598. 2598.

Protocolo para tratamento de PAV Estudo prospectivo tipo após s e antes (n=102) APACH-II e CPIS sem diferença a entre os grupos Objetivos avaliados: Início empírico adequado (94,2% x 48% p<0,001) Duração menor do tratamento (8,6+5,1 dias x 14,8+8,1 8,1 dias p<0,001) Mortalidade hospitalar (sem diferença) Duração da internação na UTI e no hospital ( s/ difer.) Ocorrência menor de um 2 o episódio de PAV (7,7% x 24% p=0,03) Ibrahim EH et al Crit Care Med 2001;29:1109-1115. 1115.

Protocolo para tratamento de PAV Antibiótico tico empírico adequado: Vancomicina + Imipenem + Ciprofloxacina Reavaliação clínica e microbiológica em 24-48 48 horas retirada de 2 antibióticos: ticos: 61% retirada de 1 antibiótico: tico: 36,5% manutenção dos 3 antibióticos: ticos: 2% Duração de tratamento: 7 dias Ibrahim EH et al Crit Care Med 2001;29:1109-1115. 1115.

Importância do laboratório rio Isolar e dar o perfil de sensibilidade com rapidez e confiabilidade O resultado da maioria das culturas clínicas pode ser fornecida em até 48 horas Culturas de vigilância para pesquisa de MRSA, VRE e ESBL podem ser otimizadas Disponibilidade de biologia molecular em laboratório rio de referência

Terapia de curta duração Infecções Intra-abdominais abdominais Localizadas 1 a 3 dias Peritonites difusas 5 a 7 dias Infecções Respiratórias rias da Comunidade Esquemas de 3 a 7 dias com azitromicina e quinolonas da 4a geração Profilaxia Cirúrgica rgica Dose única a 1 dia Wittmann DH. Eur J Surg 1996; Suppl 576: 19-23 Guia Clinico Tratamento Antimicrobiano Curta Duração 2004

Uso Racional de Antibiótico tico Evitar o uso desnecessário Tempo de uso mais curto possível Posologia de acordo com a farmacocinética e farmacodinâmica Escolha empíric rica a adequada Ajuste juste após s cultura

Uso Racional de Antibiótico tico Evitar o uso desnecessário Tempo de uso mais curto possível Posologia de acordo com a farmacocinética e farmacodinâmica Escolha empíric rica a adequada Escolha após s cultura

Incidência de Antibioticoterapia Empírica Inadequada 80 Pacientes (%) 60 40 20 29.9 36.8 68.0 PN = pneumonia nosocomial VAP = pneumonia associada a VM 34.0 23.6 0 Ibrahim 1 (n=492) Leibovici 2 (n=3,413) Bacteremias Luna 3 (n=50) Alvarez-Lerma 4 ( n=430) PN/VAP Rello 5 (n=113) Ibrahim Chest 2000;118:146; Leibovici J Intern Med 1998;244:379; Luna Chest 1997;111:676; Alvarez-Lerma

Terapia Antibiótica tica Inadequada Definição Uso de antibiótico tico ao qual o microrganismo isolado é resistente Ausência de qualquer tratamento antibiótico tico Kollef MH. Clin Infect Dis 2000;31(suppl 4):S131-S138

Antibioticoterapia Empírica nas Pneumonias Hospitalares Alvarez-Lerma F. Intensive Care Med.1996;22:387.1996;22:387-94. 94. 530 pacientes = 565 episódios de VAP Antibiótico tico empírico inadequado = 34% aeruginosa - 31% dos episodios P. P.aeruginosa S. S.aureus - 18% Inadeq.. 37% Inadeq.. 29% 18% Inadeq Acinetobacter spp.-10% Inadeq.. 50%

Antibioticoterapia Inadequada Associada com Aumento de Mortalidade 60 Terapia Adequada Terapia Inadequada Mortalidade (%) 40 20 11.9 29.9 16.2 24.7 15.6 37.0 0 Ibrahim 1 (n=492) Alvarez-Lerma 2 (n=430) Rello 3 (n=113) Bacteremias PN / VAP Ibrahim Chest 2000;118:146; Leibovici J Intern Med 1998;244:379; Luna Chest 1997;111:676; Alvarez-Lerma

Antibioticoterapia Empírica na Sepse Garnacho-Montero J et al. Crit Care Med.2003;31:2742. 270 pacientes avaliados Antibiótico empírico inadequado = 17% Fatores de risco para mortalidade Antibiótico tico empírico inadequado: OR 8.1 FalenciaFalencia respiratória ria nas 1 as 24 horas: OR 3.1 Aumento Aumento do SOFA score nos 1os 3 dias: OR 1.4 SOFA SOFA score : : OR 1.3

Luna CM et al. Chest.. 1997;111:676-685. 685. 65 pacientes com suspeita clínica de VAP e BAL+ Antibiótico tico empírico inadequado = 68% Mortalidade - 91,2% Grupo Inadequado 37,5% Grupo Adequado p < 0,001 Mortalidade no grupo com ajuste após s BAL foi igual à no grupo que continuou inadequado.

Resistência na Comunidade

Infecções adquiridas na comunidade Fatores modificadores para resistência Gravidade da infecção ATB prévio Hospitalização recente Serviços de saúde Doença a subjacente

Pacientes Hospitalizados Fatores Modificadores da Etiologia Esperada e da Resistência Uso recente de antibióticos ticos duração Internação hospitalar recente - duração Proveniente de Internação domiciliar Proveniente de Casa de repouso Uso de dispositivos invasivos Comorbidades

Pacientes Hospitalizados Fatores Modificadores da Etiologia Esperada e da Resistência Uso previo de antibiótico tico - duração Tempo de hospitalização Perfil microbiológico da Unidade Internação em UTI tempo de permanência Dispositivos invasivos

Pacientes Hospitalizados Fatores Modificadores da Etiologia Esperada e da Resistência Uso previo de antibiótico tico - duração Tempo de hospitalização Perfil microbiológico da Unidade Internação em UTI tempo de permanência Dispositivos invasivos

P. aeruginosa Hospital Privado do RJ - Jul-Dez/97 CTI e Unid. Semi-Intens Intens. Antibióticos ticos A.Test Test. Sens. Ciprofloxacina 43 38% Aztreonam 43 58% Ceftazidima 43 58% Gentamicina 42 60% Amicacina 42 66% Ticarc/Clavul 42 66% Piperacilina 18 66% Imipenem 43 75% Unidade Pós-OperatP Operatóriaria Antibióticos ticos A.Test Test. Sens. Ciprofloxacina 19 90% Aztreonam 19 75% Ceftazidima 19 95% Gentamicina 19 95% Amicacina 19 100% Ticarc/Clavul 19 100% Piperacilina 18 100% Imipenem 19 100% INFECTO-Infec Infecções Hospitalares Assessoria Ltda.

UTI Hospital Privado RJ - Jan a Ago/03 K.peumoniae + P.aeruginosa + Acinetobacter sp Antibiótico tico % Sens Pip/Tazo 56 Ciproflox.. 38 Imipenem 59 Cefepima 50 Amicacina 57 Pip/Tazo + Imipenem 79% S Amica + Imipenem 77 Pip/Tazo + Amica 66 Imipenem + Cipro 66 Pip/Tazo + Cipro 63 Cefepima + Amica 59 Cipro + Amica 57 Infecto Infeccoes Hospitalares Assessoria Ltda

Protocolo para tratamento de VAP Estudo prospectivo tipo após s e antes (n=102) APACH-II e CPIS sem diferença a entre os grupos Resultados: - Início empírico adequado (94,2% x 48% p<0,001) - Duração menor do tratamento (8,6+5,1 dias x 14,8+8,1 8,1 dias p<0,001) - Mortalidade hospitalar (sem diferença) - Duração da internação na UTI e no hospital ( s/ difer.) dio de VAP (7,7% x - Ocorrência menor de um 2 o episódio de VAP 24% p=0,03) Ibrahim EH et al Crit Care Med 2001;29:1109-1115. 1115.

Protocolo para tratamento de VAP Antibiótico tico empírico adequado: Vancomicina + Imipenem + Ciprofloxacina Reavaliação clínica e microbiológica em 48 horas - retirada de 2 antibióticos: ticos: 61% - retirada de 1 antibiótico: tico: 36,5% - manutenção dos 3 antibióticos: ticos: 2% Duração de tratamento: 7 dias Ibrahim EH et al Crit Care Med 2001;29:1109-1115. 1115.

Estratégias Uso Racional de Antibiótico tico Restrição de determinados antibióticos ticos Rotação de antibióticos ticos Terapia rotacional contínua nua ou uso heterogênio de antibióticos ticos

Rahal JJ et al. JAMA 1998;280:1233-37. 37. Objetivo: Combater surto de infecção por k.pneumoniae produtora de ESBL. Método: Restrição do uso de cefalosporinas. Resultados: Redução de 80,1% do uso de cefalosporinas Redução de 44% de colonização/infec ão/infecção por K.pneumoniae produtora de ESBL Redução global de microrganismos multi-r Aumento de 140,6% de uso de imipenem Aumento de 68,7% de P.aeruginosa imipenem-r

Giamarellou H et al. Symposium on Antibiotic Resistance. London, Ciba Foundation,, 1997:76-86. Objetivo: Diminuir incidência de Gram-negativos resistentes. Método: formulário rio e aprovação de infectologista para uso de antibióticos ticos de largo espectro; programas educacionais para higiene hospitalar e uso de antibióticos. ticos. Resultados: Diminuição do consumo de antibióticos ticos restritos Não houve aumento dos antibióticos ticos não restritos Redução de resistência exceto para quinolonas

Kollef MH.Crit Care Med 2001;29:N135-42 42. Restrição de Determinados Antibióticos ticos Conclusão Tem dado bons resultados em surtos por vários microrganismos (K.( K.pneumoniae, C.difficile difficile,, VRE) porém m necessariamente em conjunto com precauções de contato intensas, além m de educação e vigilância quanto ao uso de antibióticos ticos não restritos.

Com certeza, se o médico m do novo milênio não restringir o uso de antibiótico, tico, a emergência de resistência de pseudomonas aumentará e a aproximação da era do fim dos antibióticos ticos antipseudomônicos tornar- se-á um pesadelo hospitalar. Helen Giamarellou J Antim Chemother 2002;49;232.