Relatório de Gestão 2006 do Departamento de Ciência e Tecnologia em Saúde (Decit)



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Transcrição:

MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos Departamento de Ciência e Tecnologia em Saúde Relatório de Gestão 2006 do Departamento de Ciência e Tecnologia em Saúde (Decit) Série C. Projetos, Programas e Relatórios Brasília DF 2007

2007 Ministério da Saúde. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é da área técnica. A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada na íntegra na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde: http://www.saude.gov.br/bvs O conteúdo desta e de outras obras da Editora do Ministério da Saúde pode ser acessado na página: http://www.saude.gov.br/editora Série C. Projetos, Programas e Relatórios Tiragem: 1.ª edição 2007 150 exemplares Elaboração, distribuição e informações: MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos Departamento de Ciência e Tecnologia Esplanada dos Ministérios, Bloco G, Edifício Sede, sala 845 CEP: 70058-900, Brasília DF Tel.: (61) 3315-3466/3298 Fax: (61) 3315-3463 E-mail: decit@saude.gov.br Home page: http://www.saude.gov.br/sctie/decit Equipe Técnica de Elaboração: Suzanne Jacob Serruya Diretora Angélica Pontes Antonia Angulo Flávia Elias José Seixas Lourenço Márcia Motta Revisão Técnica: Alfredo Schechtman Antonia Angulo Ivy Fermon EDITORA MS Documentação e Informação SIA trecho 4, lotes 540/610 CEP: 71200-040, Brasília DF Tels.: (61) 3233-1774 / 2020 Fax: (61) 3233-9558 E-mail: editora.ms@saude.gov.br Home page: www.saude.gov.br/editora Equipe editorial: Normalização: Valéria Gameleira da Mota Revisão: Lilian Assunção projeto gráfico e diagramação: Impresso no Brasil / Printed in Brazil Ficha Catalográfica Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Ciência e Tecnologia. Relatório de Gestão 2006 do Departamento de Ciência e Tecnologia em Saúde (Decit) / Editora do Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Ciência e Tecnologia. Brasília : Ministério da Saúde, 2007. 1 CD-ROM : il. : 4 ¾ (Série C. Projetos, Programas e Relatórios) ISBN 978-85-334-1442-6 1. Administração e saúde pública. 2. Ciência e Tecnologia. 3. Política de saúde. I. Título. II. Série. NLM WA 525-546 Catalogação na fonte Coordenação-Geral de Documentação e Informação Editora MS OS 2007/0325 Títulos para indexação: Em inglês: Management Report 2006 of the Department of Science and Technology in Health (DECIT) Em espanhol: Informe de Gestión 2006 del Departamento de Ciencia y Tecnologica in Salud (DECIT)

SUMÁRIO Lista De Figuras 7 Lista De Gráficos 7 Lista De Quadros 7 Lista De Tabelas 9 Lista De Siglas 11 APRESENTAÇÃO 17 Coordenação-Geral de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico............... 19 Coordenação-Geral de Avaliação de Tecnologias em Saúde....................... 19 Coordenação-Geral de Biotecnologia em Saúde.............................. 21 Coordenação-Geral de Comunicação e Informação........................... 22 Coordenação-Geral de Desenvolvimento Institucional.......................... 23 1 SUSTENTAÇÃO E FORTALECIMENTO DO ESFORÇO NACIONAL EM CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM SAÚDE 27 1.1 Editais Temáticos de Pesquisa..................................... 27 1.1.1 Edital de Estudo do Envelhecimento Populacional e Saúde do Idoso............. 29 1.1.2 Edital de Genética Clínica..................................... 32 1.1.3 Edital de Gestão do Trabalho em Saúde, Gestão da Educação em Saúde e Comunicação e Informação em Saúde....................................... 35 1.1.4 Edital de Estudos em Populações Expostas à Contaminação Ambiental...........44 1.1.5 Edital de Estudo de Doenças Negligenciadas.......................... 47 1.1.6 Edital de Estudo de Determinantes Sociais da Saúde, Saúde da Pessoa com Deficiência, Saúde da População Negra e Saúde da População Masculina 6................ 59 1.2 Redes de Pesquisa e Estudos Multicêntricos.............................. 72 1.2.1 Estudo Multicêntrico para Caracterização Molecular das Hemofilias A e B e Determinação do Estado de Portadora de Hemofilia no Brasil......................... 72 1.2.2 Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher PNDS 2006...... 75 1.2.3 Rede Nacional de Pesquisa Clínica em Hospitais de Ensino.................. 76 1.2.4 Rede Multicêntrica de Avaliação de Implantes Ortopédicos Remato............ 92 1.2.5 Estudo Multicêntrico Longitudinal em Doenças Cardiovasculares e Diabetes Mellitus Elsa Brasil................................................. 94 1.2.6 Avaliação e Acompanhamento de Projetos sobre Hantavírus................. 98 1.3 Acompanhamento das Pesquisas Fomentadas Via Finep no Ano de 2004............ 104 1.4 Projetos Financiados pelo Decit em Cooperação Técnica com a Unesco............. 106 2 Criação do Sistema Nacional de Inovação em Saúde 109 2.1 Projeto Inovacina............................................ 109 2.2 Editais Temáticos de Pesquisa para Inovação............................ 109 2.2.1 Edital Fármacos e Insumos Farmacêuticos a partir de Algas Marinhas........... 110

2.2.2 Edital de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica Voltados à Ampliação e Consolidação do Programa Rede Nordeste de Biotecnologia Renorbio 2..........111 2.2.3 Carta-Convite de Produtos Terapêuticos e Diagnósticos....................115 2.3 Programa Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde................. 123 2.3.1 Desenvolvimento do Programa Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde 2006.......................................... 123 2.3.2 Acompanhamento e Avaliação das Pesquisas Apoiadas por meio dos Editais 2004/2005 do PPSUS................................... 138 2.4 Cooperação Internacional....................................... 157 2.5 Ações em Biotecnologia, Biossegurança, Propriedade Intelectual e Bioética em Saúde..... 163 2.5.1 Avaliação e Acompanhamento de Projetos........................... 163 2.5.2 Planejamento Estratégico da Atuação do Ministério da Saúde................ 165 2.5.3 Articulação Intersetorial para o Desenvolvimento e Implantação de Ações........ 167 2.5.4 Coordenação de Fóruns de Biotecnologia, Bioética, Propriedade Intelectual e Biossegurança no Âmbito de Atuação do Ministério da Saúde................ 168 2.5.5 Participação em Comissões Inter e Intraministeriais..................... 172 2.5.6 Produção Técnica e Científica.................................. 173 2.6 Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o SUS 2006................. 175 2.7 Gerenciamento Orçamentário do Decit 178 3 Aprimoramento da Capacidade Regulatória do Estado 181 3.1 Avaliação do Sistema CEP/Conep.................................. 181 3.2 Normatização, Regulamentação e Legislações Nacionais e Internacionais em Biotecnologia, Biossegurança, Propriedade Intelectual e Bioética em Saúde........... 182 3.3 Construção de Políticas Públicas no Âmbito Federal, em Biotecnologia, Biossegurança e Bioética em Saúde.................................. 185 3.4 Estruturação e Institucionalização da Área de Avaliação de Tecnologias em Saúde no Sistema Único de Saúde................................... 186 3.5 Articulação e Formação de Rede de Apoio para o Desenvolvimento de Ações em Avaliação de Tecnologias em Saúde............................ 196 3.6 Estudos de Avaliação de Tecnologias em Saúde........................... 207 3.7 Apoio no Posicionamento do Ministério da Saúde nas Questões Relacionadas à Avaliação de Tecnologias em Saúde......................................... 213 4 Difusão dos Avanços Científicos e Tecnológicos 215 4.1 Reestruturação do Site (Sítio)..................................... 215 4.2 Publicações Institucionais....................................... 215 4.3 Traduções de Documentos....................................... 216 4.4 Apoio à Divulgação Científica..................................... 217 4.5 Apoio a Eventos Científicos em Saúde................................ 218 4.6 Observatório de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde..................... 222 4.7 Participação em Encontros Estaduais de CEPS........................... 227

4.8 Organização do Evento Decit + 2: Atuação do Ministério da Saúde em Ciência, Tecnologia e Inovação................................................. 228 5 Formação, Capacitação e Absorção de Recursos Humanos no Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde 233 5.1 Capacitação dos Comitês de Ética em Pesquisa........................... 233 5.2 Gerenciamento dos Recursos Humanos do Decit.......................... 236 Referências 243 Anexos 245 Anexo A Formulário para Apresentação dos Resultados das Pesquisas Apoiadas pelo PPSUS.. 245 Anexo B Formulário para a Avaliação das Pesquisas pelo Especialista no Seminário de Acompanhamento e Avaliação do PPSUS.............................. 248 Anexo C Proposta de Programação do 1.º Encontro Nacional dos Comitês de Ética em Pesquisa 251 Anexo D Formulário de Solicitação de Estudos em Avaliação de Tecnologias em Saúde..... 254 Anexo E Critérios de Priorização de Avaliação de Tecnologias em Saúde.............. 258 Anexo F Edital Padrão n.º 001/2006.................................. 259 Anexo G Termo de Compromisso da Pós-Graduação Área de Concentração: Gestão de Tecnologias em Saúde.......................................... 262 Anexo H Fôlder de Pós-Graduação Mestrado Profissional Área de Concentração: Gestão de Tecnologias em Saúde e Especialização em Gestão de Tecnologias em Saúde.......... 265 EQUIPE TÉCNICA............................................. 266 5

LISTA DE FIGURAS Figura 1 Fluxograma do processo de acompanhamento e avaliação das pesquisas financiadas pelo PPSUS. Decit, 2006............................... 126 Figura 2 Fluxo de construção da Política Nacional de Gestão de Tecnologias em Saúde. Decit, 2006...................................... 190 Figura 3 Fluxo preliminar de solicitação de estudos em ATS. Decit, 2006............... 191 Figura 4 Página de abertura da área virtual de Avaliação de Tecnologias em Saúde disponível no Portal do Ministério da Saúde. Decit, 2006.......................... 194 Figura 5 Fluxo de informação do projeto do Observatório de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde. Decit, 2006................................ 224 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 Evolução do investimento financeiro do PPSUS nos biênios 2004/2005 e 2006/2007 por UF. Decit, 2006............................ 125 Gráfico 2 Demonstrativo dos temas contemplados nas Oficinas de Prioridades de Pesquisa, segundo a freqüência de seleção pelos estados. Decit, 2006.......... 130 Gráfico 3 Demonstrativo das subagendas de pesquisa utilizadas nos editais do PPSUS, segundo a freqüência de estados. Decit, 2006................... 134 Gráfico 4 Distribuição do percentual dos recursos financeiros para fomento à pesquisa, segundo a modalidade de contratação. Decit 2003 a 2006.......... 180 Gráfico 5 Avaliação do conteúdo programático de curso de Medicina Baseada em Evidências (MBE). Decit, 2006........................... 199 Gráfico 6 Distribuição dos funcionários do departamento por coordenação. Decit, 2006......................................... 237 Gráfico 7 Distribuição dos funcionários do departamento por modalidade de contrato e vínculo empregatício. Decit, 2006..................... 237 Gráfico 8 Distribuição dos funcionários do departamento por titulação acadêmica. Decit, 2006.. 239 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Critérios para avaliação dos projetos. Carta-Convite de Produtos Terapêuticos e Diagnósticos Decit/Finep, 2006....................................... 117 Quadro 2 Critérios utilizados para eleição de prioridades de pesquisa em saúde. Decit, 2006.... 128 Quadro 3 Cronograma das Oficinas de Prioridades de Pesquisa em Saúde realizadas por UF. Decit, 2006....................................................... 131 Quadro 4 Demonstrativo das pesquisas apresentadas no Seminário Final de Acompanhamento e Avaliação do Estado de Alagoas Edital PPSUS/2002-2003........................ 141 Quadro 5 Demonstrativo das pesquisas apresentadas no Seminário Parcial de Acompanhamento e Avaliação do estado de Alagoas Edital PPSUS/2004-2005........................ 141 Quadro 6 Demonstrativo das pesquisas apresentadas no Seminário Parcial de Acompanhamento e Avaliação do Estado do Amazonas Edital PPSUS/2004-2005...................... 142 7

Quadro 7 Demonstrativo das pesquisas apresentadas no Seminário Parcial de Acompanhamento e Avaliação do Estado da Bahia Edital PPSUS/2004-2005............. 143 Quadro 8 Demonstrativo das pesquisas apresentadas no Seminário Parcial de Acompanhamento e Avaliação do Estado do Ceará Edital PPSUS/2004-2005............. 145 Quadro 9 Demonstrativo das pesquisas apresentadas no Seminário Parcial de Acompanhamento e Avaliação do Distrito Federal Edital PPSUS/2004-2005........... 146 Quadro 10 Demonstrativo das pesquisas apresentadas no Seminário Parcial de Acompanhamento e Avaliação do Estado do Mato Grosso Edital PPSUS/2004-2005....... 148 Quadro 11 Demonstrativo das pesquisas apresentadas no Seminário Final de Acompanhamento e Avaliação do Estado da Paraíba Edital PPSUS/2002-2003.......... 149 Quadro 12 Demonstrativo das pesquisas apresentadas no Seminário Parcial de Acompanhamento e Avaliação do Estado da Paraíba Edital PPSUS/2004-2005.......... 150 Quadro 13 Demonstrativo das pesquisas apresentadas no Seminário Parcial de Acompanhamento e Avaliação do Estado do Pernambuco Edital PPSUS/2004-2005....... 151 Quadro 14 Demonstrativo das pesquisas apresentadas no Seminário Parcial de Acompanhamento e Avaliação do Estado do Piauí Edital PPSUS/2004-2005........... 153 Quadro 15 Demonstrativo das pesquisas apresentadas no Seminário Parcial de Acompanhamento e Avaliação do Estado de Santa Catarina Edital PPSUS/2004-2005...... 153 Quadro 16 Demonstrativo das pesquisas apresentadas no Seminário Final de Acompanhamento e Avaliação do Estado do Sergipe Edital PPSUS/2002-2003.......... 156 Quadro 17 Demonstrativo das pesquisas apresentadas no Seminário Parcial de Acompanhamento e Avaliação do Estado de Sergipe Edital PPSUS/2004-2005.......... 156 Quadro 18 Descritivo das atividades a serem desenvolvidas pelas instituições envolvidas no acordo de cooperação técnica Brasil-Peru e identificação dos órgãos demandantes e demandados. Decit, 2006............................ 159 Quadro 19 Trabalhos premiados e menções honrosas por categoria, autor e tipo de premiação. Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o SUS 2006......... 177 Quadro 20 Distribuição dos recursos financeiros do departamento segundo ação programática do PPA. Decit, 2006.............................. 179 Quadro 21 Distribuição do repasse orçamentário segundo carteira de fomento e origem do recurso. Decit, 2006................................ 179 Quadro 22 Comissão para elaboração da Política Nacional de Gestão de Tecnologias em Saúde. Decit, 2006................................ 187 Quadro 23 Resultados das reuniões da Comissão de Relatoria da PNGTS. Decit, 2006....... 188 Quadro 24 Cronograma das etapas de trabalhos realizados pela comissão da PNGTS. Decit, 2006.............................................. 189 Quadro 25 Instituições selecionadas e abrangência preferencial das propostas para mestrado profissional área de concentração: Gestão de Tecnologias em Saúde Decit, 2006.......... 197 Quadro 26 Instituições selecionadas e abrangência preferencial das propostas para especialização em Gestão de Tecnologias em Saúde Decit, 2006........... 198 Quadro 27 Participantes do Grupo de discussão em ATS por instituição. Oficina de Prioridades de Pesquisa em Saúde Decit, 2006........................ 208 Quadro 28 Relação de documentos traduzidos, por título e idioma. Decit, 2006........... 216 8

Quadro 29 Relação de projetos selecionados na 1.ª Chamada Pública de Apoio a Eventos Científicos em Saúde Decit, 2006................................. 218 Quadro 30 Relação de projetos selecionados na 2.ª Chamada Pública de Apoio a Eventos Científicos em Saúde Decit, 2006............................ 220 Quadro 31 Calendário do processo para a implementação do Sisnep. Decit, 2006.......... 236 Quadro 32 Demonstrativo da situação da implementação do Sisnep, por UF e número de municípios envolvidos, de CEPs, de treinamentos realizados e de participantes. Decit, 2006......................................... 236 Quadro 33 Distribuição dos funcionários do departamento por coordenação e modalidades de contrato. Decit, 2006............................ 239 Quadro 34 Distribuição dos funcionários do departamento por coordenação e formação acadêmica. Decit, 2006.............................. 241 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Distribuição dos projetos qualificados e recursos investidos por editais temáticos de pesquisa. Cooperação técnica Decit/CNPq, 2006....................... 27 Tabela 2 Relação de projetos aprovados no Edital de Genética Clínica. Decit, 2006.......... 34 Tabela 3 Relação de projetos aprovados na linha Gestão do Trabalho em Saúde. Edital de Gestão do Trabalho em Saúde, Gestão da Educação em Saúde e Comunicação e Informação em Saúde Decit, 2006..................................... 39 Tabela 4 Relação de projetos aprovados na linha Gestão da Educação em Saúde. Edital de Gestão do Trabalho em Saúde, Gestão da Educação em Saúde e Comunicação e Informação em Saúde Decit, 2006............................. 40 Tabela 5 Relação de projetos aprovados na linha Comunicação e Informação em Saúde. Edital de Gestão do Trabalho em Saúde, Gestão da Educação em Saúde e Comunicação e Informação em Saúde Decit, 2006............................. 43 Tabela 6 Relação de projetos aprovados no Edital de Estudos em Populações Expostas à Contaminação Ambiental. Decit, 2006.................................... 46 Tabela 7 Relação de projetos aprovados na linha de determinantes sociais da saúde. Edital de Estudo de Determinantes Sociais da Saúde, Saúde da Pessoa com Deficiência, Saúde da População Negra e Saúde da População Masculina Decit, 2006................ 65 Tabela 8 Relação de projetos aprovados na linha de Saúde da Pessoa com Deficiência. Edital de Estudo de Determinantes Sociais da Saúde, Saúde da Pessoa com Deficiência, Saúde da População Negra e Saúde da População Masculina Decit, 2006................ 67 Tabela 9 Relação de projetos aprovados na linha de saúde da população negra. Edital de Estudo de Determinantes Sociais da Saúde, Saúde da Pessoa com Deficiência, Saúde da População Negra e Saúde da População Masculina Decit, 2006................ 69 Tabela 10 Relação de projetos aprovados na linha de saúde da população masculina. Edital de Estudo de Determinantes Sociais da Saúde, Saúde da Pessoa com Deficiência, Saúde da População Negra e Saúde da População Masculina Decit, 2006................ 71 9

Tabela 11 Distribuição dos projetos qualificados e recursos investidos por editais temáticos de pesquisa para inovação. Cooperação técnica Decit/CNPq, 2006.............. 109 Tabela 12 Relação de projetos aprovados no Edital de Fármacos e Insumos Farmacêuticos a partir de Algas Marinhas. Decit, 2006........................... 111 Tabela 13 Critérios de análise e julgamento das propostas. Edital Renorbio. Decit, 2006....... 113 Tabela 14 Relação de projetos aprovados no Edital Renorbio. Decit, 2006............... 114 Tabela 15 Relação dos projetos aprovados na 1.ª rodada linha fármacos e medicamentos. Carta-Convite de Produtos Terapêuticos e Diagnósticos Decit/Finep, 2006.............. 119 Tabela 16 Relação dos projetos recomendados para a 2.ª rodada linha fármacos e medicamentos. Carta-Convite de Produtos Terapêuticos e Diagnósticos Decit/Finep, 2006.............. 120 Tabela 17 Relação dos projetos aprovados na 2.ª rodada linha fármacos e medicamentos. Carta-Convite de Produtos Terapêuticos e Diagnósticos Decit/Finep, 2006..... 121 Tabela 18 Projetos selecionados na 1.ª rodada para a linha Kits Diagnósticos. Carta-Convite de Produtos Terapêuticos e Diagnósticos Decit/Finep, 2006.............. 122 Tabela 19 Projetos selecionados na 2.ª rodada para a linha Kits Diagnósticos. Carta-Convite de Produtos Terapêuticos e Diagnósticos Decit/Finep, 2006.............. 123 Tabela 20 Demonstrativo dos recursos financeiros investidos no PPSUS por UF no biênio 2006/2007. Decit, 2006....................................... 124 Tabela 21 Descritivo do cronograma de lançamento dos editais do PPSUS em 2006......... 134 Tabela 22 Distribuição dos recursos financeiros investidos no PPSUS por UF, segundo fonte financiadora. Decit, 2006........................................... 136 Tabela 23 Descritivo do cronograma de realização dos seminários de A&A por UF PPSUS/2006 140 Tabela 24 Demonstrativo dos parâmetros e valores utilizados para remuneração do pessoal contratado na modalidade produto. Decit, 2006.............................. 238 10

LISTA DE SIGLAS ABDI Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial Abenfo Associação Brasileira de Obstetrizes e de Enfermeiras Obstétricas Abrasco Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva ABRAUHE Associação Brasileira dos Hospitais Universitários e de Ensino Aisa/MS Assessoria de Assuntos Internacionais de Saúde do Ministério da Saúde Anis Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero ANPPS Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde ANS Agência Nacional de Saúde Suplementar Anvisa Agência Nacional de Vigilância Sanitária ASCES Associação Caruaruense de Ensino Superior ATS Avaliação de Tecnologias em Saúde C&T Ciência e Tecnologia C&T/S Ciência e Tecnologia em Saúde Capes Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CBS Comissão de Biossegurança em Saúde CCTI/MS Conselho de Ciência e Tecnologia e Inovação do Ministério da Saúde CDTS/Fiocruz Centro de Desenvolvimento Tecnológico da Fundação Oswaldo Cruz Cealag Centro de Estudos Augusto Leopoldo Ayrosa Galvão Cebrap Centro Brasileiro de Análise e Planejamento Cedec Centro de Estudos de Cultura Contemporânea Cefet Centro Federal de Educação Tecnológica Cefid/Udesc Centro de Educação Física, Fisioterapia e Desportos/Universidade do Estado de Santa Catarina Cepesc Centro de Estudo e Pesquisa em Saúde Coletiva Cepon Centro de Pesquisas Oncológicas CEP Comitês de Ética em Pesquisa CG-ATS Coordenação-Geral de Avaliação de Tecnologias em Saúde do Decit CGCI Coordenação-Geral de Comunicação e Informação do Decit CGDI/MS Coordenação-Geral de Documentação e Informação do Ministério da Saúde Citec Comissão de Incorporação de Tecnologias em Saúde CNBS Conselho Nacional de Biossegurança CNCTIS Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde CNDSS Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais da Saúde CNEN Comissão Nacional de Energia Nuclear CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNS Conselho Nacional de Saúde COHRED Council for Helth Reseach for Development Conasems Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde Conass Conselho Nacional de Secretários de Saúde Conep Comissão Nacional de Ética em Pesquisa COPI/MS Comissão de Propriedade Industrial do Ministério da Saúde Cosems Conselho dos Secretários Municipais de Saúde 11

CPqAM Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães CPqGM Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz CT Comitê Temático CTI Ciência, Tecnologia e Inovação CTIS Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde CTNBio Comissão Técnica Nacional de Biossegurança CTSPN/MS Comitê Técnico da Saúde da População Negra do Ministério da Saúde DAE/SAS/MS Departamento de Atenção Especializada Secretaria de Atenção à Saúde Ministério da Saúde DAF/SCTIE/MS Departamento de Assistência Farmacêutica Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos Ministério da Saúde DATASUS Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde Decit Departamento de Ciência e Tecnologia em Saúde Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos Ministério da Saúde DENB/UFMG Departamento de Enfermagem Básica da Universidade Federal de Minas Gerais DES/SCTIE/MS Departamento de Economia da Saúde Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos Ministério da Saúde DPOC Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica DST/Aids Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids EBAP/FGV Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas Elsa Brasil Estudo Multicêntrico Longitudinal em Doenças Cardiovasculares e Diabetes Mellitus ENSP/Fiocruz Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca EPSJV Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio ESP/CE Escola de Saúde Pública do Ceará EsSalud Seguro Social de Salud del Perú Famerp Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto FAP Fundação de Amparo à Pesquisa Fapeal Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas Fapesp Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo Fapeu Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária FBDC Fundação Bahiana para Desenvolvimento das Ciências FBDC/EBMSP Fundação Bahiana para o Desenvolvimento das Ciências/Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública FCM/UPE Faculdade de Ciências Médicas/Universidade de Pernambuco FCMSC/SP Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo FEESC Fundação de Ensino e Engenharia em Santa Catarina Fepecs Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde FGV Fundação Getúlio Vargas Finep Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência e Tecnologia Fiocruz Fundação Oswaldo Cruz Fiotec Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde FIR Faculdade Integrada do Recife FMJ Faculdade de Medicina de Juazeiro do Norte FMRP Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto FMTAM Fundação de Medicina Tropical do Amazonas 12

FOP/UPE Faculdade de Odontologia de Pernambuco/Universidade de Pernambuco Funape Fundação de Apoio à Pesquisa da Universidade Federal de Goiás Funasa Fundação Nacional de Saúde Fundesc Fundação Estadual para o Desenvolvimento do Desporto de Santa Catarina Fundeste Fundação Universitária de Desenvolvimento do Oeste Funed Fundação Ezequiel Dias FURB Fundação Universidade Regional de Blumenau GC Genética Clínica Gepec/Anvisa Gerência de Medicamentos Novos, Pesquisas e Ensaios Clínicos/Agência Nacional de Vigilância Sanitária GHC Grupo Hospitalar Conceição GT-ATS Grupo de Trabalho de Avaliação de Tecnologias em Saúde HAART Highly Active Anti-retroviral Therapy HCFMRP/USP Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo HCFMUSP Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo HCPA Hospital de Clínicas de Porto Alegre HC/UFG Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás Hemoam Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas Hemominas Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia de Minas Gerais hemope Fundação de Hematologia, Hemoterapia de Pernambuco HRT Hospital Regional de Taguatinga HUAC Hospital Universitário Alcides Carneiro HUCFF/UFRJ Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro HUJBB Hospital Universitário João de Barros Barreto HUOC Hospital Universitário Oswaldo Cruz HUPES Hospital Universitário Professor Edgard Santos HUUFMA Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão HUWC/FCPC Hospital Universitário Walter Cantídio/Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura Ibama Instituto Brasileiro do Meio Ambiente IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBMP Instituto de Biologia Molecular do Paraná IBMP Instituto de Biologia Molecular do Paraná Ibope Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística Ibusp Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo ICS Instituto Curitiba de Saúde IEC Instituto Evandro Chagas Iepa Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá IFF/Fiocruz Instituto Fernandes Figueira ILPC Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer ILSL Instituto Lauro de Souza Lima Imip Instituto Materno-Infantil de Pernambuco IMS Instituto de Medicina Social INAHTA International Network of Agencies for Health Technology Assessment Inca Instituto Nacional de Câncer 13

Incor Instituto do Coração Inmetro Instituto Nacional de Meteorologia Inpa Instituto Nacional de Pesquisa na Amazônia Into Instituto Nacional de Tráumato-Ortopedia IOC/Fiocruz Instituto Oswaldo Cruz IPA/PE Instituto de Pesquisas Agronômicas Ipen Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares ITP/Unit Instituto de Tecnologia e Pesquisa/Universidade Tiradentes Lacen Laboratório Central de Saúde Pública Lafepe Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco LNCC Laboratório Nacional de Computação Científica MCT Ministério da Ciência e Tecnologia MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior MEC Ministério da Educação MinSa Ministerio de Salud del Perú MRE Ministério das Relações Exteriores MRE Ministério das Relações Exteriores MS Ministério da Saúde Nesco Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva Nesp Núcleo de Estudos em Saúde Pública NICTIS Núcleo de Informação em Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde Novafapi Faculdade de Saúde, Ciências Humanas e Tecnológicas do Piauí OGM Organismos Geneticamente Modificados OMS Organização Mundial da Saúde Opas Organização Pan-Americana da Saúde P&D Pesquisa e Desenvolvimento Pagex Patrimônio Genético Mantido em Condições Ex-Situ PET Projeto de Avaliação da Tomografia por Emissão de Pósitrons PITCE Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior PNCD Programa Nacional de Controle da Dengue PNCTIS Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde PNDS Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde PPSUS Programa Pesquisa para o SUS: gestão compartilhada em saúde Procape Pronto-Socorro Cardiológico de Pernambuco Prof. Luiz Tavares Procep Programa de Capacitação e Especialização Profissional PUC/Campinas Pontifícia Universidade Católica - Campinas PUC/PR Pontifícia Universidade Católica do Paraná PUC/RS Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Quibasa Química Básica Ltda. Rebrats Rede Brasileira de Avaliação de Tecnologias em Saúde Remato Rede Multicêntrica de Avaliação de Implantes Ortopédicos Renorbio Rede Nordeste de Biotecnologia SAS/MS Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde SBGC Sociedade Brasileira de Genética Clínica 14

SBPPC Sociedade Brasileira de Profissionais em Pesquisa Clínica SCT Secretaria de Ciência e Tecnologia SCTIE/MS Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde SEAD Sistema de Análise de Dados SEDH Secretaria Especial dos Direitos Humanos Senai/Cimatec Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Seppir Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial SES Secretaria Estadual de Saúde Sesapi Secretaria Estadual da Saúde do Piauí Sesau/AL Secretaria de Saúde do Estado de Alagoas SGP/MS Secretaria de Gestão Participativa do Ministério da Saúde SGTES/MS Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde Sisnep Sistema Nacional de Informações sobre Ética em Pesquisa SIS-PPSUS Sistema Informatizado do Programa Pesquisa para o SUS: gestão compartilhada em saúde SMS Secretaria Municipal de Saúde SUS Sistema Único de Saúde SVS/MS Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde TDR/OMS Programa Especial de Pesquisa e Treinamento em Doenças Tropicais da Organização Mundial da Saúde Tecpar Instituto de Tecnologia do Paraná UCPel Universidade Católica de Pelotas UCS Universidade de Caxias do Sul UECE Universidade Estadual do Ceará UEFS Universidade Estadual de Feira de Santana UEL Universidade Estadual de Londrina UEM Universidade Estadual de Maringá UEPB Universidade Estadual da Paraíba UEPG Universidade Estadual de Ponta Grossa UERJ Universidade do Estado do Rio de Janeiro UF Unidade Federada UFAL Universidade Federal de Alagoas UFAM Universidade Federal do Amazonas UFBA Universidade Federal da Bahia UFC Universidade Federal do Ceará UFCG Universidade Federal de Campina Grande UFCG/PPGS Universidade Federal de Campina Grande/ Programa de Pós-Graduação em Sociologia UFES Universidade Federal do Espírito Santo UFF Universidade Federal Fluminense UFG Universidade Federal de Goiás UFJF Universidade Federal de Juiz de Fora UFMG Universidade Federal de Minas Gerais UFMT Universidade Federal do Mato Grosso UFPA Universidade Federal do Pará UFPB Universidade Federal da Paraíba UFPE Universidade Federal de Pernambuco 15

UFPEL Universidade Federal de Pelotas UFPI Universidade Federal do Piauí UFPR Universidade Federal do Paraná UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRN Universidade do Rio Grande do Norte UFS Universidade Federal de Sergipe UFSC Universidade Federal de Santa Catarina UFSCAR Universidade Federal de São Carlos UFTM Universidade Federal do Triângulo Mineiro UFU Universidade Federal de Uberlândia UFV Universidade Federal de Viçosa UFVJM Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri Ulbra Universidade Luterana do Brasil UnB Universidade de Brasília Uncisal Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas Uneb Universidade do Estado da Bahia Unemat Universidade do Estado de Mato Grosso Unesc Universidade do Extremo Sul Catarinense Unesco Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura Unesp Universidade Estadual Paulista Uniara Centro Universitário de Araraquara Unic Universidade de Cuiabá Unicamp Universidade Estadual de Campinas Unicap Universidade Católica de Pernambuco Unifap Universidade Federal do Amapá Unifesp Universidade Federal do Estado de São Paulo Unifor Universidade de Fortaleza Unimep Universidade Metodista de Piracicaba Unisul Universidade do Sul de Santa Catarina Unit Universidade Tiradentes Univali Universidade do Vale do Itajaí Univap Universidade do Vale do Paraíba Univille Universidade da Região de Joinville Unoesc Universidade do Oeste de Santa Catarina UPE Universidade de Pernambuco Upeclin Unidade de Pesquisa Clínica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu UPES União Paulista dos Estudantes Secundaristas de São Paulo UPF Universidade de Passo Fundo USP Universidade de São Paulo USP/RP Universidade de São Paulo Campus de Ribeirão Preto 16

APRESENTAÇÃO A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE), do Ministério da Saúde (MS), por meio do Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit), desenvolve ações tanto no campo do fomento à pesquisa e divulgação de seus resultados quanto no aprimoramento da capacidade regulatória do Estado, como na avaliação de tecnologias em saúde, biotecnologia, bioética, biossegurança e fortalecimento dos comitês de ética em pesquisa. É propósito institucional do Decit despender esforços para que a produção científica repercuta diretamente no Sistema Único de Saúde, resultando em ações de prevenção e de controle dos problemas de saúde, como as recorrentes doenças emergentes e negligenciadas que acometem os paí ses em desenvolvimento, agregando, assim, mais qualidade de vida e bem-estar à população. Para alcançar seu objetivo de indução e apoio a pesquisas em saúde, o Decit trabalha para fazer valer a pactuação entre usuários, trabalhadores, gestores e pesquisadores em torno das linhas-mestras da Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde (ANPPS), consolidadas em 2004 na 2.ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, a partir das premissas inscritas na Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (PNCTIS). Nos últimos anos, as ações de fomento à pesquisa em saúde têm agregado atenção e recursos progressivos, no âmbito do MS. Em 2006, essas ações movimentaram cerca de R$121 milhões investidos pelo Decit e por parceiros como a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e o Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), além das fundações de amparo à pesquisa dos estados. Em cooperação técnica com o CNPq, o Decit investiu em 270 projetos associados a oito editais lançados em 2006: Fármacos e Insumos Farmacêuticos a partir de algas marinhas; Estudo do Envelhecimento Populacional e Saúde do Idoso; Genética Clínica, Gestão do Trabalho em Saúde, Gestão da Educação em Saúde e Comunicação e Informação em Saúde; Estudos em Populações Expostas à Contaminação Ambiental; Estudo de Doenças Negligenciadas; Estudo de Determinantes Sociais da Saúde, Saúde da Pessoa com Deficiência, Saúde da População Negra e Saúde da População Masculina; e Desenvolvimento e inovação tecnológica voltada à ampliação e consolidação do Programa Rede Nordeste de Biotecnologia (Renorbio). Outra parceria importante assegurou o financiamento a 50 grandes estudos cooperativos, conformados em redes multicêntricas, em caráter nacional, lançados juntamente com a Finep. Foram investidos cerca de R$43 milhões, incluindo os recursos do MCT, em projetos relacionados à Rede Multicêntrica de Avaliação de Implantes Ortopédicos (Remato), Rede Nacional de Unidades de Pesquisa Clínica em Hospitais de Ensino, Estudo Multicêntrico Randomizado de Terapia Celular em Cardiopatias, Estudo Multicêntrico Longitudinal em Doenças Cardiovasculares e Diabetes Mellitus (Elsa Brasil), além do Estudo Multicêntrico para Caracterização Molecular das Hemofilias A e B e Determinação do Estado de Portadora de Hemofilia no Brasil. Em parceria com a Unesco, o Decit vem acompanhando 18 projetos por meio do Projeto 914 BRA2000. Uma importante ação está em curso, apoiada com R$7,7 milhões: a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS) que tem coletado nas cinco regiões do país informações necessárias à composição de indicadores demográficos de saúde e de nutrição para mulheres em idade fértil (15 a 49) e crianças menores de 5 anos de idade, visando subsidiar a avaliação de políticas e estratégias de ação nessas áreas. Outras duas importantes frentes de trabalho são o Programa Pesquisa para o SUS: gestão compartilhada em saúde (PPSUS) e o Projeto Fortalecimento Institucional dos comitês de ética em pesquisa (CEPs). Em todos os estados brasileiros, o PPSUS investiu cerca de R$40 milhões apoiando a produção de novos conhecimentos e tecnologias voltadas à resolução de problemas prioritários de saúde, respeitando as vocações regionais de pesquisa, além de desenvolver mecanismos para subsidiar as instâncias estaduais de ciência e tecnologia (C&T) nas ações de fomento à pesquisa em saúde. 17

O Projeto Fortalecimento Institucional dos CEPs objetiva aprimorar o sistema de revisão ética de pesquisas envolvendo seres humanos no desempenho de suas atribuições, a partir da implementação de infra-estrutura e capacitação de seus membros. Em 2006, foram investidos R$4,65 milhões em promoção de cursos e material didático para capacitação dos membros dos CEPs em bioética e ética em pesquisa, beneficiando, ao longo dos três últimos anos, 173 instituições em todas as regiões do país. Em relação às áreas de biotecnologia, biossegurança e bioética em saúde, as principais ações no ano de 2006 foram voltadas para a implementação da Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior, em especial na Coordenação do Grupo de Trabalho de Saúde Humana do Fórum de Competitividade em Biotecnologia, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e a formulação da Política de Desenvolvimento da Biotecnologia e da Política Nacional de Atenção em Genética Clínica no SUS. Outras atuações aconteceram junto às comissões sobre Acesso e Uso do Genoma Humano, de Biossegurança em Saúde e de Propriedade Intelectual do Ministério da Saúde, além da participação de representantes do MS em comissões inter e intraministeriais, em especial no Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN), na Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) e na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep). O Ministério da Saúde coordenou, ainda, o Grupo de Trabalho de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, participou no Grupo Técnico da Anvisa, para proposição da regulamentação do artigo 5.º da Lei n.º 11.105/2005, referente à pesquisa e terapia com células-tronco embrionárias, e participou nas discussões nacionais e internacionais para a implementação da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), do Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança e da Convenção para a Proibição de Armas Biológicas (CPAB). No campo da Avaliação de Tecnologias em Saúde, em 2006, foi elaborada a Política Nacional de Gestão de Tecnologias em Saúde. Além disso, o Ministério da Saúde investiu na capacitação em gestão de tecnologias em saúde, por meio da promoção de cursos de mestrado e especialização voltados aos técnicos e gestores da saúde em todo o país. Em 2006, a edição comemorativa dos cinco anos de realização do Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o SUS merece destaque. O Prêmio seleciona pesquisas nas categorias trabalho publicado, especialização, mestrado e doutorado, incentivando a produção científica voltada para a melhoria do SUS. Em cinco anos, sendo que foram contemplados pesquisadores de 17 estados, das cinco regiões brasileiras, originários de 35 instituições de ensino e pesquisa do país. O Departamento realizou entre os dias 6 de 8 de dezembro, em Brasília, o evento Decit + 2: atuação do Ministério da Saúde em ciência, tecnologia e inovação. Na ocasião, estiveram presentes cerca de 280 pessoas, entre gestores de saúde, representantes das instituições parceiras e comunidade científica, que participaram de oficinas de trabalho e reuniões temáticas com o objetivo de avaliar das atividades desenvolvidas pelo Decit passados dois anos da realização da 2.ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia e planejar novos caminhos de atuação. Este relatório apresenta um balanço das ações implementadas em 2006, organizadas segundo as estratégias da PNCTIS, registrando e sistematizando os processos de trabalho adotados, na perspectiva de subsidiar as futuras gestões com as opções técnicas e administrativas utilizadas, configurando-se, assim, como uma ferramenta importante para o prosseguimento das atividades de fomento à pesquisa em saúde, de aprimoramento da capacidade regulatória do Estado e de comunicação e informação em ciência e tecnologia desenvolvidas pelo Decit. 18

Coordenação-Geral de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico A Coordenação-Geral de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Departamento de Ciên cia e Tecnologia (Decit) tem a missão de promover a pesquisa científica em saúde, fornecendo suporte técnico e financeiro. Na perspectiva de cumprimento de seus objetivos, a coordenação vem atuando, principalmente, a partir do lançamento de editais públicos em parceria com o CNPq, a Finep e a Unesco. Considerando a relevância das ações financiadas pelo Ministério da Saúde, tornam-se fundamentais não apenas o financiamento da pesquisa em saúde, mas também o seu acompanhamento e sua avaliação, com o objetivo de analisar a abrangência e resolutividade das ações de fomento. Esse relatório traz as ações desenvolvidas pela coordenação no ano de 2006, apresentando os editais temáticos em parceria com o CNPq e a Finep, o andamento das Redes de Pesquisa e dos Estudos Multicêntricos financiados pelo Decit, bem como o acompanhamento e a avaliação de projetos já apoiados. Coordenação-Geral de Avaliação de Tecnologias em Saúde Nos últimos anos, o crescente aparecimento de inovações tecnológicas em saúde tem contribuído como instrumento de pressão sobre os sistemas de saúde que gerenciam recursos limitados. Se por um lado, tecnologias são incorporadas sem a garantia de eficácia e efetividade, de outro, existem tecnologias obsoletas, que continuam a ser utilizadas nos serviços, mesmo não representando mais a melhor opção terapêutica ou diagnóstica. Por isto, os gestores de saúde necessitam de informações coerentes sobre os benefícios, riscos e custos das tecnologias e seu impacto sobre os serviços de saúde, para tomarem decisões racionais com relação à incorporação ou abandono das tecnologias. Nesse contexto, para auxiliar os gestores, existe a Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS), processo abrangente que avalia os impactos clínicos, sociais e econômicos da utilização das tecnologias em saúde, emergentes ou já existentes, desde a pesquisa e o desenvolvimento até a obsolescência. Para isso, investiga a eficácia, a efetividade, os riscos, a acurácia e o custo-efetividade das tecnologias, entre outros indicadores. Entendem-se por tecnologias em saúde os medicamentos, os procedimentos, os equipamentos e as técnicas, clínicos, cirúrgicos ou diagnósticos, além dos serviços, programas educacionais e sistemas de informação em saúde. O objetivo principal da ATS é auxiliar a tomada de decisão dos gestores em saúde, fornecendo-lhes uma ferramenta racional para a decisão por incorporação de tecnologias nos sistemas de saúde. No mundo, a ATS surgiu nos anos 70 e logo se mostrou um instrumento importante para auxiliar a tomada de decisão dos gestores em saúde, assim como dos profissionais de saúde, dos chefes de serviços, das organizações de pacientes, do sistema judiciário e dos ministros de saúde. Nos últimos anos, tem sido crescente o interesse dos governos, cumprindo seu papel regulador, de se basear em critérios para priorizar as tecnologias que deverão ser incorporadas aos sistemas de saúde de seus países. A definição de prioridades deve levar em consideração fatores como: epidemiologia da condição de saúde, características sociodemográficas da população-alvo, existência de evidências científicas de qualidade sobre a eficácia, a efetividade, a segurança e o custo-efetividade das tecnologias. A priorização permite que os recursos constritos em saúde sejam aplicados da melhor maneira possível, visando alcançar os melhores benefícios com os menores custos e riscos para a sociedade, com base nos princípios de eqüidade. No Brasil, é recente a aplicação dos conceitos de avaliação de tecnologias em saúde no sistema de saúde pública do país. Porém, a demanda por incorporar tecnologias novas, caras e ainda sem avaliação de seu impacto no cenário brasileiro fez com que fosse prioritária a existência de um órgão que pudesse au- 19

xiliar na tomada de decisão por incorporação. Nesse contexto, foi criada a Coordenação-Geral de Avaliação de Tecnologias em Saúde (CG-ATS) do Decit. A CG-ATS constitui a instância responsável pela coordenação, promoção e difusão da avaliação de tecnologias em saúde no Sistema Único de Saúde no Brasil, no nível do Ministério da Saúde. Existente desde outubro de 2005, a coordenação trabalha com sete técnicos e uma coordenadora, capacitados para identificar prioridades de estudos em ATS, solicitar estes estudos a instituições de pesquisa em ATS no Brasil e avaliá-los quanto à qualidade de suas evidências. A criação da Coordenação-Geral de Avaliação de Tecnologias em Saúde foi diretriz da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (PNCTIS). A PNCTIS é o documento normativo para implementação da área de ATS no sistema de saúde. Ela estabelece, entre outros, os princípios e as estratégias que direcionam as ações no campo da ATS. Os princípios são: o respeito à vida e à dignidade da pessoa humana, o respeito ao meio-ambiente, à pluralidade filosófica e metodológica e à eqüidade em saúde. Entre as principais estratégias destacam-se o aprimoramento da capacidade regulatória do Estado, a criação do Sistema Nacional de Inovação em Saúde, a difusão dos avanços científicos e tecnológicos e a formação de recursos humanos em ciência, tecnologia e inovação em saúde. Algumas atividades descritas nessa política são fundamentais para a organização das ações de avaliação de tecnologias no Sistema Único de Saúde (SUS), a saber: criação de uma política em ATS, promovendo a cultura e a institucionalização da avaliação de tecnologias no processo de gestão de tecnologias no sistema de saúde; constituição de uma rede nacional de avaliação tecnológica com aplicação dos conhecimentos técnicos produzidos; formação, capacitação e absorção de pessoal técnico no Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, incentivando a análise crítica da produção científica e tecnológica; difusão dos resultados de pesquisa por meio de bibliotecas virtuais, observatórios, conferências de consenso, entre outras técnicas voltadas para apropriação dos conhecimentos pelos profissionais de saúde e sociedade. Os principais objetivos da CG-ATS são: coordenar o Grupo de Trabalho Permanente em Avaliação de Tecnologias em Saúde do Conselho de Ciência, Tecnologia e Inovação do Ministério da Saúde (CCTI/MS); organizar e qualificar a demanda por estudos em ATS, definindo o fluxo e os critérios de priorização de tecnologias; fomentar, monitorar e avaliar os estudos em ATS produzidos pelas instituições contratadas; produzir relatórios para disseminar os estudos em ATS e apoiar a tomada de decisão; promover capacitação e formação de recursos humanos em ATS; promover a sensibilização de gestores para a importância da ATS como instrumento de gestão; estabelecer cooperação técnica internacional com agências internacionais de ATS de interesse para o Brasil; articular as ações de ATS desenvolvidas na SCTIE/MS com os demais órgãos do Ministério da Saúde, instituições de ensino e pesquisa, secretarias estaduais e municipais de saúde e instâncias do controle social. A Coordenação-Geral de Avaliação de Tecnologias em Saúde é responsável por identificar as demandas por estudos em ATS advindas do Grupo de Trabalho Permanente em Avaliação de Tecnologias em Saúde (GT-ATS), do CCTI/MS, e da Comissão de Incorporação de Tecnologias em Saúde (Citec). Além disso, a CG-ATS analisa e define o tipo mais adequado de avaliação a ser realizada e viabiliza a contratação da instituição de pesquisa com expertise comprovada para a realização dos estudos. 20

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Nesse documento, serão descritas todas as atividades da Coordenação-Geral de Avaliação de Tecnologias em Saúde, do Decit. Coordenação-Geral de Biotecnologia em Saúde A Coordenação-Geral de Biotecnologia em Saúde tem por missão subsidiar o Ministério da Saúde no posicionamento e na definição de condutas relativas a aspectos de biotecnologia, biossegurança, propriedade intelectual e bioética, promovendo suporte técnico-científico na elaboração de documentos oficiais, implementação de normas técnicas, e na articulação e integração intra e interministerial nos foros específicos da área. Tratando-se de área ainda em consolidação, a compreensão de sua missão pode ser explicitada na observância de dois aspectos fundamentais: o foco na potencialização e complementaridade de ações governamentais, e suas ações frente às estratégias da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (PNCTIS). Frente à complexidade do tema, que envolve vários setores, a importância da participação do setor Saúde no aprofundamento das discussões intra e interinstitucionais sobre biotecnologia reside na perspectiva de estímulo a um desenvolvimento científico e tecnológico voltado para o tratamento de doenças de grande impacto na saúde da população, ou de alto custo para o sistema público de saúde. No que tange à saúde, a biotecnologia, em sua aplicação prática, compreende métodos de engenharia genética, utilização de microorganismos, aplicação do conhecimento biotecnológico na indústria, proteção intele ctual de produtos e processos biotecnológicos, uso da biodiversidade, engenharia de bioprocessos, fermentação industrial, tecnologia de enzimas, entre outros. Nessa gama de novas e promissoras tecnologias, é imprescindível zelar para que seu desenvolvimento e sua incorporação à atenção à saúde obrigatoriamente respeitem parâmetros de segurança e princípios morais de nossa sociedade, o que revela a estreita interface da biotecnologia com a biossegurança, a propriedade intelectual e a bioética. A biossegurança, entendida como a condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e vegetal e o meio ambiente 1, caracteriza-se como estratégica essencial para a pesquisa e o desenvolvimento sustentável do país, ao prover os elementos necessários à avaliação e prevenção dos possíveis efeitos adversos de novas tecnologias à saúde humana, animal e ao meio ambiente. Tratando-se de uma ciência emergente em um campo multidisciplinar, requer recursos humanos com competências específicas, dotados de conhecimento e capacidade crítica para antecipar cenários futuros, ao lidar com os procedimentos de avaliação e gestão de risco. Os benefícios advindos da biotecnologia moderna e o grande volume de investimentos necessários para possibilitar os avanços das pesquisas nessa área despertam interesses igualmente expressivos dos setores econômico e industrial. São suscitados questionamentos não apenas sobre aspectos éticos da realização de pesquisas que possibilitam a intervenção técnica do homem sobre a vida, mas também quanto aos instrumentos adequados à apropriação legal do conhecimento. Neste contexto, a propriedade intelectual insere-se como elemento central na pauta dos principais debates nacionais e internacionais, na busca da garantia de retorno financeiro dos vultosos investimentos para pesquisa aplicados em setores tecnológicos de ponta. Completando as áreas de atuação da Coordenação-Geral de Biotecnologia em Saúde, os aspectos teóricos e práticos da bioética no contexto tecnológico e científico brasileiro têm merecido grande atenção, com base na necessária liberdade ao desenvolvimento da ciência e da pesquisa, sem prescindir da proteção aos sujeitos de pesquisa, regulada em nosso país pela Resolução CNS n. 196/96 e normas correlatas. Se por um lado as novas tecnologias trazem benefícios até recentemente inimagináveis, com resultados significativos sobre o aumento da expectativa e a melhoria da qualidade de vida das populações, por outro criam dilemas éticos e morais em diversas perspectivas, algumas das quais sob ingerência direta do gestor público. Nessa categoria situam-se a discussão acerca dos limites da incorporação tecnológica frente à sustentabilidade do Sistema Único de Saúde, assim como os limites necessários à aplicação de técnicas que ferem a moral individual ou coletiva. 1 Definição proposta pela Comissão de Biossegurança em Saúde do Ministério da Saúde (CBS/MS). 22