Sexta-Feira, 18 de Novembro de 2016. DESTAQUES Bovespa cai em meio a cautela com EUA Itaú: Inadimplência mostra tendência de queda AES Brasil e BNDESPar participação direta na AES Eletropaulo Petrobras vende Liquigás por R$ 2,8 bi Telefónica prevê R$ 24 bi ao Brasil Para mais notícias em tempo real:
FECHAMENTO ANTERIOR (18/11/2016) BAIXA -1,63 MÍNIMA 59.764 ABERTURA 60.763 MÁXIMA 61.493 FECHAMENTO 59.770 VOLUME 8.041.588.286 MAIORES ALTAS MAIORES BAIXAS AÇÃO PREÇO % AÇÃO PREÇO % JBSS3 R$10,20 6,81 CPLE6 R$ 27,85-4,43 RUMO3 R$5,79 6,04 RENT3 R$ 33,66-4,13 FIBR3 R$28,61 3,70 PCAR4 R$53,35-4,08 SUZB5 R$12,01 3,27 CSAN3 R$ 35,50-4,05 GGBR4 R$12,81 1,67 SMLE3 R$ 45,84-4,02 Ibovespa ganha força no fim, sobe quase 1% e tem primeira alta após eleição de Trump. Segundo o analista Felipe P. Otero, o Ibovespa iniciou o dia tentando se manter acima da LTA que passa agora em 60.300, mas acabou recuando até o suporte em 59.700 sendo que abaixo deste nível o índice poderia retornar até o fundo recente em 58.500 e na perda deste patamar, acelerar na venda até o próximo apoio em 56.500 pts. Do lado superior, em caso de uma reação, o Ibovespa encontraria primeira resistência em 60.600 e na superação deste nível, retomaria a força compradora e passaria a olhar para 62.700 ou mais acima no topo em 65.300 pts. BOLSAS INTERNACIONAIS Índice Pontos % Índice Pontos % Índice Pontos % Dow Jones 18.903,82 +0,19 Euro 3.021,07-0,68 CAC 40 4.506,55-0,47 S&P 500 2.187,12 +0,47 FTSE 100 6.757,10-0,55 Shangai 3.192,86-0,49 Nasdaq 5.333,97 +0,74 DAX 10.667,05-0,17 Nikkei 17.967,41 +0,59 AGENDA 05:00 IPC (Fipe) 08:00 IGP-M (2ª prévia) 2
BOVESPA CAI EM MEIO A CAUTELA COM EUA Depois de oscilar bastante, o Ibovespa fechou em queda de 1,63% aos 59.770 pontos. O giro financeiro ficou em R$ 6,6 bilhões, abaixo da média diária do mês, de R$ 8,7 bilhões. De acordo com operadores, o menor volume financeiro mostra a cautela dos investidores em relação ao governo do presidente eleito nos Estados Unidos, Donald Trump. Hoje, os investidores aguardaram pelo discurso da presidente do Fed, o banco central americano, Janet Yellen, para tentar descobrir qual deve ser a política monetária adotada pelo Fed no ano que vem. Ela disse que a antecipação, pelo mercado, de uma expansão fiscal pode ter consequências inflacionárias e que o Fed precisa levar esse fator em conta. Yellen afirmou ainda que evidências neste mês indicam fortalecimento do argumento por aumento de juros e que a economia está operando perto do pleno emprego. Na avaliação de operadores, a presidente do Fed indicou que pode haver uma elevação dos juros americanos em dezembro, mas essa possibilidade já era considerada pelo mercado financeiro. Ela não trouxe nenhuma novidade para 2017, que é a grande preocupação do mercado, diz um operador. Quase no final do pregão, o Banco do México anunciou a elevação dos subiu os juros em 0,50 ponto percentual, de 4,75% para 5,25% a meta para as taxas de curto prazo, mas a expectativa era de que a elevação seria maior. A decisão trouxe mais apreensão aos investidores e aumentou a aversão aos ativos de risco. De acordo com operadores, a alta dos juros mexicanos pode permitir uma realocação de ativos entre países emergentes, o que pode fazer com que haja uma maior saída de recursos do país. ITAÚ: INADIMPLÊNCIA MOSTRA TENDÊNCIA DE QUEDA Os índices de inadimplência nas linhas de crédito para pessoas físicas e grandes empresas já começam a dar sinais consistentes de queda, afirmou o presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal. A taxa de atrasos acima de 90 dias para pessoas físicas no Itaú no país encerrou o terceiro trimestre em 5,7%, queda de 0,2 ponto percentual desde junho. Em setembro do ano passado, o indicador estava em 5,4%. Em grandes empresas, o índice teria caído 0,2 ponto sem considerar um caso específico de calote, que analistas afirmam ser a Sete Brasil, fornecedora de sondas da Petrobras que entrou em recuperação judicial. O executivo creditou o desempenho do índice de atrasos na carteira de crédito às mudanças promovidas no tipo de operações e clientes. O banco reduziu a exposição a linhas consideradas mais arriscadas, como crédito pessoal, e aumentou a participação em empréstimos consignados e imobiliários. Por isso, hoje não batemos os picos de inadimplência de 2012, disse, durante evento do banco da Apimec. Com a melhora nos índices de atraso, o Itaú provavelmente reduzirá despesas com provisão para devedores duvidosos (PDD) no ano que vem, de acordo com Setubal. Já nas linhas de crédito para micro e pequenas empresas, nas quais os atrasos continuam em alta, a tendência é evidentenmente preocupante, segundo Setubal. Embora a inadimplência esteja subindo, acreditamos em perspectiva positiva, afirmou. O banco tem feito alterações também na política de riscos do setor de atacado. Foi o que afirmou Eduardo Vassimon, vice presidente de riscos e finanças do Itaú. Segundo ele, a instituição tem reduzido a exposição a determinados setores de atacado e diminuído o incentivo à concessão de operações de crédito com tíquetes maiores. O executivo afirmou que o objetivo é reduzir a volatilidade desses resultados. Os grandes tíquetes trouxeram volatilidade ao resultado do banco, disse. Setubal destacou que o desafio do banco nos próximos anos será manter o nível de rentabilidade desejado pela administração em um cenário de queda de margens nos próximos anos. O desafio maior do banco nos próximos anos não vai ser perder clientes para fintechs (startups de serviços financeiros), mas sim que as margens do banco vão se reduzir e temos que reduzir custos", afirmou. "Temos que reduzir custos, o banco tem que se tornar mais eficiente.". AES BRASIL E BNDESPAR PARTICIPAÇÃO DIRETA NA AES ELETROPAULO A AES Eletropaulo anunciou nesta quinta feira uma reorganização societária envolvendo as holdings Brasiliana e AES Elpa, por meio da qual AES Brasil e BNDESPar passarão a ter participação direta na distribuidora de energia. Atualmente, a AES Brasil e a BNDESPar exercem participação na AES Eletropaulo por meio da 3
Brasiliana e da AES Elpa. A reestruturação se dará por meio das cisões parciais da Brasiliana e da AES Elpa com as consequentes incorporações das respectivas participações indiretas pela AES Eletropaulo. Na reorganização, haverá também a conversão voluntária de 10,8 milhões de ações ordinárias em preferenciais da AES Eletropaulo na proporção de um para um, para aumento da liquidez das participações. Essa opção de troca será estendida aos demais acionistas ordinaristas. Ao final dessa transação, a AES Brasil vai se manter como controladora da AES Eletropaulo, com mais de 50% das ações com direito ao voto. Segundo comunicado da AES Eletropaulo, a operação busca simplificar as estruturas acionárias das companhias, promovendo maior agilidade no processo de tomada de decisão por meio de um novo acordo de acionistas entre AES Brasil e BNDES na distribuidora de energia. Além disso, segundo comunicado, a reestruturação deve melhorar a liquidez dos investimentos e gerar um caixa futuro estimado em R$ 700 milhões até o final da sua concessão, reduzindo seu nível de endividamento. A empresa não esclarece de que forma acontecerá essa geração extra de recursos. Por último, o processo deve dar maior liquidez para os acionistas minoritários da AES Elpa, que passarão a deter participação direta na AES Eletropaulo. A reestruturação ainda está sujeita à aprovação pelos órgãos societários das companhias envolvidas, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e de determinados credores das empresas. PETROBRAS VENDE LIQUIGÁS POR R$ 2,8 BI A Petrobras informou ontem à noite, em comunicado, que formalizou a venda da Liquigás para Ultragaz, subsidiária da Ultrapar Participações S.A., que pertence ao grupo Ultra. A notícia foi antecipada ontem no início da tarde pelo Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor. A estatal controla 100% do capital da Liquigás, que a atua no engarrafamento, distribuição e comercialização de gás liquefeito de petróleo (GLP), conhecido com gás de cozinha. De acordo com a Petrobras, que adquiriu o ativo dez anos atrás, o valor total da venda corresponde a R$ 2,8 bilhões e será corrigido pelo Certificado de Depósito Interbancário (CDI), entre as datas de assinatura e de fechamento da operação. E que está sujeito a ajustes em razão das variações de capital de giro e da posição da dívida líquida da distribuidora no fim do ano passado o fechamento da transação. Conforme a estatal a operação teve um processo competitivo de venda e faz parte do Plano de Desinvestimentos 2015 2016 e está alinhada ao seu Plano Estratégico, que visa otimizar o portfólio de negócios, com foco em óleo e gás, saindo integralmente das atividades de distribuição de GLP. Lembrou que a transação ainda está sujeita à aprovação das assembleias gerais de acionistas da companhia, bem como da Ultrapar, e ao cumprimento de outras condições de praxe, incluindo a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (CADE). TELEFÓNICA PREVÊ R$ 24 BI AO BRASIL A José Maria Álvarez Pallete, presidente executivo do grupo Telefónica, veio ao Brasil para a troca de bastão da gestão local. Eduardo Navarro assume o país com um orçamento de R$ 24 bilhões para os próximos três anos, segundo contou Pallete ao Valor, em sua primeira entrevista exclusiva desde que assumiu a liderança executiva do grupo, em abril deste ano. A última visita à Telefônica Vivo havia ocorrido em janeiro, quando Pallete divergiu frontalmente dos prognósticos que renomado economista fazia para o Brasil em palestra na companhia: fim de 2016 com dólar a R$ 5, taxa de juros em 16% e desemprego em 12%. "Estamos no Brasil desde 1999. Colocamos aqui 62 bilhões desde então. O país está totalmente diferente. Passa muito melhor pelas crises." Navarro chega com a garantia dos recursos, mas com grande desafio, que é fazer crescer a receita com aceleração do que Pallete chama de "onda digital", que de um lado tira receita de voz, mas aumenta de dados e TV. O desafio é que a expansão em dados supere a perda com voz. "A mensagem à diretoria é que eles precisam fazer acontecer", disse o executivo global. "O crescimento do grupo depende muito do Brasil. É nosso maior mercado em usuários. 4
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