ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DA RECEITA DE SERVIÇOS (DEZEMBRO- 2015)

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Vasco Arruda Pinhal
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Variação (%) ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DA RECEITA DE SERVIÇOS (DEZEMBRO- 2015) BRASIL: Volume de Negócios do Setor de Serviços Fecha o ano em Queda Em dezembro de 2015, o setor de Serviços recuou 5,0%

1 Variação (%) ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DA RECEITA DE SERVIÇOS (DEZEMBRO- 2015) BRASIL: Volume de Negócios do Setor de Serviços Fecha o ano em Queda Em dezembro de 2015, o setor de Serviços recuou 5,0% no volume de negócios em relação à dezembro de Somente em junho o volume de negócios nos serviços foi positivo. A taxa acumulada no ano foi de -3,6%, o pior desempenho da série histórica iniciada em Já a receita nominal de serviços registrou uma pequena variação positiva de 0,3%. A taxa acumulada da receita nominal no ano ficou em 1,3%. Ver tabela 1 com o resumo dos indicadores. Tab.1 Brasil: Evolução do Volume de Negócios no Setor de Serviços em 2015 Variação do Volume de Negócios Receita Nominal de Período no Setor de Serviços Serviços Dezembro 2015/Dezembro ,0% 0,3% Acumulado no ano -3,6% 1,3% Acumulado em 12 meses -3,6% 1,3% O gráfico abaixo ilustra a variação mensal do volume de negócios (vendas) do setor serviços no Brasil. Assim como o varejo, a situação foi difícil para os empresários do setor de serviços, somente o mês de junho apresentou saldo positivo em Ver o gráfico 1 abaixo. Gráfico 1. Brasil: Variação Mensal do Volume de Negócios no Setor de Serviços (2015) Brasil: Variação Mensal do Volume de Negócios no Setor de Serviços (2015) - -0,1 - -6,0-1 -6,4-4,5-6,3-7,2-8,3-7,8-5,8-6,3-5,0 A PMS de dezembro mostrou que todos os segmentos registraram variações negativas: Serviços prestados às famílias (-7,0%); Serviços de informação e comunicação (- 0,4%); Serviços profissionais, administrativos e complementares (-8,8%), Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (-6,9%) e Outros serviços (-1%). A taxa acumulada, no ano e em 12 meses, ficou em -3,6%. O agregado especial das Atividades turísticas registrou quedas de 1,4%, em dezembro, e de 1,9%, em novembro, e crescimento de 0,2%, em outubro. A receita nominal registrou crescimento de 0,3% em dezembro, em relação a dezembro de 2014, contra -0,9% em novembro e -0,4% em outubro. Ver a tabela 2.

2 Tab 2. Brasil: Variação do Volume de Negócios no Setor de Serviços (Dezembro/2015) Atividades Mês/Igual Mês do Ano Anterior Acumulado Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Outubro Novembro Dezembro No Ano 12 Meses Brasil -5,8-6,4-5,0-3,6-3,6 1 - Serviços prestados às famílias -4,8-6,6-7,0-5,3-5, Serviços de alojamento e alimentação -5,1-7,2-5,6-5,5-5, Outros serviços prestados às famílias -2,7-2,5-14, Serviços de informação e comunicação -3,2-4,3-0, Serviços TIC -3,5-4,2-0,3 0,6 0, Telecomunicações - -4,6-3,2-0,4-0, Serviços de Tecnologia da Informação -1,7-2,9 8,2 4,5 4, Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias -1,5-4,6-1,1-3,8-3,8 3 - Serviços profissionais, administrativos e complementares -7,3-6,7-8,8-4,3-4, Serviços técnico-profissionais -9,3-7,2-12,5-9,7-9, Serviços administrativos e complementares -6,6-6,5-7,3-2,4-2,4 4 - Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio -6,7-8,5-6,9-6,1-6, Transporte terrestre -12,5-14,3-11,5-10,4-10, Transporte aquaviário 17,3 15,6 6,2 17,6 17, Transporte aéreo 14,1 11,3 16,3 4,3 4, Armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio -3,7-6,2-5, Outros serviços -13,8-7,7-1 -9,0-9,0 6 - Atividades Turísticas 0,2-1,9-1,4-2,1-2,1 O RECORTE REGIONAL DA PESQUISA DE SERVIÇOS No que se refere aos resultados regionais do setor de serviços em dezembro, na comparação com igual mês do ano anterior, quatro Unidades da Federação apresentaram variações positivas de volume, isto é, Roraima (12,6%), Mato Grosso (10,5%), Rondônia (3,0%) e Alagoas (1,6%). As maiores variações negativas de volume foram observadas no Amapá (- 16,8%), Maranhão (-13,8%) e Bahia (-12,7%). Ver o gráfico 2. Em termos regionais, analisando-se as Atividades turísticas, segundo as Unidades da Federação selecionadas, as variações positivas de volume foram registradas no Distrito Federal (10,4%) e São Paulo (1,0%). As variações negativas de volume foram registradas no Espírito Santo (-9,9%), Santa Catarina (-9,4%), Goiás (-6,6%), Ceará (-4,4%), Minas Gerais (- %), Pernambuco (-3,7%), Rio Grande do Sul (-3,1%), Bahia (-2,9%), Rio de Janeiro (-2,1%) e Paraná (-1,8%).

3 Unidades da Federação Gráfico 2. Brasil: Variação do Volume de Negócios no Setor de Serviços, por Unidade da Federação (Dezembro2015) - 16,8 Brasil: Variação do Volume de Negócios no Setor de Serviços, por Unidade da Federação (Dezembro/2015) RR 12,6-12,7-13,6-10,8-8,2-8,9-6,6-6,9-6,9-7,5-5,0-5,1-5,4-5,5-6,2-0,3 PA - 1,2 TO - 1,3 PR - 1,7 RJ - 2,5 MT MS RO BARSIL RN MG GO AC AM BA MA AP 1,6 3,0 7,0 10, , ,0 5,0 1 15,0 Variação (%) AL DF PI SC RS PB SP SE CE PE ES

Variação (%) Variação (%) NORDESTE: Volume de Serviços apresenta Resultados Negativos A PMS de dezembro revelou que o volume de serviços apresentou saldo negativo em oito dos nove estados da Região.

4 Variação (%) Variação (%) NORDESTE: Volume de Serviços apresenta Resultados Negativos A PMS de dezembro revelou que o volume de serviços apresentou saldo negativo em oito dos nove estados da Região. Somente o Estado de Alagoas apresentou saldo positivo em dezembro. Ver o gráfico 3. Gráfico 3. Nordeste: Variação do Volume de Negócios no Setor de Serviços (Dez/ 2015) Nordeste: Variação do Volume de Negócios no Setor de Serviços (Dezembro/2015) 1, ,0-8, ,6-5,4-5,1-7,5-6, ,0-13,8-12,7 SERGIPE : Volume de Negócios e Receita de Serviços Continuam em Queda Em Sergipe, o volume de negócios do setor de serviços no mês de dezembro apresentou queda de -6,2%. Foram dez meses com saldo do volume de negócios em queda, somente nos meses de março e junho o setor de serviços obteve resultados positivos. Com essa dinâmica de retração dos negócios, o setor acumulou no ano um saldo (-5,4%). A redução do poder aquisitivo da população, combinada com a variação dos preços de vários segmentos do setor de serviços, acima da inflação, podem ter contribuído para que o volume dos negócios tivesse uma dinâmica de retração e fechasse o ano com saldo negativo. Ver gráfico 4. Gráfico 4. Sergipe: Variação Mensal do Volume de Negócios no Setor de Serviços (2015) Sergipe: Variação Mensal do Volume de Negócios no Setor de Serviços (2015) 2,8 - -0,1 - -6,0-1 -3,2-2,4-2,7-8,3-7,8-4,2-7,1-6,2

5 Título do Eixo Em Sergipe, a receita nominal do setor de serviços finalizou o ano com saldo negativo em dezembro (-%) e voltou a cair, seguindo sua trajetória declinante ao longo do ano. O gráfico 5 ilustra as variações mensais da receita nominal do setor de serviços em Sergipe, no ano de Somente em três meses a receita de serviços foi positiva, março, junho e setembro. No ano, a receita de serviços foi de -1,1%. Gráfico 5. Sergipe: Variação Mensal da Receita Nominal de Serviços (/2015) 8,0 Sergipe: Variação Mensal da Receita Nominal de Serviços (2015) 7,2 6, ,0 2,8 jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15-0,1-2,4-2,7-3,2 0,3 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15-2, ,7 - CONSIDERAÇÕES Observando tanto a evolução do volume de negócios como a receita de serviços, é difícil vislumbrar uma recuperação significativa para o setor nos próximos meses. Essa crise que estamos passando não é pontual. Em dezembro, somente o Estado de Alagoas obteve saldo positivo no volume de negócios. Em todo Brasil, somente cinco estados tiveram o volume de negócios com resultados positivos. O Estado de Sergipe vive uma crise que está repercutindo em todas as atividades do setor produtivo, sem exceções. A situação dos setores de serviços não é diferente. O desemprego em nosso estado é preocupante e o saldo de 2015 mostra isso, pois foram fechados postos de trabalho no ano, sem considerar as pessoas que se encontram numa situação involuntária de não-trabalho, por falta de oportunidade de trabalho, ou que exercem trabalhos irregulares com desejo de mudança. O desemprego em Sergipe vai além do que o CAGED/MTE mostra. O setor de serviços representa mais de 68,6% do PIB de Sergipe, no entanto, não vemos nenhuma política pública de emprego ou mesmo de desenvolvimento com encadeamentos, que poderiam gerar mais emprego e renda para a população sergipana. O ambiente de negócios não está sendo favorável e as pequenas empresas, que poderiam gerar empregos, estão se retraindo e adiando seus investimentos, assim como as grandes e médias empresas. O ano de 2015 foi caracterizado como um dos anos mais difíceis para o setor produtivo.

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