FMP, masculino, 31 anos, solteiro, comerciante, natural e residente de São Paulo. Dispnéia com mínimos esforços e oligúria há 15 dias.

Documentos relacionados
Aprendizado baseado na prática clínica... Caso Clínico

Reunião Anatomoclinica 27 de junho de 2012

IDENTIFICAÇÃO: RJSA, mulher, 38 anos, branca, casada, manicure, sedentária, natural de Manuque (MG), procedente de São Paulo.

Avaliação do Internato 14/3/2016 Nome:

CAUSAS DE PERICARDITE AGUDA

Reunião Anatomoclínica 25 de abril de 2012

PROVA OBJETIVA. Procurou a emergência do hospital municipal em Mangaratiba, onde recebeu o primeiro atendimento às 11h, apresentando o ECG abaixo:

TEMA INTEGRADO (TI) / TEMA TRANSVERSAL (TT) 4ª. SÉRIE MÉDICA

TÓRAX: Percussão. Auscultação: Resenha Anamnese Exame físico Inspeção Palpação Percussão Auscultação. Exames complementares.

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doença Cardiovascular Parte 4. Profª. Tatiane da Silva Campos

TEMA INTEGRADO (TI) / TEMA TRANSVERSAL (TT) 4ª. SÉRIE MÉDICA. Prof. Dr. Paulo Roberto Nogueira. Prof. Dr. Jose Fernando Vilela Martin

PROTOCOLO MÉDICO INSUFICIÊNCIA CARDÍACA NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA. Área: Médica Versão: 1ª

RELATO DE CASO: HOLIDAY HEART SYNDROME

DR. CARLOS ROBERTO CAMPOS INSUFICIÊNCIA MITRAL (I.M.I)

16/04/2013. IDENTIFICAÇÃO: Masculino,negro,59 anos,pedreiro,natural de Itu-SP. QP: Dispneia aos esforços e tosse seca há 4 anos. HPMA: (mahler 6).

Anamnese. Qual sua hipótese diagnóstica? O que você perguntaria na HPP?

RESIDÊNCIA MÉDICA SUPLEMENTAR 2015 PRÉ-REQUISITO (R1) / CLÍNICA MÉDICA PROVA DISCURSIVA

Leia estas instruções:

Processo Seletivo para Residência Médica 2010

Choque hipovolêmico: Classificação

Insuficiência Cardiaca

Rim: Aliado ou inimigo? Miguel Nobre Menezes João R. Agostinho. Serviço de Cardiologia, CHLN, CAML, CCUL

PROTOCOLO GERENCIADO DE SEPSE PACIENTE COM CONDUTA PARA SEPSE (OPÇÃO 2 E 3 - COLETA DE EXAMES/ANTIBIÓTICO)

USG do aparelho urinário: hidroureteronefrose bilateral, bexiga repleta com volume estimado de 350 ml com paredes espessadas e trabeculadas.

Caso I: Valvulotomia por balão de estenose mitral Dr. J oberto Joberto Sena Cardiologista Intervencionista do HSI Diarista UCV do HSI

Hospital São Paulo SPDM Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina Hospital Universitário da UNIFESP Sistema de Gestão da Qualidade

INDICAÇÃO CIRÚRGICA X VALVULOPATIA

PROVA PARA OS PROGRAMAS DE:

Identificação J.J.S., masculino, 48 anos, caminhoneiro, negro, residente em Campo Grande, MS.

Processo Seletivo Unificado para Residência Médica 2019

CASO CASO--CL CLÍNICO

DROGAS VASODILATADORAS E VASOATIVAS. Profª EnfªLuzia Bonfim.

Glicose plasmática de jejum

Insuficiência Cardíaca Aguda (ICA) Leonardo A. M. Zornoff Departamento de Clínica Médica

HIPERTENSÃO ARTERIAL PULMONAR

URGÊNCIA E EMERGÊNCIA. Prof. Adélia Dalva

Viviane Rohrig Rabassa

Rosângela de Oliveira Alves ROA

Insuficiência cardíaca Resumo de diretriz NHG M51 (segunda revisão, julho 2010)

comuns. ou o faz -carga). comorbidades. -lo. Desvio do ictus cordis para baixo e para a esquerda A presença de sopros EPIDEMIOLOGIA

Processo Seletivo Unificado de Residência Médica 2016

Insuficiência cardíaca

PROTOCOLO DE MANUTENÇÃO DO POTENCIAL DOADOR DE ORGÃOS

TÉCNICAS DE MONITORIZAÇÃO INVASIVA. Profª Enfª Luzia Bonfim.

Caso Clínico #5. Identificação: MFS, feminina, parda, 35 anos; natural e procedente de Boa Vista - Roraima

DÚVIDAS FREQUENTES NO EXAME CARDIOLÓGICO NO EXAME DE APTIDÃO FÍSICA E MENTAL

Marcos Sekine Enoch Meira João Pimenta

I SIMPÓSIO GOIANO DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Da Célula ao Transplante

Curso Nacional de Reciclagem em Cardiologia da Região Sul Florianópolis Jamil Mattar Valente

Curso de Reciclagem em Cardiologia ESTENOSE VALVAR AÓRTICA

SEPSE DRA PAULA MENEZES LUCIANO MEDICINA INTENSIVA E CARDIOLOGIA COORDENADORA DA EMERGÊNCIA E UTI SANTA CASA DE SÃO JOAQUIM DA BARRA

ARRITMIAS CARDÍACAS. Dr. Vinício Elia Soares

XXV JORNADA DE CARDIOLOGIA DA SBC- REGIONAL FSA SEXTA, 04/08/2017

Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação Fisiopatologia em Clínica Médica, Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP, para obtenção do título

PROTOCOLO GERENCIADO DE SEPSE PACIENTE COM CONDUTA PARA SEPSE (OPÇÃO 2 E 3 - COLETA DE EXAMES/ANTIMICROBIANO)

Cardiopatia na Gravidez

PREFEITURA MUNICIPAL DE MIRACEMA 2014 MÉDICO CARDIOLOGISTA PLANTONISTA PROVA OBJETIVA

HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA

b) caso este paciente venha a ser submetido a uma biópsia renal, descreva como deve ser o aspecto encontrado na patologia.

Avaliação Clínica do Paciente Crítico monitorização hemodinâmica. Profª Dra Luciana Soares Costa Santos

Caso Clínico #2 Data da primeira consulta: 24/07/2015

1Seção. Valores normais VALORES NORMAIS. 1.1 Valores normais / 16

PROTO COLO CLÍNICO ABORDAGEM INICIAL DAS TAQUICARDIAS EM SERVIÇOS DE EMERGÊNCIA. Vinício Elia Soares Coordenador Executivo da Rede de Cardiologia

Viviane Rohrig Rabassa

CASO CLÍNICO. Identificação: Mulher, 48 anos, branca, casada, do lar, natural e residente de Italva. Queixa Principal: falta de ar e dor no peito

PROGRAMA. 8h30-8h45 Ressincronização Cardíaca: evidências científicas e perfil clínico ideal

Fonoaudiologia. Caderno de Questões PROVA DISCURSIVA. SRH Superintendência DESEN. de Recursos Humanos

II WORKSHOP INTERNACIONAL DE ATUALIZAÇÃO EM HEPATOLOGIA

Disfunções valvares. Prof. Dra. Bruna Oneda 2013

Avaliação Clínica do Paciente Crítico monitorização hemodinamica. Profª Dra Luciana Soares Costa Santos 2º semestre 2017

Choque Cardiogêncio. Manoel Canesin ICC HC/HURNP/UEL

PRODUÇÃO TÉCNICA DESENVOLVIMENTO DE MATERIAL DIDÁTICO OU INSTRUCIONAL FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU- UNESP. Programa de PG em Medicina

JANEIRO A SETEMBRO PROVA: SETEMBRO 257 AULAS E PROVAS EM 34 SEMANAS CRONOGRAMA CARDIOAULA TEC 2018 EXTENSIVO

PEDIDO DE CREDENCIAMENTO DO SEGUNDO ANO NA ÁREA DE ATUAÇÃO DE CARDIOLOGIA PEDIÁTRICA

VASODILATADORES PERGUNTAS. 1. Para que usar? 1. Para que usar? 2. Quais opções? 3. Cuidados? facilita o esvaziamento do coração. (diminui a pré carga)

Estratificação de risco cardiovascular no perioperatório

Sistema Circulatório. Sistema Circulatório Apresentação: Luciana Ramalho 2017

CRONOGRAMA CARDIOAULA TEC 2018 INTENSIVO ABRIL A SETEMBRO PROVA: SETEMBRO 257 AULAS E PROVAS

Disciplina de Enfermagem em Centro de Terapia Intensiva

CRONOGRAMA PRÉVIO CARDIOAULA TEC 2019 EXTENSIVO. JANEIRO A SETEMBRO. PROVA: SETEMBRO. 350 horas/aulas. EM 35 SEMANAS

PROBLEMAS CARDIOVASCULARES. Prof. Enf. Esp. Diógenes Trevizan

Paralisia periódica hipocalêmica: Relato de caso em. paciente de ascendência africana.

Edital Nº 03/2016 CADERNO DE QUESTÕES. Data: 13 de novembro de 2016.

Medicações do Sistema Cardiovascular. Disciplina Farmacologia Profª Janaína Santos Valente

FARMACOLOGIA 10 CONTINUAÇÃO DA AULA ANTERIOR

Diagnóstico Diferencial das Síndromes Glomerulares. Dra. Roberta M. Lima Sobral

Múltiplos nódulos pulmonares, que diagnóstico?

Revisão de Cardiologia Parte III. IAM ântero lateral. CV elétrica com 200 J. Angina Estavel. Dr. Rafael Munerato de Almeida

Caso 18, adaptado de Relato de Caso Clínico com finalidade didática:

PROVA OBJETIVA. b) Liste os outros exames que devem ser solicitado para o esclarecimento do quadro e descreva qual seria a abordagem terapêutica.

SEMIOLOGIA E FISIOLOGIA

Avaliação inicial da criança com suspeita de cardiopatia. Prof. Dr. Rossano César Bonatto Disciplina de Cardiologia Pediátrica - FMB - UNESP

Diagnóstico e tratamento das arritmias em crianças e pacientes e com Cardiopatia Congênita. Dr. Bráulio Pinna

Síndrome Cardiorrenal. Leonardo A. M. Zornoff Departamento de Clínica Médica

DIAGNÓSTICOS PARA ENCAMINHAMENTO VIA CROSS PARA TRIAGEM NO INSTITUTO DO CORAÇÃO

Exame Cardiovascular Limites da Região Precordial

Transcrição:

RELATO CASO 01 Insuficiência Cardíaca Congestiva Dr. Luis Fernando B. C. Seguro CASO 02 Arritmia Dra. Tânia Marie Ogawa Participação: Dr. Martino Martinelli Filho InCor Dr. Fernando Bacal InCor Dr. Ângelo Amato Vincenzo de Paola EPM Dr. Ricardo Pavanello - HCor CASO 01 Dr. Luis Fernando Bernal da Costa Seguro FMP, masculino, 31 anos, solteiro, comerciante, natural e residente de São Paulo. QD: Dispnéia com mínimos esforços e oligúria há 15 dias. HMA: Paciente refere quadro de dispnéia com esforços, ortopnéia e episódios de dipnéia paroxística noturna, com início há dois anos. Iniciou seguimento ambulatorial e uso de medicação específica, apresentando melhora. Há seis meses retorno dos sintomas associado ao uso irregular da medicação. Evoluiu sem melhora apesar do retorno do tratamento. Procurou pronto-socorro com dispnéia aos mínimos esforços e oligúria. Sem sinais ou sintomas sugestivos de infecção, em uso regular de medicação. AP: Ex-tabagista (parou há dois anos). Nega etilismo ou uso de drogas ilícitas. Refere viagens ao Mato Grosso há 10 anos. AF: Sem antecedente familiar de hipertensão, doença arterial coronária ou cardiopatia. Medicações em uso: Enalapril 5mg 2x; Carvedilol 3,125mg 2x; Espironolactona 25mg; Digoxina 0,25mg; Furosemida 40mg. Exame Físico de entrada (PS) 10/10/2006: Regular estado geral, corado, hidratado, afebril PA: 80 x 70 mmhg - FC: 94 - FR: 18 Bulhas rítmicas (com B3 +) e sopro sistólico regurgitativo 2+/6 em foco mitral Murmúrios vesiculares presentes bilateralmente com crepitação em bases Abdome plano, com fígado palpável há 2 cm do rebordo costal direito Membros sem edema Pulsos distais presentes e simétricos Enchimento capilar lentificado 1

Hipótese diagnóstica ICC descompensada com baixo débito Transferido para UTI 10/10/06 Após receber 500mL de soro fisiológico (no PS) PA=100x70 FC=96 FR=22 Saturação=93% (em ar ambiente) Apresentando ortopnéia, sem alteração de ausculta pulmonar. Conduta: Iniciado Nitroprussiato de sódio até dose de 2 µg/kg/min com boa resposta hemodinâmica inicial. Exames laboratoriais: Uréia: 40 Creatinina: 1,0 Sódio: 138 Potássio: 4,3 Hemoglobina: 14,1 Leucócitos: 8.400 Plaquetas: 175.000 Função tireoidiana normal (TSH: 3,74 T4l=1,5) Sorologia para Chagas positiva ELETROCARDIOGRAMA RADIOGRAFIA DE TÓRAX 2

Ecocardiograma: Seio aórtico: 26mm; átrio esquerdo: 51mm Ventrículo esquerdo: 71x65mm; septo interventricular e parede posterior: 8mm Ventrículo esquerdo com hipocinesia difusa e fração de ejeção de 18% Ventrículo direito dilatado e com disfunção moderada Insuficiência Mitral importante (secundária) Insuficiência Tricúspide moderada Pressão sistólica de artéria pulmonar estimada em 61mmHg Pericárdio normal Ecocardiograma prévio (de 1 ano) com parâmetros semelhantes. Evolução: 13/10: Sintomas de baixo débito, em uso Nitroprussiato.2 µg/kg/min iniciado Dobutamina 5 µg/kg/min com melhora hemodinâmica e clínica. 17/10: Passado catéter de Swan-Ganz para medidas hemodinâmicas (avaliação para Transplante Cardíaco). excesso de ruído atrial -> microfratura?). 3

PA PAP POAP DC RVP Dobuta 2µg Nitro 0,6µg 85x58 (67) 51x34 (42) 23 4,1 371 4,6 wood Dobuta 5µg Nitro 2,0µg 107x55 (72) 50x26 (36) 24 4,2 228 2,8 wood Dobuta 15µg Nitro 2,7µg 92x36 (55) 44x21 (28) 14 7,1 158 1,9 wood Aumentado Captopril até 150mg/d, retirado Nitroprussiato e Dobutamina, de forma progressiva. 23/10: Após 12h sem droga inotrópica, retorno de sinais e sintomas de baixo débito. Feito Levosimendana (infusão de 24 horas) 27/10: Já sem inotrópico há 3 dias. Iniciado Carvedilol. 30/10: Sinais e Sintomas de baixo débito, piora de função renal (U: 67 Cr:1,4). Suspenso Carvedilol, reiniciado Dobutamina. Incluído na fila de transplante cardíaco como prioridade. 31/10: Apresenta episódio de taquicardia ventricular monomórfica de 10 segundos de duração, mal tolerada (associada a sintoma de pré-síncope). Iniciado Amiodarona. Evolui com piora sendo necessário aumento de Dobutamina até 20µg/kg/min, volta de Nitroprussiato e passagem de balão intra-aórtico (BIA). 5-13/11: Por melhora hemodinâmica, reintroduzido vasodilatadores orais, sendo possível à retirada de drogas endovenosas e de BIA. Mantido na fila de transplante, porém não mais como prioridade. Realizado teste ergoespirométrico que mostrou: Pico VO2: 19mL/kg Slope: 32 17/11: Recebe alta hospitalar, sem sintomas com as atividades habituais, medicado com: Captopril 150mg; Losartan 100mg; Hidralazina 300mg; Monocordil 60mg; Espironolactona 25mg e Digoxina 0,25mg. 4

CASO 02 Dra. Tânia Marie Ogawa MB, 63 anos, feminina, branca, casada, natural e procedente de Sorocaba, São Paulo. QD: Mal estar, fadiga e tontura há 1 semana. Choques do CDI recentemente. HMA: Paciente previamente chagásica, foi submetida a colocação de cardiodesfibrilador implantável (CDI) em 2002 devido a taquicardia ventricular sustentada sintomática. Permaneceu assintomática desde então, até que, entre setembro e outubro de 2006 recebeu cerca de 4 choques do CDI. Procurou assistência médica e foi orientada a trocar a medicação antiarrítmica em uso: de sotalol para amiodarona. Devido a novo choque do CDI procurou o pronto socorro do InCor, onde foi internada para averigüação do quadro. Apresentou episódio sincopal do tipo desliga-liga durante a internação. ISDA: Obstipação crônica. Negava outras queixas. AP: Cardiopatia chagásica com comprometimento de função ventricular. Hipotireoidismo em tratamento com reposição hormonal. Negava síncopes prévias. Medicação em uso: carvedilol 6,25mg 12/12hs, losartan 50mg/dia, furosemida 40mg/dia, amiodarona 200mg/dia, levotiroxina 50mcg/dia. Exame físico: Bom estado geral, corada, hidratada, afebril, eupnéica. Presença de hematoma periorbitário à direita RCR, BNF, em 2 tempos, com sopro sistólico 1+/6+ em foco mitral Respiratório e abdominal: sem alterações Sem edema ou assimetria de membros inferiores Hipóteses diagnósticas Síncope a esclarecer Doença de Chagas forma cardiogênica Hipotireoidismo Taquicardia ventricular sustentada com CDI? Exames laboratoriais: Laboratório: Hb=12,5 / Ht=37% / Leuco=5300 / Plaq=149000 / TSH=8,9 / T4L=1,7 / U=52 / Cr=1,43 / Na=135 / K=3,6 5

ELETROCARDIOGRAMA RADIOGRAFIA DE TÓRAX 6

Ecocardiograma: Septo= 9mm Parede= 7mm Átrio E= 38mm Aorta= 25mm DDVE= 58mm DSVE= 48mm Vol. Diast.= 167ml Vol. Sist.= 108ml FE= 35% (Teicholz) Hipocinesia difusa de VE; VD preservado. Imagem sugestiva de trombo fixo em ápice de VE. Análise do traçado registrado pelo CDI na síncope: Ao interrogar o CDI, observados 129.525 registros, sendo a maior parte constituída por registros de arritmias atriais ou TVNS. Houve pequeno número de TVS, a maioria de resolução espontânea. Houve terapia através do CDI em quatro ocasiões neste ano, porém não foi possível rever o traçado devido ao grande número de registros vindos após (a memória do CDI não permitiu). 7

Conduta: Realizada impregnação com amiodarona e aumento da dose de manutenção. Aumentada dose de hormônio tireoidiano. Foi indicada troca do gerador do CDI e troca do eletrodo atrial (motivo: excesso de ruído atrial -> microfratura?). 8