ATIVIDADE FÍSICA E HÁBITOS SEDENTÁRIOS EM ESCOLARES NO SUL DO BRASIL PHYSICAL ACTIVITY AND SEDENTARY HABITS IN STUDENTS IN SOUTHERN BRAZIL



Documentos relacionados
AMOSTRAGEM. metodologia de estudar as populações por meio de amostras. Amostragem ou Censo?

Sistema Computacional para Medidas de Posição - FATEST

Carteiras de Mínimo VAR ( Value at Risk ) no Brasil

Jackknife, Bootstrap e outros métodos de reamostragem

CAPÍTULO 5 - INTRODUÇÃO À INFERÊNCIA ESTATÍSTICA

Lista 9 - Introdução à Probabilidade e Estatística

Perfil socioeconômico dos idosos de Florianópolis: Análise comparativa dos estudos Perfil do Idoso 2002 e EpiFloripa Idoso 2009

CAPÍTULO 8 - Noções de técnicas de amostragem

QUESTÃO 40 QUESTÃO 41 PROVA DE BIOLOGIA I

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE TRANSPORTES E GESTÃO TERRITORIAL PPGTG DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL ECV

Revisão Exercícios Lista 01 21/02/2011. Questão 01 UFRJ

ESTUDO LONGITUDINAL SOBRE O ESTILO DE VIDA DE JOVENS DE PELOTAS/RS. NATAN FETER ¹; THAIS BURLANI NEVES²; FELIPE FOSSATI REICHERT²

1.4- Técnicas de Amostragem

O erro da pesquisa é de 3% - o que significa isto? A Matemática das pesquisas eleitorais

INTRODUÇÃO. Exemplos. Comparar três lojas quanto ao volume médio de vendas. ...

INE ESTATÍSTICA APLICADA I - TURMA GABARITO LISTA DE EXERCÍCIOS SOBRE AMOSTRAGEM E PLANEJAMENTO DA PESQUISA

Portanto, os juros podem induzir o adiamento do consumo, permitindo a formação de uma poupança.

PARECER SOBRE A PROVA DE MATEMATICA FINANCEIRA CAGE SEFAZ RS

III Simpósio sobre Gestão Empresarial e Sustentabilidade (SimpGES) Produtos eco-inovadores: produção e consumo"

Aplicação de geomarketing em uma cidade de médio porte

Guia do Professor. Matemática e Saúde. Experimentos

Fundamentos de Bancos de Dados 3 a Prova

1 Departamento de Saúde. Núcleo de Estudos e Pesquisas na

Testes de Hipóteses para a Diferença Entre Duas Médias Populacionais

Capítulo 2 Análise Descritiva e Exploratória de Dados

Fundamentos de Bancos de Dados 3 a Prova

ADOLESCÊNCIA E AS DROGAS. Dra. Neuza Jordão MÉDICA COORDENADORIA MUNICIPAL DE PREVENÇÃO AS DROGAS COMUDA FUNDADORA DO INSTITUTO IDEAIS

O QUE NOS UNE NO TRANSPORTE É A SEGURANÇA

A seguir, uma demonstração do livro. Para adquirir a versão completa em papel, acesse:

Análise de Projectos ESAPL / IPVC. Critérios de Valorização e Selecção de Investimentos. Métodos Estáticos

A influência da prática de atividade física no estado nutricional de adolescentes

MINISTÉRIO DAS CIDADES, ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E AMBIENTE Instituto do Ambiente PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS DE MEDIÇÃO DE RUÍDO AMBIENTE

CAP. I ERROS EM CÁLCULO NUMÉRICO

Pesquisa Operacional

Analise de Investimentos e Custos Prof. Adilson C. Bassan adilsonbassan@adilsonbassan.com

SISTEMA DE MEDIÇÃO DE DESEMPENHO

Testes χ 2 (cont.) Testes χ 2 para k categorias (cont.)

5. A nota final será a soma dos pontos (negativos e positivos) de todas as questões

O perfil da violência contra crianças e adolescentes, segundo registros de Conselhos Tutelares: vítimas, agressores e manifestações de violência

O QUE SÃO E QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL EM ESTATÍSTICA PARTE li

UM ESTUDO DO MODELO ARBITRAGE PRICING THEORY (APT) APLICADO NA DETERMINAÇÃO DA TAXA DE DESCONTOS

Comparação da vulnerabilidade de estudantes da escola pública e particular em relação ao HIV

Juros Simples e Compostos

AÇÕES EDUCATIVAS COM UNIVERSITÁRIOS SOBRE FATORES DE RISCO PARA SÍNDROME METABÓLICA

Capitulo 9 Resolução de Exercícios

Esta Norma estabelece o procedimento para calibração de medidas materializadas de volume, de construção metálica, pelo método gravimétrico.

UM MODELO DE PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO CONSIDERANDO FAMÍLIAS DE ITENS E MÚLTIPLOS RECURSOS UTILIZANDO UMA ADAPTAÇÃO DO MODELO DE TRANSPORTE

PUCRS FAMAT DEPTº DE ESTATÍSTICA Estimação e Teste de Hipótese- Prof. Sérgio Kato

5 Proposta de Melhoria para o Sistema de Medição de Desempenho Atual

Fundamentos de Bancos de Dados 3 a Prova

PROBABILIDADES E ESTATÍSTICA

ANÁLISE DO PERFIL DOS FUNDOS DE RENDA FIXA DO MERCADO BRASILEIRO

Otimização e complexidade de algoritmos: problematizando o cálculo do mínimo múltiplo comum

Lista de Exercícios #4. in Noções de Probabilidade e Estatística (Marcos N. Magalhães et al, 4ª. edição), Capítulo 4, seção 4.4, páginas

Não existe ordem entre as categorias e suas representações, se numéricas, são destituídas de significado

Atividade física. Sexo Capital Total n % IC 95%

ActivALEA. ative e atualize a sua literacia

Caderno de Exercício 2

Capitulo 6 Resolução de Exercícios

ALOCAÇÃO DE VAGAS NO VESTIBULAR PARA OS CURSOS DE GRADUAÇÃO DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

Modelos Conceituais de Dados. Banco de Dados Profa. Dra. Cristina Dutra de Aguiar Ciferri

REGRESSÃO MÚLTIPLA: FERRAMENTA DE APOIO À DECISÃO NAS PESQUISAS MARKETING INSTITUCIONAL

Conhecimento e Práticas em Saúde Bucal Entre Usuários de Serviços Odontológicos

Conceito 31/10/2015. Módulo VI Séries ou Fluxos de Caixas Uniformes. SÉRIES OU FLUXOS DE CAIXAS UNIFORMES Fluxo de Caixa

JUROS SIMPLES. 1. Calcule os juros simples referentes a um capital de mil reais, aplicado em 4 anos, a uma taxa de 17% a.a.

APOSTILA MATEMÁTICA FINANCEIRA PARA AVALIAÇÃO DE PROJETOS

PRESTAÇÃO = JUROS + AMORTIZAÇÃO

Uso de álcool e drogas e sua influência sobre as práticas sexuais de adolescentes de Minas Gerais, Brasil

Anexo VI Técnicas Básicas de Simulação do livro Apoio à Decisão em Manutenção na Gestão de Activos Físicos

Modelo Matemático para Estudo da Viabilidade Econômica da Implantação de Sistemas Eólicos em Propriedades Rurais

A saúde bucal de adolescentes: aspectos de higiene, de cárie dentária e doença periodontal nas cidades de Recife, Pernambuco e Feira de Santana, Bahia

Motivos de abandono do tratamento antirrábico humano pós-exposição em Porto Alegre (RS, Brasil)

Estatística stica para Metrologia

Lista 2 - Introdução à Probabilidade e Estatística

Um Protocolo Híbrido de Anti-colisão de Etiquetas para Sistemas RFID

Capitulo 2 Resolução de Exercícios

CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE COMPROMETIMENTO MOTOR E DO ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA EM CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL

Problema de Fluxo de Custo Mínimo

Os juros compostos são conhecidos, popularmente, como juros sobre juros.

P R O V A D E B I O L O G I A I. O desenho representa origem e ação de organela celular presente em muitos seres vivos. Digestão. Fagocitose Lisossoma

CONTROLE DA QUALIDADE DE PADRÕES ESCALONADOS UTILIZADOS NA VERIFICAÇÃO DE MÁQUINAS DE MEDIR POR COORDENADAS

Simone de Melo COSTA I Suely de Lima BRAGA II Mauro Henrique Nogueira Guimarães de ABREU III Paulo Rogério Ferreti BONAN IV

Análise de Pobreza com Indicadores Multidimensionais: Uma Aplicação para Brasil e Minas Gerais *

Aspectos de vida, trabalho e saúde de trabalhadores do setor de rochas ornamentais

Revista CEFAC ISSN: Instituto Cefac Brasil

Um arquivo digital para dados de monitorização

Probabilidades. José Viegas

Uma Metodologia de Busca Otimizada de Transformadores de Distribuição Eficiente para qualquer Demanda

Quem Apresenta Melhor Rendimento Escolar,Meninas ou Meninos?

INTRODUÇÃO A TEORIA DE CONJUNTOS

ATIVIDADE DE CÁLCULO, FÍSICA E QUÍMICA ZERO

Conhecimentos de adolescentes sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis: subsídios para prevenção

PG Progressão Geométrica

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ESTIMATIVA DA EMISSIVIDADE ATMOSFÉRICA E DO BALANÇO DE ONDAS LONGAS EM PIRACICABA, SP

Plano de Aula. Teste de Turing. Definição. Máquinas Inteligentes. Definição. Inteligência Computacional: Definições e Aplicações

Análise estratégica dos leilões de novos empreendimentos de geração de energia

(1) Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (2) E. J. Robba Consultoria & Cia. Ltda.

Transcrição:

Recebido: 13/06/2013 Parecer emitido em: 14/07/2013 Artigo origial ATIVIDADE FÍSICA E HÁBITOS SEDENTÁRIOS EM ESCOLARES NO SUL DO BRASIL Paula Migo 1 ; Ricardo Rodrigo Rech 1,2 ; Ricardo Halper 2, 3 ; Simoa Fiato 1 ; Iaará Carolie Gavieski 1 ; Vaderlei de Toi 1 ; Josué Luís Pedroi 2. RESUMO Objetivo: verificar a prevalêcia de prática de atividade física fora do horário escolar e de permaêcia em hábitos sedetários etre escolares do 6º ao da cidade de Caxias do Sul-RS. Métodos: A amostra foi composta por 1.230 escolares (624 meios e 606 meias) matriculados a rede pública muicipal de esio. Foi utilizado um questioário auto aplicável com os sujeitos de pesquisa para a avaliação das variáveis; sexo, idade, atividade física fora da escola, hábitos sedetários, classificação ecoômica e escolaridade da mãe. Resultados: Quato às atividades físicas realizadas fora da escola, 52,2 dos escolares avaliados relataram ão praticar ehum tipo de atividade. Mais de 35 dos estudates relataram permaecer 4 ou mais horas por dia em frete à televisão, videogame e computador. Os estudates filhos de mães com maior escolaridade e melhores codições ecoômicas apresetaram maior prática de atividades fora do horário escolar. Pertecer ao ível socioecoômico alto e ser do sexo masculio, mostram-se fatores associados aos hábitos sedetários. Coclusões: Foram ecotradas altas prevalêcias de hábitos sedetários e falta de atividade física fora do horário escolar. Programas de promoção à saúde com êfase em uma vida ativa devem ser ecorajados os escolares da cidade em questão. Palavras-chave: Atividade física. Estilo de vida sedetário. Escolares. PHYSICAL ACTIVITY AND SEDENTARY HABITS IN STUDENTS IN SOUTHERN BRAZIL ABSTRACT Objective: To determie the prevalece of physical activity outside of school hours ad remai sedetary habits amog studets i the 6th year of the city of Caxias do Sul-RS. Methods: The sample cosisted of 1230 studets (624 boys ad 606 girls) erolled i muicipal public schools. A questioaire was used to apply auto research subjects for the evaluatio of geder, age, physical activity outside of school, sedetary habits, ecoomic status ad materal educatio. Results: As for physical activities outside of school, 52.2 of schoolchildre reported ot practicig ay kid of activity. Over 35 of studets reported stayig 4 or more hours per day i frot of televisio, computer ad video games. Studets childre of mothers with more educatio ad better ecoomic coditios were more practical activities outside school hours. Belogig to the high social class ad beig male, show up factors associated with sedetary habits. Coclusios: We foud high prevalece of sedetary habits ad lack of physical activity outside of school hours. Programs to promote health with a emphasis o active livig should be ecouraged i schools of the city cocered. Keywords: Physical activity. Sedetary lifestyle. School. Coleção Pesquisa em Educação Física - Vol. 12,. 2, 2013 - ISSN: 1981-4313 23

INTRODUÇÃO O sedetarismo está presete a realidade atual e é ocasioado por diversos fatores, desecadeado muitas vezes problemas de saúde que podem se agravar ao logo da vida. Idivíduos ativos tedem a apresetar meor mortalidade e morbidade por doeças dimiuido os gastos com saúde pública (BARRETO et al., 2005). Por sua vez, a atividade física é um compoete importate o estilo de vida de criaças e adolescetes e pode ser realizada de diversas formas como a prática da educação física escolar, bricadeiras ao ar livres, exercícios e esportes orgaizados (BARRETO et al., 2005; REY-LOPEZ et al., 2010; PARSONS, MANOR e POWER 2008). Estudo realizado a Espaha apotou que os adolescetes espahóis apresetam diferetes padrões de hábitos sedetários de acordo com a idade, sexo e escolaridade dos pais (REY-LOPEZ et al., 2010). Parsos, Maor e Power (2008), em estudo com adolescetes britâicos, apotam que o hábito sedetário de assistir televisão está associado à maiores gahos de ídice de massa corporal (IMC). No Brasil, os estudos epidemiológicos vem apresetado altas prevalêcias de iatividade etre criaças e adolescetes. Na região cotietal de Floriaópolis-SC 43 dos meios e 29,4 das meias foram cosiderados pouco ativos (ADAMI et al., 2008). Em Campia Grade adolescetes filhos de pais com maior escolaridade apresetaram maior úmero de horas gastas com atividade física os horários de lazer (NUNES, FIGUEIROA e ALVES 2007). No estado do Sergipe, 89,2 dos escolares avaliados foram cosiderados sedetários (LIMA, FONSECA e GUEDES 2010). Os hábitos sedetários podem estar associados ao excesso de peso (RECH et al., 2010) e à violêcia (ZIMMERMAN et al., 2005). Já a prática regular de exercícios físicos pode cotribuir para um melhor cotrole poderal (ALVES et al., 2008) e dos sitomas depressivos (NABKASORN et al., 2006). Em pesquisa realizada em Pelotas-RS, pode-se observar que, quato mais ativo é o idivíduo, melhor sua qualidade de vida. (SILVA et al., 2010). Parete et al., (2006), em pesquisa realizada com 50 criaças obesas, ecotraram que modificações iduzidas pela atividade física aeróbia associada à dieta em criaças obesas, se utilizadas regularmete, poderão cotribuir para redução de evetos cardiovasculares a idade adulta. Um treiameto regular com exercícios para criaças e adolescetes está associado a mudaças favoráveis o perfil de lipídios e lipoproteías o sague, redução a gordura, melhor desempeho de resistêcia, pequea redução as pressões saguíeas, e aumeto a sesibilidade à isulia os tecidos periféricos, etre outras mudaças. (MALINA e BOUCHARD, 2002) O objetivo deste estudo foi verificar a prevalêcia de prática de atividade física fora do horário escolar e de permaêcia em hábitos sedetários etre os escolares do 6º ao da cidade de Caxias do Sul-RS. MÉTODOS Este estudo faz parte de um projeto maior deomiado Obesidade, isatisfação com a imagem corporal e sitomas para trastoros alimetares em uma coorte de escolares a Serra Gaúcha. O estudo em questão é um estudo epidemiológico trasversal de base escolar. A população alvo foram os escolares do 6º ao (de 11 a 14 aos) das escolas da rede muicipal de esio da cidade de Caxias do Sul, RS o ao de 2011. A população de escolares era de 4.300 idivíduos (a faixa etária de 11 a 14 aos). Utilizou-se para o cálculo do tamaho de amostra uma prevalêcia de 10, um itervalo de cofiaça de 95 e um erro de 2, dessa forma, seria ecessário avaliar um míimo de 720 criaças. Atecipado-se a possíveis perdas e recusas e para cotrole dos fatores de cofusão, foi utilizado um efeito de delieameto 1,7, e 1.224 escolares deveriam ser avaliados. Para o cálculo do tamaho da amostra foi utilizado o software estatístico Epi Ifo 6.0 (Atlata-USA). O critério de amostragem utilizado foi por coglomerados, ode cada escola foi cosiderada um coglomerado. Todas as escolas etraram o sorteio e tiveram as mesmas chaces de participar do estudo 24 Coleção Pesquisa em Educação Física - Vol. 12,. 2, 2013 - ISSN: 1981-4313

de acordo com o úmero de aluos de sexto ao que a escola possuía a data do sorteio. Foram sorteadas 22 escolas para completar o úmero míimo de aluos a serem avaliado ( total = 1.417). Foram adotados os seguites critérios de iclusão: ter idade etre 11 e 14 aos; ão ser portador de ecessidades especiais; apresetar o termo de cosetimeto livre e esclarecido (TCLE) assiado pelos pais ou resposáveis legais; e volutariedade. Toda equipe de avaliação (15 avaliadores) realizou um treiameto, quado foi cofeccioado e distribuído um maual para as avaliações. Foi realizado um estudo piloto com 15 criaças de uma escola que ão participou da amostra fial do estudo, ode foram verificadas questões logísticas do estudo e a liguagem do questioário utilizado. Para a avaliação da atividade física fora do ambiete escolar e os hábitos sedetários foi utilizado um questioário auto aplicável. A atividade física fora da escola questioava se o escolar praticava ou ão atividade física regular (pelo meos 2x por semaa) fora do ambiete escolar. Para os hábitos sedetários foi questioado quatas horas o escolar gastava por dia em atividades como assistir televisão, videogame ou computador, sedo cosiderado hábito sedetário quado os estudates ficavam quatro horas ou mais horas em frete a estes equipametos eletroeletrôicos. Além dos desfechos pricipais, o questioário também avaliou sexo, idade, escolaridade matera e classificação ecoômica. As iformações referetes à classificação ecoômica foram ordeadas coforme a proposta de Barros e Victora (2005), que cosidera a utilização de 13 variáveis para produzir o idicador ecoômico acioal (IEN). Os escolares foram classificados os íveis socioecoômicos baixo/itermediário e alto. Após a coleta, os dados foram duplamete digitados em um baco formatado em EPIDATA. Após a verificação da cosistêcia dos mesmos, estes foram exportados para o programa IBM-SPSS versão 19 ode foram aalisados. Iicialmete foi realizada uma aálise descritiva, e após uma aálise bivariada (teste qui quadrado de Pearso) etre as variáveis idepedetes e o desfecho. Em relação aos aspectos éticos, foram distribuídos TCLE para todas as criaças que fizeram parte da amostra. Além do cosetimeto dos pais, os escolares que fizeram parte da amostra cocordaram em participar volutariamete do estudo. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFCSPA, com úmero de parecer 1312/11 e cadastro 741/11. RESULTADOS Das 1.417 criaças selecioadas para o estudo (etre 11 e 14 aos), 1.230 compuseram a amostra fial. Uma criaça foi excluída da amostra fial por ão se ecaixar os critérios de iclusão, 16 criaças se recusaram a participar do estudo e 170 ão devolveram o TCLE. Foram avaliados 624 meios (50,7) e 606 meias e a idade média dos avaliados foi de 11,85 aos. Em relação à escolaridade da mãe, 62 dos estudates respoderam que suas mães completaram o máximo o esio fudametal e 46,5 dos estudates avaliados se ecotraram o ível socioecoômico alto segudo o IEN. Dos escolares avaliados, 47,8 relataram praticar atividades fora do horário escolar e 35,4 dos estudates permaeciam 4 ou mais horas por dia em frete à televisão, videogame e computador. Em relação a prática de atividades físicas fora do horário escolar, os meios mostraram-se mais ativos em relação as meias. Os estudates filhos de mães com maior escolaridade (esio médio ou superior) e pertecetes ao ível socioecoômico alto também apresetaram maior prática de atividades fora do horário escolar. Os escolares com 13 ou 14 aos apresetaram meores chaces de ão praticarem atividades físicas em relação aos de 11 e 12 aos. A tabela 1 apreseta os resultados da aálise bivariada etre prática de atividades físicas fora da escola e as variáveis idepedetes. Coleção Pesquisa em Educação Física - Vol. 12,. 2, 2013 - ISSN: 1981-4313 25

Tabela 1. Aálise bivariada etre prática de atividades físicas fora da escola e variáveis idepedetes. AF Fora do Horário Escolar Pratica Não Pratica RP IC de 95 Escolaridade da Mãe Esio Fudametal 304 44,4 381 55,6 Esio Médio ou Superior 232 54,2 196 45,8 0,67* 0,53 0,86 Classificação Ecoômica Baixa e Itermediária 251 43,8 322 56,2 Alta 262 52,8 234 47,2 0,70* 0,55 0,89 Sexo Femiio 213 35,7 383 64,3 Masculio 365 59,5 248 40,5 0,38* 0,30 0,48 Idade 11 e 12 aos 453 45,4 545 54,6 13 e 14 aos 125 59,2 86 40,8 0,57* 0,42 0,77 IC = Itervalo de Cofiaça; RP = Razão de Prevalêcias. *p<0,05. Quato aos hábitos sedetários, pertecer ao ível socioecoômico alto e ser do sexo masculio, mostram-se fatores associados aos hábitos de assistir televisão, videogame ou permacer em frete ao computador por 4 ou mais horas diárias. A escolaridade da mãe e a idade dos avaliados ão apresetaram associação sigificate com os hábitos sedetários. A tabela 2 apreseta a aálise bivariada etre hábitos sedetários e as variáveis idepedetes. Tabela 2. Aálise bivariada etre hábitos sedetários e variáveis idepedetes. Hábitos sedetários 4 ou mais Até 3 h por dia horas por dia RP IC de 95 Escolaridade da Mãe Esio Fudametal 456 65,8 237 34,2 Esio Médio ou Superior 268 63,1 157 36,9 1,13* 0,88 1,70 Classificação Ecoômica Baixa e Itermediária 388 68,1 182 31,9 Alta 311 61,8 192 38,2 1,32* 1,02 1,70 Cotiua 26 Coleção Pesquisa em Educação Física - Vol. 12,. 2, 2013 - ISSN: 1981-4313

Sexo Femiio Masculio Idade 11 e 12 aos 13 e 14 aos 405 67,6 380 61,7 649 64,7 136 64,2 194 32,4 236 38,3 354 35,3 76 35,8 IC = Itervalo de Cofiaça; RP = Razão de Prevalêcias. *p<0,05. 1,30* 1,02 1,64 1,02* 0,75 1,40 DISCUSSÃO No presete estudo, a maioria dos escolares (52,2) relataram ão praticar ehum tipo de atividade física fora do horário escolar. Troco et al., (2007), também observaram pouca prática de atividades fora do horário escolar a amostra de criaças e adolescetes por eles avaliados. Um estudo realizado a cidade de Pelotas-RS relatou que quase ¾ dos adolescetes avaliados foram cosiderados como sedetários se cosideradas as atividades o período de lazer (COPETTI, NEUTZLING e SILVA 2010). A promoção de atividade física para criaças e adolescetes deve ser efatizada a fim de aumetar a prática regular da mesma, regularidade esta que possibilitará aos idivíduos o usufruto dos beefícios sobre a saúde, tato a curto como a logo prazo. No estudo em questão, os meios mostraram-se mais ativos em relação às meias. Mascarehas et al., (2005) aalisaram criaças pertecetes ao ael de cetral de Curitiba-PR e ecotraram valores mais elevados de atividade física para as meias, assim como Bracco et al., (2006) a capital paulista. Corte-Real et al., (2008), em pesquisa com adolescetes portugueses, mostraram que os meios eram mais ativos do que as meias, resultado semelhate ao ecotrado a cidade de Presidete Prudete-SP (FERNANDES et al., 2010). Diferetes resultados são apresetados a literatura a respeito da associação etre sexo e atividade física, porém parece que há uma tedêcia de os meios serem mais ativos em relação as meias como sugerem os resultados em Porto Velho (FARIAS e SALVADOR 2005) e em Sata Cataria (SILVA et al., 2008). Os hábitos de atividade física adquiridos a ifâcia e a adolescêcia tedem a permaecer a vida adulta e desta forma é de fuametal importâcia o melhor cohecimeto dos grupos populacioais de risco, a idetificação dos hábitos ão saudáveis e as suas causas para que políticas e programas de saúde sejam implemetados visado um melhor cotrole das doeças crôicas da vida adulta (NUNES, FIGUEIROA e ALVES 2007). Os escolares filhos de mães com escolaridade maior e com melhores codições ecoômicas mostraram-se mais ativos fora do horário escolar. Resultados semelhates foram ecotrados em João Pessoa-PB (JUNIOR, 2008) e em Marigá-PR (MORAES et al., 2009). Talvez maiores esclarecimetos sobre os beefícios da atividade física pelos seus pais, uma vez que estes apresetavam um maior úmero de aos de estudo, além de maiores facilidades para o acesso a práticas esportivas, como as academias de giástica, possam justificar em parte tais achados (NUNES, FIGUEIROA e ALVES 2007). Os escolares mais velhos apresetaram-se como mais ativos em relação aos mais ovos. Baruki et al., (2006) cocluíram que, quato maior a idade, meor o tempo despedido com atividades físicas ativas. Tora-se importate uma prática regular de atividades esportivas durate a adolescêcia, visto que estas cotribuem de forma importate para uma vida adulta meos sedetária (ALVES et al., 2005). Mais de 35 dos estudates do presete estudo relataram permaecer mais do que 3 horas por dia em frete à televisão. Porto et al., (2005), em aálise com adolescetes portugueses, relatam que as atividades mais escolhidas durate os dois períodos sazoais podem ser cosideráveis como práticas sedetárias. Alves, Siqueira e Figueroa (2009), em pesquisa a região metropolitaa do Recife, ecotraram que o hábito de assistir televisão por mais de 3 horas diárias foi observado a maioria das criaças. Resultados semelhates também foram ecotrados por Siqueira, Alves e Figueiroa (2009), com criaças de uma favela do ordeste brasileiro, ode os avaliados dedicavam três ou mais horas por dia para assistir televisão, e por Gouveia et Coleção Pesquisa em Educação Física - Vol. 12,. 2, 2013 - ISSN: 1981-4313 27

al., (2007) em Lisboa (Portugal), ode os adolescetes permaeciam quatro ou mais horas por dia em frete a televisão. Visto que os hábitos sedetários estão associados ao excesso de peso (RECH et al., 2010), é ecessário oferecer às criaças e adolescetes práticas esportivas que lhes deem prazer, afastado-os desta forma do sedetarismo. Os pais e a comuidade escolar podem atuar como icetivadores desse processo. Pertecer ao ível socioecoômico alto foi associado aos hábitos sedetários. Hallal et al., (2006) em pesquisa com adolescetes de 10-12 aos de idade de Pelotas-RS, ecotraram que adolescetes de ível ecoômico baixo apresetaram maior frequêcia de deslocameto ativo para a escola. Talvez o resultado possa ser explicado em parte, devido ao maior acesso aos aparelhos eletrôicos (que criaças com melhores codições apresetam) e cosequetemete, maior tempo dedicado às atividades sedetárias (OLIVEIRA et al., 2010). Como limitações do estudo, pode-se apotar o fato de ser um estudo trasversal e como tal, ão pode estabelecer uma relação causa-efeito etre as variáveis. Pode também ter ocorrido um viés de memória a questão relacioada a hábitos de atividades sedetárias. Cosiderado as limitações do estudo, pode-se dizer que foram ecotradas alta prevalêcia de permaêcia em hábitos sedetários e cosiderável percetual de escolares que ão praticam atividades físicas fora do horário escolar. Filhos de mães com codições socioecoômicas melhores também apresetavam meor prática de atividades fora do horário escolar. Em relação aos hábitos sedetários, os meios apresetaram mais estes hábitos, assim como os pertecetes ao ível socioecoômico alto. A prática regular de atividade física deve ser ecorajada em criaças e adolescetes em programas de promoção à saúde. Recomedam-se ovos estudos com utilização de ovas variáveis e acompahameto logitudial para ampliar o cohecimeto a respeito do tema. REFERÊNCIAS ADAMI, F.; FRAINER, D.E.S.; SANTOS, J.S.; FERNANDES, T.C.; OLIVEIRA, F.R.D. Isatisfação corporal e atividade física em adolescetes da região cotietal de Floriaópolis. Psicologia: Teoria e Pesquisa. Brasília, v. 24,. 2, p. 143-149, 2008. ALVES, J.G.B.; GALÉ, C.R.; SOUZA, E.; BATTY, G.D. Efeito do exercício físico sobre peso corporal em criaças com excesso de peso: esaio clíico comuitário radomizado em uma favela o Brasil. Cadero de Saúde Pública. Rio de Jaeiro, v. 24, Supl. 2, p. 353-359, 2008. ALVES, J.G.B.; MONTENEGRO, F.M.U.; OLIVEIRA, F.A.; ALVES, R.C. Prática de esportes durate a adolescêcia e atividade física de lazer a vida adulta. Revista Brasileira de Medicia do Esporte. São Paulo, v. 11,. 5, p. 291-294, 2005. ALVES, J.G.B.; SIQUEIRA, P. P.; FIGUEIROA, J. N. Excesso de peso e iatividade física em criaças moradoras de favela a região metropolitaa do Recife, PE. Joral de Pediatria. Porto Alegre, v. 87,. 1, p. 67-71, 2009. BARRETO, S. M. et al. Aálise da estratégia global para alimetação, atividade física e saúde, da Orgaização Mudial da Saúde. Epidemiologia e Serviços de Saúde. Brasília, v. 14,. 1, p. 41-68, 2005. Dispoível em: http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=s1679-49742005000100005&lg=pt& rm=iso. Acesso em: 05/01/2012. BARROS, A.J.D.; VICTORA, C.G. Idicador ecoômico para o Brasil baseado o ceso demográfico de 2000. Revista de Saúde Pública. São Paulo, v. 39,. 4, p. 523-529, 2005. BARUKI, S.B.S.; ROSADO, L.E.F.P.L.; ROSADO, G.P.; RIBEIRO, R.C.L. Associação etre estado utricioal e atividade física em escolares da Rede Muicipal de Esio em Corumbá - MS. Revista Brasileira de Medicia do Esporte. São Paulo, v. 12,. 2, p. 90-94, 2006. BRACCO, M.M.; COLUGNATI, F.A.B.; PRATT, M.; TADDEI, J.A.A.C. Modelo hierárquico multivariado da iatividade física em criaças de escolas públicas. Joral de Pediatria. Porto Alegre, v. 82,. 4, p. 302-307, 2006. 28 Coleção Pesquisa em Educação Física - Vol. 12,. 2, 2013 - ISSN: 1981-4313

CORTE-REAL, N.; BALAGUER, I.; DIAS, C.; CORREDEIRA, R.; FONSECA, A. Atividade física, prática desportiva, cosumo de alimetos, de tabaco e de álcool dos adolescetes portugueses. Saúde dos Adolescetes. v. 26,. 2, p. 17-25, 2008. COPETTI, J.; NEUTZLING, M.B.; SILVA, M.C.D. Barreiras à prática de atividades físicas em adolescetes de uma cidade do sul do Brasil. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. Lodria, v. 15,. 2, p. 88-94, 2010. FARIAS, E.S.; SALVADOR, M.R.D. Atropometria, composição corporal e atividade física de escolares. Revista Brasileira de Cieatropometria e Desempeho Humao. Floriaópolis, v. 7,. 1, p. 21-29, 2005. FERNANDES, R.A.; et al. Associação trasversal etre hábitos alimetares saudáveis e ão saudáveis e atividade física de lazer em adolescetes. Joral de Pediatria. Porto Alegre, v. 87,. 3, p. 252-256, 2010. GOUVEIA, C.; SILVA, L.P.D.; VIRELLA, D.; AMARAL, J.M.V. Actividade física e sedetarismo em adolescetes escolarizados do cocelho de Lisboa. Sociedade Portuguesa de Pediatria. Lisboa, v. 38,. 1, p. 7-12, 2007. HALLAL, P.C.; BERTOLDE, A.D.; GONÇALVES, H.; VICTORA, C.G. Prevalêcia de sedetarismo e fatores associados em adolescetes de 10-12 aos de idade. Cadero de Saúde Pública. Rio de Jaeiro, v. 22,. 6, p. 1277-1287, 2006. JUNIOR, J.C.D.F. Associação etre prevalêcia de iatividade física e idicadores de codição socioecoômica em adolescetes. Revista Brasileira de Medicia do Esporte. São Paulo, v. 14,. 2, p. 109-114, 2008. LIMA, J.O.; FONSECA, V.; GUEDES, D.P. Comportameto de risco para a saúde de escolares do esio médio de barra dos coqueiros, Sergipe, Brasil. Revista Brasileira de Ciêcia do Esporte. Campias, v. 32,. 2-4, p. 141-154, 2010. MALINA, R.M.; BOUCHARD, C. Atividade Física do Atleta Jovem: do Crescimeto à Maturação. São Paulo, SP: Rocca, p. 480, 2002. MASCARENHAS, L.P.G.; et al. Relação etre diferetes ídices de atividade física e preditores de adiposidade em adolescetes de ambos os sexos. Revista Brasileira de Medicia do Esporte. São Paulo, v. 11,. 4, p. 214-218, 2005. MORAES, A.C.D.; et al. Prevalêcia de Iatividade física e fatores associados em adolescetes. Revista da Associação Médica Brasileira. São Paulo, v. 55,. 5, p. 523-8, 2009. NABKASORN, C.; et al. Effects of physical exercise o depressio, euroedocrie stress hormoes ad physiological fitess i adolescet females with depressive symptoms. Europea Joural of Public Health. Estocolmo, v. 16,. 2, p. 179-84, 2006. NUNES, M.M.A.; FIGUEIROA, J.N.; ALVES, J.G.B. Excesso de peso, atividade física e hábitos alimetares etre adolescetes de diferetes classes ecoômicas em Campia Grade (PB). Revista da Associação Médica Brasileira. São Paulo, v. 53,. 2, p. 130-134, 2007. OLIVEIRA, T.C.D.; SILVA, A.A.M.D.; SANTOS, C.J.D.; SILVA, J.S.; CONCEIÇÃO, S.I.O.D. Atividade física e sedetarismo em escolares da rede pública e privada de esio em São Luís. Revista de Saúde Pública. São Paulo, v. 44,. 6, p. 996-1004, 2010. PARENTE, E.B. et al. Perfil lipídico em criaças obesas: efeitos de dieta hipocalórica e atividade física aeróbia. Arquivos Brasileiros de Edocriologia & Metabologia. São Paulo, v. 50,. 3, p. 499-504, 2006 PORTO, M.P.; GOMES, H.; RIBEIRO, J.C.; MOTA, J. Variação sazoal a atividade física e as práticas de lazer de adolescetes portugueses. Revista Portuguesa de Ciêcias do Desporto, Porto, v. 5,. 2, p. 192-201, 2005. PARSONS, T.J.; MANOR, O.; POWER, C. Televisio viewig ad obesity: a prospective study i the 1958 British birth cohort. Europea Joural of Cliical Nutritio, Lodres, v. 62,. 1, p. 1355-1363, 2008. Coleção Pesquisa em Educação Física - Vol. 12,. 2, 2013 - ISSN: 1981-4313 29

RECH, R.R.; et al. Prevalêcia de obesidade em escolares de 7 a 12 aos de uma cidade Serraa do RS, Brasil. Revista Brasileira de Cieatropometria e Desempeho Humao. Floriaópolis, v. 12,. 2, p. 90-97, 2010. REY-LÓPEZ, J.P.; et al. Sedetary behaviours ad socio-ecoomic status i Spaish adolescets: the Avea study. Europea Joural of Public Health. Estocolmo, v. 21,. 2, p. 151-157, 2010. SILVA, R.S. et al. Atividade física e qualidade de vida. Ciêcia & Saúde Coletiva. Rio de Jaeiro, v. 15,. 1, p. 115-120, 2010. Dispoível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=s1413-1232010000100017 &lg=e&rm=iso>. Acesso em: 15/03/2012. SILVA, K.S.D.; NAHAS, M.V.; HOEFELMANN, L.P.; LOPES, A.D.S.; OLIVEIRA, E.S.D. Associações etre atividade física, ídice de massa corporal e comportametos sedetários em adolescetes. Revista Brasileira de Epidemiologia. São Paulo, v. 11,. 1, p. 159-168, 2008. SIQUEIRA, P.P.; ALVES, J.G.B.; FIGUEIROA, J.N. Fatores associados ao excesso de peso em criaças de uma favela do Nordeste brasileiro. Revista Paulista de Pediatria. São Paulo, v. 27,. 3, p. 251-257, 2009. TRONCON, J.K.; GOMES, J.P.; GUERRA-JUNIOR, G.; LALLI, C.A. Prevalêcia de obesidade em criaças de uma escola pública e de um ambulatório geral de Pediatria de hospital uiversitário. Revista Paulista de Pediatria. São Paulo, v. 25,. 4, p. 305-310, Dez 2007. ZIMMERMAN, F.J.; GLEW, G.M.; CHRISTAKIS, D.A.; KATON, W. Early Cogitive Stimulatio, Emotioal Support, ad Televisio Watchig as Predictors of Subsequet Bullyig Amog Grade-School Childre. Pediatric & Adolescet Medicie. v. 159, p. 384-8, 2005. FINANCIAMENTO Este projeto foi fiaciado em parte pelo CNPq - edital º 14/2011. 1 Uiversidade de Caxias do Sul - UCS. 2 Uiversidade Federal de Ciêcias da Saúde de Porto Alegre - UFCSPA. 3 Uiversidade Luteraa do Brasil - ULBRA. Ivo Remo Comadulli, 160 apto 31B Sata Cataria Caxias do Sul/RS. 95032-170 30 Coleção Pesquisa em Educação Física - Vol. 12,. 2, 2013 - ISSN: 1981-4313