RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA

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1 [ RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA Data limite para o envio da Síntese do Relatório de Impactos: 31/12/2018. Data limite para o relatório completo: 28/02/2019. Nome da tecnologia: Teste de Desempenho de Touros Jovens Ano de avaliação da tecnologia: 2018 Unidade: Embrapa Cerrados Equipe de Avaliação: Carlos Eduardo Tito Carlos Rocha de Sousa Planaltina - DF, Fevereiro de

2 Sumário 1 - IDENTIFICAÇÃO DA TECNOLOGIA Fixação Biológica do Nitrogênio na Cultura de Soja Objetivo Estratégico PDE/PDU Descrição Sucinta Outras Informações Ano de Lançamento Ano de Início de adoção Abrangência Beneficiários IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS NA CADEIA PRODUTIVA - CARACTERIZAÇÃO DO AGRONEGÓCIO DA SOJA NO BRASIL Setores de Insumos Sistemas de Produção Indústria do Esmagamento Principais Mercados Internacionais para a Soja Brasileira e seus Derivados AVALIAÇÕES DOS IMPACTOS ECONÔMICOS Avaliações dos Impactos Econômicos Análises dos impactos econômicos Participação da Embrapa e parceiros nos benefícios gerados. Ampliação dos impactos econômicos AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOCIAIS Avaliação dos Impactos Fonte de dados Análise dos Resultados Impactos sobre o Emprego AVALIAÇÕES DOS IMPACTOS AMBIENTAIS Avaliação dos impactos ambientais Alcance da Tecnologia Eficiência Tecnológica Conservação Ambiental Índice de Impacto Ambiental AVALIAÇÃO INTEGRADA E COMPARATIVA DOS IMPACTOS GERADOS Perspectivas de Adoção da Tecnologia de FBN CUSTOS E RENTABILIDADE DA TECNOLOGIA - FixBioNitrogSoja Estimativa dos Custos - Valores Nominais Pressupostos Análise Benefício/Custo - Valores Nominais (Benefícios líquidos e custos, em valores nominais) Análise de Sensibilidade da Taxa Interna de Retorno (TIR) Conclusão - Análise de Sensibilidade da Taxa Interna de Retorno (TIR) Estimativa dos Custos - Valores Corrigidos Ampliação/Correção dos Custos Nominais

3 Análise de Sensibilidade da Taxa Interna de Retorno (TIR) BIBLIOGRAFIA RESPONSÁVEL

4 1 IDENTIFICAÇÃO DA TECNOLOGIA Teste de despempenho de touros jovens Objetivo Estratégico PDE/PDU Tabela XXXX- Objetivo Estratégico no Plano Diretor da Embrapa (PDE) e Plano Diretor da Unidade (PDU) X Competitividade e Sustentabilidade do Agronegócio Inclusão da Agricultura Familiar Segurança Alimentar - Nutrição e Saúde X Sustentabilidade dos Biomas Avanço do Conhecimento Não se aplica Descrição Sucinta A identificação de animais geneticamente superiores é uma ferramenta que vem sendo utilizada visando aumentar a rentabilidade dos sistemas pecuários. Os testes de desempenho de touros jovens (TDTJ) vêm sendo desenvolvidos desde 1998, com objetivo de identificar animais superiores para características de carcaça, de crescimento, reprodutivas e de biótipo (Brunes et al. In 8 seminário jovens talentos). O TDTJ realizado pela Embrapa Cerrados / Arroz e Feijão em parceria com a Associação Goiana de Criadores de Zebu (AGCZ) no centro de Desempenho Animal. Esse Centro é mantido pelo Núcleo Regional da Embrapa Cerrados em área da Embrapa Arroz e Feijão, foi construído com investimento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), do Fundo para o Desenvolvimento da Pecuária em Goiás (Fundepec) e da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco). E ainda tem como parceiros a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), a AGCZ, a Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANCP), Aval Serviços Tecnológicos e CRVLagoa. Esse teste de desempenho tem o objetivo de avaliar a performance animal e a contribuição desse componente genético em sistemas Integrados de culturas anuais e pastagens. Durante o teste são avaliados touros jovens das raças zebuínas, mais especificamente da raça Nelore, com o intuito de identificar animais superiores em ganho de peso, rendimento de carcaça e reprodução. Animais oriundos de diferentes rebanhos são utilizados com intuito de padronizar as condições ambientais de criação. Espera-se que as diferenças de desempenho entre os animais representem, com 4

5 credibilidade, as diferenças genéticas. Dentre os maiores benefícios, pode-se destacar a possibilidade de se estimar o mérito genético dos animais jovens, antecipando assim sua utilização, além de classificar os animais, com a maior precisão, promovendo uma redução do intervalo de gerações e, consequentemente, o aumento do progresso genético dos rebanhos. Fundamentos tecnológicos do teste de desempenho de touros jovens Para participar do teste a propriedade rural deve participar obrigatoriemnete de algum programa de melhoramento genético reconhecido pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento (MAPA), bem como possuir registro de contole dos animais pela Associsação Brasileira de Criadores de Zebú (ABCZ). Os registros devem possuir identificação legível (serie e RGN) na orelha esquerda e na perna direita marcação a fogo. Os animais a serem testados devem ter idade de 180 a 303 dias de vida, com peso calculado de 550 dias (180 kg). Após a verificação desses requisitos a propriedade rural recebe a visita de um técnico da Embrapa, Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANCP) ou ABCZ. O período de teste possui duração de 294 dias, sendo que 70 dias são de adaptação e 224 de prova efetiva. As pesagens ocorrem a cada de 56 dias contados após o período de adaptação. O exame andrológico é outro requisito necessário para que é um exame altamente específico, avaliando condições clínicas gerais quanto e condições reprodutivas. Nesse exame avaliase os órgãos reprodutivos, com a medição da circunferência escrotal, avaliação dos testículos e epidídimos quanto à simetria, temperatura, sensibilidade dolorosa, lesões e cicatrizes. Coleta-se o sêmen por eletroejaculação com avaliação imediata do sêmen coletado (Figura 1). Após o resultado, é emitido um um laudo indicando se o animal está apto à reprodução. 5

6 Figura 1. Exames andrológicos para inclusão de animal no teste de desempenho de touros jovens. Foto: TDTJ Dr. Cláudio U. Magnabosco O teste de desempenho de touros jovens A eficiência das provas de ganho em peso em identificar animais geneticamente superiores em bovinos de corte é constatada por programas de avaliações genéticas tanto nos órgãos oficiais como de empresas particulares, nos quais, touros avaliados em TDTJ são, de maneira geral, líder de sumários (LÔBO et al., 2004; MAGNABOSCO et al., 2008). Os sumários de touros mostram as Diferenças Esperadas nas Progênies (DEPs) favoráveis para várias características dos touros avaliados em TDTJs. Dessa forma, ficam evidenciadas as grandes vantagens da utilização dos testes de desempenho individual, na identificação de genótipos superiores para características de crescimento (LÔBO et al., 2004). Para exemplificar a aplicação e funcionalidade da utilização de reprodutores testados geneticamente, foi realizada uma simulação econômica no qual foi levado em consideração o peso médio da raça Nelore ao sobreano (270,0 kg) no Brasil, o peso médio ao sobreano de touros comerciais Nelore PO (300,0 kg), o peso médio ao sobreano dos animais Nelore marca BRGN (339,0 kg) e o peso médio ao sobreano dos animais do Teste de Desempenho de Touros Jovens (TDTJ) da Embrapa da safra 2014/2015 (393,0 kg). 6

7 Assumindo-se um coeficiente de herdabilidade de 0,40 para peso aos 550 dias de idade e, multiplicando-a pela diferença entre a média das progênies de machos Nelore do rebanho nacional, a média das progênies de rebanhos comerciais Nelore PO (convencionais), a média do rebanho Nelore BRGN e a média dos animais Nelore participantes do Teste de Desempenho de Touros Jovens (TDTJ), foi possível obter uma superioridade de 11 kg, 15 kg e 49 kg/animal, respectivamente (Figura 2). Isto demonstra que machos oriundos e selecionados do rebanho Nelore BRGN e do TDTJ, tem resultado em progênies superiores em relação à média nacional e também superiores à média de rebanhos convencionais Nelore PO. Figura 2. Comparativo de três critérios de escolha de reprodutores selecionados para peso ao sobreano. Fonte: TDTJ Dr. Cláudio Magnabosco Corroborando estes resultados é possível observar (Figura 3) as diferenças em peso dos animais com idades de 12 e 18 meses, em função de sua classificação genética, ou seja, estas diferenças tendem a representar aumentos médios de cerca de 8% e 5% em kg de peso vivo, respectivamente. 7

8 Figura 3. Comparativo entre as médias de um rebanho acasalado com touro TOP 90% e TOP 1% em ambos cenários A e B. Fonte: TDTJ Dr. Cláudio Magnabosco Uma vez que touros geneticamente superiores têm deixado progênies também superiores, sua contínua e racional utilização de animais provenientes dos Testes de Desempenho de Touros Jovens e de origem Nelore BRGN, tenderá a agregar cada vez mais elevados valores econômicos por meio dos aumentos nas características de desempenho e de grande importância econômica. Benefícios e Custos Econômicos do teste de desempenho de touros jovens - Ganho de peso A melhoria genética que os touros jovens imprimem aos seus filhos (produtos) resulta em um ganho de peso suérior do que a média nacional e, também a média de rebanhos controlados como foi apresentado na figura 2. - Aumento da produtividade O ganho de peso ocorre em menor tempo em relação à médias nacionais. Com isso, a utilização da terra é otimizada trazendo ganhos em produtividade por unidade de área Geração de renda Efeito Poupa Terra 8

9 Pressupostos para análise de impacto Análise dos impactos econômicos O teste de desempenho de touros jovens vem selecionando animais Elite e Superior desde o ano de A análise considerou todos os touros selecionados classificados como Elite e Superior desde sua implantação. - Ano de Lançamento: Ano de Início de adoção: Abrangência - Beneficiários 2 AVALIAÇÕES DOS IMPACTOS ECONÔMICOS - Avaliações dos Impactos econômicos Devido escassez de tempo e informações só foi possível, no momento, quantificar o impacto de incremento de produtividade, traduzido no ganho de pêso em torno de 49kg/animal que convertidos área Ano Rendimento Anterior/ UM Rendimento Atual/ UM Preço Unitário R$/UM Custo Adicional R$/UM Ganho Unitário R$/UM Participação da Embrapa % Ganho Líquido Embrapa R$/UM Área de Adoção Benefício Econômico (A) (B) (C) (D) E=[(B-A)xC]-D (F) G=(ExF) (H) I=(GxH) ,00 0% 0,00 0, ,00 30% 44, ,22 Fonte: Equipe SPAT Embrapa Cerrados 9

10 3 Custos e Rentabilidade da Tecnologia Ano Pessoal Custeio Depreciação Administração Transferência Custo da Tecnologia , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,02 10

11 Tabela 10 Avaliação dos impactos ambientais pelo sistema Ambitec-Agro Indicadores Não se aplica Coeficiente Eficiência Tecnológica Uso de materiais / uso de insumos veterinários -2,5 Uso de energia 0 Uso de recursos naturais 4,5 Conservação Ambiental Atmosfera -0,8 Capacidade produtiva do solo 0 Biodiversidade 3,9 Qualidade da água 0 Geração de resíduos sólidos 3 Recuperação Ambiental 3,9 Qualidade do Produto 0 Bem-estar e Saúde do Animal 15 Capital Social 7,65 Índice de Impacto Ambiental 0,5 11

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13 .- BIBLIOGRAFIA 7 EQUIPE RESPONSÁVEL Tito Carlos Rocha de Sousa 13