RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA

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Transcrição:

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA 1. IDENTIFICAÇÃO DA TECNOLOGIA 1.1. Nome/Título Boas práticas para a produção da castanha-do-brasil em florestas naturais da Amazônia. 1.2. Objetivo Estratégico PDE/PDU Indique em qual objetivo estratégico da Embrapa (PDE/PDU) se enquadra a tecnologia avaliada: Objetivo Estratégico PDE/PDU Competitividade e Sustentabilidade do Agronegócio Inclusão da Agricultura Familiar x Segurança Alimentar Nutrição e Saúde Sustentabilidade dos Biomas Avanço do Conhecimento se aplica 1.3. Descrição Sucinta Nos últimos anos, poucas cadeias produtivas apresentaram tantas mudanças positivas quanto à da castanha-do-brasil no Estado do Acre. Essas mudanças foram motivadas por uma sequência de políticas públicas e pela estruturação de uma cooperativa de produtores. Fazendo uma abordagem quanto à distribuição e ocorrência da produção de castanha-do-brasil, os estados da região Norte (Amazonas, Acre e Pará) são os maiores produtores do País. Entre 2005 e 2008, o Acre era o maior produtor da região, a partir de 2009 o Amazonas registrou um aumento de 76% em relação ao ano anterior, alcançando a primeira posição, seguido pelos estados do Acre e Pará. Contudo, em 2011, o Acre registrou o maior volume de produção de todo o período analisado, passando de 12,3 mil toneladas em 2010 para 14 mil toneladas e mantendo-se como o segundo maior produtor do País, ficando atrás somente do Amazonas, onde se registrou um volume de 14,6 mil toneladas. Mato Grosso, o único estado produtor que não faz parte da região Norte, registrou 2,3 mil toneladas, tornando-se o quinto produtor do País. Diversos fatores contribuíram diretamente para o incremento na produção observado no Acre nos últimos anos. Dentre eles destacam-se a criação da Cooperativa Central de Comercialização de Extrativista do Acre (Cooperacre); a tributação aplicada pela Secretaria de Fazenda do Acre à saída da castanha-do-brasil com casca para outros estados; a ampliação da capacidade instalada nas agroindústrias do estado; a divulgação do produto em grandes centros do País por meio de feiras e rodadas de negócios; a desvalorização do dólar frente ao real nos últimos anos; o menor nível de exigências de procedência e qualidade para comercialização do produto internamente quando comparado ao que é praticado para exportação; a oferta de treinamentos, realizados por instituições como a Embrapa Acre, sobre Boas Práticas na Produção da castanha-do-brasil, para diversos agentes da cadeia produtiva da região Norte, dentre outras. Nesse contexto, a Embrapa orienta produtores 1

extrativistas do Acre para a adoção de cuidados no manejo da castanha-do-brasil, que podem fazer muita diferença na qualidade desse produto ao apresentar alternativas que visam afastar o risco da contaminação da castanha por aflatoxinas, substâncias de efeito cancerígenas detectadas somente por testes laboratoriais. Assim passou a recomendar as Boas Práticas nos procedimentos que começam na coleta e se estendem até a fase de beneficiamento do produto. Tais procedimentos proporcionaram maior qualidade e melhor rendimento para o produto. 1.4. Ano de Lançamento: 2011 1.5. Ano de Início de adoção: 2011 1.6. Abrangência Selecione os Estados onde a tecnologia selecionada está sendo adotada: Nordeste Norte Centro Oeste Sudeste Sul AL AC X DF ES PR BA AM GO MG RS CE AP MS RJ SC MA PA MT SP PB RO PE RR X PI TO RN SE A tecnologia está sendo utilizada por extrativistas dos estados do Acre e Roraima. Contudo foram ministrados cursos sobre boas práticas no manejo da castanha-dobrasil para técnicos de empresas públicas e privadas em praticamente em todos os Estados da região Norte. 1.7. Beneficiários Informe os principais benificiários da tecnologia, adotando a classificação mais apropriada. No caso de resultados de centros temáticos, informe os principais usuários dos resultados gerados (laboratórios, institutos de pesquisa, universidades, indústrias, etc.). Extrativistas Agricultores familiares Agroindústrias Associações Cooperativas 2- IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS NA CADEIA PRODUTIVA Identifique os principais impactos detectados e analise sucintamente a cadeia produtiva em que se insere a tecnologia, considerando os principais segmentos ou 2

componentes da mesma (produtores de insumos, produtores rurais, processamento, distribuição e consumo). Devem ser relacionados os diversos tipos de impactos detectados ou esperados (econômicos, sociais, ambientais, avanço do conhecimento, capacitação e/ou político-institucionais). Nos últimos dez anos tem-se observado que o mercado mundial de alimentos tem sido mais exigente em relação à qualidade dos produtos, fundamentado pela busca de maior segurança sanitária, através do estabelecimento de limites máximos de contaminação por microrganismos patogênicos geradores de micotoxinas. Diante deste cenário, os mercados importadores passarem a exigir maior grau de organização em todas as etapas da exploração da castanha-do-brasil, principalmente a partir de 2003, ano em que a Comunidade Econômica Europeia passou a estabelecer maior rigor e critérios de qualidade no momento da recepção do produto. Em função do sistema produtivo da castanha-do-brasil ser baseado em um modelo extrativismo tradicional em sua grande maioria, problemas como, oxidação ou ranço, podridões por microrganismos e a contaminação por micotoxinas comprometem a qualidade do produto no momento de sua comercialização. Dentre os principais problemas identificados na produção da castanha-do- brasil estão a elevada contaminação por bactérias do grupo coliforme, devido à sua prolongada exposição a fatores ambientais e às condições de manipulação na indústria, além da contaminação por fungos produtores de aflatoxinas (SOUZA et al., 2004). Neste contexto, a qualidade da castanha-do-brasil com casca comercializada representa atualmente o maior obstáculo para a comercialização da castanha-do-brasil, em particular para o mercado europeu. Neste cenário a Embrapa Acre, desenvolveu e validou as boas práticas para a produção da castanha-do-brasil em florestas naturais da Amazônia, com o objetivo de melhorar a qualidade do produto final, com foco na segurança alimentar e de dar sustentabilidade à cadeia produtiva ao propor práticas e técnicas que minimizam a incidência do fungo além de contribuir parta a melhoria de renda dos extrativistas que praticam a coleta do fruto da castanha-do-brasil. Dentre os principais elos e componentes identificados na cadeia produtiva da castanha-do-brasil no Acre se destacam: fornecedores de insumos, extrativistas, associações e sindicatos, cooperativas de agricultores familiares e extrativistas, usinas de beneficiamento para armazenagem da produção, exportadores, importadores e agentes de mercado interno que atuam na intermediação de compra e venda do produto. A Figura 1 apresenta a estrutura básica da cadeia produtiva da castanha-do-brasil no estado do Acre, identificando os diversos segmentos e atores referenciados neste relatório. 3

Ambiente institucional EMBRAPA, ICMBio, CONAB, BNDES, SUFRAMA, Banco da Amazônia S.A., Banco do Brasil S.A. Associações e Cooperativas Mercado local Fornecedores de insumos Sistema extrativista Agroindústrias Mercado nacional Consumidor final Intermediários Mercado externo Ambiente organizacional Pesquisa, extensão de tecnologia, cooperativas, associações e sindicatos Figura 1 Fluxograma da cadeia produtiva da castanha-do-brasil no Acre. EMBRAPA = Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária,. ICMBio = Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, BNDES = Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e SUFRAMA = Superintendência da Zona Franca de Manaus. 3. - AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS ECONÔMICOS 3.1- Avaliação dos Impactos Econômicos Estime os impactos econômicos gerados pela tecnologia em avaliação comparativamente à tecnologia adotada pelo produtor anteriormente. A metodologia proposta para esta avaliação é a do excedente econômico. Caso esta metodologia não seja adequada para avaliar os impactos econômicos da tecnologia, marque a opção "não se aplica" e justifique tal inadequação. : sim ( X ) não ( ) Caso seja possível usar o método do excedente econômico, especifique os benefícios gerados. Dada a diferenciação entre os diversos tipos de impactos econômicos (incremento de produtividade, redução de custos, expansão da produção em novas áreas e agregação de valor) são propostas quatro diferentes tabelas para que os dados sejam coletados e os benefícios econômicos estimados. As planilhas referentes a cada tipo de impacto foram desenvolvidas em plataforma Excel e estão em anexo. Transfira os dados das planilhas utilizadas para as tabelas seguintes. Atenção: No caso da participação da Embrapa, informe o percentual (%) e, no Item 3.2, as razões que o justificam, especialmente as deduções devidas a outros 4

parceiros. A literatura sobre o tema recomenda que esse percentual não seja superior a 70%. Nota: Para algumas tecnologias, é possível estimar benefícios utilizando mais de um tipo de impacto econômico. Tipo de Impacto: Redução de Custos Tabela Ab- Ganhos Unitários de Redução de Custos Tabela Ab- Ganhos Unitários de Redução de Custos Ano Unidade de Medida UM Custos Anterior - R$/UN (A) Custo Atual Kg/UM (B) Economia Obtida R$/UN C=(A-B) Tabela Bb- Benefícios Econômicos na Região Tabela Bb- Benefícios Econômicos na Região Ano Participação da Embrapa - % (D) Ganho Líquido Embrapa - R$/kg E=(CxD) Área de Adoção: Unidade de Medida - UM Área de Adoção/UM (F) Benefício Econômico - R$ G=(ExF) Tipo de Impacto: Expansão da Produção em Novas Áreas Tabela Ac - Ganhos Unitários de Renda Ano Unidade de Medida - UM Renda com Produto Anterior R$ (A) Renda com Produto Atual R$ (B) Renda Adicional Obtida R$ C=(B- A) 2002 0 2003 0 2004 0 2005 0 2006 0 2007 0 5

Tabela Bc- Benefícios Econômicos na Região Ano Participação da Embrapa - % (D) Ganho Líquido Embrapa - R$/UM E=(CxD) Área de Expansão: Unidade de Medida - UM Área de Expansão Quant./UM (F) Benefício Econômico - R$ G=(ExF) Tipo de Impacto: Agregação de Valor Tabela Ad- Ganhos Unitários de Renda por Agregação de Valor Ano Unidade de Medida - UM Renda com Produto sem Agregação - R$/UM (A) Renda com Produto com Agregação - R$/UM (B) Renda Adicional Obtida R$ C=(B- A) 2011 lata 21,00 27,60 6,6 2012 23,00 27,6 4,6 Tabela Bd - Benefícios Econômicos na Região Tabela Bd - Benefícios Econômicos na Região Participação Ganho Líquido Ano da Embrapa - Embrapa - R$/UM % (D) E=(CxD)/100 Unidade de Medida - UM Área de Adoção/UM (F) Benefício Econômico - R$ G=(ExF) 2011 50% 3,3 lata 5000 16500 2012 50% 2,3 17500 40250 3.2.- Análise dos impactos econômicos Dados os impactos estimados, comente os mesmos, sempre comparativamente a tecnologia anterior. Cite nos comentários o montante de benefícios econômicos estimado é, sobretudo o papel na Embrapa na geração de tais impactos. No caso da participação da Embrapa, informe o percentual (%), bem como as razões que o justificam especialmente as deduções devidas a outros parceiros. O impacto econômico é consequência da agregação de valor ao produto, que consiste na utilização das boas práticas para extração da castanha-do-brasil em florestas naturais. Essas práticas foram recomendadas pela Embrapa no âmbito do Programa Alimentos Seguros e pelo Codex Alimentarius. Na análise foi constatado um aumento no preço da lata de castanha em aproximadamente 20%, quando comparada com a castanha obtida da coleta convencional, já considerando a quebra de 10% no peso em função da seleção e limpeza. Esse incremento no preço R$/lata é justificado em função da melhor qualidade da castanha-do-brasil produzida de 6

acordo com as boas práticas de extração da castanha em florestas nativas. A participação da Embrapa Acre no desenvolvimento do processo Boas práticas para a produção da castanha-do-brasil em florestas naturais da Amazônia foi estimada em 50% devido todo processo ter sido desenvolvido em parceria com outras Entidades. O impacto econômico fruto do esforço de P&D da Embrapa Acre para o ano de 2012 foi estimado em aproximadamente R$ 40.250,00. Valor esse que representa a agregação de valor em 17.500 latas de castanha produzidas com a utilização das boas práticas de extração. 3.3. Fonte de dados Informe a fonte dos dados usados na avaliação, em especial o procedimento utilizado na coleta de dados. Cite as fontes: entrevistas a produtores, levantamentos realizados pela própria equipe de avaliação de impactos ou por outras instituições, informações fornecidas por cooperativas, etc. Caso a equipe tenha consultado usuários da tecnologia, informe o número de entrevistas realizadas, o perfil destes, se são produtores familiares (pequena escala e pouco vinculados ao mercado) e ou produtores patronais (médios e grandes, e basicamente orientados ao mercado) e, ainda, liste os municípios onde as entrevistas foram realizadas. A Tabela 3.3.1, baseada no modelo enviado pela Embrapa Cerrados, pode ser usada como referência. Nota: Pode-se acrescentar linhas à Tabela 3.3.1, caso haja necessidade. Tabela 3.3.1 Número de consultas realizadas por município Produtor Produtor Patronal Municípios Estado Familiar Total Pequeno Médio Grande Comercial Brasileia Acre 5 5 Total 5 4.- AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOCIAIS 4.1.- Avaliação dos Impactos Avalie os impactos sociais da tecnologia com o Sistema AMBITEC Social, consultando pelo menos dez usuários da tecnologia e digite nas colunas abaixo os coeficientes de impacto de cada componente. O Sistema AMBITEC Social foi desenvolvido sob a liderança da Embrapa Meio Ambiente. Visando facilitar o processo de análise dos resultados em cada um dos aspectos do AMBITEC Social, separou-se os seus indicadores em quatro Tabelas (4.1.1 a 4.1.4). As análises dos respectivos aspectos devem ser realizadas abaixo de cada tabela. Ao final (item 4.2) deve ser feita uma análise do índice de impacto social obtido. As consultas de opiniões devem ser dirigidas preferencialmente aos usuários da tecnologia, no entanto, caso isto não seja possível, pode-se consultar pessoas que conheçam os resultados da adoção da tecnologia, como por exemplo, os extencionistas e/ou os responsáveis pela transferência, externos à equipe de geração da tecnologia. Atenção! Caso a Unidade aplique o AMBITEC na íntegra, ou seja, consultando vários usuários e usando o modelo em Excel com os seus respectivos pesos, devese colocar nas tabelas os respectivos resultados finais de tal avaliação, conforme o 7

tipo de produtor consultado - Tipo 1: produtores familiares (pequena escala e pouco vinculados ao mercado) e Tipo 2: produtores patronais (médios e grandes e basicamente orientados ao mercado). As análises devem ser realizadas considerando também esta tipologia. Sempre que a equipe observar alguma diferenciação nos resultados a partir da adoção da tecnologia por tipos diferentes de produtores, deve-se apontar tais especificidades nas respectivas análises. Nota: Caso alguns itens da metodologia não sejam adequados para avaliar os impactos sociais da tecnologia, marque a opção "não se aplica" nas tabelas seguintes e justifique tal inadequação. Porém, se a equipe considerar que a metodologia AMBITEC-Social, integralmente, não se aplica, justifique logo abaixo. Lembramos que nos casos em que a metodologia realmente não se aplica a Unidade não é prejudicada na avaliação do relatório. A Unidade utilizou a metodologia AMBITEC-Social ( X ) sim ( ) não. 4.1.1.Tabela - Impactos sociais aspecto emprego (Sim/) Tipo 2 (**) Capacitação Sim 1,75 1,75 1,75 Oportunidade de emprego local qualificado 0,00 0,00 0,00 Oferta de emprego e condição do trabalhador 0,00 0,00 0,00 Qualidade do emprego 0.00 0.00 0.00 * Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial ). Com base nos valores apresentados na Tabela 4.4.1, descreva e comente os resultados obtidos ao analisar qualitativamente os indicadores do aspecto emprego. O aspecto relacionado ao emprego que compreende a análise dos indicadores de capacitação, oportunidade de emprego local qualificado, oferta de emprego e condição do trabalhador e qualidade do emprego. O indicador capacitação foi o único indicador que apresentou impacto positivo (1,75) uma vez que foram realizados vários treinamento com o envolvimento de técnicos do Governo do Estado do Acre e de Rondônia e de produtores extrativistas. Os demais indicadores permaneceram inalterados. 4.1.2. Tabela - Impactos sociais aspecto renda (Sim/) Tipo 2 (**) Geração de Renda do estabelecimento Sim 3,75 3,75 3,75 Diversidade de fonte de renda 0,0 0,0 0,0 Valor da propriedade Sim 2,25 2,25 2,25 * Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial) Com base nos valores apresentados na Tabela 4.1.2, descreva e comente os resultados obtidos ao analisar qualitativamente os indicadores do aspecto renda. O aspecto renda consiste na análise de três indicadores: geração de renda do estabelecimento, diversidade de fontes de renda e valor da propriedade. Na análise observa-se impacto positivo para os indicadores geração de renda do estabelecimento e valor da propriedade. No aspecto geração de renda do 8

estabelecimento a adoção das boas práticas no manejo da castanha-do-brasil proporcionou um moderado aumento nos atributos segurança estabilidade e montante, enquanto o indicador distribuição de renda permaneceu inalterado. A segurança, uma das variáveis que compõem o indicador geração de renda, refere-se à garantia de obtenção da renda que foi ampliada com a maior valoração do produto a partir da adoção da tecnologia. Quanto ao indicador valor da propriedade observa-se que a adoção das boas práticas no manejo da castanhado-brasil proporcionou um moderado aumento do componente devido a conservação dos recursos naturais e a investimentos em conservação dos castanhais, armazéns comunitários e melhorias realizadas em estradas e ramais de acesso às propriedades, fatores esses que contribuem para aumentar o valor da propriedade. Também há de se considerar o incremento no preço da ordem de 20% pago pela castanha manejada com boas práticas que contribuiu para um aumento moderado da variável preços de produtos e serviços. Referindo-se ao indicador diversificação de fonte de renda observa-se que a tecnologia não proporciona nenhuma alteração do componente, a diferença está simplesmente no manejo da matéria-prima. Portanto, o coeficiente de impacto apresenta valor igual a zero. 4.1.3. Tabela - Impactos sociais aspecto saúde (Sim/) Tipo 2 (**) Saúde ambiental e pessoal 0,00 0,00 0,00 Segurança e saúde ocupacional 0,00 0,00 0,00 Segurança alimentar Sim 4,50 4,50 4,50 * Tipo 1 - Produtor familiar (pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal (médio e grande, comercial) Com base nos valores apresentados na Tabela 4.1.3, descreva e comente os resultados obtidos ao analisar qualitativamente os indicadores do aspecto saúde. O aspecto saúde consiste na análise de três indicadores: saúde ambiental e pessoal, segurança e saúde ocupacional e segurança alimentar. Na análise observa-se a variável segurança alimentar apresentou um grande aumento no componente. O baixo nível tecnológico característico de cadeia produtiva da castanha-do-brasil, bem como as condições inadequadas de manejo e manuseio da matéria-prima favorece a constituição de pontos de contaminação com consequente risco à saúde do consumidor e perdas econômicas comuns em todas as etapas. Dentre os principais problemas identificados na produção da castanha-do-brasil estão à elevada contaminação por bactérias do grupo coliforme, devido à sua prolongada exposição a fatores ambientais e às condições de manipulação na indústria, além da contaminação por fungos produtores de aflatoxinas. Esses problemas têm se constituído em forte entrave para a comercialização do produto, principalmente no mercado externo dado o rigoroso controle de países importadores em relação aos níveis de toxinas presentes nos alimentos. Com a recomendação das Boas Práticas nos procedimentos que começam na coleta e se estendem até a fase de beneficiamento, a castanha-do-brasil sem casca (beneficiada) passa a ter maior qualidade, melhor rendimento e com menor ocorrência de agentes contaminantes. Os indicadores saúde ambiental e pessoal, segurança e saúde ocupacional não apresentaram nenhum efeito, permaneceram inalterados. 9

4.1.4. Tabela - Impactos sociais aspecto gestão e administração (Sim/) Tipo 2 (**) Dedicação e perfil do responsável Sim 4,00 4,00 4,00 Condição de comercialização Sim 1.05 1.05 1.05 Reciclagem de resíduos 0.00 0.00 0.00 Relacionamento institucional Sim 3,00 3,00 3,00 *Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial) Com base nos valores apresentados na Tabela 4.1.4, descreva e comente os resultados obtidos ao analisar qualitativamente os indicadores do aspecto gestão e administração. O aspecto gestão e administração consistem na análise de quatro indicadores: dedicação e perfil do responsável, condição de comercialização, reciclagem de resíduos e relacionamento institucional. Os indicadores dedicação e perfil do responsável e relacionamento institucional apresentaram grande aumento no componente, com índices de 4,00 e 3,00, respectivamente. Tratando-se da dedicação e perfil do responsável observou-se o maior envolvimento dos extrativistas que adotaram a tecnologia visando à melhoria na qualidade final do produto, fato que exigiu um aumento no tempo de serviço e em sua dedicação no manejo da castanha visando uma produção de melhor qualidade. Em relação ao relacionamento institucional, foi registrado o aumento de parcerias institucionais firmado entre a Embrapa Acre e instituições que atuam ao longo da cadeia produtiva da castanha-do-brasil, como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresa (SEBRAE Acre), Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (COOPERACRE), Secretaria de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (SEAPROF) e a Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (ASBRAER). O indicador condição de comercialização obteve um moderado aumento (1,05), justificado pelo fato de que apesar de um produto ter maior qualidade, permitir maior tempo de estocagem e de gerar maior rendimento quando comparado à castanha não manejada, rendimento este estimado em 18% superior, uma vez que uma lata de castanha não manejada tem aproveitamento de 3.3 kg e a castanha manejada rede 3.9 kg de castanha sem casca (beneficiada), A tecnologia foi lançada somente em 2011 e somente a partir daquele ano a Agroindústria passou a realizar testes de rendimentos com a produção oriunda de algumas associações vinculadas à COOPERACRE. Portanto, mesmo se registrando tais ganhos, as condições de comercialização ainda estão limitadas, fato que gerou o índice médio moderado para o indicador analisado. A análise do indicador reciclagem de resíduos permaneceu inalterado, com coeficiente de impacto apresentando valor igual à zero, uma vez que não se aplica à tecnologia ou não se registrou alteração à prática adotada anterior à tecnologia. 4.2.- Análise dos Resultados Faça uma análise agregada tomando por base do índice de impacto gerado pelo AMBITEC Social. Tipo 1 Tipo 2 1,36 1,36 1,36 Na análise conclui-se que processo Boas práticas para a produção da castanha-dobrasil em florestas naturais da Amazônia apresentou um Índice de Impacto Social 10

positivo com um valor de 1,36 de um máximo possível de 15 pontos. Portanto, recomendável para aplicação na extração da castanha, uma vez que no todo, contribui para melhoria das condições de vida no âmbito da propriedade rural com potencial para o aumento da renda do extrativista e para a melhoria da qualidade do produto final com vista na saúde e segurança alimentar. 4.3.- Impactos sobre o Emprego Estime e analise os impactos sobre o emprego com base numa quantificação do número adicional de mão-de-obra (antes e depois da adoção da tecnologia). Tais impactos devem ser analisados em termos quantitativos, ou seja, número de empregos considerando a mão-de-obra empregada ou liberada com a adoção da inovação. Nesta quantificação, deve ser levada em conta a situação anterior e deve-se descontar os empregos da tecnologia que foi substituída. Por outro lado, no caso dos empregos gerados nos demais segmentos da cadeia produtiva, a quantificação deve considerar também o aumento da produção decorrente do uso da tecnologia (incremento de produtividade, por exemplo). Em tal processo, podem ser usados dados primários sobre estimativas de impactos (alterações nos coeficientes técnicos de custos de produção, por exemplo), seja nos sistemas de produção, seja em outros segmentos da cadeia produtiva (processamento agroindustrial, distribuição, etc.). Para evitar super estimação, é importante compatibilizar os dados estimados com dados secundários (IBGE, censos, PNAD, etc.) A tecnologia não contribui diretamente para a geração de emprego, havendo apenas a melhoria da qualidade do produto. A cadeia produtiva estava estruturada e as operações para melhoria da qualidade do produto é realizado pelo mesmo pessoal que trabalhava no sistema tradicional. Número de empregos gerados ao longo da cadeia: 4.4. Fonte de dados Informe a fonte dos dados usados na avaliação, em especial, o número de usuários entrevistados para a avaliação dos impactos sociais a partir do uso da metodologia AMBITEC- Social. Comente sobre o perfil dos mesmos: se são produtores familiares (pequena escala e pouco vinculados ao mercado) e ou produtores patronais (médios e grandes e basicamente orientados ao mercado) e, ainda, liste os municípios onde as entrevistas foram realizadas. Já em relação a quantificação dos empregos gerados ou eliminados com o uso da tecnologia, informe as fontes utilizadas para a consulta de informações. A Tabela 4.4.1, baseada no modelo enviado pela Embrapa Cerrados, pode ser usada como referência. Nota: Pode-se acrescentar linhas à Tabela 4.4.1, caso haja necessidade. 11

Tabela 4.4.1 Número de consultas realizadas por município Produtor Produtor Patronal Municípios Estado Familiar Total Pequeno Médio Grande Comercial Brasiléia Acre 5 5 Total 5 5. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS A avaliação dos impactos ambientais da tecnologia selecionada deverá ser feita com base no modelo de avaliação desenvolvido pela Embrapa Meio Ambiente. Tal modelo, denominado "Sistema de Avaliação de Impacto Ambiental da Inovação Tecnológica Agropecuária (AMBITEC)", baseia-se num conjunto de indicadores e componentes envolvendo seis aspectos de caracterização do impacto ambiental alcance da tecnologia (abrangência e influência), eficiência tecnológica, conservação ambiental, recuperação ambiental, qualidade do produto, capital social e bem-estar e saúde do animal. Tais aspectos variam conforme o tipo de AMBITEC utilizado. 5.1.- Avaliação dos impactos ambientais Avalie os impactos ambientais da tecnologia, com base no "Sistema de Avaliação de Impacto da Inovação Tecnológica Agropecuária (AMBITEC)" consultando pelo menos dez usuários da tecnologia. Como existem três variações do AMBITEC, segundo a natureza da tecnologia, utilize a tabela apropriada e aponte os resultados nas colunas respectivas (Agro, Agroindústria ou Produção Animal). As consultas de opiniões devem ser dirigidas preferencialmente aos usuários da tecnologia, no entanto, caso isto não seja possível, pode-se consultar pessoas que conheçam os resultados da adoção da tecnologia, como por exemplo, os extensionistas e ou os responsáveis pela transferência, externos à equipe de geração da tecnologia. Da mesma forma que no caso do AMBITEC Social, a análise de cada aspecto da avaliação de impacto ambiental deverá ser feita em separado (Itens 5.1.2.1 a 5.1.7.1), abaixo das respectivas tabelas. Ao final (Item 5.2) deve ser feita uma análise do índice de impacto ambiental. Atenção! Caso a Unidade aplique o AMBITEC na íntegra, ou seja, consultando vários usuários e usando o modelo em Excel com os seus respectivos pesos, devese colocar nas tabelas os resultados finais de tal avaliação, conforme o tipo de produtor consultado - Tipo 1: produtores familiares (pequena escala e pouco vinculados ao mercado) e Tipo 2: produtores patronais (médios e grandes e basicamente orientados ao mercado). As análises devem ser realizadas considerando também esta tipologia. Sempre que a equipe observar alguma diferenciação nos resultados a partir da adoção da tecnologia por tipos diferentes de produtores, deve apontar tais especificidades. Nota: Caso alguns itens da metodologia não sejam adequados para avaliar os impactos ambientais da tecnologia, marque a opção "não se aplica" nas tabelas seguintes e justifique tal inadequação. Porém, se a equipe considerar que a metodologia AMBITEC, integralmente, não se aplica, justifique logo abaixo. Lembramos que nos casos em que a metodologia realmente não se aplica, a Unidade não é prejudicada na avaliação do relatório. 12

A Unidade utilizou a metodologia AMBITEC ( X ) sim ( ) não. 5.1.1.- Alcance da Tecnologia O alcance da tecnologia expressa a escala geográfica na qual esta influencia a atividade ou produto e é definido pela abrangência (área total cultivada com o produto em hectares) e a influência (porcentagem desta área à qual a tecnologia se aplica). Este é um aspecto geral da tecnologia, independente do seu uso local, portanto não está incluído nas matrizes de avaliação. Desta forma, deve ser descrito. A produção de castanha-do-brasil em 2012 nos Estados do Acre e Roraima que utilizam as boas práticas para extração da castanha em florestas naturais foi de 17.500 latas. Contudo a produção total corresponde a 1.133.750 latas. Portanto, apresenta uma área de inferência de 1,54%. 5.1.2.- Eficiência Tecnológica. A eficiência tecnológica refere-se à contribuição da tecnologia para a redução da dependência do uso de insumos, sejam esses insumos tecnológicos ou naturais. Os indicadores de eficiência tecnológica são: uso de agroquímicos, uso de energia e uso de recursos naturais. Tabela 5.1.2.1 - Eficiência Tecnológica (Sim/) Tipo 2 (**) Uso de agroquímicos/insumos químicos e ou materiais Uso de energia Uso de recursos naturais Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial Com base nos valores apresentados na Tabela 5.1.2.1, avalie e comente os resultados obtidos ao analisar qualitativamente os componentes do aspecto eficiência tecnológicos. se aplica 5.1.3.- Conservação Ambiental A contribuição da tecnologia para a conservação ambiental é avaliada segundo o seu efeito na qualidade dos compartimentos do ambiente, ou seja, atmosfera, capacidade produtiva do solo, água e biodiversidade. Selecione a tabela apropriada e digite os resultados nas colunas respectivas: Tabela 5.1.3.1 Conservação Ambiental para AMBITEC Agro (Sim/) Tipo 2 (**) Atmosfera Capacidade produtiva do solo Água Biodiversidade *Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial) 13

Tabela 5.1.3.2 Conservação Ambiental para AMBITEC Agroindústria (Sim/) Tipo 2 (**) Atmosfera Geração de resíduos sólidos Água *Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial) Tabela 5.1.3.3 Conservação Ambiental para AMBITEC Produção Animal (Sim/) Tipo 2 (**) Atmosfera Capacidade produtiva do solo Água Biodiversidade *Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial) Com base nos valores apresentados nas Tabelas 5.1.3.1 a 5.1.3.3, conforme o tipo de AMBITEC utilizado para avaliar a tecnologia, analise os resultados obtidos. se aplica 5.1.4.- Recuperação Ambiental Nota: Este item não deve ser preenchido quando a tecnologia for relativa à agroindústria. Tabela 5.1.4.1. - Recuperação Ambiental (Sim/) Tipo 2 (**) Recuperação Ambiental * Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial Com base no valor apresentado na Tabela 5.1.4.1, avalie e comente o resultado obtido ao analisar qualitativamente os componentes do aspecto recuperação ambiental. se aplica 5.1.5.- Qualidade do Produto A qualidade do produto refere-se aos efeitos da tecnologia em termos de conteúdo de aditivos, resíduos químicos e contaminantes biológicos. Nota: Este item não dever ser preenchido quando a tecnologia for avaliada segundo os critérios do AMBITEC Agro. 14

Tabela 5.1.5.1. Qualidade do Produto (Sim/) Tipo 2 (*) Qualidade do produto Sim 1,05 1,05 1,05 *Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial Com base no valor apresentado na Tabela 5.1.5.1, avalie e comente o resultado obtido ao analisar qualitativamente os componentes do aspecto qualidade do produto. Embora a castanha-do-brasil apresente alto valor nutricional e importância social, econômica e ambiental, a contaminação das amêndoas é um dos maiores problemas para o seu consumo. O sistema tradicional de manejo utilizado atualmente compromete a sua qualidade, favorecendo a alta incidência de agentes contaminantes, como fungos produtores de aflatoxinas, e torna o produto impróprio ao consumo (PINHEIRO, 2004). A contaminação por micotoxina ocorrente na castanha-do-brasil demandou trabalhos científicos no sentido de: Identificar pontos críticos de contaminação de amêndoas por micotoxina, nas diversas etapas do processo produtivo; Avaliar a influência de métodos de coleta de frutos de castanha na ocorrência de micotoxina; Definir critérios para coleta de frutos de castanha para prevenir contaminação por micotoxina; Desenvolver tecnologia para armazenamento das castanhas na mata e de Desenvolver depósitos apropriados para armazenagem de castanha, dentre outros (SANTOS, J. C.; et al., 2001). Os resultados da adoção das boas práticas no manejo da castanha-do-brasil apontaram um aumento moderado do indicador qualidade do produto da ordem de 1,05 de média geral. Espera-se que com a disseminação desta tecnologia este impacto aumente com a adesão de maior número de extrativista à tecnologia recomendada pela Embrapa. 5.1.6.- Capital Social O indicador relativo ao direcionamento social eventualmente fomentado na Empresa como conseqüência da adoção tecnológica reflete ganhos quanto: a) a predisposição para realizar consultas e levantamentos para captação de demandas e anseios da comunidade local quanto ao papel social da Empresa (captação de demandas locais); b) a capacitação dos residentes e colaboradores; c) a realização de projetos de extensão comunitária; e d) a divulgação da marca, via patrocínios e apoio à promoção de eventos. Nota: Este item deve ser preenchido somente quando a tecnologia for avaliada segundo os critérios do AMBITEC Agroindústria Tabela 5.1.6.1. Capital Social (Sim/) Tipo 2 (**) Capital Social 0.00 0.00 0.00 *Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial Com base no valor apresentado na Tabela 5.1.6.1, avalie e comente o resultado obtido ao analisar qualitativamente os componentes do aspecto capital social. 15

se aplica 5.1.7. Bem-estar e saúde do animal As questões relativas ao bem-estar, à saúde e à segurança animal são avaliadas no âmbito das áreas de pastagem ou de permanência extensiva dos animais e nas áreas confinadas, currais, granjas, tanques, etc. Nota: Este item deve ser preenchido somente quando a tecnologia for avaliada segundo os critérios do AMBITEC Produção Animal. Tabela 5.1.7.1. Bem-estar e saúde do animal (Sim/) Tipo 2 (**) Bem-estar e saúde do animal *Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial Com base no valor apresentado na Tabela 5.1.7.1, avalie e comente o resultado obtido ao analisar qualitativamente o componentes do aspecto bem estar e saúde do animal. se aplica 5.2.- Índice de Impacto Ambiental Faça uma análise do índice final de impacto ambiental gerado pelo AMBITEC no qual são agregados e ponderados os coeficientes anteriormente comentados (média ponderada dos Itens 5.1.2 a 5.1.7). Tipo 1 Tipo 2 0,11 0,11 0,11 No resultado agregado, o índice de impacto ambiental médio da adoção da inovação tecnológica foi positivo (0,11) de um total de 15 pontos. Portanto, a tecnologia, no aspecto geral, contribui para a melhoria do meio ambiente. Pontualmente, o indicador de relevância registrada que contribuiu como componente principal para o índice de impacto ambiental foi o indicador qualidade do produto com a variável contaminantes biológicos, uma vez que o principal foco da tecnologia é a redução da elevada contaminação por bactérias do grupo coliforme, devido à sua prolongada exposição a fatores ambientais e às condições de manipulação na indústria, além da contaminação por fungos produtores de aflatoxinas ocorrentes na castanha-dobrasil. 5.3. Fonte de dados Informe a fonte dos dados usados na avaliação, em especial o número de usuários entrevistados para a avaliação dos impactos sociais a partir do uso da metodologia AMBITEC. Comente sobre o perfil dos mesmos: se são produtores familiares (pequena escala e pouco vinculados ao mercado) e ou produtores patronais (médios e grandes e basicamente orientados ao mercado) e, ainda, liste os municípios onde 16

as entrevistas foram realizadas. A Tabela 5.3.1, baseada no modelo enviado pela Embrapa Cerrados, pode ser usada como referência. Nota: Pode-se acrescentar linhas à Tabela 5.3.1, caso haja necessidade. Tabela 5.3.1 Número de consultas realizadas por município Produtor Produtor Patronal Municípios Estado Familiar Total Pequeno Médio Grande Comercial Brasileia Acre 4 4 Total 4 As informações foram obtidas com extrativistas da reserva extrativista Chico Mendes. 6.- AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOBRE CONHECIMENTO, CAPACITAÇÃO E POLÍTICO-INSTITUCIONAL A avaliação de impacto considerando essas novas dimensões baseia-se na experiência do GEOPI/Unicamp na análise dos impactos sobre conhecimento, a capacitação e político-institucional, e nos indicadores por eles utilizados. Uma síntese dos aspectos conceituais que norteiam tal tipo de avaliação é apresentada no menu do SIDE ("Impacto na Capacitação"). Como esse tipo de avaliação é baseado em opiniões, para se manter a coerência com os AMBITECs ambiental e social, já usados nos relatórios de impacto anteriores, adotou-se a mesma escala (de -3 a +3). Na avaliação de impacto, consulte, pelo menos, três pessoas que podem ser membros da equipe responsável pela geração da tecnologia e/ou de outras áreas da Unidade como as de sócioeconomia, transferência de tecnologia e comunicação, que conheçam a tecnologia e, se possível, as suas evidências de impacto. Em tal processo, recomenda-se diversificar, ao máximo, o perfil técnico das pessoas consultadas. Nota: A avaliação de impactos desta dimensão é opcional para os Centros de Produtos e Ecorregionais. 6.1.- Impactos sobre o Conhecimento Avalie os impactos gerados em termos do avanço do conhecimento, em função da natureza dos resultados obtidos, dadas as vantagens dessas novas metodologias, técnicas ou métodos desenvolvidos usando a tabela abaixo. Esta avaliação deve ser feita com base em evidências de que a tecnologia/conhecimento está sendo usada por instituições de pesquisa ou de ensino, laboratórios, etc., ou no seu potencial para gerar impactos futuros. Um exemplo de evidência de que existe impacto sobre o conhecimento é o registro (depósito) de patentes. 17

Nota: Caso esta metodologia não seja adequada para avaliar os impactos sobre o conhecimento da tecnologia, marque a opção "não se aplica" nas Tabelas seguintes e justifique tal inadequação no Item 6.4. Com base na Tabela 6.1.1, faça uma análise dos resultados da avaliação de impactos mostrando os avanços técnico-científicos obtidos, relativamente à situação anterior. Item opcional para os Centros Ecorregionais. Tabela 6.1.1. - Impacto sobre o Conhecimento (Sim/ ) Avaliador 1 Avaliador 2 Avaliador 3 Nível de geração de novos conhecimentos Grau de inovação das novas técnicas e métodos gerados Nível de intercâmbio de conhecimento Diversidade dos conhecimentos aprendidos Patentes protegidas Artigos técnico-científicos publicados em periódicos indexados Teses desenvolvidas a partir da tecnologia Escala: Muito negativo (-3): redução de mais de 75%; Negativo (-1): redução de mais de 25% e menos de 75%; Sem mudança (0): sem alteração ou alterações que representam reduções ou aumentos menos de 25%; Positivo (1): aumento de mais de 25% e menos de 75%; Muito positivo (3): aumento de mais de 75%. 6.2.- Impactos sobre Capacitação Avalie os impactos da tecnologia ou conhecimento gerado em termos de capacitação ou formação de capacidades, decorrentes da geração, tanto do produto final (tecnologia), quanto de produtos intermediários. Devem ser considerados os eventuais impactos em termos de melhoria na capacidade de criar e participar de rede de P&D e melhoria da capacidade de transferir estes conhecimentos para outros agentes. Nota: Caso esta metodologia não seja adequada para avaliar os impactos sobre capacitação e aprendizagem da tecnologia, marque a opção "não se aplica" nas tabelas seguintes e justifique tal inadequação no item 6.4. Item opcional para os Centros Ecorregionais. Tabela 6.2.1 - Impacto sobre Capacitação (Sim/ Avaliador 1 Avaliador 2 Avaliador 3 ) Capacidade de se relacionar com o ambiente externo Capacidade de formar redes e de estabelecer parcerias. Capacidade de compartilhar equipamentos e instalações. Capacidade de socializar o conhecimento gerado Capacidade de trocar informações e dados 18

codificados. Capacitação da equipe técnica. Capacitação de pessoas externas. Escala: Muito negativo (-3): redução de mais de 75%; Negativo (-1): redução de mais de 25% e menos de 75%; Sem mudança (0): sem alteração ou alterações que representam reduções ou aumentos menos de 25%; Positivo (1): aumento de mais de 25% e menos de 75%; Muito positivo (3): aumento de mais de 75%. Com base na Tabela 6.2.1, analise os resultados da avaliação descrevendo as principais evidências de impactos obtidos, relativamente à situação anterior. 6.3. - Impactos Político-institucional Avalie os impactos obtidos ou esperados em termos organizacionais ou políticoinstitucionais considerados como decorrentes dos resultados gerados com o desenvolvimento e adoção da tecnologia. Tal avaliação deve ser feita com base em evidências de que houve impactos organizacionais como, por exemplo, na melhoria na capacidade de gestão, seja de projetos, seja do próprio Centro. Nesta dimensão, incluem-se também os impactos na formulação de políticas públicas, nas relações com outras instituições e na própria imagem da Embrapa. Nota: Caso esta metodologia não seja adequada para avaliar os impactos políticoinstitucionais da tecnologia, marque a opção "não se aplica" nas tabelas seguintes e justifique tal inadequação no Item 6.4. Item opcional para os Centros Ecorregionais. Tabela 6.3.1 - Impacto Político-institucional (Sim/ ) Avaliador 1 Avaliador 2 Avaliador 3 Mudanças organizacionais e no marco institucional Mudanças na orientação de políticas públicas Relações de cooperação público-privada Melhora da imagem da instituição Capacidade de captar recursos Multifuncionalidade e interdisciplinaridade das equipes Adoção de novos métodos de gestão e de qualidade Escala: Muito negativo (-3): redução de mais de 75%; Negativo (-1): redução de mais de 25% e menos de 75%; Sem mudança (0): sem alteração ou alterações que representam reduções ou aumentos menos de 25%; Positivo (1): aumento de mais de 25% e menos de 75%; Muito positivo (3): aumento de mais de 75%. Com base na Tabela 6.3.1, analise os resultados da avaliação descrevendo as principais evidências de impactos obtidos, relativamente à situação anterior. 6.4. Análise Agregada dos Impactos sobre o Conhecimento, Capacitação e Político-institucionais. Faça uma análise agregada dos resultados das avaliações dos Itens 6.1 a 6.3 ou justifique a inadequação da metodologia sugerida. Item opcional para os Centros Ecorregionais. 6.5. Fonte de dados 19

Indique o perfil e o número de pessoas que fizeram a avaliação dos impactos sobre conhecimento, capacitação e político-institucional. Nota: citar os nomes das pessoas. se aplica 7- AVALIAÇÃO INTEGRADA E COMPARATIVA DOS IMPACTOS GERADOS Dados os resultados obtidos nas avaliações dos diversos tipos de impactos identificados e analisados nas seções anteriores (Itens 3, 4, 5 e 6), faça uma análise final integrando todos os impactos da tecnologia em questão. Na comparação dos impactos com os anos anteriores, devem ser levados em conta apenas os impactos decorrentes de incrementos na taxa de adoção da tecnologia. Sempre que houver aumento de benefícios decorrentes de uma maior adoção tecnológica, devem ser apresentadas evidências (bibliografia, fontes, nome da instituição informante, etc.) que comprovem tal incremento. Nota: Deve-se evitar que na análise comparativa sejam considerados aumentos de benefícios (excedentes) de um ano para outro que, na realidade, são decorrentes de melhorias no processo de coleta de dados e não de aumento na taxa de adoção. As avaliações demonstram que a tecnologia recomendada pela Embrapa Acre das Boas práticas para a produção da castanha-do-brasil em florestas naturais da Amazônia, apresentou desempenho positivo nos aspectos econômicos, sociais e ambientais, mesmo considerando que a área de influência da tecnologia sobre a produção registrada no Acre em 2012 foi da ordem de 3,5%, além do interesse pela utilização da tecnologia em outros estados. Fatores esses que sinalizam para o potencial de gerar impactos ambientais, sociais e econômicos para toda a cadeia produtiva de castanha-do-brasil. Nesse sentido, na análise do impacto econômico foi constatado a um aumento na receita da ordem de 20% no preço pago na safra de 2012 pela lata da castanha-do-brasil manejada em relação à não manejada. Este incremento se justifica em função da melhor qualidade da castanha-do-brasil produzida de acordo com as boas práticas de manejo recomendadas pela tecnologia, uma vez que tal prática proporciona maior tempo de prateleira/armazenagem, maior rendimento e um produto que atende aos padrões internacionais de segurança alimentar. Na esfera social, a tecnologia das Boas práticas para a produção da castanha-do-brasil em florestas naturais da Amazônia apresentou um Índice de Impacto Social médio positivo com um valor de 1,36 de um máximo possível de 15 pontos. Portanto, recomendável para aplicação no campo, uma vez que no todo, contribui para melhoria das condições de vida no âmbito da propriedade rural com potencial para o aumento da renda do extrativista e para a melhoria da qualidade do produto final com vista na saúde e segurança alimentar. E, o resultado agregado o índice de impacto ambiental médio da adoção da inovação tecnológica foi positivo (0,11) de um total de 15 pontos. Portanto, a tecnologia, no aspecto geral, contribui para a melhoria do meio ambiente. Pontualmente, o indicador de relevância registrada que contribuiu como componente principal para o índice de impacto ambiental foi o indicador qualidade do produto com a variável contaminantes biológicos, uma vez que o principal foco da tecnologia é a redução da elevada contaminação por bactérias do grupo coliforme, devido à sua prolongada exposição a fatores ambientais e às condições de 20

manipulação na indústria, além da contaminação por fungos produtores de aflatoxinas ocorrentes na castanha-do-brasil. Considerando todos os aspectos levantados, conclui-se que a Boas práticas para a produção da castanha-do-brasil em florestas naturais da Amazônia, traz significativos benefícios para todos os segmentos da cadeia produtiva. Fato que confere na sua utilização, uma maior competitividade do produto no mercado e contribuindo para a sustentabilidade da cadeia produtiva da castanha-do-brasil. 8. CUSTOS DA TECNOLOGIA 8.1 - Estimativa dos Custos Inclua na Tabela 8.1.1 uma estimativa dos gastos da Embrapa com pessoal, custeio e capital (depreciação) na geração (P&D) e na transferência da tecnologia objeto da avaliação de impacto. Em tal estimativa devem ser incluídas tanto as despesas diretas (projeto), como as indiretas (administração e manutenção do centro, treinamento, etc.), conforme instruções no menu "Instruções de Custos". Nota: Como nos benefícios, as estimativas são específicas da Embrapa; neste item devem ser incluídas apenas as despesas da Empresa. Tabela 8.1.1. Estimativa dos custos Ano Custos de Pessoal Custeio de Pesquisa Depreciação de Capital Custos de Administração Custos de Transferência Tecnológica Total 2006 21.934,51 9.240,36 6.500,00 2.361,05 0,00 40.035,92 2007 26.701,46 10.324,16 7.200,00 2.628,62 0,00 46.854,24 2008 48.240,16 11.200,00 8.000,00 2.889,00 0,00 70.320,16 2009 80.057,42 15.325,00 10.000,00 3.795,00 0,00 109.177,42 2010 105.163,33 21.000,00 12.000,00 4.950,00 0,00 143.113,33 2011 102.854,93 28.000,00 15.000,00 6.450,00 56.781,61 209.086,54 2012 32.605,75 32.605,75 8.2 - Análise dos Custos Comente as estimativas de custos apresentadas na Tabela 8.1.1, especificando de maneira sucinta a metodologia de cálculo usada, especialmente no caso das despesas indiretas. Atualmente a estimativa dos custos para 2012, refere-se aos custos de transferência tecnológica que compreendeu despesas para realização palestras e treinamentos para capacitação de técnicos no Acre e em outros Estados da Federação, que compreendeu despesas com passagens, diárias e pessoal (percentuais relativo a dedicação dos instrutores). 9 AÇÕES SOCIAIS Descreva as principais ações sociais, relacionadas a esta tecnologia, desenvolvidas pela Unidade e que são caracterizadas para fins do Balanço Social da Empresa. Tais ações são aquelas atividades extra-pesquisa desenvolvidas pelas Unidades e que, desde 1997, vêm sendo explicitadas no Balanço Social. Tipo de Ação Informe na Tabela 9.1 a categoria em que se enquadra a ação social desenvolvida com base na classificação usada no Balanço Social. 21